Páscoa: morte ou libertação?

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Páscoa: morte ou libertação?
Referência: Êxodo 12.1-51
INTRODUÇÃO
Páscoa (פִּסְחָא, pischa '; פֶּסַח, pesach; Πάσχα, Pascha). Uma observância sagrada no judaísmo que comemora o clímax da 10ª praga no livro do Êxodo, quando Yahweh pune o Egito matando todos os primogênitos, mas “passa” (פָּסַח, pasach) pelos primogênitos de Israel (Êx 12:12–13), resultando na libertação dos israelitas da escravidão no Egito (Êx 12:14–17).[1]
1. A mesma noite da morte para os egípcios, foi a noite de libertação para os hebreus. Para uns o juízo, para outros a salvação. A diferença entre o juízo e o livramento, a morte e a vida, a condenação e a salvação foi o sangue do Cordeiro.
2. Israel estava deixo do chicote do carrasco. Não apenas com as costas debaixo do açoite, mas também com os pés no barro e as mãos calejadas no trabalho. Eram 430 anos de amarga escravidão.
3. Deus ouve o clamor do seu povo e envia o seu mensageiro com uma mensagem expressa a Faraó: DEIXA O MEU O POVO IR.
4. Faraó endureceu o coração e oprimiu ainda mais o povo. Deus enviou dos céus dez pragas, exerceu juízo sobre todos os deuses do Egito, quebrou o orgulho de Faraó, fez abalar as pirâmides milenares e com mão forte e poderosa tirou o seu povo do cativeiro.
5. O golpe final de Deus foi a matança dos primogênitos. Aquela era a décima praga. O único meio de salvação daquele dilúvio de juízo era o sangue do Cordeiro. Não havia outro meio de livramento. A morte visitaria o palácio e as choupanas, pobres e ricos, velhos e crianças. O anjo do juízo passaria à meia-noite. Onde encontrasse o sangue, passaria por cima, mas onde não visse o sangue, o primogênito morreria inapelavelmente/ irrecorrivelmente.
6. A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do terror dos egípcios, foi a noite da libertação do povo de Deus. A mesma mão que feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas trouxe unidade para Israel, salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel se tornou livre para servir a Deus.
7. QUAL É A MENSAGEM DA PÁSCOA?
I. A PÁSCOA MARCA UM NOVO COMEÇO PARA O POVO DE DEUS – V. 1-3
1. Um novo calendário, uma nova vida
• O capítulo 12 de Êxodo é talvez o mais solene e importante de todo o Velho Testamento. Ele registra a instituição da Páscoa. O sacrifício da Páscoa inaugura um novo calendário: “Este mês vos será o principal dos meses…” (v. 2).
Portanto, o “primeiro mês” do ano é o equivalente aos nossos meses de março-abril, chamado de “Abibe”, e depois, no tempo do exílio, de “Nissã”.
• A Páscoa era o começo de uma nova vida para o povo de Deus. A partir dali deixaram de ser escravos do Egito para serem peregrinos na direção da terra prometida. A Páscoa era o memorial de que ali cessava a escravidão e começava uma nova vida, livre!
Primeira aplicação prática: O mundo pensa que quando uma pessoa se converte, ela perde a vida. Mas a conversão não é o fim da vida, é o fim da escravidão. Ser cristão é deixar o Egito e começar a caminhar como um ser livre rumo à Canaã celestial.
• A Páscoa foi o começo de uma nova nação. Até então, Israel não era uma nação. Mas agora, livre, remido, esse povo torna-se o povo separado de Deus. A Páscoa nos mostra um novo começo, um novo calendário, um novo compromisso, uma nova jornada, um novo destino.
Sua vida de verdade só pode ser contada a partir do momento em que você começa literalmente a “andar com Deus”!
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36) – “Quem tem o Filho tem a vida” (1 Jo 5.12)
O passado foi deixado para trás! “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17, ACF).
II. A PÁSCOA REVELA O PROJETO DE DEUS NA REDENÇÃO DA FAMÍLIA – V. 3-4
1. A família está no centro do projeto de Deus
• A família precisa celebrar a Páscoa junta (v. 3). A família precisa toda estar debaixo do sangue do Cordeiro (v. 7). A família toda precisava se alimentar do Cordeiro (v. 8). A família toda precisava celebrar este memorial nas suas gerações futuras (v. 14). A família toda precisa ter o compromisso de ensinar seus filhos sobre o significado da Páscoa (v. 26-27). A família toda obedeceu a essa ordenança divina (v. 28)
2. A salvação da família exige a diligência dos pais
• Poderiam os pais deixarem seus primogênitos fora de casa naquela noite de juízo? Poderiam os pais negligenciar a ordem de Deus de sacrificar o Cordeiro e passar o seu sangue nas vergas das portas? Certamente nenhuma família dos hebreus descansou até ver todos os seus filhos debaixo do sangue.
3. A salvação da família exige confiança plena na Palavra de Deus
• Imaginem se um pai dissesse: “Nós não cremos nessa religião que exige derreamento de sangue. Não vamos matar o Cordeiro. Não vamos sujar nossas casas com sangue. Não acreditamos nessas superstições.” Se assim tivessem feito, enfrentariam o inevitável juízo de Deus. Deus fez exatamente o que avisou, como avisou, quando avisou. O juízo não foi sem alerta. Quem creu foi salvo. Quem não creu foi condenado.
Mc 16.15–18 - E disse-lhes: — Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. 16Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17Estes sinais acompanharão aqueles que creem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.
• Imagine se um pai dissesse, não queremos que o sangue seja passado defronte da Casa, vamos passá-lo lá atrás, ou por dentro da casa, onde ninguém possa ver. Não quero que minha casa seja diferente das casas dos egípcios. Se assim fizesse, aquela casa teria sido visitada pelo anjo do juízo. Aqueles que se envergonham do sangue do Cordeiro, não podem ser salvos pelo Cordeiro.
26Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos. Lc 9.26.
11 Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele também viveremos; 12 se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará; 13 se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. 2Tm 2.11–13.
4. A comunhão das famílias forma a grande congregação do povo de Deus – v. 3,6
• Embora havia muitas famílias, era apenas uma congregação (v. 3,6). Quando nos reunimos Deus nos vê individualmente como parte do Corpo, a igreja. Mas somos membros uns dos outros. O que fez de Israel uma nação, uma congregação, um povo, foi o sangue do Cordeiro. Nosso vínculo é o sangue!
4 Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, 5 assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Rm 12.4–5.
III. A PÁSCOA MOSTRA QUE DEUS SALVA O SEU POVO ATRAVÉS DO CORDEIRO QUE FOI MORTO – V. 5-13
ALGUNS PARALELO DO CORDEIRO DE ÊX.12 E JESUS CRISTO
O Senhor forneceu instruções detalhadas a Moisés e Arão sobre como preparar o povo para a primeira Páscoa. O cordeiro, obviamente, é um símbolo de Cristo (1Co 5:7).
Os critérios para a escolha do cordeiro eram:
1. SEM DEFEITO (representando a ausência de pecado em Cristo); macho de um ano (talvez numa alusão ao fato de que nosso Senhor morreu muito jovem); deveria ser guardado até o décimo quarto dia daquele mês (indicando os trinta anos de vida particular de Jesus em Nazaré, período durante o qual foi testado por Deus, além dos três anos de ministério público em que foi amplamente examinado pelos homens);
2. toda a congregação de Israel o imolaria (Cristo foi morto por mãos de iníquos; At 2:23);
3. deveria ser morto no crepúsculo da tarde, isto é, entre a hora nona e a décima primeira (exatamente a hora em que Jesus morreu; Mt 27:45–50);
4. o sangue do cordeiro deveria ser colocado na porta das residências, para que os moradores se salvassem do destruidor (da mesma forma, o sangue de Cristo, apropriado pela fé, nos salva do pecado, da natureza carnal e de Satanás);
5. a carne deveria ser assada no fogo (representando o derramamento da ira divina sobre Cristo por causa de nossos pecados);
6. deveria ser comido com pães asmos e ervas amargas (simbolizando Cristo como alimento para seu povo).
7. Os cristãos devem viver de forma sincera e verdadeira (sem o fermento da malícia e da perversidade) e em arrependimento genuíno, sempre se lembrando da amargura dos sofrimentos de Cristo.
8. Por último, nenhum osso do cordeiro deveria ser quebrado (v. 46), fato que se cumpriu literalmente no caso de nosso Senhor (Jo 19:36).[2]
1. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro divinamente apontado – v. 3-4 • 6 Abraão pegou a lenha para o holocausto e a colocou nos ombros de seu filho Isaque, e ele mesmo levou as brasas para o fogo, e a faca. E caminhando os dois juntos, 7 Isaque disse a seu pai Abraão: “Meu pai!”. “Sim, meu filho”, respondeu Abraão. Isaque perguntou: “As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” 8 Respondeu Abraão: “Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram a caminhar juntos. Gn 22.6–8.
A pergunta de Isaque a Abraão: Onde está o Cordeiro? introduziu um dos principais temas do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias. A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
• Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías 53, que o Cordeiro era Jesus (At 8:35). Paulo disse para a igreja de Corinto que Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5:7). Pedro disse que fomos remidos pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1 Pe 1:18-20). João o vê no céu e Jesus lhe é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos (Ap 5:6).
• Jesus é o Cordeiro suficiente para uma pessoa (Gn 22:13-14). Jesus é o Cordeiro suficiente para uma família (Êx 12:3). Jesus é o Cordeiro suficiente para uma nação (Is 53:8). Jesus é o Cordeiro suficiente para o mundo inteiro (Jo 1:29).
2. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro sem defeito – v. 5
• Jesus é o Cordeiro perfeito. Ele é o Filho Amado do Pai, em quem o Pai tem o todo o seu prazer. Ele foi obediente até à morte e morte de cruz. Ele não tratou mal seus algozes, mas como ovelha muda foi para a cruz e intercedeu pelos transgressores.
• Ele não conheceu pecado (2 Co 5:21). • Ele não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca (1 Pe 2:22) • Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado (1 Jo 3:5) • Até seu traidor, disse que ele era inocente.
3. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Morto – v. 6-7, 12-13, 21-24 • Não é a vida do Cordeiro que salva. Não é o exemplo do Cordeiro que redime. Não é a presença do Cordeiro na família que livra da morte. O cordeiro tinha que ser morto. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22).
• Algumas pessoas dizem que admiram a vida, o exemplo e os ensinos de Jesus. Outros põem sua confiança nos milagres de Jesus. Mas ninguém é salvo pelos ensinos de Jesus, mas sim, pelo seu sangue. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação. a) Mt 20:28 – Ele veio para dar a sua vida em resgate de muitos b) Mt 26:28 – Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
c) Ap 5:9 – Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.
1Co 15.12–19. Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? 13 Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou; 14 e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. 15 Mais que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo. 16 Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. 18 Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. 19 Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão.
Jesus foi o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar. Sua morte foi vicária, substitutiva. Ele morreu a nossa morte. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. O inocente morreu pelo culpado.
4. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro do sangue aplicado – v. 7,12,13,21,23,24
• Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o sangue do Cordeiro que livra do juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus disse: “Quando eu vir o sangue, passarei por sobre vós” (v. 13).
• A apropriação da expiação precisa ser pessoal: “Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
a) O sangue é sinal de distinção – O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o sangue. Na verdade, só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo de seus pecados. O que vai importar naquele dia não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não debaixo do sangue.
b) O sangue é sinal de salvação – Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia: “Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita”. Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro está justificado. “Agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus Rm 8.1.
c) O sangue é sinal de segurança – O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.
5. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Sustentador – v. 8-11 • Aqueles que são salvos pelo sangue do Cordeiro, alimentam-se do Cordeiro. O sangue nos livra do cativeiro e da morte. O cordeiro nos sustenta para a caminhada rumo à Canaã celestial. Cristo é o alimento. Ele é o pão da vida, e água sem medida.
a) O conteúdo da refeição (v. 8) – A refeição da Páscoa era feita do Cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento.
O CORDEIRO ASSADO NO FOGO – O nosso Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na cruz.
ERVAS AMARGAS – falam do sofrimento que deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente.
PÃO SEM FERMENTO – O fermento é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino (Mt 16:6-12), hipocrisia (Lc 12:1) e vida pecaminosa (1 Co 5:6-8).
Uma observação sobre os elementos da páscoa:
“a carne assada no fogo” – Não era para se comer a carne do cordeiro crua ou cozida. Aqui sabemos que “o nosso Cordeiro da Páscoa deveria sofrer, na cruz, o fogo da justa ira de Deus […] a fim de ser […] alimento para as nossas almas redimidas” (MACKINTOSH, 2018, p. 120).
“o pão ázimo” – isso é, sem fermento, aponta para o Corpo do Cristo puro, sem pecado. Ázimos ou asmos significa sem fermento. “O fermento que fazia a massa crescer consistia num pedaço de massa crua de um pão preparado anteriormente […] o pão novo possuía resquícios do pão anterior” (ADEYEMO, 2010, p. 102).
Dessa forma, vemos os israelitas sendo convocados para abandonar completamente o Egito e suas práticas a fim de partirem para uma vida inteiramente nova!
Essa aplicação também fala da Igreja, a qual é o Corpo de Cristo: “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da sinceridade e da verdade” (1Co 5.7,8).
b) A maneira de participar da refeição (v. 11) – A Páscoa precisa ser comida com pressa. Era hora de sair do Egito. Prontidão para marchar. Lombos cingidos, sandálias nos pés, e cajado na mão. Como-lo-eis à pressa. Deus tem pressa que você saia do Egito. Faraó quis deter o povo: 1) Sirvam a Deus no Egito mesmo (8:25); 2) Fiquem perto (8:28); 3) Fiquem os jovens (10:10,11); 4) Fiquem os rebanhos (10:24-26). Moisés não negocia. O Egito não é o lugar para o povo de Deus permanecer.
6. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo – Ap 1:18
• O Apocalipse nos aponta o Cordeiro de Deus, como aquele que está vivo. Que está no trono. Que reina. Aquele diante de quem todo joelho se dobra. • O Apocalipse nos aponta o Cordeiro que tem sete chifres, onipotente; que tem sete olhos, onisciente. O Cordeiro que voltará para julgar as nações.
Um cordeiro morreu no Egito e seu sangue guardou aquela casa; na plenitude dos tempos, O Cordeiro de Deus se entregou em Israel, na cruz do Calvário; mas hoje, podemos ver “em pé, um Cordeiro que parecia que tinha sido morto” (Ap 5.6; cf. Ap 14.1). IV. A PÁSCOA É UM MEMORIAL A SER PERPETUADO A FIM QUE AS NOVAS GERAÇÕES CONHEÇAM A SALVAÇÃO DE DEUS – V. 14,17,24,26-28
1. Conte para as futuras gerações o que Deus fez por você – v. 26-28
• A nova geração que iria entrar na terra prometida, poderia esquecer-se da amarga escravidão do Egito bem como dos poderosos feitos libertários de Deus. A celebração contínua da Páscoa era um instrumento pedagógico de Deus para manter viva na memória do povo, a história da redenção.
• A morte de Cristo na cruz é o nosso ÊXODO.
• O Cordeiro que foi morto, mas está vivo é o NOSSO ALIMENTO.
• Somos responsáveis a instruir a nova geração a conhecer a Deus, a amar a Deus e a alegrar-se nos seus poderosos feitos.
2. Conte para as pessoas que só aqueles que recebem o selo do pacto podem participar da Páscoa – v. 43,44,45,48
• Nenhuma pessoa pode alimentar-se de Cristo, antes de ser liberto e salvo pelo sangue de Cristo. Ninguém pode fazer parte da solene assembleia do povo de Deus, antes de reconhecer que precisa estar debaixo do sangue do Cordeiro.
• Comer sem discernir o Corpo é comer para o próprio juízo.
• A circuncisão era o selo da antiga da aliança, como o batismo é o selo da nova aliança. Só aqueles que se arrependem, crêem e são batizados são introduzidos nessa bendita assembléia dos remidos.
3. Tenha o cuidado de celebrar a Páscoa com santidade – v. 15-20 • Ao celebrarmos a Ceia do Senhor precisamos examinar o nosso coração, a nossa vida. O fermento é um símbolo do pecado oculto. Começa pequeno, age secretamente, mas espalha-se rapidamente. Ele cresce e incha e infiltra em toda a massa. Não podemos associar iniquidade com ajuntamento solene. Paulo diz: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem como fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Co 5:7-8).
V. A PÁSCOA QUE CELEBRAMOS É A PÁSCOA DO SENHOR – V. 11,27
• 17 vezes o Senhor é mencionado em Êxodo 12. Ele é o centro da história da redenção.
1. Deus revelou o seu poder – v. 29-30
• À meia-noite, Deus visitou em juízo as casas dos egípcios. A Páscoa é um símbolo de redenção para o povo de Deus e de juízo para os ímpios. A morte não respeitou posição nem poder nem idade. A morte não alcançou os israelitas porque eles estavam debaixo do sangue do Cordeiro pascal. Você está debaixo do sangue?
2. Deus guardou a sua promessa – v. 31-36
• Deus havia falado tudo o que ia acontecer. Mas faraó endureceu o seu coração e não creu (Ex 11:1-8). Aqueles que obedeceram foram salvos. Os incrédulos perecem.
• Assim será no dia do juízo. Aqueles que creem e correm para o abrigo do sangue do Cordeiro escaparão do furor da ira do Deus Todo-poderoso, mas aqueles que zombam do sangue do Cordeiro, perecerão. Passará os céus e a terra, mas a Palavra de Deus não passará.
3. Deus libertou o seu povo – v. 37-42,51 • Os israelitas saíram corajosamente do Egito, enquanto estes estavam sepultando os seus mortos (Nm 33:3-4). 600 mil homens, 2 milhões de pessoas. O Êxodo foi a maior demonstração da libertação de Deus na vida de Israel, símbolo da nossa redenção.
CONCLUSÃO
“Algumas pessoas dizem que admiram a vida e os ensinamentos de Jesus, mas não aceitam sua morte na cruz. […] foi sua morte na cruz que pagou o preço pela nossa redenção” (WILLMINGTON, 2015, p. 258).
Infelizmente, por não comerem as ervas amargas, ou seja, renunciar às velhas práticas, muitos fazem como os israelitas que lembraram com prazer dos “velhos tempos no Egito” e desejaram voltar (cf. Êx 16.3; 17.1-3; Nm 11.1-9; 14.1-5).
Enganados por uma projeção fictícia como se tivessem tido um passado glorioso e uma fartura ilusória na terra de sua escravidão, diziam: “Lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito.
Que saudade dos pepinos, dos melões, dos alhos-silvestres, das cebolas e dos alhos!” (Nm 11.5).
Mas os israelitas, desprezando a graça de Deus, blasfemavam dizendo: “Mas agora a nossa alma está seca, e não vemos nada a não ser este maná” (Nm 11.6). Suas almas não estavam secas devido à falta de alimento físico, antes, estavam secos por dentro, pois seus corações estavam pervertidos e endurecidos, resistiram constantemente à voz do Espírito Santo (Sl 95.7,8; Hb 3.7,8,15; 4.7) que saciariam sua sede de paz.
Assim, rejeitavam a graça verdadeira derramada por Deus por meio do Maná, que as Escrituras fazem referência, dizendo que Deus “abriu as portas dos céus; fez chover maná sobre eles, para alimentá-los, e lhes deu cereal do céu.
Todos comeram o pão dos anjos; Ele enviou-lhes comida à vontade” (Sl 78.23-25) e “os saciou com pão do céu” (Sl 105.40). Eles não estavam rejeitando apenas a provisão, mas O Provedor, pois tudo isso que eles desprezaram apontava para Cristo “porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6.33). Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35). “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48).
• A Páscoa deve levar-nos a uma profunda investição, a fim de saber se de fato todos os membros da família estão debaixo do sangue – v. 22
• A Páscoa deve levar-nos a um compromisso familiar de explicar para os nossos filhos o que Deus fez por nós. Quem ele é para nós – v. 26,27.
• A Páscoa deve levar-nos à adoração – v. 27.
A Páscoa é memoria da libertação para os hebreus, contudo para nós a lembrança da vitória de Jesus sobre a morte.
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