As advertências do Rei (3) - Mt 23.23-36

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
ABRIL/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 21/04: Mt 23.23-36 As advertências do Rei (3)
Deus fala: Saudação - Salmo 115.3
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 04 - Culto à Trindade
Deus fala: Miquéias 6.6-8
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 313 - Prontidão
Deus fala: Levítico 27.30-33
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 165 - Cuidado divino
LOUVOR
Jesus em tua presença
Tão profundo
Me rendo a Ti
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 23.23-36 As advertências do Rei (3)
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Como temos visto, o capítulo 23 está dividido em 3 partes, que levam o mesmo título: As advertências do Rei contra os escribas e fariseus - parte 1 (1-12), parte 2 (13-22) e parte 3 (23-36). Depois, concluindo o capítulo 23, as advertências do Rei contra Jerusalém (37-39).
Deste modo, é fácil reconhecer a função deste capítulo na estrutura total do Evangelho segundo Mateus: evidenciar como este grupo atrapalhava o povo de reconhecer em Jesus como o Messias.
Durante seu Evangelho, escrito para judeus convertidos ao cristianismo, o evangelista Mateus registrou pesadas críticas de Jesus contra os escribas e fariseus, mas, agora, de modo sequencial, apontará suas falhas no procedimento.
Por fim, ainda a critério de introdução, lembremos que não podemos resumir o procedimento dos escribas e fariseus com aquele ditado: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Porque eram criteriosos no procedimento, mas legalistas no ensino, de modo que enfatizassem algumas leis e depreciassem outras. E Jesus deixa claro isso em suas advertências.
Vamos ao texto: Mt 23.23-36 As advertências do Rei (3)
Chegamos ao quarto “ai” de Jesus, que funciona como uma denúncia contra escribas e fariseus. Se entendemos que são 7, esta é a denúncia central. Aqui (23-24), Jesus denuncia a rigorosidade na prática dos dízimos, que comprometia a prática de outras boas obras de justiça, misericórdia e fidelidade, que é a melhor tradução. A questão prejudicial não era a crença, mas a fidelidade, no sentido de compromisso com o todo, não com parte.
Quando a lei das dízimas (Lv 27), que são a décima parte, foi dada a Moisés, o fundamento da lei, como todas as outras, era zelar pelo coração do povo naturalmente inclinado para o pecado. No sentido desta lei, o incentivo para separar uma parte para Deus corresponde ao incentivo pela consagração da própria vida ao Senhor. E, nisto, o entendimento permanece, pois quem não é capaz de separar a décima parte do que ganha para Deus seria capaz de consagrar sua própria vida? Jamais.
A Palavra de Deus afirma no Antigo e Novo Testamentos, que aquele que não é capaz de ofertar uma parte de tudo o que tem ao Senhor Deus não é capaz de consagrar-se ao Senhor e, nisto, se assemelha aos escribas e fariseus que davam o dízimo, mas não tinham um coração consagrado ao Senhor.
A santidade ao Senhor, ou o desejo de consagrar-se, estava no âmago de toda oferta, seja do dízimo, seja da vida, pois envolve severas consequências, das quais, quem teme ao Senhor considera com atenção. O voto, como tratado na semana passada é um deles. Quem assume tornar-se membro da Igreja assume diante de Deus e da Igreja que irá sustentar o trabalho cristão de modo espiritual, moral e financeiro. Quebrar um voto é como colocar a mão no arado e ohar para trás. A estes Jesus diz: “não é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62).
Rapidamente, sobre a frase do verso 24, a ideia não é exatamente metafórica, como se fosse somente uma hipérbole, pois evidencia a negligência deles, uma vez que a quebra de qualquer mandamento é pecado, tal como era o contato com o mosquito ou o camelo para o judeu conforme Lv 11. Ou seja, dar atenção para um mandamento, mesmo que seja o principal, enquanto deprecia a prática de outro mandamento, mesmo que seja pequeno é igualmente pecar contra o Senhor.
Na sequência, o quinto e sexto “ais” funcionam como denúncias contra os escribas e fariseus, para demonstrar como são rígidos somente no que dão maior atenção de modo que isso revele o que está no coração, no interior.
A estrutura das três denúncias envolvem revelar o coração dos escribas e fariseus, que mesmo tendo boas ações entre si e bons ensinos, apesar de legalistas, não tem o coração entregue completamente, por isso, são como um copo limpo por fora, ou seja, a lei cerimonial não suprime a lei moral (25-26). Frequentar a Igreja e dar o dízimo não diminui a exigência de moralidade, como ser um pai atencioso e um marido amoroso.
Do mesmo modo, sobre o túmulo que guarda um defunto (27-28). Para o fariseu, se a sombra da pessoa passasse sobre um túmulo, ela ficava impura. O Cemitério não era como o nosso, cercada e bem percebido por todos, por isso, antes da PÁSCOA, havia a caiação, para identificar os sepulcros ou túmulos e, assim, as pessoas pudessem evitar a contaminação. Por isso, Jesus os chama de sepulcros caiados, para os distinguir como algo que indica impureza. O cal não tornava o sepulcro puro, apenas o identificava como impuro, do mesmo modo Jesus identifica os fariseus como impuros por causa da hipocrisia.
Com essas duras afirmações, Jesus ensina como se ocupavam demais com a prática religiosa que podia ser vista, enquanto dentro de si estavam cheios de ganância e cobiça. Jesus ensina que o meio ideal de purificação não é de fora para dentro, mas de dentro para fora. É purificando o coração que as obras de justiça, misericórdia e fidelidade se tornam eficazes por meio de atingir sincera e amorosamente outras pessoas.
A rapina e a inteperança, bem como a hipocrisia e a iniquidade citadas por Jesus são pecados internos, sentimentos que geram afastamento das pessoas por causa do senso de superioridade. A falta de paciência com as crianças e adolescnetes que estão começando a compreender sobre os valores e princípios cristãos, bem como agir com palavras violentas contra os novos convertidos, independente da idade que tenham é agir de modo hipócrita por causa da soberba e o orgulho, além de gerar iniquidade, que é o costume de pecar.
Mas como isso seria possível se o que faziam era observar a lei de Deus? Irmãos, a ironia é justamente essa. A preocupação deles com a lei deixou-os impregnados de maldade: Mateus 13.41 “O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu Reino todos os que servem de pedra de tropeço e os que praticam o mal”.
Por fim, recebemos o sétimo “ai” de Jesus. A última denúncia deste trecho (29-32). A ideia não é matafórica,pois de fato, faziam monumentos que honravam os antepassados, como demonstra Atos dos Apóstolos 2.29 “a respeito do patriarca Davi: ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.” e, disso se orgulhavam. Agora, especialmente sobre o verso 30, a soberba é visível e quase palpável, pois ao mesmo tempo que faziam movimentos de honra aos antepassados, estava diante deles o maior dos profetas e o desejo que nutriam no coração não era honrá-lo, mas exterminá-lo.
Então, em suas palavras finais (33-36), Jesus conclui: Mateus 23.33 “— Serpentes, raça de víboras! Como esperam escapar da condenação do inferno?” Com essas palavras, Jesus faz uma sentência profética contra os escribas e fariseus, por causa dos pecados relatados e ausência de arrependimento. Para nós, a advertência de Jesus foi respondida. Diante dos nossos pecados, qual é a solução? Entregar-se a Jesus, confiando que por causa de sua plena vida de santidade perfeita, seu sacrifício foi perfeito e o nosso pecado perdoado. Mas aos que não o reconhecem como Salvador, qual será a solução?
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos sobre as advertências do Rei contra os escribas e fariseus que estavam satisfeitos em si mesmos de tal modo que não viram em si a necessidade de um Salvador para eles. Isso se deu por causa da soberba, orgulho, maldade e costume de seguir a vida daquele modo, sem atentar para a além de si, nem para dentro de si. Diante disso, para nós, resta orarmos confomre Davi: Salmo 19.12-14
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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