Jesus Cristo, o Nosso Libertador
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João 8.21-59.
V.21: “De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir.”
Jesus por mais uma vez, diante dos judeus, o Senhor lhes anuncia que em breve eles não terão mais Jesus com eles, pois, Ele vai se retirar, e isso dizia porque estava próximo de voltar para junto do Pai. E Jesus adiciona que eles, os judeus, vão lhe procurar, mas não irão achá-lo. Por isso, eles vão morrer, perecer em seus pecados, e não poderão ir para onde Jesus vai. Isso quer dizer, que os judeus estavam perdendo a oportunidade de crer em Cristo, e que por isso, em breve Ele voltaria para o Pai, e eles quando morressem, morreriam sem um libertador para eles.
V.22-23: “Então, diziam os judeus: Terá ele, acaso, a intenção de suicidar-se? Porque diz: Para onde eu vou vós não podeis ir. E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou.”
Eles chegaram ao de serem sarcásticos em perguntar se Jesus iria cometer suicídio.
Fazia parte de uma crença judaica que aqueles que tirassem a sua própria vida, esses iriam para o lugar mais escuro do inferno, o próprio historiador Flávio Josefo diz isso em seu escrito sobre as guerras dos judeus. Jesus corrige esse pensamento dizendo aos judeus que a diferença entre eles. Pois, os judeus, bem como todos os seres humanos, são cá de baixo, terrenos, mas Jesus é de cima, do céu, vem de Deus.
V.24: Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, MORREREIS NOS VOSSOS PECADOS.
O significado é o seguinte: que eu sou tudo o que reivindico ser; o enviado do Pai, o que vem de cima, o Filho do homem, o unigênito Filho de Deus, igual a Deus, aquele que tem vida em si mesmo, a própria essência das Escrituras, o pão da vida, a luz do mundo, etc. A rejeição ao Filho – falha em crer nele e em obedecer-lhe – resulta em morte eterna.
V.25-26: “Então, lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito? Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo.”
Os judeus perguntaram a Jesus: Quem és tu? (8.25).
Jesus responde, mostrando o que já lhes dissera outras vezes. Ele reafirma que o testemunho que dá de si mesmo é o mesmo testemunho daquele que o enviou, mas o judeus não conseguem compreender que Jesus está falando sobre o Pai.
V.27-29: “Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que Eu Sou e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
Jesus esclarece, então, que, quando for levantado, ou seja, crucificado pelos próprios judeus, então entenderão que ele de fato é o Eu sou, o enviado do Pai. E, mesmo que ele seja abandonado pelas multidões, pelos discípulos e até pelos apóstolos, jamais será abandonado, pois, nunca ficará sozinho, pois, o seu Pai continuará com Ele, uma vez que sempre Ele fez o que agrada ao Pai.
V.30: Ditas estas coisas, muitos creram nele.”
Com essas palavras, muitos creram nele (8.30). É bem verdade que essa fé ainda era deficiente e não passaria pela prova.
Continua o texto, o dialogo agora é em especial de Jesus com os que haviam crido n’Ele.
V.31-32: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Jesus aqui vai separar os bodes das ovelhas, o jóio do trigo, os falsos dos verdadeiros. Um discípulo é qualquer um que quer ser um aprendiz, mas, um discípulo verdadeiro é alguém que realmente foi transformado, e nele encontramos algumas características.
Primeiro, eles permanecem na Palavra: Um discípulo não é um crente superficial, mas alguém que permanece em Cristo. Não basta ter um entusiasmo inicial e depois retroceder, como a semente que caiu em solo rochoso. Não basta crer e alimentar no coração outras preocupações, como a semente que caiu no meio do espinheiro. A verdadeira fé que desemboca no verdadeiro discipulado é evidenciada por um relacionamento estreito com Cristo.
Jesus declarou que a natureza do verdadeiro discipulado consiste em obediência continuada à Sua Palavra. As Escrituras afirmam repetidamente que apenas aqueles que obedecer a Cristo são verdadeiramente Seus discípulos:
"Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe." (Mateus 12.50)
"Se me amais, guardareis os meus mandamentos." (João 14.15)
"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele .... Se alguém me ama, ele vai guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que Me enviou. " (João 14.21, 23-24)
"Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor." (João 15.10)
"Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando." (João 15.14)
Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou. (1João 2.4-6)
Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. (1João 3.24)
Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos. (1João 5.3)
Se eles quisessem estabelecer um relacionamento real com Jesus, teriam de começar a viver de acordo com seu ensinamento. Só depois de abrir o coração e a mente para aprender com ele é que experimentariam a verdadeira liberdade. Pois, somente assim, eles conheceriam a verdade, e a verdade iria os libertar.
Jesus então vai explicar o que significa ser livre. Mas, antes disso, os judeus afirmaram:
V.33: “Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?”
Os judeus, achavam que já eram livres: Embora, eles foram escravizados pelo Egito, Assíria, Babilônia, Império Medo Persa, Grécia, Síria e finalmente estavam agora politicamente sujeitos a Roma. Mas, talvez estivesse falando religiosamente, espiritualmente falando, eles se achavam livres, sendo eles descendentes de Abraão, com o qual Deus havia aliança.
V.34-36: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
Neste momento Jesus começa a apresenta seus inimigos como escravos em cadeias, sem nenhuma liberdade verdadeira. O que Jesus quer dizer com todo o que comete pecado?
Ele está colocando todos aqui na mesma balança, pois, todos pecamos, e Jesus está dizendo que todo o que que pratica continuamente o pecado; pois o verbo está no presente contínuo, que pode ser traduzido: o que vive em pecado. Um pecador assim não viu o Senhor, nem o conhece. João não ensina que é possível viver sem pecar; longe disso, mas está nos ensinando que quem vive nessa prática continua sem arrependimento, esse é um escravo do pecado.
Versos seguinte Jesus muda um pouco a figura – Dizendo que um escravo pode desfrutar dos privilégios da casa de seu senhor por um pouco de tempo, mas nunca para sempre. Ele pode ser expulso, dispensado ou vendido a qualquer momento, mas o filho, porém, sempre fica na casa.
Os judeus, que se vangloriavam de ser descendência de Abraão, fariam bem em se lembrar disso. A antiga dispensação, com seus privilégios para Israel, havia terminado. Os verdadeiros filhos de Abraão continuarão em sua casa e desfrutarão, permanentemente, de seus privilégios, mas os escravos de Abraão terão de sair. Somente um filho usufrui de liberdade.
Ou seja, Jesus estava dizendo que os Judeus que estavam confiando sua salvação em serem descendentes de Abraão, esses eram escravos de Abraão e estavam condenados, pois, eram escravos do pecado, e permaneceriam assim. Porém, diz o verso 36.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Ou seja, se eles fossem libertos por Cristo, eles seriam livres, assim como um escravo é livre após ser por um juiz liberado de sua escravidão, o Senhor Jesus quando nos salva, Ele nos livra da escravidão, da prisão do pecado, e assim, somos livres.
V.37-38: Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai.”
Jesus falando com o mesmo público admite que eles são descendentes físicos de Abraão, porém, eles procuravam matar a Cristo, aquele que Abraão mesmo creu mesmo antes de vê-lo nascer. Mas, ao enfatizar isso aqui, de que a própria descendência de Abraão procura matá-lo, Jesus começa a lhes mostrar que, afinal de contas, Abraão não é o pai deles no sentido espiritual. Quem, então, são os verdadeiros filhos de Abraão? Todos os crentes verdadeiros.
Romanos 4.11–12 “E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que creem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado.”
Gálatas 3.7 “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.”
Gálatas 3.29 “E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.”
Jesus não declara isso explicitamente; mas essa verdade proclamada por Paulo está claramente implícita nas palavras do Senhor. Por que os judeus procuram matar Jesus? A resposta é: Porque o Evangelho de Cristo não tinha lugar no coração deles.
Jesus então faz uma distinção entre o Pai d’Ele e o pai daqueles judeus.
V.39–47: “Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus.
V.39 - Jesus não havia deixado claro a quem ele se referira ao falar “seu pai”. Este fato irritou os judeus. A implicação (a saber, que ele se referia ao diabo) ficaria clara, mas ainda estava velada. Contudo, eles descartaram seja o que for que Jesus estava pensando ou sugerindo, respondendo: “Nosso pai é Abraão”. Obviamente, eles queriam dizer que Abraão é o pai deles em todos os sentidos do termo, não apenas de forma física, mas também espiritual. Portanto, são espiritualmente livres e não têm necessidade de serem libertos da escravidão. Consideravam-se como a descendência espiritual de Abraão.
V.40 - Jesus prossegue por um momento como se aceitasse a afirmação deles, e diz tudo bem, então, se são filhos de Abraão, vocês devem praticar as obras de seu pai Abraão. Mas, eles procuravam matar a Cristo, logo, estavam fazendo tudo, menos a vontade do suposto pais deles, Abraão. Eles estavam querendo matar a Jesus que estava pregando a verdade para eles.
V.41 - Agora começa a ficar mais claro quem é esse pai dos judeus: ele é o tipo de pai que os encoraja a matarem o Filho único de Deus! Isso tudo já ficou evidente no verso 40. Até agora Jesus não indicou especificamente a quem ele se refere ao falar no pai deles; isso deixa os judeus ainda mais indignados e impacientes. E agora eles dizem que tem um único Pai, pois, não são bastardos, ou seja, não são fruto de fornicação: como que dissessem, nós sabemos quem é o nosso pai, mas, o seu Pai, esse nós não sabemos, isso é provado que na própria literatura judaica jesus é chamado do filho bastardo de Maria. Então disseram, sem dúvida Deus é o nosso Pai, mas temos dúvida quanto ao Pai de Jesus.
V.42 - Assim Jesus destrói a reivindicação dos judeus. As próprias ações e atitudes deles desmentem sua defesa. Se Deus fosse o verdadeiro Pai espiritual deles, obviamente eles o amariam. Amando-o, eles também amariam seu Filho, Jesus. Mas eles odeiam a Jesus; portanto, também odeiam o Pai e não são filhos verdadeiros dele.
V.43 - Eles não compreendiam a verdade, por conta de sua incapacidade. Se eles fossem filhos do mesmo Pai, eles compreenderiam a linguagem de Jesus.
Jesus então revela quem é realmente o pai daqueles judeus.
V.44 - Opai deles é o diabo. Agostinho disse, que eram filhos do Diabo por imitação. Eles mostraram seu relacionamento com o Diabo por viver da maneira como ele viveu. Eles constantemente desejam (tempo presente contínuo) satisfazer os desejos (apetites, anseios) do diabo; por isso ele deve ser o pai deles. O diabo deseja matar e mentir, eles também. Jesus comenta um pouco sobre cada um desses desejos:
Ele foi assassino (literalmente, assassino de homens) desde o princípio. Desde o início da história da raça humana, o diabo tinha homicídio em seu coração. Ele realmente mergulhou a raça humana no oceano da morte: física, espiritual e eterna. A queda do homem, junto com todos os seus resultados, indica o diabo como seu autor. E (nele) não tem permanência na verdade, pois não há verdade nele. Foi por meio de uma mentira que o diabo trouxe a morte. Assim, Jesus conecta os dois: o diabo é tanto assassino quanto mentiroso.
V.45 - Jesus é a verdade, e Ele pregou a verdade, por isso eles estavam o rejeitando. E essa verdade é referente a questões espirituais, tais como: a depravação total do homem e sua incapacidade natural, o plano de Deus para sua salvação, o envio do Filho para prover essa salvação, a punição daqueles que rejeitam o Filho, etc. O coração orgulhoso do homem não recebe bem essa verdade, pois ela revela o seu caráter condenável e sua condição de perdição. Além disso, deve-se considerar que Jesus se dirige aos filhos daquele que é chamado de pai da mentira. Portanto, como Jesus fala a verdade, ele é rejeitado.
V.46-47 - Jesus então diz, que porque Ele prega a verdade, logo, os filhos do pai da mentira também não vão crer n’Ele.
V.48-59: “Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente. Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente. És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus. Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós: mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo.”
V.48 - Os judeus começam a tentar ofender Jesus, agora o chamavam samaritano e diziam que ele estava possuído por um demôni. Os samaritanos tinham um pouco de sangue judeu, mas os judeus consideravam impuras suas crenças e práticas. Eram desprezados e não tinham permissão para se tornar doutores da lei. Da mesma forma, qualquer um que fosse possuído por um demônio não seria capaz de ensinar a vontade de Deus, mas somente a vontade do diabo, para quem os demônios trabalham.
V.49 - Jesus negou a segunda acusação. Em vez de estar sob influência demoníaca, ele procurava honrar o Pai, todavia, os judeus estavam desonrando a Jesus (o Filho) e consequêntemente desonrando ao Pai.
V.50 - Eles deveriam saber que em tempo nenhum ele procurou sua própria glória. Tudo o que fez foi calculado para trazer glória ao Pai. Mesmo que ele os acusasse de desonrá-lo, isso não significa que ele estava procurando sua própria glória. Então o Senhor acrescentou as palavras: Há quem a busque e julgue. Isso se referia, naturalmente, a Deus. O Pai procuraria glória para seu Filho amado e julgaria todos os que falharam em dar-lhe essa glória.
Em outras palavras, não glorificar a Jesus é o equivalente a desobedecer a Deus.
V.51 -Jesus ampliou o convite: Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.
Ele estava interessado em muito mais que responder às acusações e aos insultos. Queria levar os ouvintes a crer em sua palavra, que dá a vida eterna.
V.52 - Os judeus, entretanto, pensaram que Jesus falava literalmente e consideraram seu apelo a confirmação de que ele estava louco ou então possuído por um demônio (8:52). Afinal, Abraão, o ancestral deles, havia morrido. Depois vieram os profetas, que eram mensageiros escolhidos de Deus.
V.53 - Eles perguntam se Jesus é maior que Abraão. Mas, ainda que Jesus fosse maior que Abraão, também morreria. Como ele então ousava dizer que os que guardassem a palavra dele nunca morreriam?
V.54-56 - Mais uma vez, Jesus lembrou que era o Pai (a quem os judeus consideravam seu Deus) quem o glorificava. Assim, os insultos dirigidos a Jesus eram insultos contra Deus também. Se Jesus negasse seu relacionamento especial com o Pai, estaria mentindo. Além disso, Abraão deu total aprovação ao ministério de Jesus. Uma pessoa que dá alegria a Abraão não pode estar possuída.
V.57 - A última declaração provocou ainda mais escárnio: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Abraão vivera centenas de anos antes.
V.58 - Jesus, porém, insistiu em que era ainda mais velho que Abraão. Os judeus estavam tomando a questão ao pé da letra, considerando a existência humana de Jesus, que teve início em Belém, no ano 4 a.C, mas Jesus estava se referindo à sua existência eterna. Os judeus tomaram as palavras de Jesus como um insulto a Abraão, seu maior ancestral. Ele não somente se considerava igual a Abraão, como também havia afirmado ser mais velho que o patriarca!
V.59 - Mas, isso era um tamanho insulto que os judeus deviam punir Jesus com a morte, mas Jesus escapou deles, pois ainda não era a hora de morrer.
Aplicações:
Todos São Escravos
Todos somos escravos das nossas paixões, dos nossos pensamentos, das nossas vontades, até que um dia Cristo venha e nos liberte. Muitos pensam que são livres. O mundo pensa que é livre. não tem coisa pior do que ser escravo do pecado e pensar que está livre.
A Verdade Liberta os que Creem
Jesus disse que é a verdade, e ninguém vai ao Pai a não ser por meio d’Ele. Por isso, as ovelhas de Jesus o conhecem e o amam. Amam a verdade, creem na verdade, e elas creem porque o mesmo Deus que escolhe, é o mesmo Deus que nos dá a fé para crer nessa verdade que salva.
A Verdade Não é Aceita
Se você ainda é filho do diabo, vai continuar rejeitando a verdade, sem aceitá-la. Todos os que rejeitam a palavra de Deus, esses declaram com ações que são filhos do diabo.
A Verdade nos liberta da escravidão do Pecado
Se somos realmente filhos de Deus, nós permaneceremos na palavra. E não iremos permanecer no pecado. O que notamos nos dias atuais é que existe uma falsa igreja que vive um falso evangelho e que continuamente vive obedecendo ao diabo e dizendo que são filhos de Deus. Mas, são de fato filhos do diabo. E eu lhe peço que isso faça refletir: se olharmos para as suas práticas diárias, elas condizem mais com os filhos de Deus ou com os filhos do diabo?