Deus nos busca quando estamos perdidos

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Notes
Transcript

Introdução

Creio que algo que nos incomoda bastante é conhecer pessoas que se desviaram dos caminhos de Deus.
Pessoas que aprenderam, viveram experiências com Deus e… se foram.
E nós no meio disso? Como agimos?
Damos a cínica explicação: se foi, é porque nunca entrou realmente.
Mas como Deus age? O que Ele faz?

Tema

Deus busca o perdido

Argumentos

O Filho que não quer viver com o Pai

Luke 15:11–24 ARA
Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
O filho mais novo não queria mais viver com o pai. Queria viver a vida.
Quando pede a sua parte na herança, pede a própria vida, para vivê-la como quer.
Vai para bem longe do pai. Não quer ter nada a ver com o pai.
Longe do pai, sem a segurança que vinha da vid com ele, perde tudo e em um imprevisto, começa a passar fome.
Pensa que tem o controle, mas uma grande fome vem ao país onde está.
Não controlamos nada. Tentamos viver nossa vida longe de Deus para vivermos como queremos, mas na realidade o que conseguimos é nos vermos desamparados num mundo de pecado para o qual não estamos preparados.
Ele busca a solução de viver com os porcos, chafurdando na lama, o que para um judeu seria a pior situação possível.
E resolve tomar a única atitude sensata: baixar a cabeça, botar o rabo entre as pernas e voltar para o pai como servo.
Muitos saíram do nosso meio, revoltados com a política, com as questões do nosso tempo, com posicionamentos da igreja, com pastores e líderes.
Em um primeiro momento, este movimento parece ser justificado. Ainda dizemos que a fé continua a mesma. Que não precisamos de igreja, pois Deus está conosco.
Ele está, mas nós estamos cada vez mais nos afastando.
O local mais seguro onde podemos estar é junto de Deus, com a nossa comunidade de fé. Com nossos irmãos.
Mas queremos dar uma espiadinha que se torna rapidamente uma expiadinha. Pois nos contaminamos com as seduções do mundo, onde tudo que parecia proibido, agora parece permitido.
Até nos vermos em uma situação em que o fundo do poço nos atrai e não conseguimos ver saída.
Nessa hora, o melhor é voltar. Nem que seja voltar como servo, humilhar-se e dizer que erramos e estamos dispostos a servir humildemente.
Mas Deus nos recebe de volta como filhos! Nosso lugar no Reino de Deus está lá, como o lugar do filho rebelde sempre esteve lá, e a festa da volta é grande.
Porque Deus busca quem está perdido.

O Filho que quer que o Pai viva para Ele

Luke 15:25–32 ARA
Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
O filho mais velho passou a vida toda agradando o pai. Mas sempre foi frustrado, porque no seu entendimento, o Pai nunca o reconheceu.
Dia e noite trabalhou, cuidou do pai, renunciando aos seus próprios projetos esperando, com isso, um mérito, um reconhecimento.
No momento em que seu irmão vai embora, pensa: agora vai!
Finalmente vou ser reconhecido, afinal, sou o único.
Mas nada muda. E pior: quando o irmão volta, é obrigado a ver o pai matando um boi gordo para fazer aquele churrasco!
Ele nunca ganhou nem um bezerrinho! O Pai deveria reconhecer seu esforço, que sempre fez tudo certinho, ao invés de receber o irmão, que foi embora.
O Filho mais velho erra profundamente quando não vai atrás do irmão mais novo. E provavelmente não vai, porque quer o pai só para si.
Erra novamente quando ao invés de se juntar à festa, prefere ficar do lado de fora, com raiva do pai e ódio do irmão, que reaparece.
Estes dois erros são frutos de uma vida errada de quem sempre esteve do lado do pai buscando uma recompensa por isso, ao invés de desfrutar da companhia do pai.
Ele sempre fez tudo certinho, mas é mais perdido que o irmão que se perdeu e foi achado. Porque o que o torna perdido são justamente as coisas certas que faz pelos motivos errados.
Quantos não vemos assim? Gente que vai à Igreja e recrimina tudo e todos. É a música, a roupa, as expressões de louvor, a doutrina que não parece ser suficientemente calvinista!
É o pecado dos outros, que realmente existe, mas que é mais fácil recriminar do que sentar, orar junto e aconselhar!
São situações em que preferimos estar longe recriminando do que perto, dando o suporte.
E se a vaca vai pro brejo, dizemos: “Viu?? Não tinha salvação mesmo!”
Quem achava isso eram os fariseus, gente que achava que o mais importante eram os rituais, a liturgia, a aparência.
Gente que olha para o pecado dos outros porque acha que o pecado alheio é sempre pior que o próprio pecado.
Gente que, ao final de tudo, acha que merece ser salvo!
Não há nada que façamos que nos faça sermos salvos!
Nossa salvação vem pela graça!
E é isso que o pai explica ao seu filho: tudo o que tenho é teu. Está tudo ao seu alcance. Porque você é tão insatisfeito e invejoso?
E com essa palavra ele convida o filho que acha que o pai tem que reconhecê-lo a se juntar à festa.
Porque ele também está perdido. E Jesus busca o perdido.

O Pai que recebe o rebelde e ensina ao arrogante

Deus sempre busca a quem está perdido. Jesus seria o irmão mais velho que ao contrário do filho da parábola, buscaria o irmão mais novo perdido.
E no Reino de Deus sempre há lugar para alguém que se arrependa. Seja ele o que foi embora, ou o que ficou pelos motivos errados.
Porque Deus enviou seu filho para morrer por aqueles que não querem saber dele, mas também por aqueles que acham que não precisam do sacrifício de Jesus, pois fazem tudo certinho!
Deus não escolheu pessoas certinhas. Desde Abraão, um homem fiel, mas que tentava enganar e que diversas vezes se impacientou com o cumprimento da promessa que parecia não acontecer a Paulo, um fariseu legalista que perseguiu os discípulos, consentindo na morte deles. Passando por Moisés, que assassinou um egípcio, Davi que estuprou uma mulher, conspirou para matar seu marido e mentiu sobre o filho que geraram e Salomão, que descambou para a idolatria no meio de sua insaciedade.
Romans 3:23–24 ARA
pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Não depende de nós! É pela graça!
É pela graça que Deus recebe de volta quem se afasta! É pela graça que Deus ensina a quem acha que não precisa da própria graça!
Porque Deus busca quem está perdido!

Conclusão

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