Aprendendo a se controlar
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Nesta mensagem, que integra a série “Combatendo os Inimigos da Família”, falarei um pouco sobre um mal que cresce a cada ano no Brasil: a dependência em jogos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, pelo menos, 2,5% da população brasileira tenham tendência à compulsão por jogos. A maioria de pessoas neste grupo é de homens, com idades entre 30 e 50 anos. Muitas vezes, a porta para esta dependência está nos jogos de videogame.
Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo mostra que 28% dos adolescentes jogam excessivamente videogame e são diagnosticados com Transtorno de Jogo pela internet, uma patologia reconhecida pela OMS.
Difícil a situação, não é?
Toda compulsão é um inimigo que traz consequências diversas. A compulsão por jogos apresenta prejuízos na saúde mental, na relação com a família e, claro, problemas financeiros.
Em abril, desenvolvi dois projetos especiais para a RTM Brasil sobre esta temática. Abordar a compulsão por jogos foi necessário por razão do alto número de casas de apostas virtuais. Se você procura por informações sobre o seu time num site esportivo, certamente já deve ter visto alguma propaganda do tipo. Essas casas, inclusive, estão em destaque no placar do minuto a minuto do jogo, como um incentivo às apostas. Isso porque, certamente o seu time de coração é patrocinado por alguma BET, alguma casa de apostas. Das 8 principais equipes do eixo Rio - São Paulo, apenas um clube não tem uma BET como patrocinadora. Ainda.
Está cada vez mais fácil cair na tentação sob a falsa ilusão de que com uma única aposta você conseguirá ganhar muito dinheiro. Estive em uma reunião de Jogadores Anônimos para a realização de uma reportagem para a RTM e uma das frases comuns por lá é: a banca nunca perde.
É a pessoa quem perde: perde o dinheiro aplicado, o tempo com a família, a energia, o ânimo e, muitas vezes, a família.
Se você, que está aqui presencialmente ou nos acompanha pela internet, sofre de compulsão por jogos, esta mensagem é para você. Se você não sofre ou se você conhece alguém que sofre, ela também é. É um alerta sobre os riscos que eles trazem e como é possível buscar uma saída.
A palavra de Deus diz em Provérbios 25.28
Provérbios 25.28 (BS:NVT)
Quem não tem domínio próprio é como uma cidade sem muros.
ORAÇÃO
Ao observarmos o período bíblico, é fundamental que entendamos a importância dos muros para as cidades. Representavam proteção, segurança e livramentos.
Uma cidade bem murada era protegida. Passava a ideia de bem guardada. Algo que não era abandonado. Não foi à toa que Neemias reconstruiu os muros de Jerusalém, a cidade de Davi. Era um processo simbólico para dizer: este lugar voltou a ser protegido e guardado pelo próprio Deus.
Ao dizer, portanto, que quem não tem domínio próprio é como uma cidade sem muros, a Bíblia nos alerta sobre as consequências da falta de proteção.
Quem não se protege, é um tolo. Quem se arrisca ao perigo, age totalmente contra os cuidados de Deus.
Você acha mesmo que Deus quer que você jogue um dinheirinho em algum jogo para tentar ganhar alguma coisa? Jogos com apostas financeiras são um mal que colocam você e a sua família em uma corda bamba.
Nos provérbios, há sabedoria. Quem não se controla, é imprudente que prejudica a si e os outros. Se é a sua condição, em nome de Jesus, tome uma decisão de mudar a direção da sua vida. Se você tem problemas com jogos, está colocando o dinheiro da sua família em risco, mude a rota. O jogo só te dará tristeza, ansiedade, medo e vontade de buscar soluções absurdas para cobrir as perdas.
Existe uma iniciativa chamada Celebrando a Recuperação. É um grupo de apoio, implantado inicialmente nos Estados Unidos, mas que foi expandido para todo o mundo, em diversas igrejas, inclusive na nossa. Talvez você não saiba, mas há um grupo de CR aqui na PIB, com encontros às quintas e acompanhamento de pessoas com diferentes tipos de compulsões, inclusive a por jogos.
Meus irmãos, a compulsão por jogos é um inimigo à espreita, pronto a atacar as famílias. Se você acha que está seguro, vale a recomendação de Paulo em 1Co 10.12
Portanto, se vocês pensam que estão de pé, cuidem para que não caiam.
Durante a reunião que citei anteriormente, de Jogadores Anônimos, conheci um senhor, de 43 anos, que a princípio pensava ser imune às investidas dos jogos. Tentaram convencê-lo com poker, mas não deu certo. Carteado e não vingou. Bolões da Mega-Sena e não conseguiram. Mas quando a história entrou para o lado do futebol, o jogo virou. Esse homem, por influência de colegas de trabalho, acabou caindo nas garras da dependência em jogos.
Em duas horas de um sábado, aquele homem chegou a perder mil reais apostando em escanteios do campeonato indiano. Você conhece algum time de futebol da Índia? Nem eu. Nem ele, mas tinha a possibilidade de apostar e foi nele que ele apostou.
Cuidado com as vozes que você ouve. Algumas só querem te puxar para a lama em que estão.
Mais à frente, Provérbios 27.12 trará:
Provérbios 27.12 (BS:NVT)
O prudente antevê o perigo e toma precauções; o ingênuo avança às cegas e sofre as consequências.
Sejam prudentes, irmãos. Por vocês, por seus maridos, por suas esposas e por seus filhos. Vigiem para que a falsa sensação de sucesso e de dinheiro fácil não cegue a todos vocês.
Se você vive em uma situação complicada por razão dos jogos, preste atenção nesta tela que vamos projetar. Para quem está aqui no templo e para quem nos acompanha pelo YouTube, este é o primeiro passo em busca da sua recuperação. Este WhatsApp é o número da Secretaria da PIB. Não se preocupe, a igreja apenas fará o seu redirecionamento para que você converse com Roberto Ferle, seminarista da PIB, que coordena o Celebrando. Seu caso não será compartilhado, nem discutido, mas não tenha vergonha de procurar ajuda.
Há muitos relacionamentos desfeitos, casamentos rompidos, pais que perdem o crescimento dos filhos por causa dos jogos. Você ainda tem chance de buscar ajuda. Se você conhece alguém que está neste buraco da dependência, compartilhe a info sobre o Celebrando. É uma iniciativa cristocêntrica de apoio e parceria para enfrentar diversos tipos de compulsão.
Oração final