Paulo e a Liberdade Cristã (Lição 15)

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INTRODUÇÃO
Falaremos hoje sobre liberdade, mas não qualquer liberdade. É a liberdade cristã. Há muitos textos que apontam para ela. Um dos mais conhecidos é Gálatas 5.1
Gálatas 5.1 BS:NVT
Portanto, permaneçam firmes nessa liberdade, pois Cristo verdadeiramente nos libertou. Não se submetam novamente à escravidão da lei.
Quando olhamos para a história de Paulo, é possível observar que ele fez bom uso desta liberdade cristã. Paulo foi um grande missionário, mas também um grande pastor e professor.
Ele demonstrou muita maturidade espiritual para lidar com problemas e circunstâncias que nós, por exemplo, não saberíamos como fazer. (Igreja em conflito em Corinto / Cristãos querendo voltar ao judaísmo em Gálatas e a igreja mista em Romanos).
Paulo, portanto, tinha um senso de empatia muito apurado. Ele se colocava, de fato, no lugar das pessoas para entender o problema pela qual elas passavam.
Isso fica evidente em 1Co 9.22
1Coríntios 9.22 BS:NVT
Quando estou com os fracos, também me torno fraco, pois quero levar os fracos a Cristo. Sim, tento encontrar algum ponto em comum com todos, fazendo todo o possível para salvar alguns.
Quem são os fracos?
Todos nós, em algum aspecto. É por isso que Paulo nos ensina que devemos ter a disposição no coração a agir com prudência em várias situações, apesar de sermos livres. A nossa liberdade é completa, mas ela não pode representar um pedra no caminho de outra pessoa.
Com certeza, você tem dificuldade de compreender ou de assimilar algo à luz da Bíblia e qualquer movimento que te coloque em uma situação estranha pode te chocar. Anos atrás, eram as igrejas de parede preta, hoje em dia são os mesacasts que dão lugar às pregações nos púlpitos. O cristão, em geral, se choca bastante.
Isso porque nós damos status de doutrina a coisas que são modos e costumes. Coisas que não necessariamente ferem a adoração.
Fracos também são aqueles que são novos na fé ou que, apesar de muito tempo na igreja, não têm discernimento espiritual sobre algumas questões.
Aos fracos, em geral, Paulo nos exorta: que sejam tratados com cuidado, paciência e sabedoria.
Leiamos Romanos 14.1-15.13
Romanos 14.1–15.13 (BS:NVT)
Aceitem os que são fracos na fé e não discutam sobre as opiniões deles acerca do que é certo ou errado.
Por exemplo, um irmão crê que não é errado comer qualquer coisa. Outro, porém, que é mais fraco, come somente legumes e verduras.
Quem se sente à vontade para comer de tudo não deve desprezar quem não o faz. E quem não come certos alimentos não deve condenar quem o faz, pois Deus os aceitou.
Quem são vocês para condenar os servos de outra pessoa? O senhor deles julgará se estão em pé ou se caíram. E, com a ajuda de Deus, ficarão em pé e receberão a aprovação dele.
Da mesma forma, há quem considere um dia mais sagrado que outro, enquanto outros acreditam que todos os dias são iguais. Cada um deve estar plenamente convicto do que faz.
Quem adora a Deus num dia especial o faz para honrá-lo. Quem come qualquer tipo de alimento também o faz para honrar o Senhor, uma vez que dá graças a Deus antes de comer. E quem se recusa a comer certos alimentos deseja, igualmente, agradar ao Senhor e por isso dá graças a Deus.
Pois não vivemos nem morremos para nós mesmos.
Se vivemos, é para honrar o Senhor. E, se morremos, é para honrar o Senhor. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.
Por isso Cristo morreu e ressuscitou, para ser Senhor tanto dos vivos como dos mortos.
Então por que você julga outro irmão? Por que o despreza? Lembre-se de que todos nós compareceremos diante do tribunal de Deus,
pois as Escrituras dizem: “ ‘Tão certo como eu vivo’, diz o Senhor, ‘todo joelho se dobrará para mim, e toda língua declarará lealdade a Deus’ ”.
Assim, cada um de nós será responsável por sua vida diante de Deus.
Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, resolvam viver de modo a nunca fazer um irmão tropeçar e cair.
Eu sei, e estou convencido com base na autoridade do Senhor Jesus, que nenhum alimento é por si mesmo impuro. Mas, se alguém considera errado ingerir determinado alimento, para essa pessoa ele é impuro.
E, se outro irmão se aflige em razão do que você come, ao ingerir esse alimento você não age com amor. Não deixe que sua comida seja a causa da perdição de alguém por quem Cristo morreu.
Desse modo, você não será criticado por fazer algo que, a seu ver, é bom.
Pois o reino de Deus não diz respeito ao que comemos ou bebemos, mas a uma vida de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Se servirem a Cristo com essa atitude, agradarão a Deus e também receberão a aprovação das pessoas.
Portanto, tenhamos como alvo a harmonia e procuremos edificar uns aos outros.
Não destruam a obra de Deus por causa da comida. Embora todos os alimentos sejam aceitáveis, é errado comer algo que leve alguém a tropeçar.
É melhor deixar de comer carne, ou de beber vinho, ou de fazer qualquer outra coisa que leve um irmão a tropeçar.
Você tem direito a suas convicções, mas guarde isso entre você e Deus. Felizes são aqueles que não se sentem culpados por fazer algo que consideram correto.
Mas, se você tem dúvidas quanto ao que deve ou não comer, será culpado se comer, pois vai contra suas convicções. Se faz qualquer coisa sem convicção, está pecando.
Nós que somos fortes devemos ter consideração pelos fracos, e não agradar a nós mesmos.
Devemos agradar ao próximo visando ao que é certo, com a edificação deles como alvo.
Pois Cristo não viveu para agradar a si mesmo. Como dizem as Escrituras: “Os insultos dos que te insultam caem sobre mim”.
Essas coisas foram registradas há muito tempo para nos ensinar, e as Escrituras nos dão paciência e ânimo para mantermos a esperança.
Que Deus, aquele que concede paciência e ânimo, os ajude a viver em completa harmonia uns com os outros, como convém aos seguidores de Cristo Jesus.
Então todos vocês poderão se unir em uma só voz para louvar e glorificar a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, aceitem-se uns aos outros como Cristo os aceitou, para que Deus seja glorificado.
Lembrem-se de que Cristo veio para servir aos judeus, a fim de mostrar que Deus é fiel às promessas feitas a seus patriarcas,
e também para que os gentios glorifiquem a Deus por suas misericórdias, como dizem as Escrituras: “Por isso eu te louvarei entre os gentios; sim, cantarei louvores ao teu nome”.
E dizem também: “Alegrem-se com o povo dele, ó gentios”.
E ainda: “Louvem o Senhor, todos vocês, gentios; louvem-no, todos os povos”.
E, em outra parte, o profeta Isaías disse: “Virá o herdeiro do trono de Davi e reinará sobre os gentios. Nele depositarão sua esperança”.
Que Deus, a fonte de esperança, os encha inteiramente de alegria e paz, em vista da fé que vocês depositam nele, de modo que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.
Paulo fala sobre fracos e fortes
Fraco - No grego, astheneo - Significa “fraqueza, indigência, impotência e falta de força por variados motivos”. No NT esta palavra é citada 40 vezes, a maioria das vezes no aspecto de doença física. Paulo, de certa forma, apontava que os fracos eram pessoas debilitadas, que precisavam de atenção.
A revista, baseada em John Stott, que escreveu um comentário de Romanos muito respeitado chamado A Mensagem de Romanos, traz quatro possibilidades de quem eram os fracos:
Ex-idólatras - Recém convertidos do paganismo, não comiam carne do açougue da época porque, costumeiramente, aquelas carnes eram dedicadas a ídolos;
Ascetas - São pessoas que exercitavam a disciplina do autocontrole do corpo como uma forma de chegar a Deus. Eles eram abstêmios. Não consumiam vinho e não comiam carne.
Legalistas - Consideravam as abstenções como essenciais para a salvação. Não entendiam a suficiência de Cristo para a justificação do homem.
Cristãos judeus - Aqueles que compreenderam que Cristo era o messias, mas viviam presos à consciência e às regras do judaísmo, em especial, à dieta no que se refere a comer apenas alimentos tidos como limpos, e a guardar dias religiosos.
Forte - A palavra grega é dynatos e tem como significado “alma forte, capaz de suportar calamidades com coragem e paciência, firmes nas virtudes cristãs”.
É a característica de um cristão maduro na fé e na forma como se relaciona com o próximo.
Citem exemplos de pessoas fracas e fortes.
Sete princípios de liberdade
1º Nem todos possuem a mesma fé
Há quem não tenha fé alguma, há quem tenha fé de médio porte e há quem tenha grande fé (mulher siro-fenícia). A unidade da igreja de Roma estava sob risco porque os maduros conflitavam com os imaturos. Enquanto um grupo entendia a liberdade que havia em Cristo, outros viviam presos e perturbados em coisas do passado.
2º O cristão não deve ser juiz de seu irmão
Em 1Co 4.3-5, Paulo fala sobre os julgamentos humanos
1Coríntios 4.3–5 (BS:NVT)
Quanto a mim, pouco importa como sou avaliado por vocês ou por qualquer autoridade humana. Na verdade, nem minha própria avaliação é importante.
Minha consciência está limpa, mas isso não prova que estou certo. O Senhor é quem me avaliará e decidirá.
Portanto, não julguem ninguém antes do tempo, antes que o Senhor volte. Pois ele trará à luz nossos segredos mais obscuros e revelará nossas intenções mais íntimas. Então Deus dará a cada um a devida aprovação.
O alerta de Paulo ecoa a palavra de Jesus em Mateus 7.1
Mateus 7.1 BS:NVT
“Não julguem para não serem julgados,
3º Cada pessoa tem as próprias convicções
Se antes, Paulo usou a referência do alimento para exemplificar a questão da liberdade, agora ele fala sobre convicções. O cristão gentio queria distância de qualquer festividade pagã ou de datas relacionadas ao judaísmo. O maduro não era afetado por isso.
4º O cristão não deve ser pedra de tropeço para ninguém
Paulo exorta o fraco para que não critique o forte e o forte não critique o fraco. Não devemos ser pedra de tropeço para ninguém. Isso nos custará algo, caso façamos este papel.
5º Reino de Deus
Stott definiu o Reino de Deus: domínio gracioso de Deus através de Cristo e pelo Espírito na vida do povo, proporcionando-lhes uma livre salvação e exigindo uma obediência radical. O reino de Deus exige unidade. Só podemos construi-lo com paz e edificação mútua.
6º A pureza ou a impureza estão na consciência
Aqui, Paulo não leva em conta o padrão absoluto de Deus em relação à postura do crente, são condutas específicas. Ele comenta que o fazer, por si só, e o não fazer são a mesma coisa perante Deus. Questão da comida.
7º A fé é algo pessoal
É impossível ser crente pegando emprestadas convicções de outro e crer que leva assim uma vida cristã honesta. O crente que nbão tem certeza de que está fazendo a coisa certa, mas ainda assim faz, se condena ao fazer. Tudo o que não é feito em harmonia com a convicção de que está de acordo com a Bíblia é pecado, mesmo que seja uma ação correta.
Cristo é um exemplo de respeito ao próximo; acolheu os gentios.
Paulo termina com uma exortação: suportem os fracos e vivam em paz.
Gálatas 6.2 BS:NVT
Ajudem a levar os fardos uns dos outros e obedeçam, desse modo, à lei de Cristo.
Suportar e carregar o fardo a exemplo do que Cristo fez em nosso favor.
A gente termina com um texto conhecido demais de Paulo: 1Co 10.23
1Coríntios 10.23 BS:NVT
“Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo traz benefícios.
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