Quem poderia estar perante o Senhor, este Deus santo?

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Tema: Quem poderia estar perante o Senhor, este Deus santo?
Ocasião: Sermão Presbitério 07.05
Texto: 1Samuel 6.19-7.14
1Samuel 6.19–7.14 ARA
Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes, porque olharam para dentro da arca do Senhor, sim, feriu deles setenta homens; então, o povo chorou, porquanto o Senhor fizera tão grande morticínio entre eles. Então, disseram os homens de Bete-Semes: Quem poderia estar perante o Senhor, este Deus santo? E para quem subirá desde nós? Enviaram, pois, mensageiros aos habitantes de Quiriate-Jearim, dizendo: Os filisteus devolveram a arca do Senhor; descei, pois, e fazei-a subir para vós outros. Então, vieram os homens de Quiriate-Jearim e levaram a arca do Senhor à casa de Abinadabe, no outeiro; e consagraram Eleazar, seu filho, para que guardasse a arca do Senhor. Sucedeu que, desde aquele dia, a arca ficou em Quiriate-Jearim, e tantos dias se passaram, que chegaram a vinte anos; e toda a casa de Israel dirigia lamentações ao Senhor. Falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se é de todo o vosso coração que voltais ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o coração ao Senhor, e servi a ele só, e ele vos livrará das mãos dos filisteus. Então, os filhos de Israel tiraram dentre si os baalins e os astarotes e serviram só ao Senhor. Disse mais Samuel: Congregai todo o Israel em Mispa, e orarei por vós ao Senhor. Congregaram-se em Mispa, tiraram água e a derramaram perante o Senhor; jejuaram aquele dia e ali disseram: Pecamos contra o Senhor. E Samuel julgou os filhos de Israel em Mispa. Quando, pois, os filisteus ouviram que os filhos de Israel estavam congregados em Mispa, subiram os príncipes dos filisteus contra Israel; o que ouvindo os filhos de Israel, tiveram medo dos filisteus. Então, disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao Senhor, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus. Tomou, pois, Samuel um cordeiro que ainda mamava e o sacrificou em holocausto ao Senhor; clamou Samuel ao Senhor por Israel, e o Senhor lhe respondeu. Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; mas trovejou o Senhor aquele dia com grande estampido sobre os filisteus e os aterrou de tal modo, que foram derrotados diante dos filhos de Israel. Saindo de Mispa os homens de Israel, perseguiram os filisteus e os derrotaram até abaixo de Bete-Car. Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor. Assim, os filisteus foram abatidos e nunca mais vieram ao território de Israel, porquanto foi a mão do Senhor contra eles todos os dias de Samuel. As cidades que os filisteus haviam tomado a Israel foram-lhe restituídas, desde Ecrom até Gate; e até os territórios delas arrebatou Israel das mãos dos filisteus. E houve paz entre Israel e os amorreus.
Introdução
Contexto
No Livro de Juízes vemos como o povo por diversas vezes abandonou a Deus para viver de acordo com suas próprias vontades. O texto de juízes termina afirmando no capítulo 21, versículo 25, que o homem escolheu fazer “o que parecia reto aos seus olhos”.
Com Samuel, encerra-se o período dos juízes ou chefes de Israel
No início do Livro temos os relatos no nascimentos de Samuel, sua infância e sua consagração ao Senhor da parte de sua mãe (1.21-2.11). Em seguida, o texto, descreve a realidade decadente do serviço de Eli e sues filhos Hofni e Finéias que foram descritos como “filhos de Belial e não se importavam com o Sehor” (2.12-36).
Em um dos muitos confrontos com os filisteus, Israel foi vencido, e foi “tomada a arca de Deus, e mortos os dois filhos de Eli” (1 Sm 4:11; cf. 4:1b–5:2).
O conhecimento desses trágicos acontecimentos precipitou a morte do idoso sacerdote (1 Sm 4:18). Então, Samuel, a quem Deus já havia chamado para ser profeta (1 Sm 3), começou a conduzir a Israel também como juiz (1 Sm 7:2–17), o que fez até quando o povo manifestou o desejo de ter “um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (1 Sm 8:5).
Proposição
O Tema desta mensagem é a pergunta feita na passagem que lemos (cap 6 v.20): “Quem pode permanecer na presença do Senhor, esse Deus santo?
Considerando o contexto da passagem e todo enredo desta narrativa chegamos a conclusão que a única forma de termos acesso a presença de Deus é através de uma conversão genuína marcada por um profundo arrependimento sincero e uma fé na intervenção soberana de Deus na história humana.
Sendo assim, para permanecer na Presença de Senhor é preciso:
I. Arrependimento sincero
II. Uma fé viva na salvação
Argumentação:

I. Arrependimento Sincero

O verdaadeiro arrependimento levou a nação aos seguintes atitudes:
a) 1. Lamentar a ausência do Senhor (v.2)
Toda a casa de Israel dirigia lamentações ao Senhor. (v.2)
A arca é transferida de Bete-Semes para Queriate-Jearim. Para a casa de Abinadabe. Seu filho Eleazar é encarregado de guardar a arca. No texto não há indicações de que sejam sacerdotes, apesar de o nome Eleazar estar associado a genealogias sacerdotais.
Em determinado momento o povo de Israel apresenta grande lamentação ao Senhor. Este lamento é resultado de um processo de purificação que durou 20 anos. Neste período Israel permaneceu debaixo do domínio Filisteu até que o povo sentiu amargamente a ausência do próprio Senhor.
O apóstolo Paulo diz que “a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação” (2Co 7.10)
Este sentimento de lamento que gerou no povo o arrependimento é a deixa para que Samuel comece a exercer o ministério pelo qual havia sido preparado, separado e instruído pelo Senhor.
E ele como um profeta conclama a nação ao arrependimento (á semelhança de Jesus) e a uma nova consagração a Deus. (JESUS)
b) 2. Abandonar os ídolos (v.3, 4)
Se é de todo vosso coração que voltais ao Senhor… (v.3)
Samuel após convocar toda a nação de Israel ao arrependimento, passa a exortar o povo à santidade. Ele faz isso com a seguintes exortações:
Tirai dentre vós os Deuses estranhos. (remover)
Preparai o coração ao Senhor. No sentido de direcionar o coração ao Senhor.
Servi a ele só. (temer, adorar)
Cada um dos três verbos aqui mencionados (tirai, preparai e servi) estão originalmente no modo imperativo, expressando então uma exortação, uma ordem ao povo de Israel para que se purifiquem. Pois os deuses estranhos da fertilidade (Astarotes e Baalins), essas divindades pagãs dos povos das regiões ao redor, tinham sido adotados por Israel.
Essa religião depravada levou Israel a quebrar os mandamentos de Deus, e cair em abominável indulgência sexual. Os ritos aos Deuses pagãos envolviam ofertas de sexo ritual com intuito de receber dos deuses a dádiva da fertilidade nos campos. Esse modo de atrair o favor da divindade era muito mais agradável do que momentos de oração e súplica. Os caminhos pecaminosos são naturalmente mais atrativos para a natureza decaída do homem.
João nos exorta dizendo que “tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1Jo 2.16).
Para uma sincera adoração e dedicação ao Senhor é preciso o abandono dos falsos deuses e pecados.
Então, os filhos de Israel tiraram dentre si os baalins e os astarotes e serviram só ao Senhor. (v.4)
Como uma forma de obediência a Deus, a nação de Israel então dá ouvidos a Samuel, reconhecendo que sua autoridade parte do próprio Deus que o havia chamado, nomeado e equipado, para liderar Israel.
O povo passou a render glória a Deus abandonando seus ídolos. Nos nossos dias vemos as pessoas adorando os ídolos do ego e dos prazeres.
Jesus nos adverte: "Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). O chamado de Deus ao arrependimento inclui uma vida de sacrifício e serviço e não uma busca de satisfação pessoal.
c) 3. A consagração ao Senhor (v. 6)
e juaram aquele dia e ali disseram: Pecamos contra o Senhor. (v.6)
A reforma que Samuel opera no povo de Israel em Mispa, alcança um status de arrependimento genuíno em toda a nação.
A cidade de Mispa (v.5) ficava a oito quilômetros ao norte de Jerusalém, situada em território Benjamita junto à principal estrada norte-sul de Jerusalém. Essa cidade era um dos lugares que Samuel passava com frequência. Logo após a queda de Jerusalém, chega a ser a capital (2 Rs 25.23)
Então em Mispa, a nação de Israel confessa seu pecado contra o Senhor, realiza um jejum, e evidencia uma lavagem comunitária pela culpa, no ato de tirar água e derramar perante o Senhor.
Os Israelitas se humilharam diante de Deus e confessaram seus pecados resultado de 20 anos de contrição. Deus aceitou a sua confissão e derramou o seu perdão sobre o povo.
O verdadeiro arrependimento envolve muito mais do que remorso ou ficar pesaroso pelo pecado. A maior parte das pessoas só sentem remorso por terem sido flagradas em pecado ou pela má consciência e por enfrentar a consequência do seu pecado. Mas o verdadeiro arrependimento vai além do remorso resultando em profunda contrição e total abandono do pecado.
Pela sua misericórdia, Deus aceita os pecadores de volta quando eles buscam a sua graça com humildade. Deus diz: “Tornaivos para mim [...] e eu me tornarei para vós outros” (Zc 1.3).
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II. Fé viva na salvação de Deus

A renovação da fé em Deus fez com que o povo:
a) Buscasse o favor divino em dependência total na intervenção de Deus (7-11) (DEPENDÊNCIA)
Não cesses de clamar, nosso Deus, por nós… (v.8)
Em 1 Samuel 4.1-11 vemos o relato em que os filisteus derrotaram o povo de Israel, em um local que tabém se chama Ebenézer (v.2).
Os filisteus tomaram a arca do Senhor e mataram a Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. Sendo assim, quando os filisteus se dispõem novamente para a batalha contra Israel, o povo se encontra novamente em momento de provação.
Mas agora o povo em vez de depositar sua esperança apenas em símbolos exteriores como a Arca da Aliança, deposita sua fé no poder de Deus para salvá-los dos inimigos. Isso fica claro no pedido do povo a Samuel: Não cesses de clamar ao nosso Deus, por nós… (v.8).
Vemos duas implicações nesse pedido:
A dependência do povo no apoio e liderança de Samuel.
Uma dependência no poder de Deus.
Clamou Samuel ao Senhor por Israel, e o Senhor lhe respondeu. (v. 9)
Em espírito de arrependimento é oferecido um holocausto ao Senhor, como dádiva para obter o favor de Deus, e o sacrifício é recebido como um “aroma agradável ao Senhor” (Lv. 1.13).
A Bíblia diz que “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9.22).
O sacrifício que Samuel oferece reforça as duas verdades bíblicas de que nenhum pecador pode comparecer perante a santidade de Deus sem derramamento de sangue e que todo pecador pode comparecer diante de Deus por meio do sangue de Cristo derramado em sua morte na Cruz. (JESUS).
Neste momento então que os filisteus se aproximam ameaçando interromper a adoração mas o texto nos diz que trovejou o Senhor… com grande estampido… de tal modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel.
Quando o povo se apresenta a Deus com humildade por meio de sacrifício expiatório e fé, Deus age com poder para salvar a nação dos inimigos.
...Foram derrotados diante dos filhos de Israel. (v. 10)
Diante da intervenção de Deus os israelitas encontram força para avançar com novo poder e perseguir os filisteus até os derrotarem.
A verdadeira adoração a Deus fez grande diferença. Pois agora os israelitas confessaram seus pecados se arrependendo genuinamente, clamaram a Deus com humildade e submissão e ofereceram sacrifícios a Deus com fé sincera.
b) Estabelecesse um sinal visível dA SALVAÇÃO, amor e da fidelidade de Deus (v.12-14)
...a mão do Senhor foi contra eles todos os dias de Samuel. (v.12)
Para que o livramento que Deus trouxe a Israel jamais caísse no esquecimento, Samuel erige uma pedra como memorial, um monumento de guerra, que ficou em lugar de destaque. O nome dado a esta pedra de recordação é Ebenézer que no original se traduz como “pedra de ajuda” ou “pedra do ajudador”, vemos algo parecido no Salmos 115.9-11 em que, se refere a Deus como “ele é o seu amparo e o seu escudo”.
De acordo com Gordon Keddie, a ideia desses memoriais “era que fossem um testemunho permanente do que Deus havia feito no passado pelo seu povo e do que ele ainda faria no tempo por vir.”
Para nós a recordação da oração respondida deve incentivar a fé em Deus para usufruirmos ainda mais das suas bênçãos.
É possível compreender a escolha do nome Ebenézer como uma menção aos primeiros combates com os filisteus que resultaram na derrota do povo de Israel, mas que agora o fracasso do passado foi revertido em vitória. Esse contraste mostra a importância do relacionamento de Israel com o Senhor. O povo tornou a achar graça diante do Senhor quando se apresentou com verdadeiro arrependimento e fé.
...foi a mão do Senhor contra eles todos os dias de Samuel. (v.13-14)
Como resultado da ajuda do Senhor e sob a liderança de Samuel, Israel desfrutou de um tríplice benefício:
1. Os filisteus foram consistentemente vencidos, depois de seus 40 anos de supremacia.
“Tendo os filhos de Israel tornado a fazer o que era mau perante o Senhor, este os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos.” Juízes 13.1
2. Israel passou a ter controle das cidades fronteiriças desde Ecrom até Gate, e o terreno que os filisteus haviam capturado foi devolvido.
3. Houve paz entre Israel e os filisteus e entre Israel e as nações cananéias “os amorreus”.
SAMUEL GOVERNOU O POVO COMO JUÍZ E A NAÇÃO VOLTOU A TER PAZ (JESUS)
Porém no passado quando Israel passou por tempos de prosperidade e paz se entregaram à idolatria, por isso o memorial instituído por Samuel serviria para inspirar o povo a render graças a Deus pela vitória e impedir que eles se esquecessem do auxílio de Deus e retornassem a idolatria.
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CONCLUSÃO
CONCLUÍMOS QUE A MUDANÇA NA HISTÓRIA DO POVO DE DEUS SÓ OCORREU QUANDO HOUVE UM CONVERSÃO GENUÍNA NOS CORAÇÕES DA NAÇÃO, OU SEJA, ELES MUDARAM A DIREÇÃO VOLTANDO A OLHAR E CONFIAR NO “SENHOR, ESTE DEUS SANTO” E NÃO NAS SUAS PRÓPRIAS VONTADES, CONFORME É DESCRITO NO TEXTO DE JUÍZES. SENDO ASSIM, SÓ É POSSÍVEL ENTRAR E PERMANECER NA PRESENÇA DE DEUS SE HOUVER VERDAEIRO ARREPENDIMENTO E VERDADEIRA FÉ. O POVO DE DEUS SOB A LIDERANÇA DE SAMUEL, UM TIPO DE CRSITO EM SEUS OFÍCIOS EXERCIDOS, O POVO DE DEUS VOLTOU A CONFIAR, SE SUBMETER E DEPENDER NAS PROMESSAS DIVINAS DE REDENÇÃO. ASSIM TAMBÉM, NOS DIAS DE HOJE, SÓ PODE HAVER RELACIONAMENTO COM DEUS POR INTERMÉDIO DA SALVAÇÃO E MEDIAÇÃO DE CRISTO. POIS ESTE É MAIOR QUE SAMUEL E QUALQUER OUTRO HOMEM DE DEUS.
A VERDADE SUPREMA É QUE Não há salvação fora do nome de Jesus. Ele recebeu esse porque é o Salvador do seu povo (Mt 1.21). Não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Há poder no nome de Jesus para curar os enfermos (At 3.6). Há poder no nome de Jesus para libertar os cativos (Lc 10.17). Há poder no nome de Jesus para termos nossas orações respondidas (Jo 16.23). O nome de Jesus é o centro das Escrituras. Jesus é o Alfa e o Ômega, O RPRINCÍPIO E O FIM.
Aplicações
Assim como Samuel Deus nos levantou para chamar o seu povo ao arrependimento, ao abandono dos ídolos e a conduzir a nossa comunidade ao arrpendimento.
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