Lição 13: A cura da incredulidade

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Mateus 17.19–21 “Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. [Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.]”
-Quando os discípulos viram Jesus expulsar o espírito maligno do epilético, o qual “não puderam curá-lo”, perguntaram ao Mestre por que haviam falhado. Ele lhes concedera “poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas”. Eles haviam muitas vezes exercido aquele poder, e jubilosos contaram-Lhe como os demônios se lhes submetiam. E eis que agora, enquanto Ele estava no Monte, eles tinham sem dúvida fracassado. Havia sido provado que não havia nada na vontade de Deus ou na natureza do caso que pudesse tornar impossível a libertação daquele homem. Bastou uma ordem de Jesus, e o espírito maligno se foi.
-Eles provavelmente usaram o nome do Mestre e ordenaram ao espírito para que saísse. Seus esforços foram em vão, e, diante da multidão, foram envergonhados. “Por que não pudemos?”
A resposta de Cristo foi direta e clara: “Por causa da pequenez da vossa fé”.
-No mundo espiritual o fracasso só tem uma causa: falta de fé. Fé é a única condição pela qual todo poder divino pode entrar no homem e operar por meio dele.
-“Por causa da pequenez da vossa fé” foi, para todas as épocas, a explicação e repreensão do Mestre para a impotência e fracasso da Sua Igreja.
-A fé somente pode subsistir alimentando-se do que é divino, do próprio Deus.
-É Deus, o Deus vivo, em quem nossa fé precisa ter raízes profundas e fortes. Então ela será grande para remover montanhas e expulsar demônios. “Se tiverdes fé, nada vos será impossível.”
-Cristo Jesus é nossa vida, e também a vida de nossa fé. É Sua vida em nós que nos faz fortes e simples para crer. Muita oração significa morte do eu, em união íntima com Jesus, para que o espírito de fé venha com poder. A fé precisa de oração para seu pleno crescimento.
E oração precisa de jejum para seu pleno crescimento. Essa é a segunda lição. A oração é a mão que segura o invisível e o jejum é a mão que esquece e expulsa o visível. Nada deixa o homem mais intimamente ligado com o mundo dos sentidos do que sua necessidade de comida e seu prazer nisso. Foi com o fruto, agradável aos olhos, que o homem foi tentado no Paraíso. Foi com o pão que seria feito das pedras que Jesus, quando faminto, foi tentado no deserto. Foi pelo jejum que Ele obteve vitória. O corpo foi redimido para ser templo do Espírito Santo. É no corpo e no espírito, dizem as Escrituras de modo especial, que temos de glorificar a Deus.
-O jejum ajuda a expressar, a aprofundar, a confirmar a resolução de que estamos prontos para sacrificar algo, sacrificar a nós mesmos, para obter o que buscamos para o reino de Deus. E Aquele que aceitou o jejum e o sacrifício do Filho sabe avaliar, aceitar e recompensar com poder espiritual a alma que também está pronta para render tudo para Cristo e para Seu reino.
E ainda há uma aplicação mais ampla. A oração é a busca de Deus e do invisível. Jejum é a libertação de tudo que é visível e transitório. Enquanto a maioria dos cristãos imagina que tudo que não é determinantemente proibido e pecaminoso é perfeitamente legítimo, e busca reter o que for possível deste mundo, suas propriedades, literatura, os prazeres, a alma verdadeiramente consagrada é como o soldado que leva somente o que é necessário para a batalha. Deixando de lado todo embaraço, e o pecado que tão de perto o rodeia, com medo de se envolver com os negócios dessa vida, ele busca viver uma vida de nazireu, como alguém especialmente separado para o Senhor e a Sua obra. Sem essa separação voluntária, mesmo das coisas que são lícitas, ninguém obterá poder na oração: esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.
Ó Senhor Jesus! Quantas vezes Tu tens de nos repreender por nossa incredulidade? Como deve ser estranha para Ti a nossa terrível incapacidade de confiar em nosso Pai e em Suas promessas! Que Tua repreensão, “por causa da pequenez da vossa fá”, cale profundamente em nosso coração e nos revele o quanto somos culpados pelo pecado e sofrimento ao nosso redor. E então ensina-nos, Bendito Senhor, que existe um lugar onde fé pode ser aprendida e obtida – em oração e jejum que nos leva a uma comunhão viva e eterna contigo e com o Pai.
Ó Salvador! Tu és o Autor e o Consumador da nossa fé. Ensina-nos o que significa deixar que Tu vivas em nós pelo Santo Espírito. Senhor! Nossos esforços e orações por graça para crer têm sido tão inúteis. E bem sabemos o motivo. Buscamos forças em nós mesmos e não em Ti. Santo Jesus! Finalmente, ensina-nos o mistério de Tua vida em nós e como Tu, pelo teu Espírito, nos ajuda a viver a vida de fé, dando-nos a garantia de que nossa fé não falhará. Ó, que nossa fé seja tão-somente parte dessa maravilhosa vida de oração que Tu dás àqueles que esperam Teu treinamento para o ministério da intercessão, não em palavra e pensamento somente, mas na Santa Unção que Tu dás, no batismo do Espírito de Tua própria vida. E ensina-nos como, em jejum e oração, podemos crescer na fé de que tudo é possível. Amém.
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