As advertências do Rei contra Jerusalém - Mt 23.37-39

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
ABRIL/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 28/04: Mt 23.27-39 As advertências do Rei contra Jerusalém
Deus fala: Saudação - Salmo 118.29
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 62 - Hino de gratidão
UCP - 66 anos
Deus fala: Salmo 127.3
Fundada em 17 de abril de 1958, contou com 35 crianças, das quais, duas ainda fazem parte da membresia da nossa Igreja: Jair e Edite.
Nós falamos: Oração de ação de graças pela UCP
Nós cantamos: ‌Hino 367 - Vinde meninos
Deus fala: Isaías 52.13-53.12
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 79 - Glória ao Salvador
LOUVOR
Não existe nada melhor
Tua graça
Hosana
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 23.27-39 As advertências do Rei contra Jerusalém
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Hoje finalizamos este capítulo que foi dividido em 4 partes. As três primeiras levaram o mesmo título: As advertências do Rei contra os escribas e fariseus - parte 1 (1-12), parte 2 (13-22) e parte 3 (23-36). Agora, na conclusão, aprenderemos sobre: as advertências do Rei contra Jerusalém (37-39).
Como disse aos irmãos, o contexto desta palavra contra Jerusalém são os “ais” de Jesus contra escribas e fariseus, que funcionam como denúncias, e, do mesmo modo será agora contra Jerusalém. Apesar de não conter um “ai” que identifica essa denúncia, temos aqui duras palavras de Jesus, que trazem conotação de lamento pela perversidade e rebeldia de Jerusalém.
Crianças: Galinha com pintinhos debaixo das asas.
Vamos ao texto: Mt 23.27-39 As advertências do Rei contra Jerusalém
Notem que o versículo 37 começa com a repetição do nome da cidade: “Jerusalém, Jerusalém”. Como disse aos irmãos, nesta advertência de Jesus contra Jerusalém encontramos palavras de lamento e isso revela muito do caráter de Deus para nós, porque em Cristo é revelado o lamento de Deus contra o a impiedade das pessoas que se levanta contra o SENHOR e, por isso, receberão severo juízo contra si, contudo, a aplicação deste juízo não causa prazer em Deus.
Quanto a isso, pelo profeta Ezequiel foi revelado que: Ezequiel 33.11 “Diga-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos! Por que vocês haveriam de morrer, ó casa de Israel?”
Isso quer dizer, irmãos, que as palavras de Jesus não são por si mesmas condenatórias, pois o que condena o ser humano não são as palavras de Deus, mas a negação e rejeição de Cristo como única fonte de salvação e essa convicção produza arrependimento.
Na parábola do capítulo 21 Jesus já deixou isso explícito: Mateus 21.32 “Porque João veio até vocês no caminho da justiça, e vocês não acreditaram nele; no entanto, os publicanos e as prostitutas acreditaram. Vocês, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram depois para acreditar nele.”
Portanto, a cada momento que vemos Jesus apontar os erros e pecados, precisamos também perceber seu lamento e intenção de que por meio desses apontamentos o coração humano pondere e retorne, se converta e viva: João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
Assim também precisamos ser em nossa evangelização, irmãos. Ainda que Jonas tenha proclamado julgamento contra Nínive, foi com propósito de haver arrependimento e salvação que Deus o levantou como profeta. Assim também foi com Jesus e os Apóstolos, como também precisa ser conosco urgentemente.
Após o lamento, vem a denúncia. Na sequência do verso 37 encontramos a denúncia de Jesus: “matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!”
Notemos que o capítulo 24.1 deixa evidente que depois dessas palavras Jesus deixou o Templo. Ou seja, reconhecemos nestas as últimas palavras púplicas de Jesus. Nelas, Jesus fala sobre a cidade de Davi, a quem Deus se revelou em seu templo, lugar da sua habitação, que se tornou conhecida como lugar onde a lei do SENHOR é quebrada.
Sabemos, irmãos, que a nação de Israel foi chamada para representar o restante do mundo diante de Deus, de modo que fosse uma terra de sacerdotes: Êxodo 19.5–6 “Agora, pois, se ouvirem atentamente a minha voz e guardarem a minha aliança, vocês serão a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Porque toda a terra é minha, e vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.” São estas as palavras que você falará aos filhos de Israel.”
Também foi o povo especialmente escolhido para que fosse separado, consagrado, com a finalidade de ser luz para as nações: Isaías 42.6 “Eu, o Senhor, chamei você em justiça; eu o tomarei pela mão, o guardarei, e farei de você mediador da aliança com o povo e luz para os gentios;” e Isaías 49.6 “Sim, ele diz: “Para você, é muito pouco ser o meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta o remanescente de Israel. Farei também com que você seja uma luz para os gentios, para que você seja a minha salvação até os confins da terra.”
Contudo, essas palavras remetem a promessa e as advertências dadas no passado, que não surtiram resultado positivo, pois a perversidade antiga permanece. Sendo assim, qual é o futuro para a nação?
Irmãos, o recurso para Jerusalém é o mesmo recurso que restaura a nossa vida hoje. Como lemos na liturgia: O servo do SENHOR que assume a culpa deste pecado: Isaías 52.13 “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado, e será mui sublime.”
Tanto é assim que a sequência deste lamento de Jesus contra Jerusalém, contem a expressão "quantas vezes”, no sentido de quantas terem sido as vezes que o Deus Pai reuniu seu povo novamente perante ela na história da redenção, e, agora, em Cristo, quantas foram as vezes que ele, encarnado, buscou reuni-los para si do mesmo modo que confiou o salmista: Salmo 91.4 “Ele o cobrirá com as suas penas, e, sob as suas asas, você estará seguro; a sua verdade é proteção e escudo.”
Foi a ausência de desejo pelo cuidado do SENHOR que gerou a ausência de arrependimento do pecado e os moveu para mais e mais longe do SENHOR e mais satisfeitos consigo mesmos.
No entanto, a palavra final demonstra que essa escolha terá consequências: Mateus 23.38 “Eis que a casa de vocês ficará deserta.”. Especialmente quanto ao templo (Mt 24.1-2), lugar da habitação de Deus, não mais servirá para este fim e quem habitará nele serão os inimigos de Deus. Inclusive, atualmente, no mesmo lugar onde foi construído este templo está construída uma Mesquita, que serve ao culto do deus muçulmano.
Isso é muito triste, irmãos, porque não é somente a cidade de Jerusalém que nega arrepender-se dos seus pecados e voltar-se para Jesus. Muitos familiares nossos, e tantos moradores da nossa cidade, têm desejado o mesmo: viver para si mesmos.
Para estes está destinada a palavra de Jesus no verso 39. Citando o Salmo 118.26, Jesus afirma escatologicamente que estes que o negam, sejam sacerdotes, anciãos, escribas, fariseus, herodianos ou saduceus, haverão de vê-lo no porvir e certamente irão reconhecê-lo naquele dia quando desejarão homenagiá-lo e reverenciá-lo, mas, lamentavelmente, não haverá mais tempo: Apocalipse 1.7 “Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém!”
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos sobre as advertências do Rei contra Jerusalém, que embora tenham conotação de lamento, não deixam de apontar para a consequência de negar Jesus como Salvador: morte.
Com pesar, Jesus deixa evidente que se não houver arrependimento, haverá, no porvir, lamento eterno daqueles que o rejeitam.
A nós, crentes em Cristo fica o consolo: João 1.11–13 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”
E, diante disso, também fica a exortação de assumirmos o compromisso de lamentar pela incredulidade das pessoas com quem convivemos, de modo especial, para que isso nos mova a orar por eles. Clamar a Deus que se mova em direção a eles e derrame sobre eles da sua graça salvadora, pois somente assim poderão se arrepender dos pecados e se voltarem para o SENHOR que é rico em perdoar: Isaías 55.7 “Que o ímpio abandone o seu mau caminho, e o homem mau, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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