Culto especial de Páscoa/24

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
Março/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Sermão de Páscoa
Dia 31/03: João 20.1-31 A ressurreição triunfal
Deus fala: Saudação – Isaías 53.10
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 218 - Vontade soberana
Deus fala: João 14.1-6
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 191 - Rio da vida
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, NOSSA IGREJA, CONGREGAÇÕES, OFICIAIS E MEMBRESIA
Deus fala: 1Coríntios 15.20-28
Nós falamos: Oração de confissão
Coral feminino - Minha Cruz
LOUVOR
Tema: Sermão de Páscoa
João 20.1-31 A ressurreição triunfal
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Por ocasião da Páscoa, o feriado nacional de todos os anos, recordamos que os cristãos não celebram a Páscoa apenas uma vez por ano, mas todos os domingos, por ter a ressurreição de Jesus ocorrido no primeiro dia da semana. De modo especial, comemoramos nossa Páscoa em todos os domingos que celebramos a Santa Ceia, crendo na presença real de Jesus, que nos alimenta espiritualmente.
Para além disso, quanto ao Evangelho de João, devemos ter sempre em mente o seu propósito, conforme descrito em João 20.30–31“Na verdade, Jesus fez diante dos seus discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.”; ou seja, Deus quer que creiamos que o homem Jesus é o Cristo, ou Messias, para termos a vida eterna.
Vamos ao texto: João 20.1-31 A ressurreição triunfal
Neste capítulo 20, notamos a ressurreição de Jesus a partir do relato do túmulo vazio (1-9) e algumas aparições: 1) aparição a Maria Madalena (10-18), 2) aparição aos discípulos (19-23) e 3) a Tomé (24-29), depois, como conclusão, o propósito do livro (30-31).
Vamos a primeira parte, versículos 1-9 (LER), quando notamos o túmulo ser encontrado vazio, no domingo, o primeiro dia da semana. Dia do SENHOR desde a ressurreição. “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;” (Lc 8.2) tornou-se discípula de Jesus e bem de manhã, antes da primeira hora, vai ao túmulo ungir o corpo do seu SENHOR como era o costume daqueles dias.
Mas indo fazer o costumeiro, encontram algo nada comum. A grande pedra que fechava o túmulo estava removida. Aparentemente, Maria não entra, mas corre chamar ajuda. Pedro e João, a quem conta o que viu e o que não viu: a pedra revolvida e o túmulo vazio.
Naturalmente correm. O assunto é urgente. Chegam e veem a mesma cena. João chega primeiro, não entra no túmulo, mas vê os lençóis. Pedro, chega em seguida e entra no túmulo, vê os lençóis e o lenço que não estavam onde o corpo foi depositado, mas como que deixado ao lado. Só então João entra, vê e crê. Note. O texto não está falando que João acreditou no que Madalena disse, mas que creu, na mesma intensidade que irá repetir ao final do capítulo (29).
Pensando nos detalhes dos lençois e lenço da cabeça, existe uma fábula que afirma ter nisto um sinal, mas, de fato irmãos, não há. O único ensino que deve saltar aos nossos olhos e comover nosso coração é que de fato Jesus morreu, tanto que seu corpo foi enrolado nos lençois e sua cabeça coberta com um lenço conforme costume. Tanto que na narrativa sobre Lázaro, o texto diz o mesmo: João 11.44 “Aquele que tinha morrido saiu, tendo os pés e as mãos amarrados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então Jesus lhes ordenou: — Desamarrem-no e deixem que ele vá.”
Portanto, “isso é registrado aqui porque a roupa fúnebre eram os lençóis e lenço. E o costume de enfaixar o corpo fez com que nitidamente notassem que o corpo não havia sido roubado, mas que de fato Jesus havia ressuscitado. A maioria das testemunhas creu ao ver Cristo ressurreto. João crê ao ver as roupas no túmulo vazio. Você e eu cremos porque o texto bíblico diz e o Espírito Santo nos convence de que é a verdade.
Seguindo, vamos aos versículos 10-18 (LER), quando Madalena, chorando, olha para dentro do túmulo e vê algo além dos lençóis e lenço. Anjos vestidos de branco, sentados onde devia estar o corpo de Jesus, perguntam a ela o motivo do choro. Então, ao responder, olha para trás e se torna o primeiro ser humano a ver Jesus ressurreto.
Irmãos, isso é muito importante na história da redenção!
Lendo a Bíblia como um só livro, precisamos lembrar de Eva. Ela recebeu a promessa cumprida na vida de Maria. Se Eva foi a primeira a dar ouvidos à serpente, Madalena é a primeira a ouvir do Cristo ressurreto o seu próprio nome: “Maria!” (16).
Mas isso não é tudo. Durante todo o ano passado comentei com os irmãos que todos que Jesus chama ele envia: “dize-lhes” (17). Enquanto isso acontece, Madalena cai aos pés de Jesus e se agarra ao seu Raboni, que quer dizer Mestre.
Madalena se prostra diante de Jesus, porque reconhece o quanto ele é de fato o Salvador, ao contrário de alguns de nós que dizemos sonhar ver e abraçar, como é típico de nosso tempo, o típico para Madalena foi prostrar-se, por isso Jesus diz: “Não me detenhas”. No entanto, algo além está sendo comunicado aqui, pois se ela toca em Jesus, seu corpo glorificado já não pode ser tratado apenas como um espírito, mas corpo de fato. Portanto, não podemos deixar de afirmar que o Cristo ressurreto segue como nosso representante diante de Deus, pois em seu corpo glorificado é totalmente Deus-homem.
Mas Jesus dá uma mensagem para que Madalena transmita: “Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.”. Neste processo de ascensão, que se inicia na ressurreição, Jesus não está preso ao tempo e espaço como na encarnação, mas no corpo ressurreto, Jesus está no processo da ascensão, pois deve 1) partir para preparar lugar (14.2); 2) enviar o Consolador (16.7); e, por fim, retornar para
levar os seus para estarem com ele (14.3).
Assim, chegamos versículos 19-23 (LER). Aqui temos nossa atenção voltada para a aparição de Jesus aos discípulos. No mesmo dia, o domingo, Dia do SENHOR, estavam reunidos e ainda com medo dos judeus, quando Jesus surge no meio deles e diz algo que encontra lugar certo nos seus corações: “Paz seja convosco” (19). O significado disso é difícil explicar em poucas palavras, mas remete ao shalom, que nunca foi identificado com um acontecimento presente, mas sempre futuro. De modo que a paz de Cristo se torne a característica principal do Reino de Deus. Como ensinou Paulo aos Efésios: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um;” (Efésios 2.13-14A).
Então, repetindo a mesma afirmação de paz como fez a Madalena, Jesus lhes diz: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (21). Atentem para isso, irmãos. A missão da Igreja não se resume em ajuntamento e programações, mas em assumir o ensino de Jesus como verdadeiro. Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12), mas também diz “vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14) Ou seja, tal como o envio do Filho foi realizado pelo Pai do céu, o nosso envio é realizado pelo Filho. Por isso, mais do que construir prédios, a missão que nos cabe é imitar Jesus. Sendo assim: Acenda a luz de Jesus em você! Pregue o Evangelho! A mensagem do perdão! Demonstre ter recebido o Espírito Santo!
Mas o texto segue. Leiamos os versos 24-29 (LER). Aqui lemos sobre a reação de Tomé, mas além disso está a reação de Jesus diante da incredulidade dele. O texto diz que se passam 8 dias, portanto, novamente num domingo, o Dia do SENHOR, Jesus reaparece e a mesma mensagem dada a Madalena e aos discípulos é repetida. Madalena disse: “Vi o SENHOR!” (18), os discípulos dizem: “Vimos o SENHOR!” (25), e agora Tomé vê o SENHOR. Estavam reunidos, com portas trancadas, veio Jesus e disse: “Paz seja convosco!” e logo se dirigiu a Tomé, dizendo: “não sejas incrédulo, mas crente”. (27)
Irmãos, qual é mesmo o propósito da escrita do Evangelho de João? Deus tem o propósito de nos fazer crer em Cristo para vida eterna (Jo 20.30-31). Justamente por isso a reação de Tomé é previsível. Ele diz: “SENHOR meu e Deus meu” (28). Ele creu e o propósito de Deus foi cumprido em sua vida! Nesta confissão de Tomé, tal como começou, o Evangelho também termina: João 1.1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
Cristo é Deus! Feliz é o que crê!
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos sobre a ressurreição triunfal de Jesus. Nisto se resume nossa Páscoa! A ressurreição de Jesus envolveu sua vitória sobre a morte, uma prova de vida, demonstração de compaixão diante de nossa pouca fé e uma promessa de vida eterna. Desfrutemos disso crentes no poder triunfal de Jesus
CORAL - Jesus, nome de poder
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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