ANSIEDADE E FRUSTRAÇÃO – Pág. 61-64 – Parte I

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Qual o melhor antídoto para a ansiedade?
Um meio de graça para a luta contra a ansiedade
Burk Parsons em 6 jun, 2023
No Novo Testamento, a palavra grega para “ansiedade” é muito interessante. Ela transmite a ideia de que alguém esteja separado, arrastado em direções opostas ou dividido em partes. Quando estamos ansiosos com o dia de amanhã, ficamos distraídos em relação ao que está à nossa frente e nossa atenção é assim dividida; o hoje já não é o foco.
Charles Spurgeon disse: “A ansiedade não esvazia o amanhã de suas tristezas, mas apenas esvazia o hoje de sua força.”
A ansiedade tem uma maneira de nos prender quando, de fato, já fomos libertos das preocupações em relação ao amanhã. Tendo sido libertos pelo Espírito, somos capacitados a obedecer ao mandamento de Jesus de não andar ansiosos com o dia de amanhã (Mt. 6:34).
Nos tornamos ansiosos porque nos importamos, nos importamos porque amamos. No entanto, nosso amor e cuidado nos levarão à ansiedade enquanto estivermos voltados para nós mesmos e não para Deus.
Deus nos ordena a amá-lo, e o amor dedicado a Ele deve estar acima de todos os outros amores, também nos chama a lançar todas as nossas ansiedades sobre Ele, porque Ele cuida de nós.
Corramos a Ele em oração, porque ir ao Pai em oração é o antídoto para a ansiedade. Quando oramos estamos admitindo que não somos Deus e que não estamos no controle, é Ele quem está trabalhando todas as coisas, de maneira que todas essas coisas cooperem para nosso bem. Descobri que aqueles que mais oram são os que menos se preocupam.
A vida é quase sempre difícil, e muitas vezes é dolorosa. A possibilidade do carro pifar durante uma viagem de férias é uma dificuldade. A possibilidade de sofrer um acidente e ficar paralítico é um sofrimento. Claro que existe vários graus de dificuldade e, em certa medida, de sofrimento.
Dificuldades geralmente ocorrem nas atividades rotineiras e nas próprias responsabilidades que a vida nos traz, ao passo que sofrimento normalmente é gerado por circunstâncias atípicas.
Neste capítulo, iremos nos concentrar nas dificuldades do dia a dia e nas reações bastante comuns que se evidenciam em forma de ansiedade e irritação.
8.1. ANSIEDADE.
8.1.1. O Novo Testamento ensina diferentes traços do caráter cristão através de preceitos ou exemplos vinte e sete vezes. O amor é ensinado cinquenta vezes; humildade chega perto de quarenta vezes e confiança em Deus pegou o terceiro lugar – é ensinada treze vezes.
8.1.2. O oposto de confiar em Deus é ansiedade ou frustração, e Jesus falou muito sobre ansiedade.
O texto que se destaca é Mateus 6:25-34, em que Jesus faz referência à ansiedade ou à inquietação.
Outra expressão que Jesus usa em relação à ansiedade é : “Não temais”. Mateus 10:31; Lucas 12:7
Paulo repete essa admoestação contra a ansiedade em Filipenses 4:6
E Pedro reforça em I Pedro 5:7.
8.1.3. Quando dizemos a alguém: “Não fique ansioso” ou “Não tenha medo”, estamos simplesmente tentando encorajar a pessoa ou corrigindo com a intenção de ajudar. Todavia, quando Jesus (ou Pedro e Paulo que escreveram por inspiração divina) nos diz: “Não fique ansioso”, tal frase tem a força de uma ordem moral. Ou seja, a vontade moral de Deus é que não vivamos ansiosos. Sendo mais explícito, ansiedade é pecado.
8.1.4. Ansiedade é pecado por dois motivos:
a) Primeiro é falta de confiança em Deus.
Jesus, em Mateus 6:25-34, argumenta que, se o Pai Celeste cuida das aves do céu e dos lírios do campo, não irá cuidar ainda mais de nós e de nossas necessidades?
E, Pedro disse que a razão para lançarmos nossa ansiedade em Deus é que ele se importa conosco. Assim, quando permito que a ansiedade me domine, estou na verdade, acreditando que Deus não se importa comigo e não irá cuidar de mim na situação que está me deixando ansioso.
Imagine que alguém amado lhe diga: “Não confio em você. Não acredito que você me ame e cuidará de mim”. Que afronta! Mas é isso que dizemos a Deus com nossa ansiedade.
b) Ansiedade também é pecado porque significa recusar a providência de Deus em nossas vidas.
A providência divina pode ser definida simplesmente como Deus orquestrando todas as circunstâncias e eventos do universo para a sua glória e para o benefício de seu povo.
Alguns cristãos têm dificuldade de aceitar que Deus realmente controla todos os eventos e circunstâncias; até aqueles de nós que acreditam, muitas vezes, perdem de vista essa gloriosa verdade.
Em vez de crermos, somos propensos a nos concentrar nas causas imediatas da ansiedade em vez de lembrarmos que elas estão sob o controle soberano de Deus.
8.1.5. Aceitar a vontade providencial de Deus não significa que deixaremos de orar sobre o resultado final. A ordem de Paulo para não ficarmos ansiosos é acompanhada da instrução para orarmos sobre a causa da ansiedade. Filipenses 4:6
8.1.6. E, Jesus, diante do sofrimento iminente na cruz – uma angústia que excedeu a qualquer ansiedade, que jamais vivenciaremos, orou. Mateus 26:39
8.1.7. Assim, podemos orar por socorro e livramento numa situação que desencadeia nosso estado de ansiedade, mas devemos estar sempre prontos a aceitar a vontade providencial de Deus e a confiar que, não importa o resultado, sua vontade é melhor do que nossos planos e desejos.
8.1.8. Talvez você não seja tentado à ansiedade com a mesma frequência que eu. Mas, se for o caso, você sabe reconhecer as circunstâncias que o deixam ansioso? Como eu, você se frustra quando a vontade providencial de Deus é diferente daquilo que você planejou?
8.1.9. Se isso acontece, incentivo-o a memorizar, e usar em oração, alguns dos versículos que mencionei neste capítulo, especialmente em conexão com quaisquer situações recorrentes que lhe provoquem ansiedade.
8.1.10. Acima de tudo, peça que Deus lhe dê fé para crer que a vontade providencial dele para você é fruto de sua sabedoria infinita e bondade, e tem por objetivo o seu bem. Peça, então, que Deus lhe dê um coração submisso à vontade dele quando ela for contrária aos seus planos.
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