NO CAMINHO COM JESUS! Lucas 24.13-35

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Quando caminhamos com Jesus e o reconhecemos, Ele passa a caminhar conosco.

Notes
Transcript
Grande ideia: Quando caminhamos com Jesus e o reconhecemos, Ele passa a caminhar conosco.
Estrutura: caminhando com Jesus, sem saber que era Jesus (eles com Jesus) (vv. 13-27) e Jesus se revela Jesus e afirma a fé daqueles discípulos (Jesus com eles) (vv. 28-35).
Marcos 16.12 NAA
Depois disso, Jesus manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam a caminho do campo.
João 19.25 NAA
E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
Lucas, Volumes 1 e 2 A. A Tragédia do Domingo da Ressurreição

Esses dois amigos de Jesus estão regressando a Emaús. Era primavera. Não obstante, eles não ouviam o canto das aves. Não percebiam o despertar da natureza. Com passos pachorrentos, sob um céu carregado, prosseguiam em seu caminho para casa … vindo de um funeral! Alguém muito querido fora sepultado. Jesus de Nazaré. “Sim, forasteiro, nós esperávamos que ele fosse aquele que redimiria a Israel.” “Esperávamos (tempo passado), mas toda a esperança se foi.”

Entre Nós Projeto Sola
Foi no meio do caminho Que ouvimos sua voz A nos consolar Não devia o Cristo enfrentar o sofrer Para na glória então entrar? Pois se toda história Ele fez E nos revelou Deus que se encarnou entre a sua criação Para conosco estar Não queimava o nosso coração Ao ensinar sua Palavra aqui? E à mesa ao partir o pão Nossos olhos finalmente abriu É o mestre que ressuscitou Voltou para estar entre nós Ele veio e trouxe a paz Que vai além de nós Para nos confortar Nas suas mãos e nos seus pés As marcas da missão Para às nações proclamar É nele em quem o mundo Redescobre então Seu novo fim Nos enviou e seu Espírito desceu Conosco Ele está Não queimava o nosso coração Ao ensinar sua Palavra aqui? E á mesa ao partir o pão Nossos olhos finalmente abriu É o mestre que ressuscitou Voltou para estar entre nós Composição: Guilherme Andrade e Guilherme Iamarino.
No caminho, eles com Jesus. (vv. 13-27)
(a) No dia que as mulheres foram testemunhas da Ressurreição, e Pedro o primeiro a entrar e ver o cenário do “santo sepulcro”.
(b) Emaús:
Easton´s Bible Dictionary:
EMMAUS - banhos quentes, um vilarejo a "três estágios e meio" de Jerusalém, onde nosso Senhor teve uma entrevista com dois de seus discípulos no dia de sua ressurreição (Lucas 24:13). Esse lugar foi identificado com a moderna el-Kubeibeh, que fica a mais de 10 quilômetros a noroeste de Jerusalém. Esse nome, el-Kubeibeh, que significa "pequena cúpula", é derivado dos restos da igreja dos cruzados que ainda podem ser encontrados lá. Outros a identificaram com a moderna Khurbet Khamasa, ou seja, "as ruínas de Khamasa", a cerca de 8 milhas a sudoeste de Jerusalém, onde também há ruínas de uma igreja dos cruzados. Seu local, no entanto, tem sido muito contestado.
(c) A agenda da conversa era sobre tudo o que tinha acontecido. A cena que eles presenciaram em Jerusalém estava reverberando na mente deles.

Quando dois santos estão conversando, é muito provável que Jesus venha e se torne o terceiro entre eles! Fale sobre Jesus e logo você conversará com Ele. Eu gostaria que os cristãos falassem mais frequentemente um para o outro sobre as coisas de Deus! É dito que, nos tempos antigos, o povo de Deus falava com frequência, um ao outro, mas agora alteramos isso, e o povo de Deus fala com frequência um contra o outro. Isso é uma alteração, mas certamente não é uma melhoria. Que nos unamos, novamente, e, como esses dois discípulos, falemos de todas as coisas que aconteceram em Jerusalém há [21] séculos! Se tivermos menos argumentação do que eles, que tenhamos mais comunhão.

(d) Lucas é preciso aqui em seu relato único: “Jesus se aproximou e ia com eles”.
João 14.18–19 NAA
— Não deixarei que fiquem órfãos; voltarei para junto de vocês. Mais um pouco e o mundo não me verá mais; vocês, no entanto, me verão. Porque eu vivo, vocês também viverão.
C. S. Lewis:
Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento: o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo.
Não resta dúvida de que o Sofrimento, na forma de megafone de Deus, é um instrumento terrível, pois pode levar à rebelião definitiva e sem arrependimento. Ele propicia, contudo, a única oportunidade que o homem mau pode ter para se emendar. Ele retira o véu ou finca a verdade na fortaleza da alma rebelde.
Sacudo-me até secar-me ao máximo e corro para reassumir minha cômodo imundície, se não no monte de esterco mais próximo, ao menos no mais próximo canteiro de flores. Essa é a razão por que as aflições não podem cessar enquanto Deus não nos vir transformados ou não perceber que não há esperança de transformação para nós.
(e) Os olhos daqueles discípulos estavam bloqueados pela dor: “estavam como que impedidos de o reconhecer”.
A MENSAGEM:
"Naquele mesmo dia, dois discípulos caminhavam em direção à cidade de Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Eles conversavam a respeito de todas as coisas que aconteceram. No meio da conversa, Jesus apareceu e os acompanhou, mas não o reconheceram.
Ele perguntou: “O que vocês estavam discutindo tão compenetrados?”. Eles pararam, cheios de tristeza, como se tivessem perdido o melhor amigo. Um deles, chamado Cleopas, respondeu: “Você deve ser a única pessoa de Jerusalém que não sabe o que aconteceu nos últimos dias”." Sent from Bible Study
João 16.20–22 NAA
Em verdade, em verdade lhes digo que vocês vão chorar e se lamentar, mas o mundo se alegrará. Vocês ficarão tristes, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria. A mulher, quando está para dar à luz, fica triste, porque chegou a sua hora; mas, depois de nascida a criança, já não se lembra da aflição, pela alegria de ter trazido alguém ao mundo. Assim também agora vocês estão tristes. Mas eu os verei outra vez, e o coração de vocês ficará cheio de alegria, e ninguém poderá tirar essa alegria de vocês.
(f) Na conversa deles com Jesus os verbos foram conjugados no passado. A perda deles estava paralisando o presente deles e, na ótica deles estava inevitavelmente comprometendo o futuro.
(g) Eles tinham a noção correta do que aconteceu com Jesus, apenas estavam descrentes do que Ele havia lhe dito que aconteceria após a sua morte: o milagre da ressurreição.
Brenan Manning:
Eugene O´Neill escreveu uma peça confusa com um final extraordinário. O tema era a vida de Lázaro depois que Jesus o chamou para fora da sepultura. O´Neill deu à peça o título Lázaro riu. É a história de um amante de Jesus que experimentara a morte e a tinha visto como ela era. “Riam comigo! A morte está morta! O temor acabou! Há apenas vida! Há apenas riso!”. E conta-nos O´Neill, Lázaro começa a rir- discretamente no começo, depois de peito aberto: “Uma risada tão cheia de completa aceitação de vida, com uma tão profunda asserção de alegria de viver, tão desprovida de temor que é contagiante de amor, tão contagiante que, a despeito de si mesmos, os ouvintes são arrebatados por ela e perdem o controle”.
Risada não é histeria. Não é explosão abdominal diante de uma piada vulgar. Risada é… alegria de viver. A espiritualidade pascal diz ao cristão: Você pode rir e deleitar-se com a vida. Por que? “Porque, em meio à morte, você está constantemente descobrindo vida: num olhar, num toque ou numa canção, numa plantação de milho ou num amigo que se importa com você, na lua ou numa ameba, num pedaço de pão sem vida de repente transformado no corpo de Cristo”.
O cristianismo chama por cristãos ressurretos, discípulos como o herói da peça de Eugene O´Neill. Lázaro experimentara a morte e viu como ela era. Agora, sua alegria de viver era irresistível:
Riam comigo!
A morte está morta!
O temor acabou!
Há apenas vida!
Há apenas riso!
Se a noite mais escura se encontra sobre você enquanto lê estas palavras, saiba que o Cristo ressurreto é louco por você, mesmo que você não consiga sentir. Ouça, sob dor, a voz de Abba, Deus: “Prepare lugar para meu Cristo, cujo sorriso, como relâmpago, libera a canção de glória perene que agora dorme em sua carne de papel como dinamite”.
(h) Jesus repreende aos discípulos com palavras duras, seguidas de um ensino da “história da redenção”.
Lucas 24.25–27 NAA
Então ele lhes disse: — Como vocês são insensatos e demoram para crer em tudo o que os profetas disseram! Não é verdade que o Cristo tinha de sofrer e entrar na sua glória? E, começando por Moisés e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.
Ó tolos. Em vez disso, homens imprudentes, ανοητοι, justamente denominados assim, porque não atenderam à descrição do Messias pelos profetas, nem aos Seus ensinamentos e milagres, como provas de que somente ELE era a pessoa descrita.
Blayney, B., Thomas Scott, e R.A. Torrey com Canne, John, Browne, O Tesouro do Conhecimento das Escrituras (Londres: Samuel Bagster and Sons), II, 63
João 12.31–32 NAA
Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.
Lucas 22.37 NAA
Pois eu lhes digo que é preciso que se cumpra em mim o que está escrito: “Ele foi contado com os malfeitores.” Pois o que a mim se refere está sendo cumprido.
2. No partir do pão, Jesus com eles. (vv. 28-31)
(a) Jesus fez como se estivesse seguindo o seu caminho. Mas aqueles homens queriam ter mais um tempo com Jesus.
(b) O texto vai além ao dizer que “eles o convenceram a ficar”. Interessante que até esse momento eles ainda não sabiam que estavam diante de Jesus.
NT Wright:
Mas o fato de eles não poderem reconhecer Jesus a princípio parece ter-se combinado com o fato de que não puderam reconhecer os eventos que haviam acabado de acontecer como a história de redenção de Deus. Talvez Lucas esteja dizendo que só podemos conhecer Jesus, só podemos reconhecê-lo de alguma maneira, quando aprendemos a vê-lo dentro da verdadeira história de Deus, de Israel e do mundo.
(c) Com Jesus à mesa, o modo como ele pegou o pão, abençoou, partiu e deu a eles, seguiu um padrão que os discípulos tinham em mente.
Lucas 9.16 NAA
E Jesus, pegando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo.
Lucas 22.19 NAA
E, pegando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: — Isto é o meu corpo, que é dado por vocês; façam isto em memória de mim.
(d) Os olhos se abriram.... antes estavam “como que impedidos de o reconhecer”. Agora, eles o reconheceram, mas por um instante seguido, Jesus desaparece diante deles.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 1921 επιγινωσκω epiginosko

επιγινωσκω epiginosko

de 1909 e 1097; TDNT - 1:689,119; v

1) tornar-se completamente conhecido, saber totalmente

1a) conhecer exatamente, conhecer bem

2) conhecer

2a) reconhecer

2a1) pela visão, audição, ou por certos sinais, reconhecer quem é a pessoa

2b) saber, i.e., perceber

2c) saber, i.e., descobrir, determinar

2d) saber, i.e., entender

(e) O coração deles ardia no peito, na explicação das Escrituras. Mas mesmo assim, eles não o reconheceram até então.
Salmo 39.3–4 NAA
O coração me ardia no peito; enquanto eu meditava, um fogo se acendeu dentro de mim. Então eu disse em voz alta: Senhor, dá-me a conhecer o meu fim e qual é a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.”
(f) Eles retornam a Jerusalém, para estarem com os demais discípulos, e para testemunharem juntos: Jesus ressuscitou!
Lucas, Volumes 1 e 2 B. O Triunfo da Ressurreição

Esses dois homens estavam tão cheios de alegria, que precisavam compartilhá-la com outros. Tinham já caminhado dez quilômetros? Então seriam dez quilômetros a mais. Era escuro e perigoso? Tudo isso não tinha nenhum sentido agora. Essa notícia era tão eletrizante e consoladora, que os demais discípulos tinham de tomar conhecimento dela. Não amanhã, mas essa noite mesmo.

Marcos 16.12–13 (NAA)
12Depois disso, Jesus manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam a caminho do campo.
13E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito.
3. Outras aplicações:
(a) É tristemente possível caminhar com Jesus durante toda uma vida, tendo-o como um ilustre desconhecido. Você precisa se indagar se você conhece a Jesus ou sobre Jesus.
NT Wright:
Só quando virmos que o Antigo Testamento tem seu clímax natural em Jesus é que o teremos entendido. De igual modo, só entenderemos o próprio Jesus quando o virmos como aquele para quem as Escrituras apontam, não em contextos isolados, mas em todo o fluxo da história. E, quando entendermos isso, nós, como Cleopas e Maria, veremos nosso coração ardendo dentro de nós.
Mateus 7.21–23 NAA
— Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, vão me dizer: “Senhor, Senhor, nós não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome não fizemos muitos milagres?” Então lhes direi claramente: “Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal.”
(b) Jesus se dá a conhecer quando nos chama a termos comunhão com Ele. Jesus está na mesa e chama você a partilhar uma refeição com Ele. Qual será a sua resposta?
Apocalipse 3.20 NAA
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
Por muitas vezes Jesus se deu a conhecer em simples refeições, tanto com discípulos como com fariseus e pecadores em geral. Muitas verdades foram ensinadas por ele nesse modo íntimo, simples e direto de se relacionar com as pessoas. Ele ficou bastante conhecido por abençoar e partilhar o pão na grande multiplicação deste, e usou uma ceia de Páscoa para explicar o sentido de sua morte para seus discípulos. E agora se revelava àqueles discípulos desanimados de maneira simples no interior de sua casa. Naquele momento, de alguma maneira que desconhecemos, Jesus desapareceu da presença deles. Sua presença física já não era mais necessária, agora eles criam e, assim, guardariam aquela presença constante em seus corações. Isso é a fé.
Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (Portuguese Edition) (pp. 445-446). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
Ilustr.:
Dave Harvey:
Pecadores dizem “sim” para o tempo do Adeus
Paulo entendeu algo importante. Enquanto a renovação interior é a realidade mais importante, não podemos anular ou negar a realidade do envelhecimento exterior. A morte opera em todos nós (2Co 4.12). A pergunta é: quando e como ela virá?
Todo casamento tem o seu momento final. Geralmente, a morte visita um cônjuge e entristece o outro. Se o evangelho foi entesourado no casamento, ambos os cônjuges estão preparados. Para aquele que parte, uma recepção celestial o aguarda- a experiência inimaginável de cruzar dois mundos, para chegar ao lugar para o qual fomos criados.
Mas, na providência misteriosa de Deus, um cônjuge fica para trás. A viagem de um dos vasos de barro ainda não terminou. Uma provação de tristeza começou, uma tristeza que pode moldar cada hora e esgotar toda força emocional. O luto é uma caminhada no desconhecido; é uma experiência universal que termina de maneiras intensamente pessoais. C. S. Lewis teve o seguinte pensamento durante sua dor de perda da esposa: “Ninguém nunca me disse que o luto se parece tanto com o medo”. Entretanto, mesmo nos momentos mais sombrios de perda, desejamos agradar a Deus em nossa dor. Não sofremos como aqueles que não têm esperança (1Ts 4.13), porque temos esperança- esperança sublime, fascinante, exultante. A ressurreição do Senhor garantiu isso. O fogo da esperança do evangelho arde no íntimo, mesmo quando nos sentimos incapazes de alimentá-lo.
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