A perfeita obediência de Cristo (João 4:34; 5:30)
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INTRODUÇÃO: Podemos concordar que Jesus está subordinado ao Pai, certo? E estar subordinado significa entender que alguém está debaixo da autoridade de outra pessoa.
Em se tratando da subordinação de Cristo, ou desta questão que está relacionada à obediência, precisamos ter algo em mente: como nossa cultura entende a subordinação? Como inferioridade. Mas nem sempre é.
Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em natureza divina, em honra e em glória. Eles são eternos, não precisam de nada nem de ninguém para trazer-lhes à existência, Pai, Filho e Espírito Santo possuem todas as características como seres dignos de divindade.
Mas, então, entramos em um ponto importante que se refere ao Filho. O Pai possui um plano de redenção em que o Filho está presente e assume, de forma voluntária, um papel de subordinação e obediência. É o Pai quem envia o Filho ao mundo e o Filho, obedientemente, vem à Terra para fazer a vontade do Pai.
Só que, em nenhum momento, encontramos em Jesus algum tipo de relutância em obedecer a vontade do Pai. Assim como Deus e Jesus estão em unidade quanto à perfeição, glória e honra, também estão assim na vontade que precisa ser manifestada.
É obra de Deus que haja a redenção, foi Ele quem primeiro planejou isto. E Jesus vem para realizar esta vontade da maneira que o Pai planejou. Precisamos compreender que Jesus tem um zelo enorme pela casa do Pai, pelos assuntos relacionados ao plano de Deus:
13 Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. 14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; 15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas 16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. 17 Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.
Ele entende a seriedade e a responsabilidade com a qual todas as coisas precisam ser administradas. E é por isso que Ele declara, também, o texto que lemos no início do estudo:
34 Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.
Existe, em tudo isso, mais uma coisa importante a ser considerada: a subordinação e a obediência de Cristo foram demonstradas não apenas nos momentos de sofrimento, como muitos podem pensar. Toda a obra de Cristo por nós foi uma questão de obediência dentro do plano divino.
Desde o nascimento de Jesus já podemos ver Deus ensinando coisas maravilhosas ao Seu povo, como a humildade, pois Ele nasceu em um lugar humilde, houve, ainda, a proteção, para não ser morto pelo rei Herodes, e principalmente, por causa do cumprimento da promessa contida no livro de Isaías:
6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7 para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Paulo fala na carta aos Filipenses que a nossa humildade deve ser semelhante à de Jesus. Vamos ler o que Paulo afirma:
5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Na Confissão de Fé de Westminster, capítulo VIII, artigo I, podemos encontrar uma explicação sobre a relação que há entre o propósito do Pai e a obra completa de Cristo:
Aprouve a Deus, em Seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, Seu unigênito Filho, , para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o Cabeça e Salvador de Sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do mundo: e deu-Lhe, desde toda a eternidade, um povo para ser Sua semente e para no devido tempo ser por Ele redimido, chamado, justificado e glorificado.
Quando Jesus Se submeteu à perfeita vontade do Pai, Ele fez isto em nosso lugar porque nós não temos capacidade nenhuma para realizar esta obra. Qual é esta obra? Obedecer perfeitamente a Deus. Vamos observar o que Jesus responde a João Batista:
13 Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. 14 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? 15 Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.
Toda a vida e o ministério de Jesus demonstram esta perfeita obediência. Quando Jesus viveu em subordinação e obediência, cumpriu duas coisas vitais, fundamentais para nós:
Veio para ser nosso Redentor, o Cordeiro sem mácula, sem mancha. Caso Ele tivesse pecado em algum momento, já teria quebrado esta primeira exigência de ser perfeito, Ele não conseguiria fazer a expiação nem pelos pecados dEle, nem pelos nossos. Mas Ele é perfeito, totalmente sem pecados.
Foi por meio desta obediência que Ele mereceu todas as recompensas que Deus prometeu a todos os que guardam a aliança e não quebram nenhum requisito dela. Como subordinado a Deus Pai, Jesus salvou a todos que fazem parte de um povo desobediente e insubordinado. Nós fazemos parte deste povo pecador e indigno.
Jesus não precisava de nada disso, mas foi até o fim nesta obediência.
19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. 20 Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis. 21 Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer. 22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, 23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. 26 Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. 27 E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem. 28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: 29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo. 30 Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.
Jesus, sabendo Sua missão, sabe Se defender dos Seus acusadores declarando que está fazendo a vontade do Pai. Quem honra ao Filho que cumpre Sua missão também honra ao Pai que foi o Autor desta missão.
A nossa missão neste mundo é conhecer a vontade do Pai na Pessoa de Jesus Cristo. Ele é a própria vontade de Deus manifestada neste mundo. E é por meio de toda a obra salvífica de Cristo que temos a esperança da vida eterna, que temos convicção em nossos corações de que a vida que vivemos aqui não é em vão. Vivemos para o Senhor.
Que Jesus nos abençoe e nos permita que a cada dia possamos estar debaixo da vontade do Pai, não desanimando, mas continuando firmes e perseverantes! Jesus abençoe a todos!