Liderança Cristã

Boas Vindas

Texto

Mateus 20.20–28 NVI

Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. “O que você quer?”, perguntou ele. Ela respondeu: “Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda”. Disse-lhes Jesus: “Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber?” “Podemos”, responderam eles. Jesus lhes disse: “Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai”. Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

Introdução

Contexto

Havia entre os discípulos uma disputa para saberem quem entre eles era o mais próximo de Jesus, quem entre eles era o mais importante na escala hierárquica.

Nós conseguimos relacionar pelo menos 3 momentos onde eles disputam quem seria o maior. Podemos ver isso em diversas passagens na Bíblia (Lc 9.46-50; Lc 22.24-27; Mt 18.1–5; Mc 9.33-40; Mc 10.35-45)

Marcos 9.33–40 NVI

E chegaram a Cafarnaum. Quando ele estava em casa, perguntou-lhes: “O que vocês estavam discutindo no caminho?” Mas eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior. Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos”. E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles. Pegando-a nos braços, disse-lhes: “Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, não está apenas me recebendo, mas também àquele que me enviou”. “Mestre”, disse João, “vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos.” “Não o impeçam”, disse Jesus. “Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor.

Nós percebemos como esse sentimento de serem especiais habitava no coração daqueles homens

Muitas vezes nós ficamos irritados quando outra pessoa toma a frente de fazer alguma coisa que nós entendemos que era nossa responsabilidade.

somos muitas vezes territorialistas, queremos exclusividade.

Queremos ter o protagonismo no nosso ministério e qualquer outra pessoa que chega com vontade de servir, mas tem um talento parecido com o nosso, nós prontamente botamos ela no seu “devido lugar”.

Quando deveriamos na verdade ajudar a projeta-la para alçar voos maiores do que os nossos.

Como Elias projetou Eliseu para fazer o dobro das coisas que ele fez.

2Reis 2.9 ARA

Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito.

Nós queremos o protagonismo no reino de Deus

Jesus está trabalhando em seus discípulos o princípio da Liderança Cristã

Mais lá na frente Nós vamos ver o próprio Jesus lavando os pés dos seus discípulos

Ele precisava desconstruir a natureza do pecado naqueles homens

Natureza essa que nos domina a todos, todos nós sem excessão.

Uma natureza que o filósofo Nietzsche chamou de “Vontade de Poder” ou “Vontade de Potência”

E segundo Nietzsche essa vontade de poder é inerente a todo ser humano.

E ela se apresenta de duas maneiras: Na forma ativa e na Forma Reativa.

1º Vontade de Poder na forma Ativa

A primeira dessas forma da apresentação da Vontade de Poder é a forma ativa

A vontade de poder, segundo Nietzsche, é uma lei originária, que governa o mundo, sem exceção nem transgressão que existe por si mesma de forma essencial. Ela é a própria essência de toda realidade. É o motor que faz funcionar essa grande engrenagem chamada universo.

E nós também somos governados por essa força, por essa energia chamada “vontade de poder”

E basicamente o que é essa “vontade de poder” em termos aplicaveis na nossa vida?

É o desejo insaciável de alcançar um estágio mais elevado do que aquele que estamos presencialmente

A atração pelo poder, e pela subjulgação de outros

Jesus identifica isso entre os seus seguidores

Por muitas vezes eles discutiam sobre quem seria o maior entre eles.

Quem Jesus colocaria como lider

Mateus 20.20–21 NVI

Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. “O que você quer?”, perguntou ele. Ela respondeu: “Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda”.

Essa natureza da “Vontade de Poder” habita em todos nós

No nosso trabalho, disputamos todo tempo os melhores cargos. Queremos ter um carro melhor como uma forma de demonstrar um status social mais elevado. Marcas de Roupa, celular, relógios.

A industria do exclusivo.

Até dentro da igreja muitas vezes disputamos cargos, posições e lideranças.

Mas talvez você não acredite que essa natureza habite em você.

Então Nietzche diria que você se encaixa em uma segunda classe de manifestação da vontade de poder

2º Vontade de Poder na Forma Reativa

Muitos criticaram Nietzche dizendo que nem todos tem essa sede de poder, pelo contrario existem aqueles que são críticos aos dominadores e soberanos.

Nietzche afirmava que esses na verdade eram pessoas tomadas pelo “Ressentimento”

Para Nietzsche, o ressentimento não é apenas um sentimento individual, mas sim, um fenômeno fisiopsicológico, no qual os indivíduos incapazes de lidar com a própria fraqueza, fomentam e recriam sentimentos negativos em decorrência de sua situação existencial.

Ou seja, a moral nasce, na verdade, da imcapacidade de implacar a nossa “Vontade de Poder”

Aqueles que na verdade não conseguem impor a dominação sobre os outros, por conta da sua propria fraqueza ou menor capacidade, criticam aquele que o faz.

Em outras palavras: Inveja

Jesus identifica esse ressentimento também nos outros 10 discípulos, quando o texto diz:

Mateus 20.24 NVI

Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos.

Muitas vezes nossas críticas em relação aqueles que ocupam os maiores cargos dentro dos nossos trabalhos e nos nossos ministérios tem fundamento no “Ressentimento” Nietzchiniano.

Duas faces da mesma Moeda, chamada “vontade de poder”.

The Chosen: Os filhos de Zebedeu dizendo que se Simão seria a Pedra. Eles eram as flamulas no alto do castelo.

Então Jesus traz um dos maiores ensinamentos sobre a hieraquia no Reino de Deus

3º O maior é o menor

Um ensinamento tão dificil de entender, até mesmo para nós que conhecemos o o Evangelho hoje.

Mateus 20.25–27 NVI

Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo;

Jesus inverte completamente nosso senso de hierarquia.

É por isso que para nós as vezes é tão difícil entender o Reino dos Céus

Deus tem a estranha mania de escolher os mais improváveis.

Paulo diz em:

2Coríntios 12.9 NVI

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.

Davi era o mais improvavel.

O corpo apostólico era composto por pescadores iletrados, publicanos, zelotes, pecadores. A escória da sociedade.

1Coríntios 1.26–29 NVI

Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele.

Quando Jesus coloca uma criança no meio deles para explicar sobre quem é o Maior no Reino de Deus. Ele queria mostrar que o reino de Deus pertence aos insignificantes ou aqueles que não se preoucupam com significancia.

As crianças não eram nem contadas como a própria Bíblia demonstra.

O Próprio Jesus nos ensinou isso com as suas atitudes

Mateus 20.28 NVI

como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

Jesus nos ensina não com palavras mas com atitudes

Antes da última ceia Jesus lava os pés dos seus discípulo.

Este era o serviço destinado ao menor dos serviçais

E Pedro não entende isso, e não aceita ter seus pés lavados. Mas Jesus diz:

João 13.12–17 NVI

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem.

Mas infelizmente não entendemos isso. E continuamos a brigar por posições, por status e por cargos, nos nossos trabalhos e nos nossos ministérios.

Quando aparece alguém que julgamos ter uma capacidade maior que a nossa, nosso “rescentimento" se manifesta na hora em forma de críticas e comentários desbonadores.

Reconhecemos o outro como adversário.

Temos medo de sermos substiuídos e disputamos muitas vezes uns contra os outros, em vez de nos ajudarmos como membros de um mesmo corpo.

Mas Jesus nunca quis estar acima dos seus discípulos, pelo contrário. Ele se considerava alicerce, sobre o qual sua igreja seria edificada.

João 14.12 NVI

Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai.

Conclusão

Precisamos matar a cada dia a nossa carne.

Um veradadeiro Cristão não exerce domínio sobre outras pessoas

Mas também um verdadeiro cristão não é um moralista ressentido. Que por não conseguir exercer o seu domínio, critica quem o faz.

Mas nós somos ensinados pelo mestre a nos diminuir para que Ele cresça em nós.

Par poder fazer discípulos como o mestre fez, precisamos morrer para nós mesmos. E viver para o discipulado.

Seremos os maiores no Reino dos céus, quando aprendermos a nos diminuir para que outros alcance vôos maiores.

Somos os maiores no reino dos Céus quando os nossos frutos, têm maior expressão do que nossa folhagem. Quando nossos discípulos alcançam estatura maior do que a nossa.

Um Ombro ergue um bíceps, que eleva um cotovelo, que sustenta um braço, que apoia uma mão, que faz com que um dedo chegue ao nível mais alto.

Mas a glória não está no dedo, nem na mão, nem no braço, muito menos no bíceps ou no ombro.

A Glória está na cabeça que é quem governa todas essas coisas.

Parece algo difícil de viver, mas este é o Reino dos Céus