O Presente e o Futuro de IsraelAlgu
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Alguém já orou ou ainda ora constantemente pela conversão de algum familiar ou amigo? Eu tenho a história de um professor que, após convertido, orou por anos para que a mãe e o pai, que eram pais de santo, se convertessem ao evangelho. A mãe conheceu a Cristo e tornou-se missionária, o pai, por outro lado, parece ter morrido sem Cristo.
A Bíblia nos orienta a orar pelas pessoas. É o que diz 1Tm 2.1:
Em primeiro lugar, recomendo que sejam feitas petições, orações, intercessões e ações de graça em favor de todos,
Ao longo de Romanos, vimos Paulo tratar ao coração de gentios e de judeus, em especial, apontando as falhas e os erros que estes tiveram em relação à incredulidade deles no ministério de Cristo. Na aula de hoje, vamos ver como Paulo se manifesta, ainda com esperança, de que este povo ouça e creia na mensagem do evangelho.
Ao longo do capítulo 10 de Romanos, Paulo destaca a necessidade de compreensão do evangelho, a importância de proclamá-lo e a imprescindível resposta de fé. Especificamente em Romanos 11, ele trata do futuro, com destaque para o amor de Deus, que preparou e ofereceu salvação à raça humana por meio de sua graça.
São três os aspectos que baseiam esta aula de Romanos 10 e 11:
Israel e a igreja (duas eleições - Rm 10.1-21);
O futuro de Israel - aliança eterna (Rm 11.1-32);
Excelência de Deus (Rm 11.33-36)
I - Israel e a igreja: duas eleições
Romanos 10.1–21 (BS:NVT)
Irmãos, o desejo de meu coração e minha oração a Deus é que o povo de Israel seja salvo.
Sei da dedicação deles por Deus, mas é entusiasmo sem entendimento.
Pois, não entendendo a maneira como Deus declara as pessoas justas diante dele, apegam-se a seu próprio modo de se tornar justos tentando seguir a lei, e recusam a maneira de Deus.
Pois Cristo é o propósito para o qual a lei foi dada. Como resultado, todo o que nele crê é declarado justo.
Moisés escreve que o modo pelo qual a lei torna alguém justo exige obediência a todos os seus mandamentos.
Mas o modo pelo qual a fé torna alguém justo diz: “Não diga em seu coração: ‘Quem subirá ao céu?’ (para trazer Cristo para a terra).
E não diga: ‘Quem descerá ao lugar dos mortos?’ (para trazer Cristo de volta à vida)”.
Na verdade, diz: “A mensagem está bem perto; está em seus lábios e em seu coração”. E essa mensagem é a mesma que anunciamos a respeito da fé:
se você declarar com sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo.
Pois é crendo de coração que você é declarado justo, e é declarando com a boca que você é salvo.
Como dizem as Escrituras: “Quem confiar nele jamais será envergonhado”.
Nesse sentido, não há diferença entre judeus e gentios, uma vez que ambos têm o mesmo Senhor, que abençoa generosamente todos que o invocam.
Pois “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Mas como poderão invocá-lo se não crerem nele? E como crerão nele se jamais tiverem ouvido a seu respeito? E como ouvirão a seu respeito se ninguém lhes falar?
E como alguém falará se não for enviado? Por isso as Escrituras dizem: “Como são belos os pés dos mensageiros que trazem boas-novas!”.
Nem todos, porém, aceitam as boas-novas, pois o profeta Isaías disse: “Senhor, quem creu em nossa mensagem?”.
Portanto, a fé vem por ouvir, isto é, por ouvir as boas-novas a respeito de Cristo.
Mas eu pergunto: o povo de Israel ouviu, de fato, a mensagem? Sim, eles ouviram: “Sua mensagem chegou a toda a terra, e suas palavras alcançaram os confins do mundo”.
Volto a perguntar: será que o povo de Israel entendeu? Sim, eles entenderam, pois, já no tempo de Moisés, Deus disse: “Provocarei seu ciúme por meio de um povo que nem sequer é nação. Provocarei sua ira por meio de gentios insensatos”.
E, mais tarde, Isaías se pronunciou com ousadia: “Fui encontrado por aqueles que não me procuravam. Revelei-me àqueles que não perguntavam por mim”.
A respeito de Israel, porém, diz: “O dia todo abri meus braços para eles, mas foram desobedientes e rebeldes”.
Paulo abre as cortinas de seu coração e afirma que ama os judeus e demonstra isso orando por eles, para que sejam salvos.
1 - A ignorância de Israel quanto à justiça de Deus
Mesmo detentor de muitos privilégios, Israel virou as coisas para Deus, desprezando a salvação. A resposta está em Romanos 10.1–4 “Irmãos, o desejo de meu coração e minha oração a Deus é que o povo de Israel seja salvo. Sei da dedicação deles por Deus, mas é entusiasmo sem entendimento. Pois, não entendendo a maneira como Deus declara as pessoas justas diante dele, apegam-se a seu próprio modo de se tornar justos tentando seguir a lei, e recusam a maneira de Deus. Pois Cristo é o propósito para o qual a lei foi dada. Como resultado, todo o que nele crê é declarado justo.”
a) Zelo sem entendimento (Rm 10.2)
“Não existe verdadeira religião se esta não se apoia na Palavra de Deus” (João Calvino)
b) Justiça própria (Rm 10.3-4)
“No passado, Deus não levou em conta a ignorância das pessoas acerca dessas coisas, mas agora ele ordena que todos, em todo lugar, se arrependam.
2 - Paulo apresenta duas formas de justiça
A primeira é pela lei: Romanos 10.5 “Moisés escreve que o modo pelo qual a lei torna alguém justo exige obediência a todos os seus mandamentos”. Neste caso, o homem, por seus próprios méritos, tenta alcançar favor de Deus cumprindo regras.
A segunda é pela fé: Romanos 10.6 “Mas o modo pelo qual a fé torna alguém justo diz: “Não diga em seu coração: ‘Quem subirá ao céu?’ (para trazer Cristo para a terra)”. Neste caso, o homem reconhece que é frágil e que depende do amor, da graça e do cuidado de Deus. Sozinho é impossível alcançar a Deus.
A razão da incredulidade de Israel
Como explicar a incredulidade do povo de Israel?
Baseada na desobediência, teimosia e rebeldia do povo, uma vez que Deus deu ao povo a chance de ouvir sobre a redenção. Mesmo assim, Deus não desistiu de seu povo.
O futuro de Israel: Aliança eterna
Paulo começa com duas perguntas para as quais ele traz as respostas:
Romanos 11.1 (NVI)
Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma!
Novamente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma! Ao contrário, por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel.
A rejeição de Israel não foi total. Há 4 provas disso:
a) Prova pessoal - Em Rm 11.1, Paulo revela sua nacionalidade. Era um judeu.
b) Prova teológica - Paulo descreve Israel como povo escolhido de Deus - Romanos 11.2 “Não, Deus não rejeitou seu povo, que conheceu de antemão”.
c) Prova bíblica - Paulo traz à tona uma prova bíblica, que é a situação da nação vivida no tempo de Elias - Romanos 2.2–4 “E sabemos que Deus, em sua justiça, castigará todos que praticam tais coisas. Uma vez que você julga outros por fazerem essas coisas, o que o leva a pensar que evitará o julgamento de Deus ao agir da mesma forma? Não percebe quanto ele é bondoso, tolerante e paciente com você? Não vê que essas manifestações da bondade de Deus visam levá-lo ao arrependimento?”
d) Prova contemporânea - Da mesma forma que Deus não acabou com tudo nos tempos de Elias, Deus demonstra misericórdia para conosco levantando um povo - Romanos 11.5–7 “O mesmo acontece hoje, pois uns poucos do povo de Israel permaneceram fiéis, escolhidos pela graça de Deus. E, se a escolha se dá pela graça de Deus, então não se baseia nas obras deles, pois nesse caso a graça deixaria de ser o que verdadeiramente é, ou seja, gratuita e imerecida”.
Haverá esperança para Israel?
Paulo é enfático em dizer que Deus não rejeitou o seu povo. Quanto ao futuro, ele comenta em Rm 11.11
Acaso o povo de Deus tropeçou e caiu sem possibilidade de se levantar? Claro que não! Foram desobedientes e, por isso, Deus tornou a salvação acessível aos gentios, para que seu próprio povo sentisse ciúme.
e em Rm 11.25-32 para que a evangelização do mundo se cumprisse
Romanos 11.25–32 (BS:NVT)
Irmãos, quero que vocês entendam este mistério para que não se orgulhem de si mesmos. Alguns do povo de Israel têm o coração endurecido, mas isso durará apenas até que o tempo dos gentios se complete.
E assim todo o Israel será salvo. Como dizem as Escrituras: “O libertador virá de Sião e afastará Israel da impiedade.
E esta é minha aliança com eles: eu removerei seus pecados”.
Muitos do povo de Israel agora são inimigos das boas-novas, e isso beneficia vocês, gentios. No entanto, porque ele escolheu seus patriarcas, eles ainda são o povo que Deus ama.
Pois as bênçãos de Deus e o seu chamado jamais podem ser anulados.
Em outros tempos, vocês, gentios, foram rebeldes contra Deus, mas agora, por causa da desobediência deles, vocês receberam misericórdia.
Agora eles são os rebeldes, e Deus foi misericordioso com vocês, para que eles também participem da misericórdia dele.
Pois Deus colocou a todos debaixo da desobediência para que de todos tivesse misericórdia.
A excelência de Deus
Deus traz características de sua excelência:
a) Profundidade da riqueza de Deus (graça e amor de Deus em salvar);
b) Sabedoria de Deus (plano todo traçado)
c) Conhecimento de Deus (ele conhece os nossos corações e as nossas intenções)
d) Os juízos de Deus (métodos de Deus são insondáveis e profundos)
e) A glória de Deus (porque dele e por ele, para ele são todas as coisas… Todas as coisas e o processo da salvação em Cristo é um plano total de Deus. Logo, a ele, é todo louvor, honra e glória”.
A salvação não se baseia em méritos humanos, mas na fidelidade de Deus para com a sua palavra.