Um Deus profundo.

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texto: Rm.11.33-36

transição: algumas caracteristicas desse Deus profundo:
rico em sabedoria e conhecimento. v.33a
obs. por que Paulo fecha esse capitulo com uma doxologia? com um belo louvor?
sobre tudo o que escreveu até aqui sobre o glorioso tema da justificação pela fé, de forma nenhuma surpreende que o exuberante Paulo, ele mesmo um maravilhoso produto da graça soberana de Deus, expanda-se numa doxologia.
profundidade: profundidade ⇔ profundezas s. — conhecimento de que é o recôndito, obscuro e profundo.
Nas partes mais profundas do oceano, a água se torna turva. Embora não possamos ver, alguns peixes sobrevivem no fundo do oceano, onde a luz do sol nunca penetra. Nossa visão em relação ao oceano está limitada à superfície da água. Do mesmo modo, Paulo está contemplando não a superfície de Deus, mas a infinita profundidade de seu ser.
sabedoria.
como defenir a sabedoria de Deus?
Algo central no ensino de João Calvino era o axioma finitum non capax infinitum: “o finito não pode conter ou apreender a plenitude do infinito”.
A sabedoria de Deus é sua capacidade de selecionar os melhores meios para a obtenção do alvo mais elevado
Mesmo quando estivermos no céu – onde não olharemos mais por um vidro escurecido, mas estaremos sob a glória fulgurante de Deus, não teremos um conhecimento exaustivo do Criador.
ex. de algumas oraçoes, ouço pessoas querendo a conselhar Deus.
tem juizos insodaveis. v.33
insodável; inescrutável adj. — caracterizado por ser impossível de encontrar ou descobrir as profundezas ou o fim; portanto, incompreensível.
juizos; condenação.
julgamento divino s. — um comando ou decisão de Deus concebido no domínio jurídico; como se um decreto feito por um juiz, ou por uma corte, estivesse inserido no registro da corte.
obs. por que que paulo chega a conclusão que os juizos de Deus são incompreensiveis?
Quão insondáveis são seus juízos”; ou seja, as soberanas decisões, decretos, disposições de Deus.
No presente contexto, a referência é especialmente àqueles juízos que são revelados no plano divino de salvação e na efetuação desse plano.
tem caminhos imcompreensiveis.v.33
enescrutável; indelineável adj. — marcado por ser impossível traçar, propagar-se, ou registrar até o fim de; portanto, incompreensível.
caminhos: conduta ⇔ maneira s. — uma linha de conduta.
tem um conhecimento imcompreensivel. v.34
citação: Is 40.13 “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, o ensinou?”
1Co 2.16 “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.”
A única maneira de conhecer a mente do Senhor é se o Senhor se agradar de nos revelar. Quando isso acontece, podemos saber com certeza que o que ele revela sobre sua mente não é incompleto ou impreciso. É por isso que amo a Bíblia – ela revela a mente de Deus a nós.
quem é o conselheiro de Deus?
Deus, jamais teve algum conselheiro a quem pudesse recorrer!
porque ele é pleno em sabedoria.
Deus não tem nenhum conselheiro porque não precisa de conselheiro algum. Sobre o que o aconselharíamos?
Que não deve nada a ninguém.v35
Em outros termos: “Quem já fez de Deus seu devedor?”
obs. Deus nos deve algo?
Jó 41.11 “Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.”
Deus, nosso devedor? Impossível! Aliás, nosso débito para com ele é tão imenso que nosso coração estremece sempre que meditamos no que ele já nos fez, está fazendo e ainda nos fará. Uma resposta adequada a Deus é simplesmente impossível.
que merece toda honra e glória.v.36
A palavra por tem a ver com o meio, o instrumento, pelo qual as coisas acontecem.
Num sentido último, não há acasos no universo governado por Deus. Se Deus existe, a soberania é um atributo essencial de sua própria divindade.
Cl 1.16 “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.”
Vemos muitas coisas que nos fazem perguntar: “Como é que isso pode se encaixar nos propósitos de Deus?”.
Deus que ordena todas as coisas para sua glória.
Seu destino foi traçado por Deus desde a fundação do mundo para a glória dele. O destino das nações, a História, os planetas e os corpos celestes em órbita foram criados, projetados e ordenados por Deus para expor a glória dele.
obs. como compreneder um Deus incompreensivel?
resposta: nao é nossa tarefa compreneder Deus, mas sim adora-lo.
Deus é a fonte de nossa salvação; é por meio de sua graça e poder que a salvação se torna uma realidade em nossa vida; e a ele, consequentemente, se deve toda a glória. Ele é a fonte, o realizador e o alvo de nossa salvação.
“A ele seja a glória para sempre”. Visto que foi ele quem não só planejou nossa salvação, mas também quem a levou a tornar-se uma realidade, segue-se que ele – tão somente ele – é quem deve receber toda a glória.
conclusão
Chegamos ao fim da exposição das doutrinas da graça que Paulo havia iniciado em Romanos 1 com o anúncio do evangelho de Deus e a justificação pela fé somente. O apóstolo descreveu a sujeição da raça humana à ira pelo fato de haverem sufocado a revelação de Deus. Essa atitude levou o homem a inúmeros pecados e à corrupção radical da raça, pecados nos quais incorreram tanto gregos como judeus. Em Romanos 3, Paulo leva toda a humanidade perante o tribunal de Deus dizendo: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (v. 23).O que se seguiu foi uma exposição da doutrina da justificação pela fé somente, a qual, por sua vez, foi seguida por um tratado sobre santificação – nosso crescimento em Cristo após termos sido justificados. Então veio uma declaração magnífica da providência de Deus sobre todas as coisas: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (8.28). Isso introduz a chave de ouro da doutrina da eleição que Paulo expôs com riqueza de detalhes no capítulo 9. No capítulo 10, Paulo cobriu a grande tarefa missionária da igreja – devemos enviar pessoas a todo o mundo a fim de que o evangelho seja pregado a todos.Em nosso estudo do capítulo 11, temos visto até aqui um tratamento aprofundado de Paulo acerca do lugar do Israel étnico no plano da redenção. Isso alcançou seu clímax em forma de doxologia: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (v. 33).
Sproul; Jamais, neste mundo ou no porvir, o finito será capaz de conter ou apreender o infinito e, por isso, à medida que paramos maravilhados e reverentes diante do que Deus tem revelado de si em sua Palavra, somos levados à doxologia. A profundidade é tão profunda que não podemos sondá-la.
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