RESSURREIÇÃO
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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
TEXTO SOLENE: Lc 24.6
Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galileia,
TEMA: ELE NÃO ESTÁ AQUI, RESSUSCITOU!
INTRODUÇÃO:
Lucas apresenta a sua narrativa a respeito da Ressurreição, cada evangelista escreve a sua perspectiva sobre esse tema. Cada autor enfatiza alguns pontos, Lucas por exemplo. É o único escritor que menciona a maravilhosa história da caminhada para Emaús. Lucas é o único escritor que registra a ascensão de Cristo, de forma abreviada no evangelho e de forma abrangente no livro de Atos.
Porém, quando falamos na morte de Cristo e consequentemente na sua Ressurreição, esses acontecimentos estão inseridos dentro de uma tradição judaica que é a Páscoa.
Hoje celebramos a páscoa. O mundo celebra a páscoa dentro de um contexto capitalista. Porém, a páscoa na tradição judaica é celebrada a partir da libertação do povo israelitas da escravidão no Egito. Consequentemente, essa celebração se tornou um mandamento de Deus, como um memorial daquilo que Deus havia feito pelo seu povo.
Por outro lado, a páscoa, também é, uma celebração da tradição cristã. Pois, somos nós cristãos, que celebramos a Ressurreição de Cristo e é através da morte de Cristo que nós fomos libertos de todo pecado.
A páscoa é um simbolo de libertação tanto para Israel, como para nós cristãos e para o inferno é um lembrete que o nosso Jesus venceu e está vivo.
Mas quando pensamos na Ressurreição de Cristo, há uma série de eventos que nos apontam para a importância desse fato histórico. Quando pensamos na Ressurreição, necessáriamente, precisamos nos lembrar do que nos leva até esse momento da história do cristianismo. E para isso, lembremo-nos que o seu nascimento e a sua morte e consequentemente sua ressurreição já estava profetizada pelos profetas.
A Ressurreição não é mais uma história contada por algum históriador. Não é apenas uma história antiga, mas é uma realidade que define toda a nossa vida cristã. A Ressurreição de Criste é a centralidade, de hoje estarmos aqui cultuando e glorificando ao Rei dos reis.
Mas quando pensamos na Ressurreição, logo, pensamos na morte. Afinal, para que haja a ressurreição, necessariamente é preciso ter passado pela morte. Quando pensamos na morte, devemos ter em mente as razões que levaram Cristo a ser crucificado.
É interessante, que na atualidade na qual vivemos. Muitos cristãos, não gostam de ouvir a respeito dessas razões, por que? Porque são essas razões que apontam para o meu pecado. São essas razões que demonstram toda a minha natureza humana.
Só que apesar dessas razões terem levado o meu Senhor para a cruz. A verdade é que ao terceiro dia, Ele ressuscitou e está vivo.
Entretanto, quando falamos da Ressurreição, no sentido, se realmente ela aconteceu, precisamos entender alguns pontos importantes em que Paulo destaca em seu livro de 1 Coríntios.
Em nenhum lugar nas Sagradas Escrituras essa doutrina é tratada de maneira tão profunda, exaustiva e completa quanto nesse livro e especialmente no capítulo 15. Paulo resume o evangelho em três fatos essenciais: 1 - Cristo morreu pelos nossos pecados; 2 - Ele foi sepultado e; 3 - Ele ressuscitou dentre os mortos.
Entretanto, o que Paulo realmente enfatiza, está nos versículos 14 ao 19. Iremos observar apenas quatro pontos.
1 - Se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação.
A igreja de Coríntios começou a sofrer influência da filosofia grega. A qual acreditava na imortalidade da alma e não na ressurreição do corpo.
Então, Paulo, começa a tratar e a ensinar sobre a Ressurreição de Cristo. Após discorrer uma série de versículos, Ele vai dizer que se Cristo não tivesse ressuscitado era inútil a pregação. Aquilo que ele estava pregando, aquilo que tantas outras pessoas estavam pregando não teria sentido nenhum.
Não teria nenhuma razão alguns dos discípulos estarem sendo mortos em nome de Cristo, se de fato Cristo não tivesse ressuscitado.
A Ressurreição é o alicerce da nossa pregação. A Ressurreição é o alicerce do cristianismo, é o alicerce da igreja.
Não haveria igreja se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria grupo de jovens, circulo de oração, grupo dos adolescentes, dos varões. O fato de hoje estarmos aqui, é porque Ele ressuscitou e está vivo para toda eternidade.
Havia mais de quinhentas pessoas que viram Cristo Ressurreto, o próprio Paulo é uma testemunha ocular.
Infelizmente, vivemos em uma geração que tem se inflamado de suas filosofias. O mundo não tem dado crédito para a pregação. O mundo não têm dado valor para o Evangelho, mas chegará um dia que as pessoas vão querer ouvir a pregação e não terá quem pregue. Não terá quem anuncie a salvação.
Mas louvado seja Deus, que hoje estamos aqui, celebrando essa páscoa porque Ele morreu, mas também, ressuscitou. Aqui é a primeira aplicação que eu faço para mim e para você, fomos alcançados pelo evangelho através da pregação. Mas só há pregação porque Ele ressuscitou.
2 - Se Cristo não ressuscitou, em vã é a nossa fé.
Paulo continua sua argumentação em defesa da Ressurreição de Cristo. Agora, ele aponta para a fé. Paulo estava dizendo para os irmãos da igreja de Coríntios que, se Cristo não havia ressuscitado, a fé estava baseada numa mentira. Não fazia sentido nenhuma ter fé naquilo que não havia acontecido ou existido. Uma fé sem a Ressurreição é uma fé sem fundamento.
A importância da ressurreição é percebida desde os primeiros momentos da era cristã. Por exemplo: De certa forma, os discípulos sempre creram em Jesus como o Cristo. Um exemplo dessa fé verdadeira, mas ainda bem verde, imatura, foi o testemunho de Pedro (Mt 16.16b): “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Mas a fé dos seguidores de Jesus foi profundamente abalada pela crucificação, ao ponto de fazer com que eles, imediatamente depois da morte de Cristo, abandonassem tudo e retornassem para o lugar de onde tinham saído para segui-lo.
O mesmo Pedro que, no Evangelho de Mateus, havia afirmado com total segurança que Jesus era o Cristo acabou negando-o três vezes na noite em que o Senhor foi preso, ainda antes da crucificação. Embora tivessem crido na pregação de Jesus, deixado tudo e o seguido, os discípulos não foram fortes o suficiente para — mediante prisão, crucificação, morte e sepultamento — continuarem crendo na identidade de Cristo como Messias.
Todavia, três dias depois da ressurreição, aqueles mesmos homens tiveram a fé fortalecida, e saíram para anunciar o evangelho do Salvador que havia vencido a morte.
É isso que Paulo está no ensinando aqui; se hoje temos fé, é porque Ele ressuscitou.
Está escrito que sem fé é impossível agradar a Deus. Ou seja, só agradamos a Deus mediante a nossa fé e se temos fé, necessariamente devemos acreditar e testemunhar que Ele está vivo.
3 - Se Cristo não ressuscitou, nossos pecados não seriam perdoados.
Após Paulo falar que em vã seria a pregação e a fé. Paulo, agora enfatiza que os irmãos de Coríntios ainda viveriam em seus pecados.
O fato é que se Cristo não ressuscitou do túmulo, Ele está morto; um Cristo morto é incapaz de justificar os crentes; e crentes não justificados permanecem em seus pecados.
Ou seja, a nossa justificação depende justamente da Ressurreição de Cristo. Sem o Cristo ressurreto não existe justificação, sem a justificação não existe a fé viva, e sem a fé viva não existe perdão de pecados.
Embora seja através da morte que os nossos pecados foram perdoados, embora a nossa purificação seja por causa do derramamento do seu sangue. É a Ressurreição que válida o sacrifício de Cristo. É a Ressurreição que demonstra toda evidência que Deus aceitou Cristo como Cordeiro.
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” Romanos 4.25.
A Ressurreição de Cristo destrói todo tipo de poder do pecado, bem como os mais elevados poderes espirituais do reino das trevas. Com a vitória de Cristo na cruz, a vida nos é administrada. A Ressurreição aponta para a glorificação, assim como, Cristo subiu com um corpo glorificado nós também, receberemos um corpo glorificado.
4 - Se Cristo não ressuscitou, nossa esperança seria vazia.
Um escritor Moisés Ribeiro escrevendo a respeito de Lucas 24, escreve dizendo: Lucas deixa claro que a ressurreição de Cristo é um fato eloquentemente comprovado por quatro razões. Primeiro, pelo estado da alma de cada discípulo.
Só iremos tratar apenas da primeira razão, pois, os discípulos não estavam pensando na ressurreição (Lc 24.1.5), a esperança que eles tinham se havia perdido (Lc 24.21). Eles não estavam acreditando nas mulheres que estavam testemunhando a Ressurreição do seu Mestre.
Podemos ver claramente a falta de esperança na vida desses homens. É notório a transformação que esses homens tiveram após a ressurreição. Eles eram seguidores de Cristo, aonde o Mestre estava eles também estavam. Mas no momento da prisão, no momento da crucifucação e após o sepultamento, houve um silêncio na vida desses homens. Houve um desânimo, eles perderam toda espectativa que haviam atribuidos na vida de Jesus.
Mas agora, com a morte do Messias e com a certeza da sua morte, esses homens estavam sem nenhuma esperança. Mas é nesse momento que Cristo entra em cena e renova as nossas esperanças.
É no momento em que parece não haver mais saída, é no momento em que parece não ter nenhuma solução. A esperança se renova e gera em nós novas espectativas.
Há um ditado popular que diz: A esperança é a última que morre. Pelo contrário, a esperança está viva e reina para todo o sempre.
Quem sabe, você entrou aqui e chegou até este lugar desmotivado, sem nenhuma espectativa. Mas saiba que existe esperança para a tua vida! Há esperança para a tua casa! Há esperança para a tua família.
5 - Se Cristo não ressuscitou, o Espírito Santo não havia descido.
Por fim, a verdade é que se Cristo não morrese e se não ressuscitasse e, consequentemente, não subisse para o céu. Nós não receberiamos o Espírito Santo.
João no capítulo 16 vai relatar as palavras de Jesus, o qual vai dizer - que era necessário que Ele fosse, para que nós recebessemos o Consolador.
Se Cristo não tivesse ressuscitado, nós não o receberíamos. Mas louvado seja Deus, que Ele o entregou para morrer em nosso lugar. Louvado seja Deus, porque Ele enviou o seu Espírito Santo.
É através do Consolador que eu e você podemos ter acesso ao Pai. É através do Consolador que eu e você podemos ter comunhão com Deus. É através do Espírito de Deus.
É Espírito Santo que nos anima, que nos encoraja, que nos fortalece. Sem o Espírito Santo, não há adjetivos para explicar como o mundo seria.
A verdade é que nós dependemos totalmente da ação do Espírito Santo, é Ele que convence o homem do pecado. É Ele que livra o homem do juizo de Deus. É o Espírito Santo que é derramado sobre a nossa vida e nos enche de alegria.
Concluo dizendo...
Imaginem por um momento o túmulo vazio na manhã da Páscoa. Imaginem o sol nascendo, banhando o mundo em luz e esperança. E ali, no túmulo vazio, encontramos não apenas o testemunho de um evento histórico, mas o símbolo mais poderoso de vida, vitória e renovação. A ressurreição de Jesus não é apenas uma história antiga; é uma realidade presente que ecoa através dos séculos, alcançando cada um de nós neste exato momento.
E como podemos explicar essa realidade? Como podemos entender o fato de que aquele que foi crucificado e sepultado agora vive? É aqui que a ação do Espírito Santo se revela em toda a sua glória. É o Espírito Santo que nos convence da verdade da ressurreição, que nos capacita a crer com todo o nosso coração e nos enche de uma esperança que transcende as circunstâncias mais sombrias.
Queridos, permitam-se serem tocados por essa realidade profunda e transformadora. Permitam que a ressurreição de Cristo penetre em cada aspecto de suas vidas, trazendo cura onde há dor, esperança onde há desespero e vida onde há morte. E permitam que o Espírito Santo opere em vocês de maneiras que vocês nunca imaginaram possível, capacitando-os a viver uma vida de amor, alegria e poder sobrenatural.
Paulo diz que, sem a ressurreição de Cristo:
1 - Nossa fé seria vã; (1Co 15.14)
2 - Nossa pregação seria inútil; (1Co 15.14)
3 - Nosso testemunho seria falso; (1Co 15.15)
4 - Nossos pecados não seriam perdoados; (1Co 15.17)
5 - Nossa esperança seria vazia; (1Co 15.19)
6 - Seríamos os mais infelizes de todos os homens. (1Co 15.19)