#79 RESSURREIÇÃO DE JESUS: APARIÇÃO A MARIA MADALENA (João 20,11-18)

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O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Anúncio do Evangelho Segundo São João 20.11-18

GLÓRIA A VÓS SENHOR!

PALAVRA DA SALVAÇÃO. GLÓRIA A VÓS SENHOR.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios, (Lucas 8.2); como narra São Lucas, ou seja, ela tinha sido libertada por Jesus do poder do Maligno e de muitos pecados; compreendia o tamanho do perdão e da graça que recebera, por isso seu grande amor por Aquele que a libertou. A ponto de não o abandonar na Paixão, como fizeram os discípulos, de estar de pé aos pés da Cruz junto com a Santíssima Virgem Maria e de não deixar o Santo Sepulcro enquanto não “visse o Senhor”.

Pedro e João, viram o sepulcro vazio, creram e voltaram para casa, Maria Madalena não se contenta com os sinais deixados por Jesus, ela quer ver o seu amado.

Diante da inconsistência e abatimento dos discípulos, destaca-se a firme perseverança dessa mulher fiel, que é recompensada por Jesus, tornando-se a primeira testemunha da ressurreição e apóstola dos apóstolos, Jesus a faz missionária enviando-a para anunciar a Boa Nova.

Certa vez disse Jesus: “ao que pouco se perdoa, pouco ama.” (Lucas 7.47).

Portanto, assim como Maria Madalena, temos que nos conscientizar de que também nós éramos escravos do Maligno, estávamos acorrentados nos nossos pecados e recebemos o perdão e a graça da libertação.

Enquanto não compreendermos o tamanho dos nossos pecados, o quanto eles ofendem a Deus e a enormidade da graça do perdão que recebemos, pouco vamos amar Jesus.

Precisamos tirar a trave dos nossos olhos, precisamos ser curados da cegueira que insiste em não ver o quanto somos pecadores e o quanto todos os dias chagamos e pregamos Jesus à Cruz. Sim, pois, são os nossos pecados que O crucificaram.

Disse São João na sua primeira carta: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1João 1.8).

Existe algo de muito errado acontecendo com os católicos, pois, as filas para receber o Sacramento da Eucaristia estão cheias, porém, não há filas para receber o Sacramento da Reconciliação e Penitência.

Muitos católicos ficam anos sem se confessar, outros contentam-se em confessar-se uma vez por ano por ocasião da Páscoa conforme prescreve a Santa Igreja, muitos são os que acham que não têm pecados, e outros que têm vergonha de se confessar e dão desculpas do tipo: “o padre é um pecador como eu” ou “eu me confesso diretamente com Deus” ou “Deus é amor e misericórdia, Ele tudo perdoa.”.

Todas essas afirmações são verdadeiras, só que utilizadas para distorcer a verdade, do jeito que o diabo gosta.

Sim, o padre é um pecador como cada um de nós, mas ele recebeu um poder do próprio Cristo no Sacramento da Ordem, o poder de perdoar os pecados “in persona Christi”, ou seja, na pessoa de Cristo, por isso, a única forma que existe para nos confessarmos diretamente com Deus é através do Sacramento da Reconciliação e Penitência.

Pois, Ele, que é amor, misericórdia e tudo perdoa, deixou na Sua Igreja um “duto” da Sua Infinita misericórdia nesse Sacramento que é o tribunal da Misericórdia de Deus, onde confessamos os nossos crimes e saímos perdoados, sendo que não há crime por maior que seja que não possa ser perdoado neste magnífico tribunal.

Porém, temos que lembrar, que depois da morte iremos para outro tribunal, o tribunal da Justiça de Deus, pois assim como Deus é Misericórdia, Ele também é Justiça e se não recorrermos à Sua Misericórdia neste tempo, enfrentaremos Sua Justiça no nosso juízo particular e no Juízo Final.

Ora, é claro Deus não está engessado, e, portanto, Ele pode dar a graça de uma contrição perfeita diante da morte iminente, porém, é soberba de nossa parte contar com isso, e se tem uma coisa que Deus resiste é a um coração soberbo.

Nosso Senhor revelou a Santa Faustina que o que mais dói n’Ele, não são os nossos pecados, mas sim, não recorrermos ao canal da misericórdia que Ele nos deixou que é o Sacramento da Reconciliação e Penitência.

Os santos se confessavam com muita frequência, muitos uma vez por semana. Será que é porque eles tinham mais pecados que nós? Ou será que é porque eles eram paranoicos que achavam que tudo era pecado? Nenhuma dessas afirmações são verdadeiras. Mas, sim, porque eles eram humildes e por isso enxergavam a verdade sobre a sua miséria e sobre a Infinita Misericórdia de Deus, o que os levava a ter um amor tão grande por Jesus que tinham medo de ofendê-lo.

Quanto mais nos aproximamos da Luz, que é Jesus, buscando a santidade, mais enxergamos a nossa miséria, se não a enxergamos é por que estamos ainda nas trevas da nossa soberba e chamando a Deus de mentiroso, pois, como disse São João: “Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós.” (1João 1.10)

Um coração contrito e humilde é a solução para enxergarmos a verdade da nossa miséria e valorizarmos a Inefável Misericórdia de Deus amando Jesus como Maria Madalena amava. Só assim poderemos “ver Jesus Ressuscitado” e sermos nós também enviados por Ele a anunciar a Boa Nova.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.

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