Jesus, a Fonte de Água Viva

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João 7.37-53.
V.37-38: 37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
Estamos agora no fim da festa, diz o texto que no seu último dia, ou seja, no sétimo ou oitavo dia da festa, Jesus exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
Os judeus possuíam uma cerimônia que era realizada nesta festa, no grande dia da festa, o ritual que era feito pelos judeus era o seguinte: o sacerdote pegava um vaso de ouro ou mesmo prata, ele iria até o tanque de Siloé, enchia este vaso até transborda, e depois ele derramava essa água na soleira do altar. Diante desse ritual, Jesus então se levantou diante de todos e exclama em alta voz dizendo: Se alguém tem sede venha a mim e beba. Essa cerimonia não é citada ou ordenada na Bíblia, mas, se tornou uma tradição entre o povo judeu, era também neste período que eles oravam pedindo chuvas a Deus, pois, era este exatamente o período de seca naquela região, além disso, era um ritual de memoria do que Deus fez no deserto onde Deus ordenou que Moisés ferisse a rocha, e saiu água da rocha (Êxodo 17), e na segunda vez Deus disse que ele falasse a rocha, porém, Moisés indignado com a incredulidade do povo ele fere a rocha duas vezes e sai água mais uma vez da rocha.
Desse modo, é diante desta cerimonia ou próximo dela que Jesus declara que Ele é a fonte da água viva.
Jesus é o Siloé, a fonte espiritual. Jesus é aquele que pode satisfazer todos os anseios da alma humana. Ele supre cada aspiração, cada necessidade. A profecia apontava para ele, quando dizia: Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; vinde e comprai vinho e leite, sem dinheiro e sem custo (Is 55.1). É Jesus quem disse à mulher samaritana: Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede […] (Jo 4.14). É Jesus quem convida: […] Quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida (Ap 22.17). Charles Erdman tem razão ao dizer que, com essas palavras, Jesus arrogava o poder de ser, para todos os cansados, insatisfeitos e sedentos, o que a pedra ferida no deserto havia sido para o antigo Israel.
Ele á a Rocha que nós podemos saciar a nossa sede. Beba da Rocha que é Cristo. Assim como a Rocha no deserto foi a fonte da água para o povo de Deus, Cristo é a fonte da água viva, que quem beber desta água, do seu interior fluirão rios de água viva.
Temos aqui três palavras em destaque: sede, vir, beber.
Todos buscamos saciar uma sede que existe em todos os homens, pois, todos somos pecadores e temos sede de salvação, temos sede de alguém que possa nos satisfazer.
Jesus disse que devemos reconhecer nossa sede espiritual
Mateus 5.6: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”
Isaías 55.1a: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas.
Jesus ainda nos diz que devemos ir até ele, nos aproximar dele, venham, se estão com sede, venham até mim. Mas, não basta apenas reconhecer a sua sede, e nem mesmo ir até ele.
Mas, por último, Jesus diz que para completar, precisamos beber, ou seja, crer, confiar, beber da fé em Jesus Cristo como fonte para vida eterna.
Nós precisamos reconhecer não somente que somos pecadores e que precisamos de Cristo, mas, devemos nos aproximar d’Ele e assim, beber, saciar a nossa sede na Rocha certa, Cristo é a Rocha, a fonte que pode saciar a nossa sede para sempre.
Verso 28 o que Jesus quer dizer com: Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva?
Jesus está deixando claro o que significa beber dessa água, e explica dizendo que é crer n’Ele, quem crer n’Ele está bebendo da água que tira toda a sede, mas, que não somente isso é o benefício que essa água traz.
V.39: Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado
Tem mais, a ideia geral da passagem certamente é bem clara: não somente os que bebem da Fonte, que é Jesus Cristo, recebem satisfação duradoura para si mesmos. Mas, adicionalmente, a vida que Ele recebe, ela se comunica a outros de um modo abundante.
Como assim? O abençoado se torna, pela soberana graça de Deus, um canal de bênçãos abundantes a outros ao seu redor. A igreja proclama a mensagem de salvação ao mundo, para que os eleitos de todas as regiões e nações possam ser reunidos em Cristo, e assim, do nosso interior flui rios de água viva. Alguém já disse “Ninguém pode ser habitado pelo Espírito de Deus e guardar esse Espírito para si mesmo. Onde o Espírito estiver, flui adiante; se não há fluência, ele não está lá”
Isso se tornaria mais claro para os discípulos e a Igreja alguns meses depois, onde encontramos no livro de Atos uma realidade onde o Filho tendo sido glorificado e já com o seu corpo glorificado e ressuscitado, é elevado as alturas, e pouco tempo depois em um sentido especial Deus havia de derramar do Espírito Santo no dia de Pentecostes e após esse evento a Igreja foi abençoando mais e mais pessoas com a água viva que tem jorrado do interior de cada cristão verdadeiro e que tem cumprido com o seu chamado a pregação do Evangelho.
O Antigo Testamento relaciona o fluir dos rios de bênçãos com a vinda do Espírito. Como já foi predito pelo profeta Isaías:
Is 44.1-6: Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, ó Israel, a quem escolhi.  Assim diz o SENHOR, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo meu, ó amado, a quem escolhi. Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes; e brotarão como a erva, como salgueiros junto às correntes das águas. Um dirá: Eu sou do SENHOR; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda escreverá na própria mão: Eu sou do SENHOR, e por sobrenome tomará o nome de Israel. Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.
V.40–49: “Então, os que dentre o povo tinham ouvido estas palavras diziam: Este é verdadeiramente o profeta; outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o Cristo virá da Galileia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e da aldeia de Belém, donde era Davi? Assim, houve uma dissensão entre o povo por causa dele; alguns dentre eles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Voltaram, pois, os guardas à presença dos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem. Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Será que também vós fostes enganados? Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus? Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita.
Como aconteceu no final do discurso sobre o pão da vida, aqui também, no discurso sobre a fonte de água viva, os ouvintes de Jesus se dividiram em diferentes reações.
Alguns disseram que Jesus era profeta (7.40) talvez com isso, quisessem dizer que Jesus era o prometido precursor, portanto, aquele que veio preparar o caminho do Senhor, mas, eles estavam enganados, João Batista já havia dito que ele que era o precursor e que Jesus era o Messias.
Outros afirmaram que ele era o Cristo (7.41) alguns afirmaram isso, não quer dizer que necessariamente creram n’Ele.
Outros, ainda, questionaram se o Cristo poderia proceder da Galileia, uma vez que devia ser um descendente de Davi (7.41b–43).
E um outro grupo, queriam prendê-lo (7.44).
Os guardas que foram enviados pelos saduceus e fariseus não conseguiram detê-lo, porque ficaram impactados com suas palavras: nunca ninguém falou como este homem (7.46).
Eles com certeza havia escutado vários profetas ou pregadores, mas, Jesus falou de um modo que eles ficaram admirados, encantados, talvez com a mensagem de Jesus sobre a graça de Deus para salvação e não por meio das obras dos homens.
Ao falarem isso, perceberam que Jesus tinha intimidade os guardas e logo os fariseus e saduceus começaram a desprezá-los e tirar chacota dizendo: vocês foram enganados também?
Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Os fariseus e saduceus se achavam os profissionais da religião, por isso, eles disseram que os guardas tiraram conclusões erradas quanto a Jesus Cristo. Pois, as questões sobre a identidade e o caráter do Messias deveriam ser tiradas inteiramente pelos que são especialistas, no caso, os líderes judeus que estavam ali: fariseus e saduceus.
Logo, ao notarem isso, os líderes judaicos encaram com desprezo as multidões não alfabetizadas e muito menos estudiosos das Escrituras de que se tratava de um “povo da terra”, a simples ralé, a gentalha. A ideia básica dos fariseus era que o estudo da lei é capaz de tornar alguém sábio e piedoso. Portanto, a multidão chamada de plebe são ignorantes e que por não saberem nada, são malditos.
Esses fariseus não apenas não estavam dispostos a crer no Senhor Jesus como também é óbvio que não queriam que outros cressem nele. E hoje em dia acontece a mesma coisa. Muitos que não querem ser salvos também fazem tudo para impedir que seus parentes e amigos sejam salvos.
Após isso, entre os próprios líderes alguém se levanta em oposição as conclusões daqueles líderes, esse homem é conhecido, nós já o conhecemos, é Nicodemos.
V.50–53: “Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes: Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez? Responderam eles: Dar-se-á o caso de que também tu és da Galileia? Examina e verás que da Galileia não se levanta profeta. [E cada um foi para sua casa.”
João salienta que o próprio Nicodemos fazia parte do grupo dos fariseus, sendo teólogo e tendo assento no Sinédrio. Ele lembra que nós na verdade o conhecemos de quando visitou Jesus numa noite. É impressionante que logo após os fariseus terem declarado, que nenhum dos líderes tinha crido em Jesus como o Cristo, um deles se levanta favoravelmente acerca de Jesus Cristo.
Mas, algo ainda inesperado é revelado, pois, esses homens que acusam os guardas de ignorantes, tem agora sua ignorância ou sua hipocrisia exposta por Nicodemos.
O decisão apressada dos membros do Sinédrio era um juízo que implicava que, na opinião deles, Jesus era um enganador (7.47), digno de prisão (7.32) e até mesmo digno de morte (5.18).
Mas, isso era uma violação grosseira de uma lei humana básica – observada até entre os gentios – confirmada por uma ordenança de Deus no tempo de Moisés (Êx 23.1; Dt 1.16–17): pois, estava escrito que a justiça deve ser imparcial e sempre dar à pessoa uma justa audiência antes de condená-la!
E Nicodemos faz simplesmente uma pergunta aos líderes, e eles deveriam responder que estavam erados em tomar essa decisão sem interrogar Jesus. Portanto, era impossível os fariseus e saduceus se defenderem da acusação em forma de pergunta de Nicodemos. Os líderes deviam tê-lo admitido. Contudo, em vez de admitirem a acusação de um dentre eles, preferiram ignorá-la e lhe dar uma resposta que implicava que o consideravam insincero. Devia ser porque ele também vinha da Galileia! Da Galileia veio Jesus, e da Galileia vieram alguns que o consideravam, pelo menos, como sendo o profeta de Deuteronômio 18.15–18. E na Galileia a lei não era estudada como em Jerusalém! Malditos sejam esses galileus!
Em sua ira profundamente, uma ira ciúmente, os fariseus cometem um erro ainda mais sério. Eles desafiam Nicodemos a examinar as Escrituras. Se ele fizer isso, em breve descobrirá que a Galileia nunca produziu nenhum profeta (portanto, certamente não produzirá o Messias).
Mas, cometeram mais um erro, pois, se esqueceram de Jonas (2 Rs 14.25; cf. Jn 1.1) e, talvez, também de Oseias e Naum (cf. Cafarnaum; segundo alguns: vila de Naum, o profeta). Além disso, esqueceram-se de que a Escritura simplesmente não revela o lugar de origem de todos os profetas. Assim, Cristo foi novamente rejeitado. De fato, a atitude dos líderes, movida pela inveja, tinha se tornado ainda mais amarga que antes. Porém, a tentativa do Sinédrio de prendê-lo neste momento fracassou completamente.
Aplicações:
Como Está Sua Sede por Deus?
Muitos de nós somos convertidos, mas, pensamos que após a conversão, basta vir aos cultos e dar o dízimo e participar de alguma outra atividade e então está bom, isso é ser cristão, e ainda pior, pensamos que não precismos de Cristo.
Pensamos que somente quando adoecermos, ou quando formos fazer algo super importante, então, vamos buscar a Deus e orar a Ele.
Mas, isso é muito pouco, qualquer religioso pode fazer isso, mas, vida cristã é em primeiro lugar reconhecer que você precisa todos os dias de arrependimento e de Jesus para ser perdoado, você e eu precisamos todos os dia do Senhor para andarmos em santidade, para que a nossa casa viva em ordem e então, andarmos com Deus e glorificarmos a Ele.
Reconheça sua sede, você precisa de Deus, você precisa aprender mais d’Ele, você é muito pior do que imagina, somos pecadores irmãos, somos indignos do amor d’Ele, e precisamos portanto de água, precisamos ser por Ele saciados. Reconheça que Sem Ele você não tem salvação, perdão, sem Ele você não viverá uma vida cristã, sem Ele você não é cristão, sem Ele você e eu somos ninguém, sem Jesus você e eu não vamos a lugar algum.
Beba a Água Viva
Não Adianta Saber que o remédio é bom pra gripe, precisamos experimentar, tomar, beber para então desfrutar da sua capacidade de nos trazer de volta a saúde.
Desfrute de Cristo, não apenas conheça sobre Cristo, mas, viva Cristo em sua vida, experimente Cristo todos os dias, leia sua Palavra, fale com Ele, desfrute da Santa Ceia, celebre Ele todos os dias, adore a Ele, viva sua vida cristã diante de Jesus todos os dias seja um servo fiel e também se alimente do Senhor diariamente.
Que possamos satisfazer nossa sede em Jesus. Ao ponto das coisas deste mundo não tomarem o nosso olhar.
Sua vida deve jorrar rios de água viva
Jesus nos salvou e nos deu o seu Espírito, para que nós possamos ser uma benção para nossos familiares, para os nosso parentes, vizinhos, amigos, colegas de trabalho e escola, para todos que conhecemos e não conhecemos.
Seja uma bênção, pois, foi pra isso que Jesus te salvou, para que você vá e de frutos para vida eterna.
Sempre haverá várias reações ao Evangelho
Os que creem, os que vão nos chamar de enganadores, os que vão ficar na dúvida, os que vão querer nos prender por conta do que pregamos, aqueles que vão apenas questionar a fé no evangelho, e os que acreditam que nossa fé é falsa e a deles é verdadeira, como os fariseus pensavam que Jesus era falso, e que os apóstolos estavam pregando um falso evangelho, ecomo hoje as pessoas pensam que o Jesus que pregamos nunca existiu, mas, sabemos que Ele é verdadeiro, e muitos morreram por uma fé verdadeira em um Cristo que veio há 2 mil anos e que em breve voltará.
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