O casamento de Caná da Galiléia - Jo.2.1-11

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a. Introdução

O Evangelho de João foi um dos últimos livros do Novo Testamento a ser escrito e o último dos quatro evangelhos.
Enquanto os demais Evangelhos - Mateus, Marcos e Lucas tinham com leitores alvo descrentes, o Evangelho de João foi escrito para cristãos, para Igreja.
A narrativa do primeiro milagre registrado de Jesus é exclusividade deste Evangelho. A transformação das água em vinho tem um sentido especial e várias aplicações à vida cristã!

b. Explicação

“Três dias depois...”
O terceiro dia citado não se refere ao terceiro dia da semana, pois o terceiro dia seria a terça feira, e neste dia por tradição não há casamentos. As virgens casam na quarta e as viúvas na quinta.
Provavelmente seria o terceiro dia após o encontro de Natanael com Jesus, citado no capítulo anterior, Jo.1.43-51.
“…casamento em Caná da Galiléia...”
Jesus, e Sua mãe sendo convidados para o casamento, bem como os Seus discípulos, pode indicar que ou os noivos eram parentes ou amigos próximos.
Jesus realizar o Seu primeiro milagre registrado nas Escrituras numa festa de casamento nos indicam alguns pontos importantes:
a. Jesus participava de ambientes sociais: festas, banquetes, jantares.
b. A presença de Jesus no casamento, demonstra a dignidade do próprio casamento.
“…Jesus no casamento, mas ainda sim, faltou vinho...”
Um casamento onde Jesus é convidado a estar, não está isento de ter problemas, mas temos o maior Convidado para corrigi-los.
Um casamento durava geralmente sete dias de comemorações. Faltar vinho seria uma grande ofensa e desrespeito aos convidados e deixaria os noivos em uma situação extremamente constrangedora.
“…Eles não têm mais vinho...”
Não fica claro porque Maria foi levar o problema da falta de vinho para Jesus. Talvez ela já tivesse a convição da vocação e chamado e Jesus, e viu uma oportunidade de Jesus ficar conhecido.
O fato de Maria ir diretamente a Jesus também poderia indicar que, ela sendo parente ou amiga próxima, ficaria responsável de organizar a festa de casamento.
“…Por que a senhora está me dizendo isso? Ainda não é chegada a minha hora...” (NAA)
“…Mulher que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora...” (ARA)
“…Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou...” (NVI)
A maneira como Jesus fala com Maria, se referindo a ela como “Mulher”, nos causa certa estranheza! Entretanto, o termo não é desrespeitoso, é um tratamento digno, mas abaixo do esperado de um filho para uma mãe.
A expressão “…que tenho eu contigo...”, complementa e esclarece que relação de mãe e filho, do ponto de vista de submissão não existe mais. Jesus é Senhor de todos incluindo Maria. O Senhorio de Jesus sobrepõe os laços familiares.
A expressão “…não é chegada a minha hora...”, ou se refere ao início do Seu ministério ou a hora da sua crucificação.
“…Façam tudo que ele disser...”
Demonstra a submissão de Maria a Jesus. Também faz lembrar da determinação de Faraó, em ordenar que todos no Egito que obedeçam, em tudo, a José: Genesis 41:55 “Quando toda a terra do Egito começou a sentir a fome, o povo clamou a Faraó por pão; e Faraó dizia a todos os egípcios: — Vão falar com José e façam o que ele disser.”
“…seis potes de pedra…para purificação...”
Seis potes de pedra, onde cada um comportava um volume de aproximadamente 100 litros - ao todo seriam 600 litros.
Como os judeus tinham a tradição de se purificarem quando fossem comer ou ter contato a alguma atividade religiosa, os potes tinham o propósito de servir de purificação ritual. Jesus anula esta função ao transformar a 600 litros de água em vinho!
“…encham de água os potes…agora tirem um pouco e levem ao responsável da festa...”
A transformação dos 600 litros de água em vinho foi instantânea. Um milagre surpreendente!
“...o responsável pela festa provou a água transformada em vinho...”
Jesus ordenou aos serventes que tirassem um pouco da água transformada em vinho e levasse para o responsável pela festa. Nas traduções mais antigas o termo foi traduzido por “mestre-sala”, que realmente era o responsável pela festa. Entretanto, para os dias atuais o termo “mestre-sala” trás a ideia de um componente da escola da samba, que leva a bandeira e conduz o desfile. Traduzir o termo como “responsável pela festa” ou “encarregado da festa” é mais apropriado e reflete melhor o sentido do texto.
O primeiro milagre (sinal) de Jesus registrado acontecer numa festa de casamento, enaltece o casamento e a família. Bem como demonstra que uma vida social, com princípios, é benéfica e normal.
O milagre da transformação de cerca de 600 litros de água em vinho, e em vinho de boa qualidade.
O milagre foi imperceptível - não se podia imaginar que todo aquele vinho de ótima qualidade um dia já foi apenas água.
O milagre aconteceu de maneira semi pública - apenas os serventes, a família de Jesus, os discípulos e talvez os convidados.
A mudança radical da água em vinho, pode denotar o novo nascimento, 2Co.5.17 ou a mudança de aliança - Lei => Graça.
As talhas/metretas que eram utilizadas para as purificações recomendadas pela Lei e as tradições judaicas, foram utilizadas para receber o vinho.
Maria, mãe de Jesus nunca é nomeada no evangelho de João. Talvez para não confundir com as Marias.
O fato de Jesus, sua mãe e seus discípulos serem convidados para o casamento, pode indicar que os noivos eram parentes ou amigos chegados.

c. Aplicação

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d. Conclusão

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e. Anotações

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