CLAME PELO PÃO E PERDÃO Mateus 6.11,12

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Grande ideia: Na oração apresentamos nossas necessidades, e cremos que nessa conversa não estamos falando conosco mesmos, mas com alguém que nos conhece profundamente.
"Precisamos conversar sobre oração e orar, pois, oramos menos do que deveríamos. Precisamos buscar a motivação correta com valores corretos para uma vida correta diante dele (Rm 8.26-27). Como apontou o Pr. Billy Graham quando tinha 99 anos: “Dobre seus joelhos e ore até que você e Deus se tornem amigos íntimos”." (from "O Reino e o Monte - A Cidadania do Reino e o Sermão do Monte: Revista Palavra & Vida" by Luciano Cozendey, Davi Silveira, Samuel Pinheiro, Elen Priscila)
As questões relacionadas com o nome de Deus, o seu reino e a sua vontade têm a primazia sobre as nossas necessidades. Jesus disse que devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas nos seriam acrescentadas.
1. Essa oração nos ensina que nossas necessidades são importantes para o nosso Deus. (v. 11)
(a) Deus não está distante a ponto de não se importar com o que é importante para você.
O Deus que habita o alto e sublime, o Deus soberano, cuja majestade não pode ser contida por todo o universo, também se preocupa com as nossas necessidades e nos ensina a suplicar-lhe por elas... (Hermistein Maia Pereira da Costa)
(b) O pão representa as suas necessidades mais urgentes e palpáveis.
Lutero teve a sabedoria de ver que "pão" era um símbolo de "todas as coisas necessárias para a preservação desta vida, como o alimento, a saúde do corpo, o bom tempo, a casa, o lar, a esposa, os filhos, um bom governo e a paz" e, provavelmente, deveríamos acrescentar que com "pão" Jesus quis se referir às necessidades e não aos luxos da vida.
(c) Você nunca terá uma visão correta de Deus se não tiver uma visão correta do homem!
Deus não menospreza o nosso corpo; ele não desconsidera as nossas necessidades vitais; Jesus nos ensina a orar também por elas. Deus cuida o homem inteiro, considera-nos como de fato somos seres integrais, que têm carências próprias que precisam ser supridas... (Hermistein Maia Pereira da Costa)
(d) Conhecemos um Deus que gosta de conversar com seus filhos.
Sem dúvida é bastante admirável que Deus aprecie que nos aproximemos dEle para conversar. O Deus que é o auto existente, o grande Yaweh, o Deus que não depende de ninguém, que é vivo de eternidade a eternidade, que existe por Si mesmo independentemente de quem quer que seja- é isso que nos admira- gosta que nos acheguemos a Ele, gosta de ouvir-nos porque somos Seus filhos. (Martin Lloyd Jones)
(e) Mattew Henry faz algumas considerações sobre essa parte da oração do “Pai nosso”:
Pedimos pão. Isto nos ensina a sobriedade e a temperança.
Pedimos o nosso pão. Isso nos ensina honestidade e esforço.
Pedimos o nosso pão de cada dia.
Rogamos a Deus que nos dê o pão, não que nos venda, nem que nos empreste, mas que nos dê.
Oramos: "nos dê o pão, não só a mim, mas aos outros que o compartilharão comigo".
Oramos para que Deus nos dê o pão neste dia.
2. Essa oração nos ensina que sem o perdão de Deus, nossa oração está incompleta. (v. 12)
(a) C. H. Spurgeon, disse que se você fizer a oração do Pai Nosso com espírito rancoroso, estará praticamente assinando a própria “ordem de execução”.
Recusar perdão a alguém e depois pedir perdão a Deus é um tipo de esquizofrenia espiritual. Você está pedindo que Deus lhe dê algo que você não está disposto a oferecer a outra pessoa.
(b) Todos os homens têm dívidas impagáveis para com Deus!
A palavra empregada para “divida” refere-se a uma dívida pendente que precisa ser paga e ao mesmo tempo assinala que não dispomos de recursos para fazê-lo.
(c) "Não ser consciente de pecado algum é o pior pecado de todos".
"Nunca houve um santo sobre a face da terra que não tenha visto a si mesmo como um vil pecador; de modo que se você não sente que é um vil pecador, não é parecido com os santos". (Martin Lloyd Jones)
(d) "O perdão do pecado é aquilo que o pecador espiritualmente mais deseja".
"A petição de perdão significa que o suplicante reconhece que não há outro método pelo qual possa cancelar sua dívida, é uma súplica de graça". (W. Hendriksen)
(e) Por isso, o desafio proposto: perdão “assim como” temos sido perdoados!
Quando nossos olhos são abertos para vermos a enormidade de nossa ofensa cometida contra Deus, as injúrias dos outros contra nós parecem, comparativamente, muitíssimo insignificantes. Se, por outro lado, temos uma visão exagerada das ofensas dos outros, é uma prova de que diminuímos muito a nossa própria. A disparidade entre o tamanho das dívidas é o ponto principal da parábola do credor incompassivo. (John Stott)
(f) Somos alcançados pelo Senhor que nos faz vencer o pecado que “tão de perto nos rodeia”.
“A misericórdia não é um direito ao qual o homem faz jus. A misericórdia é aquele atributo adorável de Deus, pelo qual tem dó dos miseráveis e os alivia”. (A. W. Pink)
Ilustr.:
Ilust. Conta-se a história de um único sobrevivente de um naufrágio, que foi dar numa ilha desabitada. Depois de algum tempo ele conseguiu construir um rancho bem rudimentar, onde colocou o pouco que salvara do navio naufragado. Orou a Deus que o salvasse, e, ansiosamente perscrutava o horizonte dia a dia, para descobrir qualquer navio que porventura por ali passasse.
Um dia, depois de voltar de uma busca de alimento, horrorizou-se ao encontrar o seu rancho em chamas. Tudo quanto possuía esvaíra-se em fumaça! Acontecera o pior, ou pelo menos parecia. Mas aquilo que parecia haver acontecido para pior fora, em realidade, para melhor!
Para a visão limitada do homem, era o pior. Para a infinita sabedoria divina, sua perda foi para melhor pelo que estivera a orar. Justamente no dia seguinte chegou um navio. "Vimos o seu sinal de fumaça", disse o comandante.
Não devemos nós aceitar nossas aparentes calamidades, e esperar delas o "melhor" da parte de Deus?
Stella O. Barnett.
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