Conselho de pastores de Apiaí

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ PLANEJAMENTO PASTORAL - DEVOCIONAIS
MARÇO/2024
REUNIÃO DE PASTORES DE APIAÍ E REGIÃO
IPA - 25/03/2024
SAUDAÇÃO
SALMOS 84
CÂNTICO - TEUS ALTARES (JOÃO ALEXANDRE)
2Timóteo 1.6-14 O DOM PASTORAL
Na leitura, não está explícito qual seria o dom que o jovem pastor Timóteo deve reavivar, contudo, como o recebeu no dia da sua ordenação pastoral, creio ser o principal exercício da sua função: ensino e pregação da Palavra.
Ao final do trecho lido, verso 13 especialmente, este tema é importante, contudo, será no capítulo 3, após citar uma série de comportamentos pecaminosos praticados por aqueles que não amam a Deus, que Paulo trará o marcante “Tu, porém” de 3.10, que se repete em 3.14 para colocar o recém ordenado pastor no caminho correto, que se fundamenta em 3.16-17. Mas, tanto este tema de dar valor a Palavra e a sua pregação é importante aqui, que no capítulo 4.3-4 é novamente citado em oposição aos que se desviam da verdade por não darem ouvidos a sã doutrina, enquanto se faz novo contraste com “Tu, porém”, agora em 4.5, para destacar a diferença e o conduza a permanecer como um evangelista, cumprindo seu ministério.
Voltando, ao primeiro texto lido, para nossa edificação, o que me chama atenção é o apelo para que reavives este dom.
O que mais vemos em um jovem é o fogo, no sentido de ser animado, disposto, forte e dinâmico, contudo, o afadigar-se no cuidado com as ovelhas de Cristo unido ao afadigar-se do preparo para servi-las com o melhor alimento espiritual, ou seja, a pregação e estudo bíblico substancioso, gerou desgaste mesmo no jovem pastor Timóteo, que, diferente da maioria de nós, não tinha esposa e filhos até o momento. Por isso, pergunto aos irmãos: seria estranho que essa necessidade chegasse a mim e a você? Reavive o dom que há em ti.
A palavra dom citada aqui é o conhecido termo grego “carisma”, que sempre remete a algo provindo de Deus, não conquistado pelos homens. O curioso é que, diferente do que alguns pensam, este dom concedido por Deus deve ser desenvolvido e aprimorado, exatamente como Jesus ensina na parábola dos talentos em Mt 25. Na parábola, o talento não é aquilo que chamamos hoje, no sentido de ser uma habilidade, pois é uma unidade de peso em dinheiro, e a exigência feita aos trabalhadores é que aquele valor fosse desenvolvido.
Desse modo, volto ao tema da nossa devocional: O dom pastoral, para perguntar aos irmãos: O que se espera de um pastor? O que se espera de nós, pastores do rebanho de Cristo, é que nos afadiguemos na palavra e no ensino. EM sua primeira epístola, o Apóstolo já havia deixado isso evidente ao jovem pastor Timóteo: 1Timóteo 5.17“Devem ser considerados merecedores de pagamento em dobro os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se esforçam na pregação da palavra e no ensino.”
Isso se faz necessário para que o povo de Deus, que serve a Cristo em nossas Igrejas, permaneça satisfeito pela Palavra de Deus e não seja enveredado por todo vento de doutrina (Ef 4.14), ao menos, não por causa de fome espiritual.
Por fim, como conseguiremos isso? Imitando a Cristo Jesus. Creio que existe pelo menos três práticas pastorais que vemos em Jesus e devemos imitar todos os dias para que consigamos fazer o que se espera de nós no seviço ao povo de Deus no exercício do dom que recebemos, que é a pregação e o ensino.
Em primeiro lugar, nosso Redentor não dependia da oração, mas sujeitou-se ao Pai pela oração incontáveis vezes. Precisamos orar sem cessar, irmãos (1Ts 5.17). Em segundo lugar, nosso Redentor também não dependia da Palavra de Deus como nós, pois ele é o Verbo encarnado, ainda assim, na tentação, citou várias referências bíblicas contra o diabo (Mt 4).
Em terceiro lugar, nosso Redentor não dependia da companhia de outras pessoas, pois, como Deus, é autossuficiente. Ainda assim, desenvolveu relacionamentos profundos com pecadores. Por quê? Porque tal como no sétimo dia, o Criador descansou de toda obra que havia realizado na criação, não porque precisava, mas para nos ensinar sobre o descanso temporário e o descanso eterno, também o Redentor manteve comunhão com seus discípulos, tendo 3 mais chegados no grupo de 12, mas também os 70 que foram enviados e certamente centenas ou milhares depois das multiplicações de pães e peixes, incluindo mulheres e crianças.
Orar, conhecer a Escritura e manter a comunhão com os irmãos foi o que Jesus fez ao longo do seu ministério terreno; é o que a Igreja Primitiva fazia, conforme Atos 2.42-47, é o que devemos fazer, porém, sem comprometer nosso principal responsabilidade com o povo de Deus: ensinar e pregar. Caso você esteja cansado e sobrecarregado, lembre-se de Mateus 11.28, vá a Cristo, depois, reavive dom recebido.
Oração
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