COMUNHÃO COM DEUS
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COMUNHÃO COM DEUS
TEXTO – JOÃO 15.1-5
INTRODUÇÃO
A demora do segundo advento de Cristo tem resultado em diferentes formas de comportamento entre adventistas. Depois do grande desapontamento de 22 de outubro de 1844, o movimento milerita dividido em três grupos: 1° abandonou a fé e nunca mais quis saber de religião, 2° grupo continuou a marcando datas até que desapareceram e o 3° voltou ao estudo da bíblia e deu origem aos adventistas do sétimo dia que se organizaram posteriormente, herdando a expectativa do breve retorno de Jesus. Hoje, quase 180 anos depois, a demora da parousia tem produzido diferentes reações, na igreja remanescente.
Alguns poderiam ser chamados de “aritméticos”. Baseados em interpretações no mínimo curiosas, dependendo de jornais e mapas proféticos de invenção própria, eles têm tentado determinar quando Cristo voltará. Vira e mexe tem alguém com um montão de cálculos marcando a volta de Jesus. Para esses, a advertência do próprio Jesus de que “a respeito daquele dia e a hora ninguém sabe” (Mt 24:36) se dispersa como fumaça no vento.
Outro grupo é composto dos que estão tentando acelerar o retorno de Jesus por meio de seu estilo de vida: “Sr. e Sra. Perfeccionista.” Esses acham que tudo depende deles e assumem que a volta de Jesus será possível apenas quando todos adotarem restrições rigorosas na alimentação e na maneira de viver.
Há também o grupo composto pelos “descomprometidos”, estes vivem a vida no estilo Zeca Pagodinho “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Nada parece apelar ao interesse deles. Estão completamente alheio aos acontecimentos e tudo para eles é normal.
Além desses, outro grupo é o dos “ativistas missionários”, os quais julgam que o retorno de Jesus depende exclusivamente da agressividade pregação do evangelho. Para eles o que importa é trabalho missionário. Não pegam cargos na igreja, não cuidam da saúde.
Há aspectos de verdade em boa parte desses grupos. O problema surge quando a parte se torna o todo, e toda a vida cristã passa a depender de uma ênfase exclusiva. Jesus indicou que a única forma correta de aguardar Seu retorno, breve ou demorado, é em unidade com Ele.
Assim abra a sua bíblia em João 15.1-5, no discurso sobre a videira e os ramos, várias vezes Ele utiliza o verbo “permanecer”. Os frutos virão como resultado dessa união com Cristo. Os frutos referem-se tanto à vida vitoriosa como aos resultados da dedicação missionária. E não só os frutos são resultado dessa união, mas também a própria alegria na vida cristã (v. 11).
Quando irá acontecer o segundo advento? Não sabemos, de uma coisa sei que assim como o primeiro, ocorrerá na “plenitude do tempo” (Gl 4:4). O segundo acontecerá no momento que Deus quiser, mas como diz o hino dos Arautos do rei: “enquanto ele não vem devemos seguir esperando, seguindo com fé, tendo no coração a certeza de que Jesus vai voltar, pode ser hoje ou um dia ou dois depois de amanhã. O que importa saber é que ele vai voltar, e vai recolher os que são Seu.” E a maneira que devo aguardar é ligado a Ele permanecendo nEle.
I – NECESSIDADE DE COMUNHÃO – VAMOS LER MARCOS 1:35
Ao longo de Seu ministério, Cristo deu exemplo de profunda comunhão com Deus. Ao falar da vida devocional de Cristo, Ellen G. White escreveu: “Sua felicidade se encontrava nas horas em que Ele estava a sós com Deus e a natureza. Sempre que Lhe era concedido esse privilégio, Ele Se afastava do cenário de Seus labores e ia para o campo a meditar nos verdes vales, a entreter comunhão com Deus na encosta da montanha ou entre as árvores da floresta. O alvorecer frequentemente O encontrava em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração. Dessas horas quietas Ele voltava para casa a fim de retomar Seus deveres e dar exemplo de paciente labor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 90).
Uma das necessidades que caracterizam a vida cristã é a comunhão diária com Deus. “O homem pecaminoso só pode encontrar esperança e justiça em Deus; e nenhum ser humano é justo além do tempo em que tem fé em Deus e com Ele mantém vital ligação” (Ellen G. White, Testemunho Para Ministros, p. 367).
A comunhão com Deus é fruto de reavivamento. Essa experiência conduz o cristão a um relacionamento com Deus de tal modo que sua influência é sentida em seu meio social (Mt 5:16). Sendo que a comunhão com Deus é tão importante para nossa edificação espiritual, não nos esqueçamos de que cristianismo sem comunhão com Cristo é mera religiosidade. Cristianismo de fachada.
II – FATORES INDISPENSÁVEIS NA COMUNHÃO – LER MATEUS 6:33
Cristo estabeleceu que o reino de Deus deve ser prioritário na vida cristã. E você demonstra essa prioridade através da prática de alguns elementos:
a) Leitura da Bíblia (Jo 5:39) – A Bíblia é nosso pão espiritual de cada dia. Sua mensagem fala ao nosso coração e nos faz sentir a necessidade de nos aproximar de Deus. Não é somente ler como um livro qualquer, apocalipse 1.3 já nos diz que: devemos guardar as palavras deste livro, e Tiago afirma que devemos ser praticantes e não somente ouvintes.
Ilustração: Algum tempo atrás, surgiu pelo mundo afora um movimento popular de jovens cristãos que carregavam a Bíblia nas mãos como se fosse um estandarte e proferiam como slogan o nome “Jesus”. Esse movimento fracassou porque a Bíblia era apenas transportada e não lida. Esse movimento supostamente cristão não mantinha íntima comunhão com Deus.
b) A oração (Sl 55:17; Dn 6:10, 13) – Os heróis da fé eram homens e mulheres de oração. No contexto da Igreja Adventista, os pioneiros desenvolveram forte ministério da oração. Gastavam tempo orando. Li recentemente no livro dez dicas para ser um ganhador de almas que: os cristãos oram em média 3 minutos por dia, eu fico me perguntando: será que é possível resistir a um satanás com mais de seis mil anos de existência com apenas 3 minutos de oração?
Ellen G. White escreveu: “Coisa maravilhosa é podermos orar com eficácia; indignos e faltosos mortais possuírem o poder de apresentar a Deus seus pedidos! Que mais alto poder pode o homem desejar do que este: o de estar ligado ao Deus infinito? O homem fraco e pecador tem o privilégio de falar a seu Criador. Podemos proferir palavras que cheguem ao trono do Rei do Universo” (Obreiros Evangélicos, p. 258).
Charles Spurgeon, pregador inglês do século 19, afirmou: “Ajoelhemo-nos e não cessemos de orar até a vinda do Senhor.” Algum tempo atrás o pastor Jeú Caetano no culto da madrugada disse: “a oração é a distância mais curta entre o céu e a terra, meus irmãos nossos joelhos podem nos levar mais longe que os nossos pés.”
c) Testemunho (Jo 4:39-42) – Compartilhar o que Cristo tem feito em nossa vida é parte integrante de nossa comunhão com Deus. É impossível darmos aos outros aquilo que não temos (ver Jo 15:5).
Ellen White afirma: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo no coração é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão quase a perecer, ansiosos de beber da água da vida” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 9).
Nosso testemunho pessoal é demonstrado pela postura que assumimos diante das pessoas que nos cercam (Mt 5:13). Esse testemunho será eficaz principalmente em nossa família. Sua extensão alcançará nosso local de trabalho, local de estudos e os demais relacionamentos sociais.
Fatores como devoção pessoal, culto familiar, frequência aos cultos da igreja e participação em projetos missionários auxiliam no desenvolvimento da comunhão viva com Deus.
CONCLUSÃO – LER SALMOS 51:10-13
Enquanto Jesus não vem vamos nos manter ligados a Ele, através da comunhão, por meio do Espírito Santo que renova diariamente nossa vida espiritual.
Assim teremos uma vida cristã vitoriosa, e esse será o resultado de uma vida ativa, de um pleno relacionamento com Deus.
Para nós cristãos, a vitória é estar com Cristo, nosso Salvador e Senhor, e produzir os frutos que Ele determina que produzamos para benefício dos outros.