O amigo importuno

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1. Contexto

Lucas 11.1–2 (ARA)
1 De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. 2 Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei:
Pai,
santificado seja o teu nome;
venha o teu reino;

2. Texto base da parábola

Lucas 11.5-8 (ARA)
5 Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, 6 pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. 7 E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; 8 digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.

2.1 O amigo importuno - Como interpretar a parábola?

Evangelho de Lucas (6. A oração – Lc 11.1–13)
O que recebeu um hóspede: Por um lado, um grande e constrangedor aperto força a pedir em tom imperativo, por causa do dever da hospitalidade no oriente;
O que foi acordado a noite: por outro lado, há um enorme obstáculo que se interpõe ao atendimento do pedido.
A parábola descreve vivamente as circunstâncias de uma pequena aldeia oriental.
Ali não existem casas comerciais, mas a dona de casa assa o que a família necessita para o dia antes de nascer o sol.
Oferecer comida a um hóspede é absoluta questão de honra no oriente. Os três pães pedidos são necessários para a refeição noturna prevista para o visitante.
Da resposta do solicitado (Lc 11:7), pode-se perceber a irritação do vizinho ou amigo perturbado.
Abrir a porta já fechada é algo complicado e penoso por causa da trave e tramela; igualmente causa muito barulho.
A idéia é de uma casa formada por um só recinto. A família toda repousa na parte elevada do recinto. Todos os familiares seriam perturbados se o pai se levantasse e abrisse a tranca da porta.
Em vista do dever oriental da hospitalidade, a pessoa que pede não se deixaria acalmar facilmente numa situação como a exposta aqui. Seria inconcebível recusar o pedido.
A impertinência que não se intimida terá sucesso no final. Com o tempo, os pedidos persistentes do amigo serão mais difíceis de encarar do que o esforço de levantar-se.
O amigo perturbado em seu sono, uma vez que já havia levantado, não demora em atender o pedido do vizinho que ficou em dificuldade. Não somente lhe dá o empréstimo solicitado, mas tanto quanto precisa.
Por intermédio da frase final “Eu vos digo…” (Lc 11:8a) Jesus assevera enfaticamente que pedindo de forma tão persistente se chega ao alvo. Mais que pela amizade com o pedinte, a pessoa solicitada é levada a fornecer tudo o que era necessario pela agastante insistência. A conclusão dessa parábola recorda vivamente a parábola do juiz injusto (cf. Lc 18:1–8).

3. Explicação

Lucas 11.9–13 (ARA)
9 Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 10 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. 11 Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? 12 Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? 13 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

3.1 O que deveríamos estar buscando?

Evangelho de Lucas (6. A oração – Lc 11.1–13)
Há pequenas distinções no emprego das três metáforas.
Quem pede visa obter algo que não possui. O incentivo para procurar significa um anseio sério Jeremias 29.13 “13 Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”
Quem procura é porque perdeu algo ou porque visa obter algo cuja busca demanda tempo e esforço.
Quem bate à porta tem de conseguir o acesso à pessoa da qual espera o cumprimento de seu desejo. Bater à porta designa um anseio persistente ainda que a concessão do pedido se atrase e pareça difícil Lucas 18.1 “1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:”
Evangelho de Lucas (6. A oração – Lc 11.1–13)
No entanto, ainda que freqüentemente pareça que Deus não ouve nossas orações, apesar disso devemos persistir fielmente na oração.
O Pai no céu, que é bom, nem sempre cumpre o que desejamos, porém sempre cumpre aquilo que resulta em nosso bem maior, como peixe e ovo.
Aqui o exemplo de Agostinho poderá servir como lição excelente para nós.
Ele relata que sua mãe Mônica pediu a Deus que impedisse que o filho se mudasse para Roma, a tentadora metrópole.
Apesar disso Agostinho se mudou para lá, e dessa maneira encontrou a Cristo.
Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento (H. Duas Parábolas sobre Oração (11:5–13))
11:13 Um pai humano não daria dádivas ruins; mesmo tendo natureza pecaminosa, ele sabe como dar boas dádivas aos seus filhos. Quanto mais o nosso Pai celestial está pronto a dar o Espírito Santo àqueles que lho pedirem.
Evangelho de Lucas (6. A oração – Lc 11.1–13)
Um ser humano, que talvez pode ser duro e severo contra um semelhante, não renegará seu filho, sua carne e seu sangue. Infinitamente menor é a possibilidade de Deus renegar seus filhos.
Sua bondade ultrapassa qualquer capacidade e compreensão humanas. Se os humanos, que por natureza são maus, concedem boas dádivas a seus filhos quando estes lhes pedem, o Pai no céu fará isso de modo muito mais radical.
J. G. Bellett diz: “É significativo que a dádiva que ele escolhe como aquela de que mais precisamos é aquela que ele deseja mais dar: o Espírito Santo”.
No original grego, o versículo 13 não declara que Deus dará o Espírito Santo, mas que ele “dará Espírito Santo” (sem o artigo).
O professor H. B. Swete salientou que quando o artigo está presente refere-se à pessoa em si;
quando ausente, refere-se às suas dádivas ou operações em nosso favor.
Então, nessa passagem, não é tanto uma oração pela pessoa do Espírito Santo, mas pelo seu ministério em nossa vida.
Isso é mais esclarecido pela passagem paralela em Mateus 7:11: “… quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem?”.
(Quando Jesus falou essas palavras, o Espírito Santo não fora dado ainda (Jo 7:39). Não deveríamos orar hoje para que o Espírito Santo seja dado a nós como uma pessoa residente, porque ele vem habitar em nós na hora da nossa conversão (Rm 8:9b; Ef 1:13–14).)
É bem possível que quando Jesus ensinou os discípulos a pedir o Espírito Santo, ele se referia ao poder do Espírito, [...]
Felipe: [Para que eles pudessem viver o chamado de Cristo para vida deles, o apostolado. Vão chegar a conclusão que sem as dádivas do Espírito ou que sem o poder do Espírito não serão bem sucedidos através da própria força]
De fato, essa é a verdade. O Espírito Santo é o poder que nos capacita a viver a vida cristã.
E assim Jesus apresentou Deus como desejoso de dar esse poder aos que pedem.
Mas, certamente, para nós, é justo e necessário orarmos ao Espírito Santo de outras maneiras. Deveríamos orar para que sejamos prontos a ser ensinados e guiados por ele, e para que seu poder seja derramado sobre nós em todo o serviço que prestamos a Cristo.
Salmo 25:14 “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.”

3.2 Aplicações

Uma das maiores incoerências das nossas vidas é termos acesso ao Justo Juiz e não usufruímos desse benefício! Nossa dificuldade principal aqui sobre a oração é que nós não oramos porque não damos prioridade a isto; Tudo que é importante para nós, arrumamos tempo e realizamos.
Em segundo lugar, nós também temos um sério problema quando pedimos, porque pedimos mal - para os nossos próprios interesses, e a Palavra diz que é por isso que não recebemos, não oramos a oração de Jesus, a de Davi, a de Isaías a de Paulo. Quando estamos em Cristo, somos nova criatura e a nossa oração será mais como a de Jesus, a de Davi buscando pedir aquilo que Jesus pediria.
Apesar dessas duas situações, olha só que graça recebemos de Deus, mesmo sendo pecadores, o Senhor nos deu o privilégio de poder colocar nossas petições, de orar, e clamar a Ele sem reservas. Romanos 8:26–27 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”
Por isso, nossa vida de oração deve ser sem desanimar; nós vivemos no tempo do esfriamento irmãos, precisamos nos esforçar, organizar, planejar com maior excelência do que para as coisas passageiras, escola, trabalho, projetos, interesses pessoais. Não podemos nos “dar ao luxo” de viver sem oração, inconstantes, desleixados com essa prática da vida cristã.
Independente da circunstância - embora oprimido pela perseguição por causa da pregação do Evangelho Paulo pregava a esperança sem murmuração declarando que a origem de tal perseverança é a misericórdia divina que se renova dia após dia;
Não podemos desanimar diante dos fardos da vida;
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