3ª e 4ª Parábola - A parábola do grão de mostarda e do fermento

Parábolas de Jesus  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Mateus 13.31–35 (NAA)
31 Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo:
— O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem pegou e plantou no seu campo. 32 Esse grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, é maior do que as hortaliças, e chega a ser uma árvore, de modo que as aves do céu vêm se aninhar nos seus ramos.
33 Jesus lhes contou ainda outra parábola:
— O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher pegou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
34 Jesus disse todas estas coisas às multidões por parábolas e sem parábolas nada lhes dizia. 35 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito por meio do profeta:
“Abrirei a minha boca em parábolas;
publicarei coisas ocultas
desde a criação do mundo.”

Introdução

Assim como na semana retrasada na parábola do Joio e do trigo dessa série de parábolas de Jesus cujas palavras iniciais são: “O reino dos céus é semelhante a […].
É engraçado como Jesus compara suas parábolas podia ser algo realmente grandioso algo monumental.. algo nobre .. Imaginem só : Ele poderia ter dito: “O reino dos céus é como uma imensa cordilheira em sua força” ou “O reino dos céus é como o oceano em largura e profundidade”.
Me lembro quando pequeno falava pros meus filhos comparando meu amor por Eles.. que era como a distância daqui de nossa casa até a lua e voltava....
O que é o Reino? O Reino dos céus é um tema frequente nas parábolas de Jesus. É a esfera da qual o próprio Cristo é o Rei dos reis e Senhor dos senhores absoluto. É o domínio em que seu senhorio está em plena operação neste momento. Em outras palavras, todos que realmente pertencem ao Reino dos céus se submeteram formalmente ao senhorio de Cristo. Entrar no Reino significa, portanto, entrar na vida eterna. Ou seja, o Reino de Deus é sinônimo da esfera da salvação, aquela esfera eterna onde os remidos têm sua cidadania verdadeira (Filipenses 3.20 “20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,” ). Atualmente, o Reino é um domínio espiritual, não uma esfera terrena geopolítica. Jesus descreveu o estado atual do Reino como intangível e invisível: “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está entre vocês” (Lucas 17:20-21). Ele disse também: “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36). Essa não é a expressão plena e final do Reino de Cristo, é claro. A plenitude terrena do seu Reino aguarda seu retorno físico. Então “o reino do mundo se [tornará] de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15). A primeira fase desse reinado eterno é o reinado de mil anos do Senhor Jesus na terra, conforme prometido em Apocalipse 20:1-7. Isso será seguido pela criação de um novo céu e de uma nova terra, sobre os quais ele continuará a reinar eternamente (Apocalipse 21:1-8).
Jesus nos ensinou que é por isso que devemos orar: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). Quando o Reino finalmente se manifestar na nova Criação, ele será visível, universal (abarcando o céu e a terra) e sem fim. Não obstante, o Reino é absolutamente real; está presente e está crescendo constante e silenciosamente na medida em que pecadores são remidos e graciosamente declarados cidadãos do Reino por toda a eternidade. Jesus ilustra todas essas verdades em suas parábolas.
MacArthur, John. As parábolas de Jesus comentadas por John MacArthur: Os mistérios do Reino de Deus revelados nas histórias contadas pelo Salvador (Portuguese Edition) (pp. 73-74). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
E desta vez ele escolheu compará-lo a coisas inesperadamente comuns. e o que lemos mostra exatamente isso, o algo singelo: Jesus compara o reino a grãos de mostarda e a fermento. À primeira vista, estas parecem ser escolhas muito estranhas para uma comparação ao reino de Deus, mas, com um pouco de reflexão, é possível ver a genialidade por trás delas.
Mateus diz: Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes (v. 31–32a).
É engraçado que hoje em dia muitas cortinas de fumaça são levantadas sobre assuntos importantes - e não poderia ser diferente quando tratamos da palavra de Deus - vemos muitos críticos da palavra de Deus indagando sobre a semente ser mesmo a menor semente ou não.. as catagorias das sementes.. qual categoria seria a semente de mostarda .. para, com isso, tornar a Bíblia “falível” dizendo que ha um erro e coisa e tals... mas Antes de jogarmos a Bíblia no lixo por causa do tamanho relativo de uma semente, não vamos perder o que Jesus está dizendo aqui. É possível classificar as sementes em três categorias: sementes pequenas, sementes menores e sementes mínimas. A semente de mostarda pertence à terceira categoria, a categoria do menor tamanho. Ela é, sem dúvida, uma das menores sementes de todas, mesmo não sendo a menor. Porém, Jesus referiu-se a ela como a menor porque estava empregando um mecanismo literário conhecido como hipérbole, o uso intencional de exagero para elaborar um argumento. Ele fez isso muitas vezes ao longo de seu ministério e não só ele! dar outros exemplos
Jesus estava dizendo aos ouvintes que o reino o qual viera anunciar e inaugurar era minúsculo naquele momento. Seus cidadãos resumiam-se a Jesus e seus discípulos. Em comparação com as outras religiões e seitas do império romano na época – os deuses e as deusas do Panteão de Roma, a seita de Mitra, as religiões de mistério que eram abundantes na região do Mediterrâneo (todos os quais desapareceram da face da terra) – o reino dos céus parecia insignificante. Ele era tão pequeno, que era quase invisível. Esta foi a intenção de Jesus ao comparar o reino a uma semente de mostarda.
Nenhum judeu piedoso duvidava que o reino viria e que seria vasto e glorioso. O que Jesus está ensinando vai além disso: ele está dizendo que há uma conexão básica entre os pequenos começos que ocorrem sob seu ministério e o reino em sua glória futura. Embora o surgimento inicial do reino possa parecer inconsequente, a pequena semente leva à planta madura.
Agora podemos ver por que Jesus escolheu o grão de mostarda. Para ele, não era essencial enfatizar a grandeza do futuro reino; poucos contestariam isso. Para ele, era mais importante encontrar uma metáfora que enfatizasse o início minúsculo do reino.
Pequeno, mas em crescimento
No entanto, Jesus acrescentou: “e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (v. 32b). Era como se Jesus estivesse dizendo: “Sim, o reino é minúsculo agora, mas esperem. A semente de mostarda mal pode ser vista quando colocada na terra; porém, depois, começa a crescer e se expandir até se tornar uma árvore grande o suficiente para servir de ninho às aves. Assim será o reino de Deus.”
Nas empresas nos negócios - Existe um conceito muito praticado: ao planejar o que farão, as pessoas tendem a superstimar o que conseguem realizar em um ano e a subestimar o que conseguem realizar em cinco anos.....
Meus irmãos não sabemos como será a construção de nossa igreja daqui mais 80 Anos, 100 anos… se teremos a igreja quantos fiéis - precisamos continuar a orar e pedir direcionamento ao Senhor, precisamos nos debruçar sobre sua palavra, meditar, estudar, OBEDECER ao Senhor, os frutos outros colherão… Olhe a história da nossa igreja… fiz uma anotações aqui.
A nossa igreja iniciou suas atividades em e 1921, e olhe o que ja aconteceu com essa igreja, estamos indo para 83 anos. e tenho certeza que os fundadores não imaginavam como estaria hoje,
O mesmo aconteceu com minha igreja em Taubaté - missionarios da mid missions vieram ......
e É isso o que Jesus estava dizendo aos discípulos: que o reino dos céus se tornaria algo inimaginável.
Se considerarmos a situação do reino de Deus sob a perspectiva da cultura ocidental no século 21, ele pode aparentar estar em declínio, não em crescimento. Na Europa ocidental, a média de comparecimento aos cultos dominicais é de aproximadamente 2% da população. As grandes catedrais tornaram-se, nas palavras dos céticos, mausoléus de um Deus morto. Dizem os historiadores que os Estados Unidos entraram na era pós-cristã e que o cristianismo, se não estiver morto, é irrelevante. O governo federal norte-americano declarou independência de Deus, pois interpretou a separação entre a igreja e o Estado como a autonomia do Estado em relação a Deus. Por isso, os assuntos divinos são banidos das praças públicas, das escolas, dos salões do Congresso e dos tribunais. A igreja parece ter caído no esquecimento, SALVO quando ocorre uma catástrofe nacional com as proporções dos ataques terroristas de 11 de setembro. Em tais situações, as igrejas são revisitadas por um breve período até o pânico diminuir. É a famosa e temida teologia da caixinha de fósforo.
No entanto, nós não podemos obter uma imagem real da saúde do cristianismo no século 21 olhando apenas para o ocidente. Temos de olhar para outros lugares. O reino dos céus está experimentando um crescimento explosivo em locais como China, Coreia, Japão, América do Sul, Europa oriental, Austrália e muitas regiões da África. Em muitas destas localidades, o cristianismo tornou-se uma influência dominante na cultura, tal como aconteceu no ocidente durante 2.000 mil anos.
Irmãos olhe o que os cristão da antiguidade fizeram por exemplo em Amsterdã uma cidade tomada pelo secularismo e pós cristianismo, estão as marcas de uma passado.. de um berço CRISTÂO - Ali está a maior coleção de Rembrandt de todas. Em suas pinturas, e, a bem da verdade, em todas as coleções de arte clássica do museo de Rijksmuseum, a maioria dos temas é de natureza bíblica. O mesmo ocorre no Louvre, em Paris: vemos paisagens maravilhosas, pinturas de natureza morta e esculturas, mas a maioria dos temas é bíblica.
A contribuição dos cristãos na arte é enorme, bem como na música e na literatura. Sem a igreja cristã, não teria havido Bach, Mozart, Beethoven ou Händel. O cristianismo foi o berço da música erudita, a qual influenciou o mundo ocidental. Da mesma maneira, se excluíssemos a Bíblia de Genebra, talvez não teria havido Shakespeare, os peregrinos, e tantas obras.
O que podemos afirmar, sem qualquer sombra de dúvida, é que o reino dos céus começou pequeno, mas cresceu enormemente nos últimos 2.000 anos. Ele se expandiu para todas as nações presentes na face da terra – e continua a crescer.
Espero de verdade que não tenha ficado dúvida quanto essa parábola -
Jesus ensina que o reino de Deus pode parecer sem importância e insignificante, especialmente na Galileia do ano 28 d.C. Porém, o Evangelho do reino, proclamado por um carpinteiro transformado em pregador, provocará um impacto tremendo no mundo todo. Os seguidores de Jesus eram um grupo de pescadores “rudes” a quem foi ordenado que fizessem discípulos de todas as nações. Esses seguidores colocaram o mundo em chamas com a mensagem de salvação, que hoje é proclamada em quase todas as línguas conhecidas da terra. O pequenino grão semeado na Galileia, no nascer da nova era do cristianismo, se tornou uma árvore que, hoje, fornece abrigo e descanso para os povos de todos os lugares. E o dia ainda não acabou.
A árvore ainda não alcançou maturidade; ainda está crescendo. Olhamos para o fenômeno do seu crescimento e sabemos que Deus está operando o desenvolvimento do seu reino. Sabemos que inúmeros povos desse planeta ainda não ouviram as boas-novas do amor generoso de Deus. Nações inteiras estão virtualmente destituídas da sombra e do abrigo oferecidos pelo reino de Deus. Os ramos da árvore devem continuar a crescer e a se estender até àquelas regiões que ainda precisam do evangelho para que multidões possam encontrar refúgio e descanso. E quando o evangelho do reino de Deus tiver sido pregado a todas as nações do mundo, então o fim virá (Mt 24.14) e a árvore terá alcançado sua plenitude.
Simon J. Kistemaker, As Parábolas de Jesus, trans. Eunice Pereira de Souza, 3a edição. (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2011), 58–59.

Escondido, mas em ação

Mateus, em seguida, escreve: Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado (v. 33). Nesta breve parábola, Jesus comparou o reino dos céus ao fermento no contexto da culinária. Os judeus costumavam pegar um pedaço de pão e colocá-lo em uma porção de massa nova, o que provocava fermentação o suficiente para que o bolo todo crescesse. Jesus falou sobre uma mulher que estava realizando esta tarefa, mas observe a palavra empregada: ele disse que ela “escondeu” o fermento na massa. O fermento, como o conhecemos hoje, é limpo, fresco, saudável e até saboroso. É feito da cultura de uma solução de sal e açúcar à qual se adiciona amido. O levedo, no entanto, era conseguido com uma porção de massa guardada da semana anterior, à qual eram adicionados sucos para facilitar o processo de fermentação. Se o levedo fosse contaminado por uma cultura de bactérias nocivas, essa contaminação passaria para o pão até que o processo fosse interrompido, quando comessem pão não levedado durante uma semana, como faziam por ocasião da Páscoa.
A intenção de Jesus não era dizer que o levedo era nocivo. Ele usou o exemplo do levedo por causa de seu poder oculto. O fermento e o levedo fazem a massa crescer, permeando-a inteiramente. Depois de misturados à farinha, o fermento ou o levedo não podem mais ser encontrados. Ficam escondidos e invisíveis. Com isso, Jesus expressava que o reino dos céus estava escondido à vista da maioria das pessoas naquele momento, mas que, apesar disso, estava atuando.
Então...
Na parábola do grão de mostarda, Jesus tornou conhecida a expansão aparente do reino. Na parábola do fermento, ele focaliza a atenção no poder interior do reino e em sua influência sobre tudo.
A parábola do grão de mostarda ilustra o programa evangelístico global da igreja em obediência à comissão de Cristo e seus seguidores para que fizessem discípulos em todas as nações. A parábola do fermento torna claro que essa obediência a Cristo traz como consequência a cristianização de cada setor e de cada segmento da vida. O seguidor de Cristo deixa sua luz brilhar diante dos homens, para que vejam suas boas obras e glorifiquem seu Pai que está nos céus (Mateus 5.16 “16 Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus.” ). Ele alivia o sofrimento dos pobres e dos afl itos; luta pela causa da justiça, em favor dos oprimidos; exige honestidade dos que foram eleitos ou escolhidos para governar as nações; ergue o estandarte da moralidade e da decência; defende a santidade da vida; respeita as leis da natureza; exige integridade nos negócios, no comércio, na indústria, no trabalho e nas profissões (médicas, jurídicas, religiosas); e na área da educação, explica significativamente que em Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3). O seguidor de Cristo torna o ensinamento das Escrituras de especial relevância em todos os lugares. “Está claro para todo aquele que tiver olhos para ver, que o ‘fermento’ do poder de Cristo, no coração e na vida dos homens e em todas as esferas humanas, tem exercido, de milhares de maneiras, uma infl uência completa. E essa infl uência ainda continua.” Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
O que, precisamente, queria Jesus dizer com a expressão “reino dos céus”? É um sinônimo de igreja? O povo de Deus, individual e coletivamente, confessa o nome de Jesus Cristo como seu Salvador. Juntos constituem a igreja. Nessa igreja recebem dons e poderes que os capacitam a guardar cuidadosamente a lei de Deus, proclamar universalmente o evangelho da salvação e promover efetivamente o governo de Deus. A igreja, então, é constituída de cristãos que praticam os ensinamentos de Cristo em todas as esferas da vida. Assim procedendo, promovem o reino de Deus, no qual o governo de Cristo é aceito. Resumindo, cada área da vida influenciada pelo ensinamento de Cristo (o fermento) pertence ao reino.
Simon J. Kistemaker, As Parábolas de Jesus, trans. Eunice Pereira de Souza, 3a edição. (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2011), 58–62.
Mateus, em seguida, afasta-se de seu papel de relator e volta a assumir a função de comentarista: Todas estas coisas disse Jesus às multidões por parábolas e sem parábolas nada lhes dizia; para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a criação [do mundo] (v. 34–35). Mateus quis enfatizar como Jesus dependia imensamente da utilização de parábolas naquele ponto de seu ministério. Nas palavras do evangelista, todos os ensinamentos de Jesus na época eram transmitidos por intermédio de parábolas. Além disso, ele faz mais uma associação para mostrar como Jesus cumpriu as profecias – neste caso, com o uso de parábolas. Ele nos diz que esta metodologia de ensino foi um cumprimento do Salmo 78.2.
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