QUANDO JESUS REPREENDE O PASTOR! Lucas 9.49-56

RETIRO OPBB RJ  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Temos de compreender algo em nosso chamado: não temos de “atear fogo” em quem quer que seja.

Notes
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Grande ideia: Temos de compreender algo em nosso chamado: não temos de “atear fogo” em quem quer que seja.
Estrutura: O ódio isola o homem de seus próximos (vv. 49-50) e revela o mal que há no seu coração. (vv. 51-56).
Manuscritos mais recentes, como a Koiné, o Códice D e o Coridetiano acrescentam nos v. 55s: “e disse: Não sabeis de que espírito sois? Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (cf. Lc 19:10;Jo 3:17).
Rienecker, Fritz, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), p. 227
Lucas 9.55–56 (ARA)
55Jesus, porém, voltando-se os repreendeu [e disse: Vós não sabeis de que espírito sois].
56[Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.] E seguiram para outra aldeia.
Mark 3:17 NAA
Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”;
Tiago Trovão
Guilherme Kerr
Desde criança, aprendi a buscar o primeiro lugar.
Em mamãe, essas marcas eu via ambição de correr pra alcançar.
E a virtude maior do viver desde logo mostraram pra mim.
Ser mais forte, ter gana e poder persistir do começo ao fim.
Quando Cristo me viu percebeu que eu nascera pra ser vencedor.
Ao contrário de João, meu irmão, conhecido discípulo do amor.
Fui chamado boanerges, filho do trovão, de garra e de guerra.
Pois buscava o primeiro lugar lá no céu tanto quanto na terra.
Dá-me, senhor, o privilégio de entrar para história.
Assentando-me ao lado teu à tua direita na glória.
Dá-me, senhor, o privilégio de entrar para história.
Assentando-me ao lado teu à tua direita na glória.
Não sabe o que pedes, Tiago.
Pesada e terrível taça.
O cálice é muito amargo.
É vida que se espedaça.
É trigo moído ao pó.
É uva tornada em vinho.
Trilhada sem ter nem dó.
É pássaro só sem ninho.
Tu queres passar por isso.
A cruz, solidão, vergonha.
Queres seguir a Cristo.
Desprezo, desdém que sonhas.
Tiago, menino mimado.
Boanerges, meu filho querido.
É a espada de Herodes teu fardo.
Primeiro, entre tantos, ferido.
Tim Keller:
Não perca tempo perguntando-se se você “ama” o próximo ou não; aja como se o amasse. (…) Quando você se comporta como se tivesse amor por alguém, logo começa a gostar dessa pessoa. Quando faz mal a alguém de quem não gosta, passa a desgostar ainda mais dessa pessoa. Já se, por outro lado, lhe fizer algo bom, verá que a aversão diminui. (…) O ímpio trata bem certas pessoas porque “gosta” delas; o cristão, tentando tratar a todos com bondade, tende a gostar de um número cada vez maior de pessoas no decorrer do tempo-mesmo de pessoas de quem ele não imaginaria que um dia viesse a gostar.
John MacArtur:
Se há uma palavra-chave que se aplica à vida do apóstolo Tiago, essa palavra é intensidade. Do pouco que sabemos sobre ele, fica evidente que Tiago era um homem de intenso fervor e entusiasmo. Aliás, Jesus deu a Tiago e João um apelido: Boanerges- "filhos do trovão". Isso define a personalidade de Tiago em termos vívidos. Ele era zeloso, impetuoso, intenso e fervoroso.

JOÃO, APÓSTOLO

Filho de Zebedeu e de Salomé. Ele e seu irmão Tiago eram pescadores (Mt 4:21). João Batista o apresentou a Jesus (Jo 1:35–39), que o chamou para ser apóstolo (Mc 1:19–20). Era do grupo mais íntimo de Jesus (Mc 5:37; Mt 17:1; 26:37). Ele e Tiago são chamados de BOANERGES. João é provavelmente o discípulo amado (Jo 13:23). Foi ele o único discípulo que permaneceu perto da cruz (Jo 19:26–27) e o primeiro a crer na ressurreição de Cristo (Jo 20:1–10). Após o Pentecostes, trabalhou inicialmente com Pedro (At 3:1–4:22; 8:14–17; Gl 2:9). A tradição diz que João viveu em Éfeso até uma idade bem avançada. É considerado o autor do Evangelho de João, das três epístolas que levam o seu nome e do Apocalipse.

O ódio separa irmãos. (vv. 49-50)
(a) Vemos um comportamento marcado pela intolerância. Faltava aos discípulos uma “alma de criança”.
Charles Spurgeon:
Lucas 9: 47-48 . E Jesus, percebendo o pensamento dos seus corações, tomou uma criança, colocou-a ao lado dele e disse-lhes: Qualquer que receber esta criança em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que me receber, recebe aquele que me enviou; porque aquele é o menor entre todos vocês, o mesmo será grande. A maneira de subir na hierarquia de Cristo é descer. Esteja disposto a fazer a coisa mais mesquinha e você estará crescendo na estima de Cristo. Quando você é ótimo, você é pequeno. Quando você não é nada, então você é ótimo. O Senhor tira de nós as gotas negras de orgulho que nos fazem erguer sobre a nossa dignidade e pensar que devemos ser alguém! Alguém? Deus não o usará tão alto quanto você é alguém; mas quando você não é ninguém, Deus irá magnificá-lo grandemente e usá-lo em sua Igreja.
(b) Um pouco do contexto aqui: João toma a palavra para falar a Jesus que eles haviam visto alguém expulsar demônios no nome de Jesus. E eles o proibiram. Mas, Jesus lhes repreende:
Luke 9:49–50 NAA
João tomou a palavra e disse: — Mestre, vimos certo homem que expulsava demônios em seu nome, mas nós o proibimos de fazer isso, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: — Não proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.
Evangelho de Lucas 7. O segundo anúncio da paixão – Lc 9.43b-45

“Constata-se”, declara Meyer, “que também fora do círculo dos discípulos regulares de Jesus havia pessoas em que sua palavra e suas obras haviam suscitado um poder superior, maravilhoso. Essas fagulhas desprendidas do grupo dos discípulos haviam incendiado, aqui e acolá, fogos isolados do foco central.” – Será que esses focos de incêncio deveriam ser apagados? Era uma questão complexa. Pessoas que não haviam vivido em contato regular com Jesus poderiam fazer uso da fama que conquistavam para difundir equívocos.

A resposta de Jesus é muito magnânima e sublime. Uma pessoa que se reporta ao nome dele não deve ser considerada adversária, mas mesmo em sua posição isolada devemos encará-la como aliada.

(c) Na máxima “quem não é contra nós, é por nós”, Jesus não amplia demais o caminho, ele continuava estreito, mas o olhar dos discípulos estava estreito demais.
Álvaro César Pestana:
Os discípulos de Cristo não precisam tomar "posições" com respeito aos homens; os homens é que precisam tomar uma posição com respeito a Jesus. O sentimento de rivalidade e de competição não é compatível com o caráter de servo que Jesus ensinou aos seus seguidores.
Compare com 11: 23. Não há meio-termo ou neutralidade. Aqui, Cristo deu uma prova da conduta externa que deve ser usada para medir os outros. Em 11: 23, ele deu uma prova de vida interna que deve ser aplicada a si mesmo.
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (p. 2765). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
Lucas 11.23 (NAA)
23Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.
(d) Fato é que:
É preciso ter verdadeiro conhecimento dos valores e da obra de Jesus para saber quem está conosco e quem não está, é preciso até saber se nós mesmos estamos nesse grupo ou não. A oposição e os falsos profetas viriam a trazer essa necessidade de definição em certos momentos, mas isso deveria ser feito pela reta justiça, e não pela aparência (cf. Jo 7.24). Mas a verdade é que somos muito mais rápidos a excluir do que a acolher, o que acaba influenciando nosso julgamento e até o que entendemos dos ensinamentos de Jesus. Precisamos ser honestos quanto a isso e aprender aquilo que Jesus estava ensinando aos discípulos: Quem não é contra nós, é por nós; e nós devemos ser por eles também. Precisamos uns dos outros.
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (pp. 176-177). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
(e) Ainda:
John MacArthur:
Pode parecer surpreendente que Jesus tenha amado um homem que desejava incinerar os samaritanos. Ele amou um homem que era obcecado por status e distinção. Amou um homem que o abandonou e fugiu em vez de sofrer por ele. Contudo, ao amar a João, Jesus transformou-o numa pessoa diferente, um homem que serviu de modelo para o mesmo tipo de amor que Jesus havia demonstrado por ele.
2. O ódio revela o coração. (vv. 51-56)
(a) Jesus expressa em sua fisionomia que o seu foco já estava determinado: ir para Jerusalém.
Mattew Henry:
Ele estava totalmente determinado a ir e não seria dissuadido; ele foi diretamente a Jerusalém, porque lá agora estava seu negócio, e ele não foi a outras cidades, nem foi buscar uma bússola, o que se tivesse feito, como costumava fazer, poderia ter evitado passar por Samaria. Ele foi até lá com alegria e coragem, embora soubesse o que deveria acontecer com ele ali. Ele não falhou nem desanimou, mas colocou seu rosto como uma pederneira, sabendo que ele deveria ser não apenas justificado, mas glorificado (Isa. 1. 7), não apenas não atropelado, mas recebido. Como isso deveria nos envergonhar , e nos envergonhar de nosso atraso em fazer e sofrer por Cristo! Recuamos e voltamos nossos rostos para outro caminho de seu serviço, que firmemente colocou seu rosto contra toda oposição, para prosseguirmos com a obra de nossa salvação.
Lucas 9.51 (NVI)
51Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém.
Lucas 9.51 (BKJ 1611)
51E aconteceu que, tendo chegado o tempo para a sua ascensão ele fixou sua face para ir a Jerusalém,
Evangelho de Lucas 1. A falta de hospitalidade dos samaritanos – Lc 9.51–56

Ele iniciou a caminhada para Jerusalém consciente de que não veria mais a Galiléia. Quando Lucas escreve: “Ele firmou ou fortaleceu seu semblante para ir a Jerusalém”, isso expressa sua soberana, destemida, refletida e vigorosa resolução.

Hebreus 12.2 (NAA)
2olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus.
(b) Uma equipe enviada por Jesus se responsabilizou em conseguir lugar para pousada de Jesus, e foram mal recebidos pelos samaritanos.

SAMARITANOS Habitantes de Samaria, a região que foi o centro do reino de Israel, rival do reino de Judá. Estava situada ao norte da Judéia. Depois da queda de Samaria, os assírios deportaram boa parte da sua população e, no seu lugar, estabeleceram ali colonos assírios. Assim, se produziu uma mescla de etnias, motivo pelo qual os judeus consideravam os samaritanos ritualmente impuros. Por ocasião da volta do exílio, os samaritanos se opuseram a que os judeus reconstruíssem Jerusalém e o templo e levantaram o seu próprio santuário no monte Gerizim. Por outro lado, não reconheciam outra autoridade doutrinal além dos livros da Lei (o Pentateuco). Por causa de tudo isso, os judeus não aceitaram como legítimo o culto dos samaritanos, que, para eles, eram praticamente pagãos. Negavam-se, portanto, a ter com os samaritanos qualquer espécie de relacionamento ou trato (Jo 4:9).

Revolta das dez tribos de Israel (1Rs 12);
Queda de Samaria (2Rs 17);
Os israelitas despedem as esposas estrangeiras (Esd 10);
Jesus e a mulher samaritana (Jo 4).
(c) O motivo real da má hospitalidade, está exposto por Lucas: “porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém”.
(d) A reação dos discípulos (Tiago e João) foi de ira exacerbada.
Tiago 1.19–20 (NAA)
19Vocês sabem estas coisas, meus amados irmãos. Cada um esteja pronto para ouvir, mas seja tardio para falar e tardio para ficar irado.
20Porque a ira humana não produz a justiça de Deus.
Então desejaram mandar fogo do céu sobre eles. “Fogo do céu” era uma referência ao que fez Elias aos soldados do rei Acazias (2 Reis 1.9-16).E assim sentiam que tinham “permissão bíblica” para isso, visto que Elias havia feito e eles estavam com o próprio Cristo, o filho de Deus, como já havia sido declarado.
(e) Jesus repreende ao coração dos discípulos: eles foram repreensíveis, justamente por desconsiderarem qual seria a missão de Jesus: salvar e não destruir almas.
Marcos 10.45 (NAA)
45Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
Atos dos Apóstolos 1.8 (NAA)
8Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.
Donald Kraybill:
Já vimos o lado resistente de Jesus. Muitas de suas histórias e atos eram formas diretas de resistência. Ele nos ensinou, porém, a não resistir ao mal com omal, mas com o bem. Ele pede que usemos meios não violentos para resistir ao mal- não os violentos. No momento em que sucumbimos à violência, espelhamos o próprio coração do mal. Ironicamente, nos tornamos o que odiamos.
A imagem de um Jesus passivo e fraco- um covarde na cruz- distorce o fato de que o ministério ativo de Jesus desencadeou sua morte. Foi, em primeiro lugar, precisamente por causa de seu amor assertivo que a cruz surgiu. Jesus agiu de forma decisiva e vigorosa, comendo com pecadores, curando no sábado e desafiando líderes religiosos. Jesus confrontou a injustiça. Enfrentar o mal serenamente nem sempre é suave e passivo. Jesus não nos chama a ser pacificadores passivos que meramente preservam o status quo. Sua benção cai sobre os pacificadores ativos.
Mateus 5.9 (NAA)
9— Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Tiago e João. Jesus apelidou esses irmãos de “Boanerges” — filhos do trovão (Marcos 3: 17) —, um título que aparentemente se encaixava neles. Esse foi o segundo pecado de João contra a caridade em um período tão curto (ver nota no v. 49). É interessante observar que, muitos anos depois, o apóstolo João viajaria pela Samaria de novo com Pedro, dessa vez pregando o evangelho nos povoados samaritanos (Atos 8: 25).
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (p. 2766). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
Mattew Henry:
Cristo veio, não apenas para salvar as almas dos homens , mas para salvar suas vidas também - testemunhe os muitos milagres que ele operou para a cura de doenças que de outra forma seriam mortais, pelas quais, e milhares de outras instâncias de beneficência, parece que Cristo deseja que seus discípulos façam o bem a todos, com o máximo de seu poder, mas não prejudiquem a ninguém, atraindo homens para sua igreja com as cordas de um homem e os laços de amor, mas não pensem em impelir os homens a ela com um vara de violência ou o flagelo da língua.
Flávio Gouvêa de Oliveira:
"Isso indicava não somente um problema de atitude, mas de espírito que leva a essa atitude. Espírito, nesse caso, tem a ideia de motivação e impulso de vida, está ligado à alma e à profundeza do coração; é esse espírito que nos leva às nossas atitudes. De qual espírito eles eram se não estavam no mesmo de Jesus? O que os levava a agir do modo exatamente oposto ao que Jesus ensinava? Ainda precisavam aprender (o que certamente aprenderiam) que Jesus veio pra salvar e não para destruir. Sua missão, como ele havia deixado claro no início, era ir para Jerusalém, onde acabaria morrendo para salvar tanto judeus, como samaritanos e gentios. A missão deles, e dos discípulos que ainda chegariam, seria a de anunciar essa salvação em “Jerusalém, Judéia e Samaria e até os confins da terra”, e isso pelo poder do Espírito de Deus, como relata o próprio Lucas em Atos 1.8. Se nos identificamos com o “sangue quente” de Tiago e João, recebamos também essa repreensão de Jesus e busquemos seu Espírito. Então simplesmente saíram e foram para outra aldeia, sem fogo nem destruição. Como diz o ditado popular: “quando um não quer dois não brigam”. De qual espírito nós somos?"
3. Outras aplicações:
(a) Temos de aprender a lidar com as diferenças secundárias que envolvem os mais variados grupos denominacionais em nosso meio. Valorizamos nossa tradição Batista, mas não somos os únicos a seguirem a Jesus.
Esquecemos que nenhuma igreja na terra tem o monopólio absoluto da verdade e que outras podem estar corretas nas coisas essenciais, ainda que não concordem conosco. Devemos ser gratos quando o pecado está recebendo a devida oposição, quando o evangelho está sendo pregado e o reino de Satanás está sendo derrubado, embora essa obra não esteja sendo realizada exatamente da maneira como gostaríamos. Temos de procurar acreditar que as pessoas podem ser verdadeiros seguidores de Jesus e, apesar disso, por alguma razão sábia, ser impedidas de ver as coisas espirituais assim como nós as vemos.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 229). Editora Fiel. Edição do Kindle.
1Coríntios 12.12–13 (NAA)
12Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, constituem um só corpo, assim também é com respeito a Cristo.
13Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.
(b) A determinação de Jesus em ir para a cruz deveria nos fazer sondar o nosso coração se estamos de fato dispostos a viver um cristianismo que não se rende aos valores mundanos.
Lucas 9.23–24 (NAA)
23Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.
24Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.
A MENSAGEM:
"Falou também do que os aguardava: “Quem quiser seguir-me tem de aceitar minha liderança. Quem está na garupa não pega na rédea. Eu estou no comando. Não fujam do sofrimento. Abracem-no. Sigam-me, e mostrarei a vocês como agir. Autoajuda não é ajuda, de jeito nenhum. O autossacrifício é o caminho — o meu caminho — para que vocês descubram sua verdadeira identidade. Qual é a vantagem de conquistar tudo que se deseja, mas perder a si mesmo? Se algum de vocês tiver vergonha de mim e do caminho pelo qual os conduzo, o Filho do Homem irá envergonhar-se de vocês quando voltar em sua glória com o Pai e os santos anjos. Entendam que não é pouca coisa. Alguns de vocês aqui verão tudo isto acontecer: verão o Reino de Deus com os próprios olhos”." Sent from Bible Study
Mark 10:35–37 NAA
Então se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: — Mestre, queremos que o senhor nos conceda o que vamos pedir. E Jesus lhes perguntou: — O que querem que eu lhes faça? Eles responderam: — Permite-nos que, na sua glória, nos assentemos um à sua direita e o outro à sua esquerda.
John MacArthur:
Tiago é o protótipo do intenso e zeloso soldado que combate na linha de frente e que é dinâmico, forte e ambicioso. Sua intensidade foi, por fim, temperada pela sensibilidade e pela graça. Em algum ponto ao longo do caminho, ele teve de aprender a controlar a raiva, refrear a língua, redirecionar o zelo, eliminar a sede de vingança e perder inteiramente a ambição egoísta. O Senhor usou-o para realizar uma obra magnífica na igreja primitiva.
A ênfase no amor ao próximo, com a consequente valorização do altruísmo, do caráter sagrado da vida e da dignidade de todos os tipos de pessoas, levou os primeiros cristãos a se empenharem vivamente na promoção de causas de interesse comum, na correção de males, na defesa dos desprezados e excluídos. O cristianismo fez muito em prol dos escravos, das mulheres e das crianças. Os valores do evangelho resultaram em hospitais e orfanatos, transformaram culturas, incentivaram a criação de leis mais justas. Nem sempre os cristãos e a igreja institucional foram coerentes com esses valores, mas o fato é que a cosmovisão bíblica e a ética judaico-cristã impulsionavam na direção do respeito aos direitos pessoais e coletivos. Há uma infinidade de exemplos que podem ser lembrados ao longo da história. Como tem sido apontado muitas vezes, o avivamento evangélico inglês do século 18 gerou intensa preocupação social. Impelidos por motivações profundamente espirituais, os fiéis lutaram contra o tráfico internacional de escravos, o trabalho infantil nas indústrias, as condições desumanas das prisões e outras causas de grande relevância. As missões católicas e protestantes ao redor do mundo, além da mensagem religiosa, deram grandes contribuições no âmbito da educação, da saúde, do trabalho e da família. Povos inteiros se libertaram do atraso, ignorância e práticas degradantes.
Ilustr.:
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
Sobre pastores e lobos
Pr.Omar Ludovico, revista Enfoque (fevereiro/2006).
Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos
caricatos.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam
pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a
instituição.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega
perto.
Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e
pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como
pretexto.
Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos
pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a
infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas,
lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores têm dons e talentos, lobos têm cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram
ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em
vínculos de co-dependência.
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