A Missão de sermos Imagem e Semelhança

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Focados na missão

Gênesis 1.26–28 (NAA)
26 E Deus disse:
— Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os animais que rastejam pela terra.
27 Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse:
— Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
Ilustração
As Crônicas de Nárnia - O Sobrinho do Mago (Criação e Mandato)
"As Crônicas de Nárnia," escritas por C.S. Lewis, são uma série de sete livros que combinam fantasia e aventuras épicas com temas e simbolismos cristãos profundos. Publicados entre 1950 e 1956, os livros transportam os leitores para o mundo mágico de Nárnia, onde animais falam, a magia é real e o bem luta contra o mal. Os livros são mais do que apenas histórias de fantasia; elas são ricas em simbolismo e ensinamentos cristãos. C.S. Lewis, um cristão devoto, utilizou as histórias para ilustrar verdades espirituais e morais, tornando as Crônicas uma obra amada tanto por sua narrativa envolvente quanto por sua profundidade teológica.
Dentre os 7 livros, nós temos, o primeiro, em ordem cronológica que é intitulado de “O Sobrinho do Mago” que conta as aventuras de um menino chamado Digory, sua amiga Polly e seu tio André. Este primeiro livro narra a criação de Nárnia, que acontece através da canção de Aslan, um paralelo ao relato bíblico da Criação no Gênesis. Este ato de criação por meio da palavra e do poder divino de Aslan reflete a crença cristã na criação do mundo por Deus.
Mas nós não encontramos apenas um relato da criação, mas também um muito semelhante a este que acabamos de ler. No capítulo 9 do Livro, Aslan estava no final de sua criação, céus, terra, água, tudo havia sido criado, e também animais das mais variadas espécies. O livro vai então narrar um momento em que o Grande Leão, com o seu focinho, toca em outros animais e estes passam a o seguir, e então os animais que foram escolhidos estavam todos em volta dEle em um circulo, e preste atenção no que é narrado: “O Leão, cujos olhos jamais piscavam, olhava para os animais com dureza, como se fosse incendiá-los com o olhar. Uma transformação gradativa começou a ocorrer neles. Os menorzinhos - os coelhos, as toupeiras e outros do tipo - ficaram um pouco maiores. Os grandões ficaram um pouco menores. Muitos animais estavam sentados nas patas traseiras. Muitos viravam a cabeça de lado como se quisessem entender. O Leão abriu a boca, mas não produziu nenhum som: estava soprando, um sopro prolongado e cálido. O sopro parecia balançar os animais todos, como o vento balança uma fileira de árvores. Lá em cima, além do véu de céu azul que as esconde, as estrelas cantaram novamente: uma música pura, gelada, difícil. Depois, vindo do céu ou do próprio Leão, surgiu um clarão feito fogo (mas que não queimou nada). As duas crianças sentiram o sangue gelar-lhes nas veias. A voz mais profunda e selvagem que jamais haviam escutado estava dizendo:
- Nárnia, Nárnia, desperte! Ame! Pense! Fale! Que as árvores caminhem! Que os animais falem! Que as águas sejam divinas!”
Mais a frente o Livro traz: “A voz forte e feliz de Aslam ressoou: - Criaturas, eu lhes dou a si mesmas. Dou-lhes para sempre esta terra de Nárnia. Entrego-lhes as matas, os frutos e os rios. Entrego-lhes as estrelas e entrego-lhes a mim mesmo. Seus também são os animais mudos. Cuidem deles com bondade”.
O que temos neste pedaço é uma clara referência a Gn 2:7, onde o texto narra que Deus soprou nas narinas de Adão o fôlego de vida e então ele se tornou um ser vivente, um ser vivo. Deus soprou em Adão a vida, assim como Aslan fez com esses animais.
E ao final, nas palavras de Aslan, temos o eco do verso 28 do capítulo 1 que acabamos de ler. Deus nos deu uma ordem a seguir, assim como Aslam o fez com os animais.
O que nós temos aqui, tanto pelo relato bíblico como por esse trecho do livro de Lewis é o que chamamos de Mandato Cultural.

Introdução

Deus deu ao homem duas coisas principais a partir deste texto que lemos. A primeira é que Ele nos cria a Sua imagem e Semelhança e a outra é que Ele dá a nós o que conhecemos como Mandato Cultual. E essas duas coisas estão interligadas e são codependentes. Primeiro vamos ver o que significa ser imagem e semelhança de Deus, depois entenderemos o que é o mandato cultural e por fim, como aplicamos isso a nossa vida.
Deus, quando nos cria, Ele nos cria com um propósito. Fomos feitos por Deus e para Deus. O propósito de nossas vidas, é adorar ao Senhor. Is 43:21 diz:
Isaías 43.21 (NAA)
a este povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor.”
Efésios capítulo 1, nos versos 9 e 10 vai nos dizer qual é a vontade de Deus pra nós:
Efésios 1.9–10 (NAA)
9 Ele nos revelou o mistério da sua vontade, segundo o seu propósito, que ele apresentou em Cristo, 10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra.
Portanto, o propósito de Deus pra mim e pra você, é fazer com que as nossas vidas estejam focadas em Jesus, e que nós o tenhamos como centro de nossas vidas. O que nós precisamos ver agora então, é a relação dessa vontade e propósito de Deus com o relato de Gênesis que acabamos de ler.

Imagem e Semelhança

Para entender isso precisamos saber o que significa ser imagem e semelhança de Deus. O teológo renomado Herman Bavink escreveu em sua dogmática reformada:
Portanto, todo o ser humano é imagem e semelhança de Deus, na alma e no corpo, em todas as faculdades, capacidades e dons humanos. Nada na humanidade está excluído da imagem de Deus. Ela se estende até onde vai nossa humanidade e constitui nosso caráter humano. O humano não é o próprio divino, mas é uma impressão finita criada do divino. Tudo o que está em Deus […] encontra sua analogia e semelhança reconhecidamente limitadas na humanidade.
Herman Bavinck
Portanto, ser imagem e semelhança de Deus significa ser o seu representante. Em nossa essência existe algo que nos leva a Deus. No tempo em que Moisés escreve este texto, era comum que em casos de dominação territorial, quando um reino conquistava um território que era de outro rei, era colocado neste novo território, uma estátua do agora governante daquele lugar, e que esta representação levava justamente o nome de “imagem e semelhança”. Esse conceito estava bem presente na mente do povo hebreu que havia acabado de sair do Egito, e que o entendimento da época era que o Faraó era a imagem dos deuses do Egito. A crença daquele povo era que Faraó era superior aos demais porque ele era a expressão exata dos deuses, logo, isso daria a ele autoridade, poder e privilégio sobre os demais. Portanto, quando o texto bíblico vai dizer que nós fomos feitos à imagem de Deus, ele está dizendo que nós recebemos dele a autoridade de sermos seus representantes. A manifestação disso está no verso 28 onde Deus nos ordena que nós dominássemos sobre os seres vivos e sobre a terra. Ser imagem de Deus, está portanto, intimamente ligado a nossa missão de manifestarmos o Reino de Deus na terra. Deus nos colocou neste mundo para o representarmos, para sermos a manifestação visível do Deus invisível, a representação exata do ser de Deus.

Mandato Cultural

Junto a isso nós temos também o conceito de Mandato Cultural, que podemos resumir como a obediência as órdens de Deus no verso 28 de Gênesis 1, que podemos dividir, majoritariamente em duas partes.
— Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra”: Crente quer ter filhos. Crentes em Jesus tem filhos. Crente em Jesus não é pai ou mãe de pet. Faz parte da nossa missão como representantes de Deus termos filhos. São raríssimas as exceções onde o desejo de não ter filhos não flua de um coração egoista. Se você é crente em Jesus e não quer ter filhos, peça a Deus que sonde o seu coração e converse com o seu pastor.
e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”. E a segunda parte tem a ver com o nosso relacionamento com a criação, ou seja, com a natureza. Precisamos governar sobre ela, mas isso não é de forma devastadora, devemos governar sobre a criação assim como Deus governa sobre nós, com amor, graça e misericórdia. A preocupação com o meio ambiente não é uma pauta ambientalista que só deve ser debatida em universidades e fóruns sobre meio ambiente, mas é uma consciência que tem que fluir de nós, de dentro das nossas igrejas. Precisamos cuidar dos animais, da natureza e de todas as coisas. Como Aslan disse aos animais falantes “Criaturas, eu lhes dou a si mesmas. Dou-lhes para sempre esta terra de Nárnia. Entrego-lhes as matas, os frutos e os rios. Entrego-lhes as estrelas e entrego-lhes a mim mesmo. Seus também são os animais mudos. Cuidem deles com bondade”.
Mandato Cultural pode ser definido também como “fazer cultura”. Deus nos incentiva a ir pelo mundo, manifestando a cultura do Reino dos Céus. Já pararam pra pensar na palavra “agricultura”? Que segundo a sua formação, ou seja, o significado da palavra é ‘cultivo do campo”. E o google traz a seguinte definição: “atividade que tem por objetivo a cultura do solo para produzir vegetais úteis ao homem e/ou para a criação de animais; lavoura.”. Seguir o mandato de Deus é manifestar a cultura de Deus. Isso nos soluciona o grande embate entre fé e ciência. É simples, não existe embate, a ciência é serva de Jesus. Todo o desenvolvimento da tecnologia, as descobertas da ciência, essa sede do homem em descobrir coisas e desvendar o universo vem de um coração que foi criado a imagem de Deus e recebeu dele a ordem de fazer cultura. Nós somos encorajados a sair das quatro paredes de nossas igrejas, das bolhas evangélicas e góspeis que inventamos pra nós mesmos, e irmos ao mundo, impactar o mundo e produzir cultura. Precisamos estar ligados a arte, fazer músicas, filmes, teatros. Não necessariamente sobre a Bíblia e seus ensinos, mas dentro de nossa cultura. Nosso Deus é um Deus criativo, Ele cria coisas, sermos imagem dEle, portanto, nos leva a criar coisas. Escreva poemas, escreva histórias, escreva músicas, produza cultura. Que não precisa necessariamente ser gospel, mas que vá manifestar princípios divinos dentro da sua arte. Façamos como Lewis, que sua arte rompeu as barreiras e é apreciada por pessoas que ainda não conhecem a Cristo.
Ilustração
Espaço de Artes Mc.16.
Bob Dylan enquanto faz o sermão.
O Evangelho de Deus não nos tira e separa das expressões e experiências culturais. Mas nos permite apreciar e avaliar estas manifestações artísticas à luz do Evangelho Redentor de Cristo Jesus.
O Mandato cultural, é portanto, obedecer às órdens dadas por Deus quando fomos criados. E o que nos leva a cumprir essas órdens, é o fato de sermos feitos a imagem dEle. Para você que pode estar agora com algumas desculpas em sua mente para não desenvolver o seu mandato cultural, deixo as palavras do teólogo Willian Hendriksen:
Nenhuma tarefa designada pelo Senhor é impossível de realizar quando a pessoa que recebe o mandato está e permanece em confiante contato com Deus.
William Hendriksen

Corrompida no pecado e restaurada em Cristo

Mas temos um fato diante disso tudo que nos puxa como uma força gravitacional para baixo. Essa imagem foi corrompida, ela foi borrada, manchada. Nós pecamos. Dois capítulos a frente nós temos a narrativa da queda do homem. Adão e Eva, os primeiros a receberem o Mandato Cultural, falharam em sua missão. Nós que éramos a manifestação visível do Deus invísivel, agora só conseguimos manifestar a nós mesmos e nossas obras caídas. Agora nossas atitudes, vontades e princípios foram completamente distorcidos. Como uma fotografia antiga que cai em uma possa de água, a imagem foi estragada. Não conseguimos mais manifestar o Reino de Deus.
Ilustração
Explicar o anseio pela imagem novamente ser estabelecida no homem.
Diante deste anseio nós temos a Cristo. Aquele que veio para renovar a imagem que outrora havia se destruído. Ele veio então como afirma o autor de Hebreus: “Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser”, e Paulo também aos colossenses: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”. E é por isso que agora em nós é restaurada a imagem de Deus. É por isso que somos, em Cristo, constituídos Nova Criatura. Porque agora, para cumprirmos o Mandato Cultural de Deus, não olhamos mais para o nosso primeiro pai Adão, mas olhamos para Cristo, que é o que faz tudo novo de novo. É portanto, só por meio de Cristo que conseguimos cumprir e obedecer a missão que Deus nos deu. Vimos que fomos feitos pra glória de Deus, pro louvor dEle. Fomos feitos a sua semelhança para sermos a manifestação de Deus e seus representantes na terra, e cumprirmos então a nossa missão de fazer cultura. No pecado tudo isso se corrompe, e então, em Cristo temos força, poder e autoridade para obedecermos a Deus.
Diante então desta realidade restaurada, podemos olhar pra missão que Deus nos deu, e com os olhos em Cristo, realizarmos o que precisamos.
Nossa convicção está agora em Mateus 28:18
18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo:
— Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
Cristo restaura em nós a imagem do Deus invisível e faz ser possível o que não era.
Nós podemos dividir então a missão que Deus nos deu, desde a Criação em 3 partes: (1) dar Glória a Deus, (2) manifestar o amor de Jesus e (3) anunciar a Salvação em Jesus. Nós fomos criados para este fim, e agora, podemos em Cristo cumprir a missão.

1ª Missão: dar Glória a Deus

Como vimos no início, o nosso propósito maior é a gloria de Deus. Qual a maior e principal missão da igreja? Não é pregar o evangelho a todas as nações, mas sim, dar Glórias a Deus. É claro que as duas coisas estão intimamente ligadas. Se eu glorifico a Deus eu prego o Evangelho e se eu prego o Evangelho eu glorifico a Deus. Mas esse entendimento é importante para que você tenha bem estabelecido em seu coração o propósito pelo qual você foi criado: A glória de Deus. Paulo disse aos efésios:
Efésios 1.11–12 (NAA)
11 Em Cristo fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo.
E se em seu coração a Glória de Deus é prioridade, inevitavelmente você sentirá em seu coração o anseio de anunciar o Evangelho em todas as nações.

2ª Missão: Manifestar o Amor de Jesus

A segunda parte de nossa missão está em manifestar o amor de Jesus. Como vimos a respeito de ser imagem e semelhança, significar ser uma manifestação de Deus na terra, precisamos entender então que, se eu fui restaurado por Jesus, esse propósito inicial tambem foi restaurado e então eu tenho a missão de manifestar Deus na terra. Essa manifestação então se dá na imitação de Jesus. Quando Paulo escreve aos filipenses: “tende em vós a mesma atitude que houve em Cristo Jesus”, ele está nos insentivando a sermos como Jesus. Ele é como nosso grande modelo, em quem devemos nos inspirar para vivermos como Ele. E mais uma vez Paulo reforça isso no verso conhecido de 1Coríntios 11:1Sejam meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo.”. Nossa missão como crentes então é manifestarmos Cristo em nossas vidas, seja em ações, palavras ou pensamentos. As pessoas precisam ver Jesus em nós, somos a sua imagem e semelhança.

3ª Missão: anunciar a Salvação em Jesus

E por fim, a terceira parte da missão então é anunciar a Salvação em Jesus. Deus é o maior interessado na Missão. Ele é o que mais trabalha para que todos os povos o conheçam e o adorem. Quando olhamos para o texto de Atos capítulo 1 verso 8, nós podemos ver que o poder que recebemos dos Céus é justamente para sermos testemunhas de Jesus em todas as nações. Isso significa então, que todo aquele que foi salvo por Jesus tem em seu coração o desejo e o poder de anunciar a salvação a todos os povos. Se a imagem foi corrompida pelo pecado, é nossa função então, anunciar para aqueles que não estão em Cristo que a imagem precisa ser refeita. E como conclusão disso, vemos que olhar para o nosso pai Adão é um erro. Atos 4:12: “E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” Portanto, só existe um meio pelo qual o homem é salvo, e este meio é Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida. É nossa obrigação anunciar a todos os povos e nações que Cristo é o único que pode salvar suas vidas.

Conclusão

Ilustração
Em Nárnia, logo após as palavras de Aslam que lemos no começo, onde vimos o mandado cultural dado pelo Grande Leão, temos as respostas dos animais, que disseram: “E todos eles e todos os animais, com suas vozes diversas, graves ou estridentes, roucas ou claras, replicaram: - Salve, Aslam! Ouvimos e obedecemos. Estamos despertos. Amamos. Pensamos. Falamos. Sabemos.”. Eles obedeceram e responderam positivamente às órdens que receberam.
Nós fomos criados por Deus, mas não apenas criados e lançados ao acaso. Não fomos abandonados, entregues a mercê do universo. Fomos criados, amados, salvos e nos foi confiada uma missão. Precisamos ser a manifestação visível do Deus invisível. Que nós possamos viver para isso.

Aplicação

A minha aplicação hoje é apenas uma. Claro que muitas foram feitas no decorrer da mensagem, mas eu gostaria de reforçar uma que eu acredito, resuma bem o que vimos aqui hoje. Nós fomos criados com a missão de sermos a manifestação visível do Deus invisível, glorificando a Ele com toda a nossa vida, Confiando que em Cristo podemos fazer todas as coisas.
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