ESPIRITUALISMO DA MODA
Em vez daquela gentileza e condescendência que sempre serão esperadas de um seguidor professo do manso e humilde Jesus, há uma aspereza em seus hábitos, o que faz dele mais admirado que amado; e os que o amam de verdade sentem mais frequentemente constrangimento do que prazer quando estão em sua companhia.
Uma vez que os colossenses haviam morrido com Cristo, Paulo lhes pergunta por que ainda desejavam sujeitar-se a tais ordenanças, pois é sinal de terem se esquecido de que haviam cortado os vínculos com o mundo. A pergunta que talvez surja na mente de alguns é: “Se o cristão está morto para as ordenanças, por que ainda guarda o batismo e a ceia do Senhor?”. A resposta mais evidente é que ambas as ordenanças da Igreja cristã são ensinadas no NT. No entanto, não são “meios de graça”: elas não nos tornam mais aceitáveis no céu nem nos ajudam a obter merecimento perante Deus. São atos simples de obediência ao Senhor que indicam respectivamente nossa identificação com Cristo e a lembrança de sua morte. Não são leis a guardar. Antes, são privilégios a desfrutar.
Weymouth assim traduz os versículos 20–22:
Se você já morreu com Cristo e escapou dos conceitos rudimentares do mundo, por que então se submete a preceitos como: “Não toque nisto”; “Não prove aquilo”; “Não mexa naquela outra coisa”, como se sua vida ainda pertencesse a este mundo — coisas que existem para serem gastas e depois desaparecerem —, obedecendo assim a ensinamentos humanos?
A. T. Robertson expressa bem essa realidade: “É na verdade o amor que nos liberta para fazer o que é bom. É o amor que transforma em beleza o aspecto de um dever. O amor adoça o esforço necessário para marcar passo com Cristo. O amor transforma um serviço em liberdade”.