CRISTO OU BARRABÁS? Lucas 23.13-25
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Notes
Transcript
Grande ideia: Jesus morreu em nosso lugar, nesse sentido, somos todos Barrabás.
Alguém como eu Canção de Stênio Marcius
Entra Mestre, descansa um pouco.
Estás cansado, estás sedento e rouco.
Dorme Mestre, a casa é Tua.
Já fechei porta e janela pra rua.
Deixou me falando só.
Dormiu tão pesado fazia dó.
Como será Mestre este sonho Teu?
Sonhas como homem? sonhas como Deus?
Sonhas com a glória que tinhas com o Pai, na luz?
Ou sonhas com a cruz?
Perdoa Mestre, mas já é hora.
Uma multidão te espera lá fora.
Estás decidido, não te detenho.
Vais curando até chegar ao lenho.
Partiu, fica a paz em mim.
Fica sala com cheiro de jasmim.
Vai verter a vida do corpo Seu.
Pra levar a culpa de alguém como eu.
Pra lavar o sujo do meu próprio eu.
Levar-me puro a Deus.
Vai verter a vida do corpo Seu.
Pra levar a culpa de alguém como eu.
Pra lavar o sujo do meu próprio eu.
Levar-me puro a Deus.
Pilatos sabia que Jesus estava sendo entregue por inveja. Essa é uma parte da história!
Pois ele bem percebia que era por inveja que os principais sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.
Ricardo Gondim: Inveja é pior que ódio. O ódio não se contém e, devido à fúria, sempre faz alguma coisa. A inveja por sua vez, aceita manter-se quieta; covarde, contenta-se com as sombras. Para semear suspeita, a inveja precisa se mover sob o cobertor das trevas, feito ratazana no esgoto. O invejoso deseja que todos os outros desacreditem da grandeza humana. Revolve lama para que as pessoas não notem seu nanismo interior. Também se esconde em sepulcros caiados para iludir e semear dúvida. Ingeniero afirma que o invejoso sem coragem para ser assassino, resigna-se a ser vil.
Uma escolha a ser feita: “Cristo ou Barrabás?”. (vv. 13-25)
(a) Pilatos tenta lidar com a verdade que o incomodava.
Pilatos perguntou:
— Então você é rei?
Jesus respondeu:
— O senhor está dizendo que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
Pilatos perguntou:
— O que é a verdade?
Depois de dizer isso, Pilatos voltou aos judeus e lhes disse:
— Eu não acho nele crime algum.
Werner de Boor: Mesmo aqui Jesus está falando daquela "verdade" que nos revela a realidade última de nossas vidas e é luz que penetra em toda a nossa existência.
(b) O Pilatos que foi eternizado na história.
Os Evangelistas apresentam Pilatos como sendo um homem venal, inconstante e frívolo. Mesmo sem conhecermos qual tenha sido o seu verdadeiro destino, a imagem que temos gravada na memória é a de um injusto juiz que lavou as mãos do sangue de um inocente. E na água que procurava limpar o seu pecado, viu nela afogar-se o direito romano que deveria ter sido defensor. “A história do direito não conheceu sentença mais arbitrária e antijurídica”.
Eusébio, o historiador eclesiástico, diz-nos que durante o reinado de Gaio (37-41 D.C), Pilatos foi finalmente forçado a cometer suicídio.
(c) A posição de Pilatos é compartilhada por muitas pessoas sábias e cultas deste mundo. Não se preocupam com a verdade, a verdade divina, a Palavra infalível de Deus. (Kretzmann)
(d) Barrabás entra em cena: o homem que foi poupado da morte.
Naquela ocasião, eles tinham um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Estando, pois, o povo reunido, Pilatos lhes perguntou:
— Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?
De acordo com um dos mais antigos manuscritos de Mateus, dois deles em particular, o escritor do evangelho observa que o primeiro nome próprio de Barrabás era Yeshua (Jesus), o que explica por que Pilatos diria: “Qual dos dois quereis que eu vos solte? Yeshua Barrabás ou Yeshua Cristo?”.
(e) Comecei a pensar em Barrabás como o símbolo da escolha de uma sociedade que queria ver Jesus pelas costas.
(f) O coração perverso do homem prefere um bandido ao Criador. (William Hendriksen)
William Barclay:
Barrabás era um homem que alcançou o seu objetivo por meios violentos. Jesus foi um homem de amor e ternura, cujo reino é uma realidade em seus corações. É um fato trágico na história que as pessoas muitas vezes escolhem o caminho da violência, em vez de amor, Jesus Barabbas, em vez de Jesus Cristo.
(g) Barrabás, que significa, "filho do pai", o que provavelmente indicava que ele era filho de um rabi- era um ladrão notório, um salteador.
Werner de Boor:
Não será sem importância para João que esse homem tinha justamente o nome "filho do Pai". Quantas vezes Jesus fora designado como o "Filho do Pai". Quem é o Filho genuíno do verdadeiro Pai?
(h) Depois eu olhei por outro prisma: todos nós somos um pouco “Barrabás”, afinal de contas, Jesus morreu em nosso lugar.
H. Brownlee Reaves:
Não é possível deixar de imaginar o que houve com Barrabás. Eis um homem diante da morte certa, sem dúvida imaginando o que seria morrer na cruz. Sua única esperança, que se achava por um fio, era escapar e levar a vida como um fugitivo. Nem em seus melhores sonhos ele imaginava ser perdoado, sobretudo em troca de alguém como Cristo. Então, quando ocorreu o inimaginável, que foi que ele fez? Será que ele decidiu dedicar a vida a Deus porque tinha recebido a liberdade? Será que ele se arrependeu e fez boas obras o resto da vida, tentando ser digno de seu bom nome, ou será que voltou à vida de crimes e degradação? Infelizmente, a maior parte das pessoas hoje não valorizam o dom que Cristo lhes deu. Elas escolhem ou rejeitá-lo ou aceitá-lo, mas jamais dedicam a vida verdadeiramente a ele.
(i) A ironia desta história toda:
F. F. Bruce:
Não há pouca ironia no fato de que o homem que foi libertado tinha sido condenado pelo mesmo tipo de transgressão da qual Jesus era acusado; a ironia, podemos ter certeza, não passou despercebida por Pilatos.
(j) Para ser fiel à cronologia dos fatos, Jesus ainda sofreu mais um suplício, a mando de Pilatos (não sem antes, Pilatos tentar incomodar a Jesus com sua pseudo autoridade).
Os judeus responderam:
— Temos uma lei e, segundo essa lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
Pilatos, ouvindo tal declaração, ficou ainda mais atemorizado e, entrando outra vez no Pretório, perguntou a Jesus:
— De onde você é?
Mas Jesus não lhe deu resposta. Então Pilatos o advertiu:
— Você não me responde? Não sabe que tenho autoridade tanto para soltar você como para crucificá-lo?
Jesus respondeu:
— O senhor não teria nenhuma autoridade sobre mim se de cima não lhe fosse dada. Por isso, quem me entregou ao senhor tem maior pecado.
Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Então os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, que é o Pretório, e reuniram toda a tropa. Vestiram Jesus com um manto púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele. E o saudavam, dizendo:
— Salve, rei dos judeus!
Batiam na cabeça dele com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto púrpura e o vestiram com as suas próprias roupas. Então conduziram Jesus para fora a fim de o crucificarem.
Foi colocado em Jesus um “manto de púrpura”, e na cabeça uma “coroa de espinhos”. Tratava-se do espetáculo do deboche e do escárnio!
Adolf Pohl: a flagelação romana era executada de maneira bárbara. O delinquente era desnudado e amarrado a uma estaca ou coluna, às vezes também, simplesmente jogado no chão e chicoteado por vários carrascos até estarem cansados e pedaços de carne ensanguentada ficavam pendurados.
Strobel, Lee. Em Defesa de Cristo:
Um historiador do século III de nome Eusébio descreveu um açoitamento nestes termos: “As veias do sofredor ficavam abertas, e os músculos, tendões e órgãos internos da vítima ficavam expostos”. No mínimo, a vítima sofria dores terríveis e entrava em choque hipovolêmico.
Hipo significa “baixo”, vol refere-se a “volume” e êmico significa sangue; portanto, choque hipovolêmico quer dizer que a pessoa está sofrendo os efeitos de perder grande quantidade de sangue. Isso ocasiona quatro coisas. Primeiro lugar, o coração se esforça para bombear mais sangue, mas não tem de onde; em segundo lugar, a pressão sanguínea cai, causando desmaio ou colapso; em terceiro lugar, os rins param de produzir urina, para conservar o volume que sobrou; e em quarto lugar a pessoa fica com muita sede, pois o corpo pede por líquido para repor o sangue que perdeu.
Mas ele foi traspassado
por causa das nossas transgressões
e esmagado por causa
das nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele,
e pelas suas feridas fomos sarados.
(k) Ainda sobre Pilatos:
Charles Swindoll:
Diz-se muito que esse homem, conhecido por sua crueldade como governante, sofreu dores de consciência pelo julgamento de Jesus- tanto que absolve a si mesmo perante os judeus, a quem odiou mais do que qualquer outra coisa- e que sabia que havia prejudicado um homem inocente. Não há ousadia ou arrogância aqui, que é o que você poderia esperar de Pilatos nessa colocação, perante sua audiência. Em vez disso, mostrou fraqueza de consciência e total ausência de caráter. Fazendo assim, Pilatos envia um homem inocente para a cruz e, por conseguinte, alivia a culpa de si mesmo.
2. Outras aplicações:
(a) Até hoje a sociedade vem preferindo Barrabás do que a Jesus: ela ignora o Salvador e se satisfaz provisoriamente com os seus substitutos.
Pilatos lhes perguntou:
— Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo?
Todos responderam:
— Que seja crucificado!
Pilatos continuou:
— Que mal ele fez?
Porém eles gritavam cada vez mais:
— Que seja crucificado!
Vendo Pilatos que nada conseguia e que, ao contrário, o tumulto aumentava, mandou trazer água e lavou as mãos diante do povo, dizendo:
— Estou inocente do sangue deste homem; fique o caso com vocês!
E o povo todo respondeu:
— Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos!
N. T. Wright:
Na estranha justiça de Deus, que anula a “justiça” injusta de Roma e de todo sistema humano, a misericórdia de Deus chega aonde a misericórdia humana não poderia chegar, não só participando do destino do pecador, mas, nesse caso, também o substituindo.
(b) Mas penso também em cada um de nós sendo um pouco “Barrabás” também. Afinal de contas aquela cruz do meio era para ele, e Jesus a ocupou.
Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz.
Com essas palavras Paulo cria uma imagem mental como se, na hora em que os cravos entraram nas mãos de Cristo, eles estivessem também ali encravando a Lei, prendendo-a na cruz, de maneira que agora já não poderia mais sair dali para condenar quem quer que fosse. Isso porque, preso à Lai, está o sacrifício que ela exige. As duas coisas juntas, cravadas na cruz: a Lei que nos era contrária, com sua escrita de dívida e, por cima, o recibo do pagamento. Cristo e a Lei cravados na cruz, nos lembram, toda vez que percebemos que a Lei nos condena, que, ao seu lado, gravado em sangue, está o recibo de garantia de quitação dessa dívida.
Ilustr.:
É da Coréia a história de uma mãe camponesa que foi surpreendida juntamente com o seu filho por uma forte tempestade de inverno. Tentando desesperadamente salvar a vida do seu pequeno, ela tirou as roupas pesadas e as enrolou no bebê. Na manhã seguinte, seu corpo congelado foi encontrado e embaixo de uma camada de tecidos ao lado dela ouviu-se o choro do seu filho, salvo e aquecido. Enquanto crescia, o menino sempre ouviu a história do amor e do sacrifício de sua mãe. Num dia frio de inverno, ele foi visto no túmulo da mãe, sem casaco nem blusa. E ele não parava de perguntar: “Mãe, foi um frio assim que você sentiu por causa de mim?”