Dia das Mães - SAGRADA MISSÃO

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SAGRADA MISSÃO
I Timóteo 2:15
INTRODUÇÃO
É inegável que o mundo tem sido abençoado com a inteligência e o dinamismo femininos, em vários ramos de atividade. Há mulheres enriquecendo o mundo empresarial em postos-chave de liderança, mulheres que se destacam em atividades eclesiásticas, na ciência, educação, e até na comunidade militar em diversos países, na política, etc. A evolução dos tempos tornou imprescindível a participação feminina em vários setores. E os resultados são realmente positivos.
Em meio às lutas dramáticas que envolvem, abatem ou dinamizam os povos; no centro dos acontecimentos que tecem a história universal; nas encruzilhadas que confundem os peregrinos sedentos de água e famintos de pão, de amor e paz, está sempre presente uma figura de mulher, animando e partilhando com doçura e heroísmo.
Seu instinto fundamental é sentir em profundidade, aceitar e superar desafios. Sua tendência mais significativa é saber possuir e acolher, num gesto que revela, ao mesmo tempo, o espírito de complementariedade e de doação. Sua vocação básica é a da maternidade, em sentido pleno, ou, pelo menos no seu aspecto espiritual.
Ser mãe é, portanto, a função mais significativa, mais feminina da mulher. Seu habitat natural, seu privilégio maior, sua profissão primeira, sua missão sagrada, como disse Paulo. Seu santuário constante, sua escola de mestra é, sem dúvida, o lar.
Aí ela é soberana indiscutível. A rainha que pela força do desprendimento e pela graça da ternura, se torna mais poderosa que o maior governante ou monarca em seu trono. Nenhuma outra tarefa se lhe pode rivalizar em importância, embora todo trabalho honesto seja digno. É seu dever formar no caráter dos filhos a imagem de Deus, por preceito e por exemplo.
É nos dito que "depois de Deus, o poder da mãe, para o bem é a maior força conhecida na Terra".
I – MÃE POR VOCAÇÃO
Entretanto, intimamente, a sublime vocação da mulher é a maternidade.
Ser mãe: eis a elevada vocação da mulher. Isso não a transforma num mero objeto, uma máquina de fabricar filhos, mas a coloca mais perto de Deus, como um ser gerador de vidas. Escrevendo sobre a vocação maternal, Olga Streithorst afirmou: "Não podemos conceber comissão mais maravilhosa do que a da maternidade para uma mulher casada. A mulher é o berço misterioso do fruto do amor."
Essa vocação maternal permeia toda a Bíblia. Nos dias do Antigo Testamento, por exemplo, encontramos que a maternidade era uma experiência extremamente valiosa para a mulher. Na cultura israelita, a esterilidade era considerada uma grande maldição que envolvia a mulher. E nesse contexto que encontramos:
Sara empreendendo seu maior esforço no sentido de dar à luz um filho de Abraão - Gên. 16:1-4.
Rebeca muito desejava ter um filho, mas era estéril. Felizmente Deus atendeu à oração do seu esposo Isaque e ela concebeu - Gên. 25:21.
Raquel e Lia, por sua vez, também queriam dar filhos a Jacó - Gên. 29:31-30:24.
Então temos Ana, encontrada no templo orando "com amargura de alma", pedindo um filho a Deus e votando entrega-Lo, tamanha era a sua ansiedade para conceber - I Sam. 1:10 e 11.
É notável como Deus atendeu a esses pedidos.
Paradoxalmente, enquanto para os israelitas a capacidade de conceber e gerar filhos era comemorada como uma preciosa dádiva de Deus, os povos pagãos tinham o costume de oferecer seus filhos aos falsos deuses.
No Novo Testamento, destaca-se o exemplo de Isabel, esposa de Zacarias. Apesar da idade avançada, ela também desejava muito ter um filho. - Luc. 1:5-25.
Depois de dar algumas instruções as mulheres, no contexto cultural de seus dias, o apóstolo Paulo conclui que a mulher vamos ler – I Tim. 2:15.
Diferentes traduções das Escrituras vertem esse texto de variadas maneiras. A Almeida Antiga, por exemplo, traz o seguinte: "Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos." A Bíblia de Jerusalém diz: "Será salva pela sua maternidade." E traz o seguinte comentário: "A vocação da mulher é primeiramente de dar a vida e educar os filhos."
Evidentemente, o texto não significa que a maternidade provê, por si mesma, alguma virtude salvadora para a mulher. O Comentário Bíblico Wesleyano ajuda a compreender a declaração paulina, nas seguintes palavras: "Embora a mulher tenha sido a primeira na transgressão e tenha trazido a morte sobre si mesma, seu esposo e sua posteridade, seu caso não é sem esperança. Ela possui uma nobre função e uma dignificada esfera de atividade que lhe foi divinamente apontada. O lar é sua esfera de ação e a maternidade é sua função.
"A expressão 'fé e amor e santificação, com bom senso', mostra que a salvação exige mais que a submissão à missão de mãe." Os escritos de Ellen White também enaltecem a importância do trabalho materno, enfatizando sua igualdade com o trabalho do pai na educação dos filhos.
"A mulher deve ocupar a posição que Deus originalmente lhe designou, de igualdade com o marido... Ela deve sentir que é igual ao marido - deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os respeitos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, inda que seja a de principal magistrado da nação."
"Nenhuma outra obra se pode comparar à sua em importância. Ela não tem, como o artista, de pintar uma tela em bela forma, nem, como o escultor, de cinzelá-la no mármore. Não tem, como o escritor, ou músico, de exprimir em melodia um belo sentimento. Cumpre-lhe, com o auxílio divino, gravar na alma humana a imagem de Deus. Lar Adventista, p. 231 e 237.
Talvez seja a falta de mães conscientes da grandeza de sua vocação a razão da existência de crianças adolescentes e jovens na encruzilhada da vida, externando, de diversas formas, o sentimento imaginado pelo escritor Bruno Marquart:
Sou um órfão.
Não sei se ela está morta ou viva,
Só sei que não tenho mãe.
E agora, estou à procura de uma;
A idade não importa.
Nem a sua cor e muito menos a altura.
Mas que seja alguém que tenha paciência
Para ouvir as minhas ideias tolas,
Minhas brincadeiras, meu barulho e minha vontade de viver.
U'a mãe que me dê presentes sem impor condições, Que me deixe livre para escolher a minha profissão,
E que saiba proferir uma palavra agradável a respeito de minha namorada.
U'a mãe que peça em vez de mandar;
Que fale em vez de gritar,
Que procure respostas às minhas mil indagações, Em vez de me deixar na ignorância.
A minha mãe, em um só relance já capta todo o meu pensar. Ela prefere cuidar pessoalmente de mim
Em vez de me largar nos braços de alguma babá..
Ela me dá carinhos sem exigir nada em troca,
E sempre me faz justiça.
Ela me ama do jeito que eu sou:
Falho, humano, irrequieto, curioso, impaciente, impertinente. E a todos fala com orgulho sobre os meus progressos.
Mamãe!
Como eu queria ter uma!
Mãe, não deixe o seu filho órfão; idas
Um dia, você poderá perdê-lo.
Quando uma mãe desempenha fielmente sua tarefa, quando ela cumpre com desvelo a sua vocação, canalizando suas energias para o bem-estar dos filhos, bem como do esposo, terá a aprovação destes e, sobretudo, a aprovação do Senhor.
II – UM CHAMADO ESPECIAL
A maternidade é, portanto, uma vocação sublime dada por Deus à mulher. Ao contrário do pensamento feminista radical, propagado em larga escala em várias culturas liberais, isso não diminui o valor feminino, não torna limitada a mulher, tão pouco atesta ignorância. O lar é seu trono. Ela é rainha.
A vocação maternal muito menos significa restrição machista fanática, imposta por outras culturas radicalistas, que fazem da mulher um simples objeto de uso.
O ensino bíblico é de que a maternidade é uma bênção de Deus. Uma tarefa nobre e insuperável, de implicações eternas. O desempenho dessa missão só é possível pela graça do Senhor, bem como pelo poder do Espírito Santo. Nada disso faltará às mães fiéis que se colocarem na dependência de Deus.
APELO PARA AS MÃES
Quanto dinheiro você teria se recebesse cem reais cada vez que realizou algo positivo para seu filho na semana passada?
1. Sorri para meu filho.
2. Li ou contei uma história para ele.
3. Ao colocá-lo na cama, despedi-me com um beijo.
4. Dei-lhe um abraço.
5. Falei acerca do amor de Deus.
6. Permiti que ele me ajudasse em diversas coisas.
7. Agradeci sua ajuda.
8. Lembrei-me de uma ocasião em que ele demonstrou cortesia.
9. Agradeci por não ter me interrompido enquanto falava.
10. Organizei uma atividade especial e assim contribuí para a união familiar.
11. Disciplinei meu filho com amor, mesmo quando estava brava.
12. Fiz com que as horas das refeições fossem divertidas.
13. Demonstrei respeito pelo que pertence a meu filho.
14. Permiti que ele tomasse suas próprias decisões,
15. Estive em casa para recebê-lo depois das aulas
16. Demonstrei amor e respeito pelo pai de meu filho.
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