IMPIEDADE – Pág. 53 -57 – Parte I

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Quanto mais vivemos, mais aprendemos sobre o ódio que o homem abriga em seu coração e sobre os tristes resultados deles. Mas Deus também sabe o que é odiar, com a diferença de que ele odeia o pecado e a maldade dos rebeldes e perversos. Assim, Salomão introduz esse trecho dizendo que “há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta”. Esse formato numérico crescente é uma figura de linguagem — muito frequente no capítulo 30 — que tem como intenção introduzir uma lista não exaustiva que pretende enfatizar um enfoque em especial. O primeiro pecado odiado por Deus são os “olhos altivos”, algo que também poderia ser descrito como um coração orgulhoso ou uma atitude arrogante. O segundo pecado é a “língua mentirosa” que causa males em terceiros e que é fruto de um caráter pervertido (vv.12-14). O terceiro está ligado às “mãos que derramam sangue inocente”, cuja crueldade e injustiça são totalmente rejeitadas pelo Senhor.O quarto pecado odiado por Deus é o “coração que traça planos perversos”, algo que não tem a ver com impulsividade ou mera tolice, mas com uma maldade premeditada e consciente que tem como objetivo prejudicar terceiros para obter benefícios pessoais. O quinto são os “pés que se apressam para fazer o mal”, já que esse é o passo seguinte daquele que faz planos malignos em seu coração, passando agora à ação prática da sua maldade. O sexto pecado vem daquele que é uma “testemunha falsa que espalha mentiras”, maculando qualquer conceito de justiça e retidão com seu falso testemunho, carregado de claras intenções de prejudicar alguém. Porém, o último pecado, o sétimo da lista, é o que recebe uma atenção especial dentro da figura numérica crescente que introduz o texto. Sendo assim, o escritor apresenta o pior pecado dessa lista como vindo daquele “que provoca discórdia entre irmãos”. Além de esse tema concordar e ilustrar o ensino do escritor nos vv.12-15, esse versículo também serve como um tipo de clímax na reprovação do perverso que coloca uns contra os outros com a finalidade de obter benefícios pessoais. Uma lista como essa deve fazer qualquer pessoa pensar muito bem antes de fazer coisas que o colocariam nessa linha de tiro. Ao contrário, a decisão do sábio é ser alvo do mais sublime e maravilhoso amor do Senhor, crendo e se entregando ao Senhor Jesus Cristo. É essa a escolha que você tem feito? Pense bem! Pr. Thomas Tronco
Quando falo sobre áreas específicas de pecados aceitáveis, um comentário que ouço com frequência é que o orgulho é a raiz de todos eles. Embora concorde que o orgulho tenha um papel importante o desenvolvimento e na manifestação dos pecados sutis, creio que há outro pecado ainda mais básico, mais amplo e mais provável de ser a causa dos outros pecados.
Refiro-me ao pecado da impiedade, do qual todos nós somos, de certa forma, culpados. A afirmação surpreendeu você? Não nos vemos como ímpios. Afinal, somos cristãos; não somos ateus ou perversos. Frequentamos a igreja, não cometemos pecados escabrosos, e vivemos de modo digno. Em nosso entendimento, ímpios são aqueles cujas vidas são um poço de pecado.
7.1. Como, então, posso dizer que todos nós cristãos somos, até certo ponto, ímpios?
7.1.1. Em desacordo com o pensamento geral, impiedade e perversidade não são a mesma coisa. Alguém pode ser escrupuloso e respeitável, e mesmo ser ímpio. Romanos 1:18
7.1.2. Observe que Paulo faz distinção entre impiedade e injustiça. Impiedade descreve a atitude contra Deus, enquanto injustiça se refere ao pecado cometido em pensamento, palavra ou ação.
7.1.3. Um ateu confesso, ou mesmo alguém com uma mentalidade secular, é evidentemente ímpio; todavia, há muitas pessoas decentes que também são ímpias, embora afirmem acreditar em Deus.
7.1.4. Impiedade pode ser definida como viver sem pensar – ou pensar pouco – em Deus, ou na vontade de Deus, ou na glória de Deus, ou na dependência de Deus. Não é difícil notar que a pessoa pode ter uma vida decente e ser ímpia, uma vez que Deus é irrelevante no seu dia a dia.
7.1.5. Encontramos pessoas assim por todos os lados no decorrer de nossos afazeres diários. São pessoas simpáticas, educadas e caridosas, mas Deus está longe de seus pensamentos. Talvez até passem uma hora por semana na igreja, mas vivem os outros dias como se Deus não existisse. Não são perversas, são ímpias.
7.1.6. A tristeza é que muitos de nós que são cristãos vivem o dia a dia sem pensar muito em Deus, ou nem sequer pensamos. É até possível que leiamos a Bíblia e oremos por alguns minutos pela manhã; mas, logo em seguida, já nos detemos com nossos afazeres, e vivemos basicamente como se Deus não existisse.
7.1.7. Dificilmente levamos em conta nossa dependência de Deus ou nossa responsabilidade para com ele. As horas correm sem que pensemos um segundo em Deus. Nesse sentido, somos bem iguais ao nosso vizinho que é gentil e decente, mas não é salvo. Ele nunca pensa em Deus, e nós só pensamos nele de vez em quando. Tiago 4:13-15
7.1.8. Tiago não condena essas pessoas porque fazem planos ou traçam negócios lucrativos. Condena o fato de as pessoas não reconhecerem que dependem de Deus para a realização de seus planos. Nós também fazemos planos sem reconhecer que dependemos totalmente de Deus para torná-los realidade. Esse é um modo de a impiedade se expressar.
7.2. Da mesma forma, raramente pensamos na prestação de contas de nossos atos a Deus e na responsabilidade de vivermos conforme sua vontade moral revelada na Bíblia.
7.2.1. Isso não significa que estejamos mergulhados em pecado; o problema é que dificilmente consideramos a vontade de Deus e, quase sempre, nos contentamos em evitar os pecados gritantes. Colossenses 1:9,10
7.2.2. Observe como a oração se concentra em Deus. Paulo desejava que seus leitores fossem cheios do conhecimento da vontade de Deus – ou seja – de sua vontade moral. Desejava que vivessem de modo digno de Deus e agradando-lhe em tudo, e orava por isso. A oração centrada em Deus é assim.
7.2.3. Tenha em mente que os crentes de Colossos não eram supercristãos; eram pessoas iguais a nós, vivendo dia a dia em uma sociedade bem pior do que a nossa. Mesmo assim. Paulo esperava que vivessem vidas santas, e orava para que isso acontecesse.
7.2.4. Nossas orações mostram preocupação com a vontade e a glória de Deus, e desejo de viver de modo que o agrade? Ou são mais parecidas com uma lista de tarefas que apresentamos a Deus, pedindo-lhe que intervenha na saúde e na necessidade financeira de familiares?
7.2.5. Não é condenável apresentar nossas necessidades terrenas a Deus. Na verdade, esse é um modo de reconhecermos que dependemos dele diariamente. Mas, se oramos apenas por essas coisas, estamos tratando Deus como um “office boy divino”, e nada mais. Nossas orações estão focadas essencialmente no ser humano, e não em Deus. E, de certa forma, somos ímpios nesse aspecto.
7.2.6. Para Paulo, tudo na vida tem de ser feito na presença de Deus com o objetivo de agradá-lo. Note, por exemplo, como ele instrui os escravos que eram membros da igreja de Colossos. Colossenses 3:22-24
7.2.7. Sua admoestação para que fizessem tudo “de coração, como se fizessem ao Senhor e não aos homens”(v.23) apresenta uma regra por meio da qual buscamos viver de maneira íntegra em nosso trabalho e profissão.
7.2.8. Mas quantos cristãos tentam seguir essa regra no viver diário? Será que não realizamos nossas atividades da mesma forma que os nossos colegas não crentes e infiéis que trabalham só em benefício próprio, de olho numa subida de cargo e no aumento de salário, sem jamais levar em conta o que agrada a Deus?
7.2.9. Consideremos a igreja de Corinto, que, como já observamos, era uma confusão. I Coríntios 10:31
Tudo inclui cada atividade de nosso dia. Fazer tudo para a glória de Deus significa que faço as refeições, dirijo o carro, vou às compras e relaciono-me com as pessoas tendo dois objetivos em mente:
O primeiro é fazer tudo de modo que agrade a Deus. Quero que Deus fique contente com meu jeito de realizar até as coisas mais simples do dia a dia. Assim, oro pelas circunstâncias que me aguardam, pedindo que o Espírito Santo dirija meus pensamentos, palavras e ações de modo que agradem a Deus.
O segundo objetivo é que todas as minhas atividades honrem a Deus perante os outros. Mateus 5:16
Pense dessa forma: se todas as pessoas com quem você interage no decorrer do dia sabem que você confia em Jesus como Salvador e Senhor, suas palavras e ações estão glorificando a Deus perante elas?
CONCLUSÃO:
Estamos nos empenhando para glorificar a Deus diante dos outros?
Buscamos glorificá-lo em oração e de modo consciente no que dizemos e fazemos durante o dia?
Ou realizamos nossas tarefas pensando pouco ou nem sequer pensando em Deus?
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