Escola Bíblica Dominical - Teologia do Dia a Dia

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Deus é Santo

Deus é superior a nós em todas as coisas, até mesmo nos atributos que ele compartilha conosco. Exibimos um pequeno vislumbre de sua justiça, pureza e bondade, equanto ele é tudo isso perfeitamente. Santidade é uma palavra única que resume toda a sua perfeição e superioridade.
Leia Isaías 6.1–4
Isaías 6.1–4 NVI
1 No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. 2 Acima dele estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. 3 E proclamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”. 4 Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça.
O templo se tornou a sala do trono de Deus na visão de Isaías. Ele viu os serafins, criaturas angelicais cujo nome significa “seres e chamas”, louvando a santidade de Deus e declarando que sua glória enche a terra. Eles cobriam os olhos para protegê-los da magnifica glória de Deus e cobriam os pés como um sibolo de sua submissão a Deus. Sua declaração tríplece foi significativa. A língua hebraica usa a repetição para descrever algo da mais alta qualidade. Repetir algo três vezes leva a nível ainda mais alto. O erudito Gary V. Smith diz: “Assim, os serafins afirmam que Deus é completamente, totalmente e absolutamente o mais santo dos santos. Santidade é a essência da natureza de Deus e o próprio Deus é a revelação suprema da santidade. A santidade absoluta de Deus revela quão separado, distinto e único ele é em comparação a todos os outros aspectos do mundo criado”.
Os serafins louvam a seguinte santidade de Deus e declaravam que toda a terra estava cheia de Sua glória. A glória e a santidade de Deus estão inextricavelmente ligadas, John Piper descreve desta forma: “A glória de Deus é a beleza manifesta de sua santidade” Essa visão serviu para comissionar Isaías como profeta. Por meio dela, ele experimentou a grandeza, a graça e o chamado do Santo Deus.
A santidade de Deus refere-se ao fato de que ele é separado do pecado e se dedica a buscar sua própria honra. Essa definição contém tanto uma quantidade relacional (separação de) quanto uma qualidade moral (a separação do pecado ou do mal), e a dedicação é em prol da própria honra e glória de Deus. A ideia de santidade que inclui tanto a separação do mal quanto a dedicação à glória própria de Deus se encontram em várias passagens do Antigo Testamento. A palavra “santo” é empregada para descrever as duas partes do tabernáculo por exemplo. O próprio tabernáculo era um lugar separado do mal e do pecado do mundo. O próprio lugar era chamado de “Lugar Santo”, dedicado ao serviço de Deus; ele ordenou que houvesse um véu que separasse “o Lugar Santo do Lugar Santíssimo” - (Êxodo 26.33). O Lugar Santíssimo no qual era guardada a arca da aliança era separado do mal e do pecado, e dedicado de forma mais completa ao serviço de Deus.
O próprio Deus é o Santíssimo. Ele é chamado de “Santo de Israel” - (Salmos 71.22; 78.41; 89.18; Isaías 1.4; 5.19,24). Os serafins ao redor do trono de Deus bradam: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a Terra inteira está cheia da sua glória”. “O Senhor, o nosos Deus, é Santo!”, exclama o salmista (Salmos 99.9)
Leia Apocalipse 4.1-11
Apocalipse 4.1–11 NVI
1 Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: “Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas”. 2 Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém. 3 Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, 4 ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro. 5 Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. 6 E diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal. No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. 7 O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em vôo. 8 Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”. 9 Toda vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, 10 os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono, e dizem: 11 “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas”.
Quem teve essa visão e onde ele estava nesse momento? Talvez você precise voltar alguns capítulos anteriores de Apocalipse. A quem essa visão diz respeito?
Em quê as visões no livro de Isaías e Apocalipse são semelhantes? Em quê elas se diferem?
Quais atributos de Deus são exibidos nessa passagem?
Como é gloriosa esta cena, quando os seres celestiais declaram: “Santo, santo, santo”. Deus é revelado como poderoso e magnifico, com relâmpagos e trovões vindos de seu trono. Até mesmo os anciãos, que são exaltados nesta visão, apontam para a dignidade de Deus para que ele seja adorado. Eles também agem como um lembrete da promessa de Deus de que aqueles que o amam e obedecem a seu Filho um dia reinarão com ele.
Muitos veem o Deus do Antigo Testamento como colérico e severo, manifesto em seus mandamentos a Israel para exterminar as nações pagãs, e o Deus do Novo Testamento como gracioso e bondoso, que envia Jesus para resgatar seu povo das consequências terríveis do pecado. No entanto, nosso Deus é um. Ele é consistente ao longo de toda a Escritura.
Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. Vemos a santa ira de Deus pelo pecado no Antigo Testamento quando puniu as nações ímpias, e no Novo Testamento quando a ira contra a injustiça foi colocada sobre Jesus, e satisfeita nele (Romanos 3.21-26)
Romanos 3.21–26 ARA
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
Deus não responde como as pessoas, mas é completamente santo e piro em ação e motivação. Ele nunca age de modo contrário ao seu caráter. Deus é soberano sobre tudo; nada está fora de seu controle. A cada momento ele nos dá nosso próximo alento, instrui o sol a continuar a brilhar e se preocupa com as criaturas que a humanidade ainda nem descobriu. Ele está dirigindo toda a criação para um fim que ele mesmo designou, o qual, por sua bondosa providência, é para o nosso bem. Ele é meticuloso em seus cuidados. Nada o pega de surpresa.
Ele é incomparável e digno de toda adoração. É infinitamente santo, justo e bom. Este é o nosso conforto! Deus não é como a humanidade, destruída pelo pecado. O Senhor permanece soberano, e opera a favor do seu povo. Seus pensamentos não são os nossos pensamentos e seus caminhos não são os nossos caminhos (Isaías 55.9). Podemos confiar nele. Ele está perto. Ele é bom. Ele é santo.
Conclusão:
A santidade de Deus também traça o parâmetro que seu povo deve imitar. Ele os instrui: “Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês sou santo” - (Levítico 19.2; 11.44-45; 20.26; 1Pedro 1.16). Quando Deus tiroou o seu povo e os trouxe a si mesmo e os instruiu para que ouvissem a sua voz, ele disse: “Vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” - (Êxodo 19.4-6). Nesse caso, tanto a ideia de separação do mal e do pecado (que inclui de forma bem clara nessa passagem a separação da vida no Egito) quanto a ideia de devoção a Deus (servindo a ele e obedecendo os seus estatutos) são vistas como exemplo de uma “nação santa”. Os cristãos, na nova aliança, também devem se esforçar “para srem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14), e saberque a disciplina de Deus nos é dada “para que participemos de sua santidade” (Hebreus 12.10). Tanto cada cristão em particular como a igreja em um todo têm que crescer em santidade (Efésios 5.26-27), até aquele dia quando tudo na Terra será separado do pecado, purificado do pecado e dedicado ao serviço de Deus em uma pureza moral verdadeira - (Zacarias 14.20-21).
Zacarias 14.20–21 NVI
20 Naquele dia estará inscrito nas sinetas penduradas nos cavalos: “Separado para o Senhor”. Os caldeirões do templo do Senhor serão tão sagrados quanto as bacias diante do altar. 21 Cada panela de Jerusalém e de Judá será separada para o Senhor dos Exércitos, e todos os que vierem sacrificar pegarão panelas e cozinharão nelas. E, a partir daquele dia, nunca mais haverá comerciantes no templo do Senhor dos Exércitos.
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