O Rei profetiza a destruição do Templo - Mt 24.1-2

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
MAIO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 05/05: Mt 24.1-2 - O Rei profetiza a destruição do Templo
Deus fala: Saudação - João 15.5
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 42 - O grande amor de Deus
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, IGREJA, OFICIAIS, MEMBRESIA E CONGREGAÇÕES
Deus fala: Isaías 6
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 71 - Perdão (Contrição e Confissão)
LOUVOR
Ele é exaltado Poder pra salvar Pai, tu és santo
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 24.1-2 - O Rei profetiza a destruição do Templo
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Entramos hoje nos capítulos finais do livro de Mateus. Especialmente o capítulo 24, tratará das temáticas escatológicas, sobre os sinais do fim. Don Carson, doutor em NT, inicia seu comentário dizendo que poucos capítulos da Bíblia trouxeram mais desacordo entre os intérpretes que Mateus 24 e seus paralelos Marcos 13 e Lucas 21.
Portanto, precisamos ter muito cuidado com as exposições deste capítulo e a compreensão dele. Que o Espírito Santo nos cneha de temor do Senhor, atenção ao texto e humildade para que sejamos ministrados por Deus nas próximas semanas.
Algo importante é que vejamos os capítulos 24 e 25 como uma unidade, da qual nós dividiremos apenas como meio de facilitar a compreensão das palavras escatológicas de Jesus.
Para hoje, veremos somente sobre os versos 1 e 2 com a finalidade de reconhecermos mais uma vez a divindade de Jesus.
Vamos ao texto: Mt 24.1-2 - O Rei profetiza a destruição do Templo
Nos Evangelhos de MArcos e Lucas temos o relato da oferta da viúva, que Mateus não relata. O motivo está no vínculo que Mateus faz com as denúncias de Jesus contra escribas e fariseus e a cidade de Jerusalém ao que virá agora, o sermão profético de Jesus a respeito da destruição do templo (2), princípio das dores (8), o amor se esfriar (12) e a pregação por todo o mundo (14) para que haja o fim (14).
O que isso informa, irmãos? Que haverá um fim e que não há possibilidade de prevê-lo. Prever o dia e a hora em que Cristo virá é uma característica de seita. Por isso, temos grave acusação contra líderes de seitas inauguradas ao longo da história por meio de falsas previsões da vinda de Jesus.
Em Mt 23.37 temos um sinal de que estamos num novo momento do livro, quando Jesus começa a fazer predições da desolação contra Jerusalém (37-39) e da destruição do templo (1-2).
Até aqui, Jesus denunciou severamente as lideranças do Templo e sua utilidade, fazendo com que reconheçamos como havia perdido a função prometida no AT. Ainda assim, a grandeza e beleza do Templo permanecia chamando a atenção dos discípulos que ao sairem do Templo com Jesus chamam a atenção para as contruções sobre as quais Jesus lança uma maldição, já que, em Jesus, o verdadeiro centro da relação entre Deus e o homem foi alterado para ele mesmo.
Este é um ponto de doutrina importante, que move o Apóstolo a escrever sobre a doutrina da justificação aos Romanos e aos Gálatas. O fundamento da doutrina da justificação é: qualquer coisa ou pessoa que se equivala a Cristo não abençoa, mas é maldição.
Para compreendermos melhor sobre o templo, quero, agora, usar as palavras do pastor Robert Charles Sproul:
Ao ouvir isso, os discípulos devem ter ficado tão atônitos. Nenhum judeu na época de Jesus poderia imaginar que o templo seria destruído. O templo anterior, de Salomão, havia sido destruído pelos babilônios, mas fora reconstruído após o exílio babilônico no final do sexto século a.C. Apesar disso, ele nunca mais teve o mesmo esplendor do templo original de Salomão e, no final do primeiro século a.C., encontrava-se em mau estado de conservação. Por este motivo, o rei Herodes, o Grande, lançou um programa de reconstrução que durou cerca de 46 anos. Herodes ficou provavelmente mais conhecido por seu talento arquitetônico, fator responsável pela renovação, fortificação e expansão do templo. Se houve alguma construção na face da terra considerada inexpugnável no primeiro século, esta construção foi o templo em Jerusalém, graças aos esforços do rei. Ninguém podia imaginar que um edifício tão magnífico pudesse ser destruído ao ponto de não restar pedra sobre pedra.
Eu ouso afirmar, escreve Sproul, que nenhuma profecia de Jesus feita durante seu ministério prova sua identidade com tanta perfeição e valida a inspiração das Escrituras pelo Espírito Santo de forma tão completa como esta profecia. Sabemos, com base na história, que os eventos profetizados por ele se cumpriram nos mínimos detalhes. Temos relatos de uma testemunha ocular, o historiador judeu Josefo, sobre o cerco de Jerusalém realizado pelos romanos e a subsequente destruição da cidade, inclusive a demolição do próprio templo. Este texto deveria calar os obstinados e silenciar a língua dos céticos em relação a Jesus e à Bíblia.
Aqui entra a principal ilustração que li sobre este tempo de espera.
Em nossa Igreja, quem está passando por isso mais propriamente no momento são Jeferson e Tássia. Certamente, como outros casais da Igreja, foram ao médico animados, mas apreensivos.
Os primeiros meses normalmente são difíceis. Ela se sente mal. Existem alguns perigos nesse período, mas as coisas, de modo geral, estão sob controle. Depois vem as mudanças drásticas, na medida em que uma nova vida é formada no ventre e sua presença se torna cada vez mais perceptível. É preciso tomar cuidado especial com a alimentação e com atividade física que exijam muito esforço.
Por fim, quando o dia do nascimento vai-se aproximando, há muitas coisas para prestar atenção: pressão alta, por exemplo. E o parto em si mesmo também preocupa. Isso é natural. Mas nesse período, nossa tarefa consiste em tomar cuidado, ser pacientes e não ficar alarmados com algumas coisas estranhas que estavam prestes a acontecer.
Nos trechos seguintes, com imagens assim Jesus auxiliará os discípulos a compreender o que está por vir. Algo anunciado, mas imprevisível. Algo seguro, que pode ser aguardado, mas não pode ser dominado.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos que o Rei profetizou contra o templo e nisto revela seu poder divino. Quam mais poderia prever que Jerusalém seria saqueada e o Templo seriam destruídos? No trecho da parábola em Mt 22.7 Jesus já anunciou sobre isso, mas aqui ficou ainda mais evidente: Mateus 22.7 “— O rei ficou furioso e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e incendiou a cidade deles.”
O comentarista bíblico Willian Hendriksen transcreve o relato de Josefo, também citado por Sproul. Em seu comentário, Hendriksen escreveu sobre Mt 22.7:
Ao que parece, os convidados tinham uma cidade propriamente sua. Deixando de lado a figura, é evidente que a referência é a Jerusalém. Sua destruição (70 d.C.) é aqui claramente predita. Ver também 21.40–43; 23.37,38; 24.1,2, 15ss; Lucas 19.41–44.
Quanto ao cumprimento, Jerusalém foi tomada por Tito, filho do imperador Vespasiano (69–70 d.C.). O templo foi destruído. Crê-se que mais de um milhão de judeus, que se haviam aglomerado na cidade, pereceram. Como uma unidade política, Israel cessou de existir. Como uma nação especialmente favorecida pelo Senhor, havia chegado ao fim de seu caminho muito antes mesmo do início da guerra judaica.
Um ex-combatente e testemunha ocular, Josefo, quase imediatamente depois de terminada a luta entre judeus e romanos, começou a escrever sua Guerra dos Judeus. Sua narrativa, embora não se pode negar ser definitivamente inclinada para os romanos, pode ser descrita como fidedigna. Dos sete “livros” em que essa obra se divide devem-se ler especialmente os livros IV–VI. Uns poucos excertos de Josefo poderiam iluminar o cumprimento de Mateus 22.7, e assim a passagem propriamente dita:
“Esse edifício [o templo de Jerusalém], não obstante, Deus desde muito sentenciou às chamas; agora, porém, com o correr dos tempos, o fatídico dia enfim chegou, o décimo dia do mês de Lous, o mesmo dia em que anteriormente se havia queimado pelo rei de Babilônia […] Um dos soldados, sem esperar ordens e sem encher-se de horror por uma empresa tão terrível, e movido por um impulso sobrenatural, agarrou um pedaço de madeira fumegante, lançado por um de seus companheiros de armas, lançou o ardente projétil através de uma janela de ouro […] Quando surgiram as chamas, dentre os judeus prorrompeu um lamento tão lancinante quanto a tragédia […] agora que o objeto que havia guardado tão zelosamente avançava para a ruína” (VI.250–253).
“Enquanto o santuário ardia […] não houve compaixão pela idade nem se mostrou respeito pela hierarquia; ao contrário, as crianças e os idosos, leigos e sacerdotes eram igualmente massacrados” (VI.271). “O imperador ordenou que a cidade inteira e o santuário fossem arrasados até ao chão, com a única exceção das torres mais altas: Fasael, Hipicus e Mariana, e a parte do muro que cercava a cidade do lado ocidental” (VI.1).
Diante disso, irmãos, o que nos resta é aplicar o texto bíblico de modo que sejamos conduzidos a crer em Jesus como meio pelo qual Deus nos justifica em seu tribunal. Isso não acontece por meio do valor da nossa oferta nem do local onde ofertamos, mas no nome de Jesus em quem confiamos; em quem temos fé que mesmo sendo Deus tornou-se como um de nós para que pelo perdão dos pecados pudéssemos ser quem somente ele é diante de Deus: filho amado.
SANTA CEIA (Mt 26.26-30)
Em nossos símbolos de fé, fundamentado na Palavra de Deus, a Ceia do Senhor é definida como “um sacramento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Cristo, se anuncia a sua morte; e aqueles que participam dignamente tornam-se, não de uma maneira corporal e carnal, mas pela fé, participantes do seu corpo e do seu sangue, com todas as bênçãos para o seu alimento espiritual e crescimento em graça”. (BCW.96).
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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