(Êx 23:1-8) Ofertas Voluntárias
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Êxodo 25.1–2 “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta.”
Oferta. RYKEN: No sétimo dia, quando o profeta entrou na glória, Deus falou com ele. A primeira coisa que disse a Moisés foi para fazer uma coleta para o tabernáculo, o santo santuário onde Deus residiria com seu povo. Para dizer em termos mais modernos, havia chegado a hora de passar o cesto. Dar a Deus é um sinal importante do nosso compromisso com Cristo. Nossa disposição de devolver algo daquilo que possuímos é um dos indicadores principais da nossa saúde espiritual. Generosidade é um dos sinais vitais do cristianismo verdadeiro, e um cristão que não dá provavelmente não está crescendo.
Coração. A oferta, assim como toda adoração e obediência deve brotar do coração. Voluntariedade tem tudo a ver com adoração sincera. Isso é uma marca do cristianismo.
2Coríntios 9.7 “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.”
Falta de disposição em ofertar ou em obedecer, não implica que não devemos fazer, mas que devemos nos arrepender!
RYKEN: “Normalmente, a nossa decisão se baseia no dinheiro que temos e no nosso compromisso com o ministério. Mas deveria se basear também na nossa experiência da graça de Deus. Devemos considerar o que Deus tem feito por nós. E o que Deus fez por nós? Ele satisfez nossa necessidade de comida e abrigo. Ele nos deu sua Palavra. E o melhor de tudo, ele ofereceu seu Filho como nosso Salvador.”
2Coríntios 8.2–4 “porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos.”
CALVINO: “Na verdade, é certo que tudo o que temos é de Deus e que tudo o que Ele generosamente nos dá é poluído, a menos que o dediquemos à Sua glória. Ele nos permite o uso livre de tudo, se apenas testificamos que permanece sob Seu poder, e estamos prontos para gastá-lo como Ele ordenar.”
RYKEN: “Dar a Deus é algo que devemos fazer? É claro que sim, mas, além da obrigação, queremos dar-lhe uma oferta. Existe algo em dar a Deus que leva nosso coração a cantar. Além do mais, é o melhor emprego possível do nosso dinheiro. Evidentemente existem outras coisas de que necessitamos. Mas o melhor investimento é aquele que durará por toda a eternidade, e nenhuma outra coisa que comprarmos pode alcançar esse objetivo.”
Lucas 12.33–34 “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
RYKEN: Certa vez, uma mulher inesperadamente doou uma grande quantia de dinheiro à sua igreja – um dízimo de sua herança. Mas sua decisão não foi fácil. Após sua morte, alguém encontrou o seguinte registro em seu diário na data em que ela fez a contribuição: “Rápido, rápido, antes que meu coração endureça”.5 Obviamente, a mulher enfrentou a mesma tentação que todos nós enfrentamos – i.e., guardar aquilo que temos para nós mesmos. Isso é uma questão do coração. Sempre que sentirmos o impulso de dar, devemos obedecer. O impulso vem do Espírito Santo, que está tentando nos ensinar a sermos mais generosos. Devemos dar o máximo que pudermos, tão logo quanto pudermos, com a esperança de que, em breve, seremos capazes de dar ainda mais. Isso é uma maneira excelente de testar o nosso progresso espiritual, pois o que fazemos com nosso dinheiro revela as prioridades que temos. Estou me tornando mais generoso? Se a resposta for negativa, isso é um sinal da minha pobreza espiritual.
MH: “O melhor uso que podemos fazer da nossa riqueza terrena é honrar a Deus com ela, em obras de piedade e caridade. Quando formos abençoados com algum sucesso notável nos nossos negócios, e tivermos recebido um favor, pode-se com razão esperar que devamos fazer alguma coisa extraordinária para a glória de Deus, consagrando o nosso ganho, em algoma proporção razoável, ao Senhor de toda a terra… Devemos reconhecer que tudo o que temos é devido à generosidade de Deus, e por isso devemos usar tudo para a sua glória. Uma vez que vivemos por ele, devemos viver para Ele.”
Êxodo 25.3–7 “Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.”
RYKEN: “Deus tinha em mente um grande projeto: um tabernáculo que serviria como sua santa morada. O tabernáculo era uma estrutura portável – uma tenda gigante – que representava a presença de Deus no meio do seu povo. A construção do tabernáculo domina os últimos 16 capítulos de Êxodo. O primeiro passo era organizar uma coleta. Todos os itens listados no início do capítulo 25 eram exigidos: peles de animais para a tenda e a cerca em torno dela, madeira para os postes, tecido para as cortinas, pedras preciosas para as roupas sacerdotais e metais preciosos para os objetos sagrados usados para a adoração.”
Umberto Cassuto: “é [...] lã tingida com um [...] corante extraído de uma espécie de crustáceo encontrado em abundância no mar na costa do Mediterrâneo e especialmente na costa da Fenícia e da terra de Israel. Os tintureiros costumavam abrir o crustáceo ainda vivo, e o líquido transparente produzido por suas glândulas adotava uma cor violeta escura à luz do sol.”
CALVINO: “é somente Ele que edifica a Sua Igreja; todavia, Ele usa a obra dos homens, e terá muitos construtores associados a Ele, para que o edifício de Sua Igreja possa surgir em alguma medida pelo trabalho dos homens; como também atribui o louvor de sua prosperidade e sucesso a eles. Enquanto isso, não oferecemos nada que Ele mesmo não tenha concedido; assim como os israelitas não deram nada além do que derivou somente de sua generosidade. Portanto, Ele distribui os dons do Seu Espírito em certas medidas ( 1 Coríntios 12: 7 ;) para que, como cada um recebeu mais ou menos, ele possa empregá-los na edificação da Igreja.”
RYKEN: “Os israelitas também trouxeram linho fino (uma especialidade egípcia) e também temperos e perfumes caros. E havia também as pedras preciosas que enfeitavam os mantos do sumo sacerdote (cf. 28.17-20). Não eram materiais ordinários do dia a dia; eram tesouros. Os israelitas trouxeram suas posses mais finas e raras para construir um santuário que era bom o bastante para Deus, que sempre merece nosso melhor. Nem todos tinham ouro”.
Se o coração de um homem pobre o compelia a dar, tudo o que precisava fazer era sair e derrubar uma das árvores, que eram comuns na região. Ou podia trazer pelos de cabra e peles de carneiro do seu rebanho. Como comenta Petrus Dathenus: “Na construção do tabernáculo do Senhor, as pessoas pobres que doavam pelos ou peles de cabra eram tão bem-vindas por Deus quanto aquelas que doavam ouro, prata ou pedras preciosas”.8 Todos em Israel eram convidados a contribuir. O importante era que as pessoas trouxessem o que tinham de mais valioso, independentemente do que fosse. Se tinham ouro, deviam trazer ouro. Algumas pessoas não tinham muito ouro, portanto, cabia às pessoas que tinham muito ouro trazê-lo. Caso contrário, não haveria ouro para o tabernáculo de Deus. Mas se uma pessoa tivesse apenas pelos de cabra e azeite, Deus aceitaria, pois era o melhor que tinha a oferecer.
Que contribuição você teria feito? Sem dúvida alguma você teria oferecido o máximo possível. Se você tivesse feito isso na época, você deveria fazer o mesmo hoje. Podemos fazer uma doação para apoiar a obra da igreja local. Podemos contribuir para a obra missionária mundial. Podemos dar aos pobres e necessitados. Quando a oferta é coletada, devemos dar sempre que pudermos.
Observe que todas as coisas que os israelitas trouxeram eram coisas que haviam recebido de Deus. Trouxeram ouro, prata e pedras preciosas – o espólio que Deus lhes fornecera à custa dos egípcios (veja 12.35-36). Trouxeram madeira das árvores que Deus plantara na terra. Trouxeram roupas que vinham dos animais que ele havia colocado em seus rebanhos. Não existia nada que pudessem trazer que não viesse de Deus. Essa era uma nação de escravos, um povo sem dinheiro ou poder. Se Deus não lhes tivesse dado algo para ofertar, eles nada teriam a oferecer. Mas, das riquezas de sua graça, ele lhes providenciou algo que pudessem dar.
1Coríntios 16.2 “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.”
Êxodo 25.8–9 “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.”
Santuário… Tabernáculo. A imanência e a transcência de Deus estavam em vista aqui. Santuário por Deus é Santo, totalmente diferente, incompreencível e infinito (Isaías 66.1 “Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?”). Tabernáculo porque ele habitaria entre o seu povo. Essa é a essência da Aliança.
Quando olhavam para o tabernáculo no deserto, os israelitas viam uma estrutura móvel igual às suas próprias moradas em tendas, o que apontava para a proximidade de Deus. Ao mesmo tempo, estavam cientes de que a tenda de Deus era algo muito mais custoso e muito maior do que as suas próprias. Os metais preciosos usados na construção, as lindas cores das cortinas e drapeados, a atenção cuidadosa dada à simetria dos diversos itens no tabernáculo e toda a sua organização, as roupas lindas e esplêndidas do sumo sacerdote – tudo isso apontava para a majestade e glória do Deus que se deleitava em habitar com eles.
Aquele Tabernáculo e Santuário era um tipo que apontava para algo maior. Primeiro lugar, Jesus Cristo, o verdadeiro templo, a expressão exata do ser de Deus, o Deus visível que tem o Espírito sem medida. Em Cristo nós habitamos, Ele é o verdadeiro tabernáculo. João diz que João 1.14 “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” Em segundo lugar, a Igreja, o corpo de Cristo. A Bíblia também ensina que Cristo habita em nós, e que somos templos do Espírito Santo, e que quando nos reunimos pra adorar o Espírito está no nosso meio de modo especial. Foi por este templo, a Igreja, que o verdadeiro e perfeito templo, Jesus Cristo, morreu e ressuscitou, o tabernáculo caído de Davi que foi reerguido - por nós.
Uma observação importante sobre a reunião da igreja, é que precisamos nos reunir, e Deus da meios pra isso, e é por isso que os dízimos e ofertas não foram abolidos como dizem os desigrejados. Isso não faz sentido. Se ainda trabalhamos e ganhamos dinheiro, uma das principais razões é a obra do Senhor. E isso envolve um lugar de adoração, não como o tabernáculo do antigo testamento, mas por uma necessidade, como ensina o novo testamento.
RYKEN: “É claro, Deus não reside numa igreja local. Hoje, nossa propriedade tem um propósito diferente. Deus não desce numa nuvem de glória toda vez que uma igreja dedica um prédio. No entanto, uma igreja é a casa de Deus no sentido de que é lá que Deus se encontra com seu povo para a adoração. É o local onde o povo de Deus se reúne para ouvir a Palavra de Deus. É onde nos encontramos para ter comunhão. O prédio de uma igreja também é útil para o ministério, fornecendo uma base a partir da qual alcançamos a comunidade vizinha.”
2Coríntios 8.9 “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”