Atitudes são necessárias
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Ageu 1.8-15
Ageu 1.8-15
Intro: Certa vez o pastor Richard Baxter disse o seguinte sobre o estudo das Escrituras:
Não é a obra do Espírito dizer-lhe o significado das Escrituras e dar-lhe o conhecimento da divindade, sem seu próprio estudo e trabalho, mas abençoar esse estudo, e dar-lhe conhecimento por meio dele.
Richard Baxter
Irmãos, tantas vezes nos apegamos a soberania de Deus e fechamos nossos olhos para aquilo que devemos fazer. Infelizmente, a garantia do sucesso na missão, soberania, se torna uma desculpa para a falta de compromisso. Como Baxter diz, não adianta esperarmos compreender a Bíblia se não nos debruçarmos nela.
Deus guiará sua compreensão mediante sua atitude de procurar entendê-lo, e Isso também se estende às demais áreas da nossa vida. E de modo certeiro isso atingiu a fraqueza dos judeus naqueles dias, pois: Deus requer uma atitude de seu povo. Independente do tempo, isso não mudará, vamos perceber essa ideia no texto.
2. Conselho (8-11)
1. Continuando o raciocínio após Ageu estruturar os versos de 5-7 no tema “Considerai o vosso passado”.
2. O autor agora traz a ordem divina para reorganizar a vida social-religiosa do povo.
3. O verso oito inicia com um imperativo, e isso indica que após Deus acusá-los do pecado que eles estavam cometendo, chegou a hora de agir!
4. O povo precisa tomar uma rápida atitude naquele momento.
5. Analisando a ordem de Deus, ele os diz para subir ao monte, e podemos nos questionar sobre o motivo disso.
6. Em Neemias 8.15 pode elucidar a questão: “que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte e trazei ramos de oliveiras, ramos de zambujeiros, ramos de murtas, ramos de palmeiras e ramos de árvores frondosas, para fazer cabanas, como está escrito.”
7. O texto descreve que perto do povo, já havia o necessário para continuar a reconstrução do templo, assim, Deus quer que eles subam até lá. Eles não receberiam facilmente, é necessário ação!
8. Muitas vezes acabamos tendo essa dificuldade, e esquecemos que é necessário fazer algo, porque as coisas não cairão do céu.
9. Assim, seguindo o verso diz: “trazei madeira”, a palavra trazei aqui ela tem um efeito semelhante ao das ruínas. Outro jogo de palavras.
10. Mas a tradução acaba ocultando um pouco disso, perceba que no verso 6 aparece “recolhido pouco” e no verso 9 “quando trouxestes para casa”. As três expressões são parecidas.
11. No centro disso fica o “trazei madeira” no modo imperativo, esclarecendo que a próxima coisa que o povo deveria fazer era trazer aquilo que era necessário para a casa de Deus, e não aquilo que eles julgavam necessário para si próprio!
12. E, assim, edificarem a casa de Deus. A começar pela ação de buscar os recursos.
13. Aparentemente o que Ciro disponibilizou (Ed 3.7) para a construção não existia mais, e por isso, voluntariamente, o povo deveria agir e compensar essa falta.
14. Uma pergunta que fica sem resposta sobre isso, é como a madeira acabou e a obra não?
15. Fazendo uma inferência no texto, podemos chegar à duas possibilidades: Ou realmente acabou ou houve desvio de recursos. Já que não há uma menção novamente da primeira madeira.
16. Apenas podemos ficar no campo das hipóteses sobre isso. Mas, a casa só tinha os alicerces, era necessário fazer a cobertura e acabamentos.
17. E aqui, Deus os incentiva intensamente com suas palavras: Dela me agradarei e serei glorificado.
18. Logo, ele garante que vai aprovar aquela obra. O povo poderia ter a certeza de que seriam aceitos por Deus.
19. No entanto, os recursos sairiam do esforço voluntário deles. Após o término do trabalho a casa alcançaria seu propósito: A glória de Deus.
20. Seguindo no verso 9, Deus os relembra suas atitudes anteriores fazendo a ligação da palavra trazer.
21. Eles estavam vivendo na expectativa x realidade, eles faziam de tudo para ter uma colheita farta, e como o verbo “esperastes” destaca, havia de fato uma grande expectativa nisso.
22. Mas, como já falamos, o que aconteceu? A realidade, era pouco!
23. Pois Deus assoprou, indicando que vinha Deus a precariedade que os judeus estavam passando.
24. Irmãos, nem sempre as dificuldades que temos na vida pode ser necessariamente por conta de pecado.
25. Mas, através dessa passagem, entendemos que essa situação é possível, e precisamos acordar para não persistir no erro que tende a ser desastroso. Pense um pouco, se for seu caso nessa noite, há tempo para corrigir!
26. Deus deixa bem claro a culpa dos judeus ao responder o porquê nessa passagem.
27. Eles estavam nessa situação porque deixaram de lado o templo, e isso é o mesmo que rejeitar a presença especial de Deus entre o povo.
28. Já que o templo simbolizava essa habitação. Isso seria o mesmo que dizer: Deus, não queremos nada contigo!
29. Logo, enquanto a situação religiosa estava assim, o povo corria a favor da sua situação social. É como se cada um de nós estivesse conversando na parte de fora da congregação, e ela estivesse pegando fogo, sem ninguém fazer nada. A conversava rolava sem se importar com nada.
30. As duas situações estavam acontecendo ao mesmo tempo, o povo corria por si mesmo, e não se esforçava por Deus, chegou o momento da mudança!
31. Os versos 10 e 11 afunilam ainda mais as atitudes que Deus tomou para abrir os olhos do povo.
32. Observe o verso 10, “Por isso” ajuda a entender essa ideia, no sentido de causa x efeito.
33. Vocês estavam esperando chuva, para ajudar no processo de colheita, que pena, não vem!
34. Para o povo que necessita urgentemente de chuva para sobreviver, imagina o desastre que é a ausência dela.
35. E por não haver chuva, qual é a consequência? O fim do verso, a terra não dá frutos, como que vai produzir algo sem chuva? Não é possível.
36. Logo, Deus finaliza essa seção com a reutilização da palavra seca que fecha o trocadilho mencionado semana passada. Seca significando ruína. Dt 28.23 Já havia os alertado.
37. Observe que no verso 11 a expressão “fiz vir a seca” é utilizada no texto de modo que serve para completar as demais partes utilizadas verso. Ela se encaixa com cada uma delas, por isso não é necessário repeti-la. O verbo serve para tudo.
38. A seca foi geral, em outras palavras. Portanto, a expressão serve para explicar como cada área da vida deles secou.
39. Eles estavam colapsando, à beira de outra tragédia, será que vão acordar e mudar?
40. E quanto a nós, irmãos? Vamos acordar quando estivermos numa situação semelhante? Ou vamos seguir dando “murros em ponta de faca” como diz o dito popular?
41. O povo tomou uma atitude, e isso vamos olhar agora.
3. Resposta (1.12-15)
1. A próxima seção inicia com o “Então”, ou seja, após a dura advertência que Ageu os trouxe, eles tiveram uma resposta rápida, esse é o sentido pretendido.
2. Eles deveriam dar uma resposta rápida, e foi o que aconteceu.
3. Note que o texto vai citando o povo a começar pelos seus líderes até os demais que não exerciam alguma função especial.
4. Isso indica a uniformidade da resposta, houve uma resposta unanime da parte do povo.
5. Um fator pode ter ajudado nisso é que Ageu naquele momento poderia estar numa espécie de “audiência pública” com o povo.
6. Logo, todos ouviram a repreensão, e todos atenderam as palavras. E como foi a resposta deles? Positiva ou negativa?
7. Foi positiva, eles atenderam a voz do Senhor por meio das palavras que Ageu tinha falado. O temor que por quinze anos estava morto, reviveu.
8. E há uma ideia que aquece os nossos corações, a indicação de uma promessa que Deus já tinha feito antes.
9. Deus sempre sustém e preserva os seus, basta lembrar do que ele disse a Elias. Os sete mil.
10. A promessa do remanescente fiel, mesmo após anos de cativeiro, e mesmo com o descaso anterior deles, o seu Deus ainda seria favorável.
11. E os manteria vivos para cumprir as promessas feitas aos patriarcas, e que agora são estendidas também a nós.
12. Essa história nos toca tanto por sermos povo de Deus hoje, como por conta deles nós podemos experimentar essa realidade. Eles são instrumentos no plano divino.
13. A linha messiânica foi mantida, por meio de quem? Zorobabel, ele também é importante por isso. Basta lembrar que o nome dele aparece na genealogia de Cristo, pois Jesus é seu descendente.
14. E assim somos abençoados em Cristo.
15. Esse ato de temor ao Senhor deles, foi o ato que manteve a linha da promessa de pé.
16. Isso destaca que dentro do plano eterno de Deus há atitudes que devemos realizar para que outras coisas aconteçam, ao povo judeu ele exigiu obediência. Isso vale para nós.
17. Somos gratos pela obediência deles, pois isso nos lembra que mesmo que a situação do mundo esteja caótica, não devemos retroceder, e podemos nos animar em Deus, como aconteceu com eles.
18. Também fica o destaque para a fidelidade Deus, ele foi fiel com Abraão, e a resposta positiva do povo é uma demonstração disso.
19. Já que no verso 13, ele garantiu que seria com eles, o povo que era “este povo” agora escuta a certeza da presença de Deus entre eles. Mudança de identidade, este povo para “meu povo”. Eles teriam êxito mesmo que a perseguição se mantivesse, como aconteceu.
20. Mas dessa vez não retrocederiam, “Eu sou convosco” estaria em seus corações, uma palavra de segurança.
21. É particularmente interessante o modo como a soberania divina e a responsabilidade humana são colocadas lado-a-lado aqui.
22. Tanto o povo temeu a Deus como é colocado que Deus havia apagado sua cegueira. A soberania de Deus não deve causar apatia espiritual em nós.
23. Então, todos chegaram para realizar a obra do Senhor, mas dessa vez seguros que cultuariam seu Senhor.
24. Um detalhe que aparece no verso 15, é que houve uma certa demora no início da obra.
25. Isso pode ser explicado pelo fato de estarem próximos da época da colheita, e era necessária uma união mútua para realizá-la.
26. Logo, no momento eles tinham o imperativo principal de colher/trazer a madeira, e após continuar a obra do templo.
27. E note no verso 14, “eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor”, fica entendido no texto que após esse tempo, eles já foram arrumar a casa, logo, a madeira já estava com eles.
28. Dessa vez a demora do povo não seria por uma motivação errada, seria algo justo já que não há uma clara reprovação no texto.
29. E, o temor do Senhor já havia voltado para eles, e não seriam necessários outros quinzes anos, apenas 23 dias. O tempo que foi necessário para colher.
30. E, como anda o nosso temor com relação a Deus? Inventamos desculpas ou estamos tomando atitudes?
Aplicação:Nessa noite entendemos que Deus requer atitudes nossas, palavras sem ação não combinam com aquele que faz parte do seu povo. Por isso, podemos pontuar as seguintes aplicações:
1. Não seja conhecido como alguém que sempre arruma desculpas para não servir na igreja. Há áreas aqui, direção do culto, louvor, participação, Clube infantil, não falta oportunidades para servir.
2. Observe os sinais em sua vida, e note se Deus não está chamando sua atenção em algum desleixo para com ele.
3. Entenda que o fato de Deus ser soberano em sua vontade não anula aquilo que você tem que fazer, dentro do seu plano ele determinou ações que você deve tomar. Deus queria a reconstrução do templo? Sim, de que modo? Pela atitude do povo! Assim a sua vontade é feita; sua soberania incluiu gentilmente nossa participação, por isso devemos sentir-nos motivados e contentes em servi-lo.
Conclusão:
Ageu advertiu o povo, e eles tomaram a decisão correta, e ela foi o meio utilizado por Deus para nos abençoar. Imagine o quanto que uma simples atitude pode influenciar ao longo do tempo? Imagino que o Pr Fred não imaginou a quantidade de pessoas alcançadas através da vinda dele ao Brasil. Deus é fiel apesar de nós, e nos motiva com a certeza de que aquilo que fazemos por ele não é em vão; reflita o quanto Deus pode abençoar suas atitudes. Imagine o quantas pessoas que poderiam ser alcançadas pelo simples fato de você falar dele, não deixe para depois, venha fazer parte da graça que é servir a Deus. Não invente desculpas, mas busque organizar sua agenda para isso, ainda há outras coisas para se falar do templo, mas isso fica para a próxima semana, segundo a vontade de Deus, amém!