Filipenses 2:12-18
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 4 viewsNotes
Transcript
Em resposta ao problema da dissensão, orgulho dos membros, humildade de Cristo
O futuro começa no momento presente 2 Co 6:2
Eu tenha motivo de gloriar-me. Para encorajá-los mais, ele declara que redundará em sua glória, caso não tenha trabalhado entre eles em vão. Não significa que os que trabalharam fielmente, porém sem sucesso, seus esforços foram vãos e não serão recompensados por seu trabalho. Não obstante, como o sucesso em nosso ministério é uma bênção singular de Deus, não nos sintamos surpresos se Deus, entre seus demais dons, fizer disto a coroação de alguém. Daí, como o apostolado de Paulo se torna agora eminente por tantas igrejas, conquistadas para Cristo por sua instrumentalidade, assim não pode haver dúvida de que tais troféus terão lugar no reino de Cristo, como o encontraremos falando um pouco depois: “Vós sois minha coroa” [Fp 4.1]. Nem se pode ter dúvida de que quanto maiores forem as proezas, mais esplêndido será o triunfo.
Alguém poderia se perguntar como é que Paulo agora se gloria em seus labores, enquanto em outro lugar ele nos proíbe de nos gloriarmos em algo mais que não seja no Senhor [1Co 1.31; 2Co 10.17], a resposta é fácil, a saber, quando tivermos nos prostrados, bem como tudo quanto possuímos, diante de Deus, e [quando] tivermos posto em Cristo todo nosso motivo de nos gloriarmos, então, ao mesmo tempo, nos será permitido gloriar-nos, através de Cristo, nos benefícios de Deus, como já vimos na Primeira Epístola aos Coríntios. A expressão, no dia do Senhor, se destina a estimular os filipenses à perseverança, enquanto o tribunal de Cristo se exibe diante de seus olhos, do qual se deve esperar o galardão da fé.
Ainda que eu seja oferecido. A palavra grega é σπένδομαι, e, conseqüentemente, parece haver uma alusão àqueles animais por cuja morte se confirmavam acordos e pactos entre os antigos. Pois especialmente os gregos empregavam o termo σπονδὰς para denotar as vítimas pelas quais se confirmavam os pactos. Assim, Paulo coloca sua morte como a confirmação da fé deles, o que certamente seria. Não obstante, para que toda a passagem seja mais claramente entendida, ele diz que oferecera sacrifício a Deus quando os consagrou por meio do evangelho. Em Romanos 15.16, há uma expressão semelhante; pois naquela passagem ele se representa como um sacerdote que oferece a Deus os gentios por meio do evangelho. Ora, visto ser o evangelho uma espada espiritual para matar vítimas, assim a fé é, por assim dizer, a oblação; pois não existe fé sem mortificação, por meio da qual somos consagrados a Deus.
Ele faz uso dos termos καὶ λειτουργίαν – sacrifício e culto [serviço]: o primeiro se refere aos filipenses, que tinham sido oferecidos a Deus; e o segundo a Paulo, por ser o próprio ato de sacrificar. É verdade que o termo é equivalente a administração, e assim inclui funções e ofícios de toda espécie – correspondente à frase usada pelos latinos, operaris sacris (ser empregado em ritos sacros). Agora Paulo diz que se regozijará, se for oferecido sobre um sacrifício desta natureza – para que seja mais ratificado e confirmado. Isso sim é que é ensinar o evangelho de todo o coração – quando estamos preparados para confirmar com nosso próprio sangue o que ensinamos!
Não obstante, disto se deve deduzir uma lição útil quanto à natureza da fé – que ela não é uma coisa vã, mas possui tal natureza que consagra o homem a Deus. Os ministros do evangelho, igualmente, encontram aqui conforto especial por serem chamados sacerdotes de Deus para lhe apresentar vítimas; pois com que ardor deve tal homem aplicar-se a pregar, sabendo que isso é um sacrifício aceitável a Deus! Os desditosos papistas, sem qualquer conhecimento deste tipo de sacrifício, engendram outro, o qual não passa de total sacrilégio.
Regozijo-me convosco, diz ele – de modo que, se acontecer que ele morra, saibam que tal coisa aconteceria para o proveito deles, e que seriam beneficiados com sua morte.
18. Regozijai-vos. Pelo entusiasmo que então revela, Paulo encoraja os filipenses e inflama neles o profundo desejo de enfrentar a morte com firmeza, já que os crentes não são prejudicados por ela. Pois previamente lhes ensinara que a morte lhes seria lucro [Fp 1.21]; em contrapartida, aqui ele está principalmente preocupado com que sua morte não deixe os filipenses desorientados. Conseqüentemente, ele declara que não há motivo para tristeza; aliás, com isso eles têm ocasião de alegria, visto que descobrirão que sua morte lhes produzirá vantagem. Porque, embora em si ela redundasse em séria perda que os privaria de tal mestre, em compensação, o evangelho seria confirmado por seu sangue. No ínterim, permite-lhes que saibam que para ele, pessoalmente, a morte seria motivo de alegria. A tradução de Erasmo, que está no tempo presente [e não no imperativo], Vós regozijais, é inadequada.
2:12- Obediência é a evidência da fé em Deus, Paulo incentiva à igreja de Filipos a perseverar na obediência, o que significa adotar a atitude de Cristo nas relações com os outros.
Temor e tremor:
1 Co: 2:3; 2 Co: 7:15; Ef: 6:5
Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo,
Ex: 15:16; Is: 19:16
Naquele dia, os egípcios serão como mulheres; tremerão e temerão ao levantar-se da mão do Senhor dos Exércitos, que ele agitará contra eles.
2:13- Fp: 1:6
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
2:14- expressão de descontentamento
15- contraste entre humildade, bondade e inocência dos filhos de Deus- geração perversa- Dt: 32:5
Procederam corruptamente contra ele,
já não são seus filhos, e sim suas manchas;
é geração perversa e deformada.
Luzeiros, Dn: 12:2-3
Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.
Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo,