Lucas 2.21-32 - NUNC DIMITTIS
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· 10 viewsO menino nascido sob a lei, esperado pelos piedosos e revelado pelo Espírito é a Salvação preparada por Deus à vista de todos os povos.
Notes
Transcript
Introdução
Meus amados irmãos fico muito feliz e grato a Deus por poder dar continuidade a nossa série em Lucas: Um por Um, o evangelho que muda um, muda tudo.
Na mensagem de hoje trataremos do texto que se encontra no cáp 2.21-32,
Texto
21 Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer.
22 Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor 23 (como está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”) 24 e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a Lei do Senhor: “duas rolinhas ou dois pombinhos”.
25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazerem o que requeria o costume da Lei, 28 Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
29 “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo.
30 Pois os meus olhos já viram a tua salvação,
31 que preparaste à vista de todos os povos:
32 luz para revelação dos gentios e para a glória de Israel, teu povo”.
EXPOSIÇÃO
Amados irmãos a proposta de Lucas nesse episódio/perícope é confirmar à Teófilo e consequentemente a nós que: O menino nascido sob a lei, esperado pelos piedosos e revelado pelo Espírito é a Salvação preparada por Deus à vista de todos os povos.
Ele divide esse episódio da vida de Jesus em 4 partes.
A primeira, ele trata do cumprimento da mensagem anunciada pelo anjo, de que o nome do menino seria Jesus, e ele confirma por esse relato três verdades já conhecidas e cridas por Teófilo.
1. A soberana Providência de Deus direciona os acontecimentos na história para o cumprimento pleno de seus decretos.
V. 21 Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer.
Lucas aqui está fazendo um pequeno paralelo da circuncisão de Jesus com a circuncisão de João Batista, apesar de a de Jesus não desempenhar um papel proeminente na narrativa como a de seu primo, Lucas deixa claro, que o que havia sido pré-anunciado está tendo o seu cumprimento. mas não de maneira aleatória como defende a heresia deísta aberta, e sim contando com a participação ativa de Deus.
Ele inicia esse verso utilizando um verbo que em grego (Έπλήστησαν) dá o sentido de que todas essas coisas estão sendo desenvolvidas, trabalhadas, coordenadas e dirigidas por Deus de acordo com seu plano. Deus não só prometeu mas providenciou e está conduzindo e cumprindo cada etapa necessária para nossa salvação.
2. A obediência de Jesus às exigências da antiga aliança foi perfeita e completa!
Deus havia jurado a Abraão, não tendo outro maior por quem jurar, o fez por si mesmo dizendo: na sua descendência serão benditas todas as famílias da terra; Anos mais tarde prometeu a Davi que de sua linhagem viria o Cristo, que se sentaria no seu trono e reinaria para sempre, e agora poucos meses antes desse cenário, Deus anunciou a Maria por meio do anjo, que ela teria um filho e que seu nome seria Jesus, e ele reinaria na casa de Davi seu pai.
Portanto, o menino nascido da virgem, da linhagem de Davi e da descendência de Abraão, sujeito a Deus, enviado em semelhança da carne do pecado, recebeu em seu corpo o sinal da justiça da fé de Abraão, pois sendo necessário que, em todas as coisas, ele se tornasse semelhante aos irmãos, foi circuncidado ao oitavo dia segundo a lei (Lv 12.3). Como também declara Gl 4.4-5:
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
Era necessário que ele fosse circuncidado para cumprir toda a justiça, como ele mesmo disse: Não vim abolir a lei, mas cumpri-la. E cumpri-la por nós. (Eu voltarei nesse tópico mais tarde)
3. Jesus é a suma manifestação da graça de Deus ao mundo
Como previamente havia sido anunciado pelo anjo Gabriel, ele recebeu o nome de Jesus, que significa Salvação. A escolha de seu nome é muito consoladora. O Filho de Deus desceu do céu para ser não somente o Redentor, mas também o Rei, o Legislador, o Profeta, o Sacerdote, o Juiz de uma raça decaída. Se ele reivindicasse um só desses títulos, teria simplesmente reivindicado aquilo que é seu por direito. Mas ele não os levou em conta. Antes escolheu um nome que fala da misericórdia, da graça, do socorro e da libertação de Deus, trazidos ao mundo perdido. Ele deseja ser conhecido principalmente como Salvador.
E esse Nome lhe pertence até hoje, O que para nós que nele confiamos, significa esperança em qualquer circunstância da vida e até mesmo na morte. Pois aquele que crê em seu Nome ainda que esteja morto viverá.
Na segunda parte dessa perícope, tratando da fidelidade, piedade e obediência ao Senhor e sua lei por parte de Maria e José, Lucas nos conduz ao cenário da revelação e do anúncio da chegada do Salvador a Israel.
V. 22 Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor 23 (como está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”) 24 e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a Lei do Senhor: “duas rolinhas ou dois pombinhos”.
Em Lv 12.1-4, é dito que a mãe de um bebê recém-nascido, ficaria impura por sete dias, como em seu período menstrual, e no oitavo dia o filho do sexo masculino deveria ser circuncidado, e após esses dias, lhe era acrescentado mais trinta e três dias de reclusão, para a purificação de seu sangue, o que impedia a mulher de ter contato com os mantimentos de casa, com pessoas na rua e principalmente com o templo.
Após o fim dessa quarentena, a mulher deveria levar ao templo um cordeiro de um ano, para holocausto, e um pombinho e uma rolinha para oferta pelo pecado, O sacerdote os ofereceria ao Senhor pela mulher e seria realizada a expiação, a mulher que não possuía recursos poderia oferecer no lugar do cordeiro para o sacrifício de holocausto uma rolinha e uma pombinha.
Lucas confirma a Teófilo, que José de fato era um homem justo, temente e fiel a Deus, ele e sua mulher dispunham o coração e corpo ao cumprimento da vontade e das leis do Senhor.
E De acordo com a lei de Moisés, Maria e José (que também ficou impuro pelo contato com a esposa) ficaram reclusos durante todo o período determinado na lei, precisamente o número de dias que Deus determinou, nem um dia a menos nem um dia a mais.
E completando-se o tempo da purificação deles subiram a Jerusalém, para ali oferecerem os dois pombos e as duas rolinhas de acordo com o que diz a lei do Senhor.
E o cumprimento por parte deles a este mandamento, os levou até o templo, onde por providência divina se dá os próximos acontecimentos em relação ao menino. (Os quais trataremos mais adiante)
No entanto aqui há duas verdades importantes que devemos considerar:
1° verdade que chama nossa atenção nessa passagem é a condição pobre e humilde de Maria e José, mãe e pai adotivo do Senhor. A lei de Moisés em Lv. 12, ensina que a oferta feita por Maria era a determinada aos pobres. Sua oferta, era uma declaração pública de que ela era pobre. Ficando bem claro a nós que a pobreza foi a porção do Senhor sobre esta terra desde os seus dias mais tenros. Como bebê, recebeu alimento e cuidados de uma mulher pobre. Passou os primeiros trinta anos de sua vida na terra sob o teto de um homem pobre e enfrentou todos os problemas que um pobre enfrenta.
O que é uma consolação e motivo de muita alegria para nós, aprouve a Deus nos fazer participantes do mesmo sofrimento de nosso Salvador, Tg 2.5 diz que Deus escolheu os pobres em bens deste mundo, para os fazerem ricos em Fé e herdeiros do reino que prometeu aos o amam! Contente-se, alegre-se no Senhor e de graças a Deus por sua sorte nesta vida!
2° verdade, vai de encontro e destrói aquela falsa doutrina romana de que Maria é imaculada, e que nunca foi manchada pelo pecado, ou o cometeu. Segundo o Dr. em AT, William Lasor as ofertas exigidas por Deus das mães que tiveram um filho, ou seja, um Holocausto, que tinha o propósito de expiar a condição pecaminosa do homem, a fim de ele se tornar aceitável diante de Deus, e um sacrifício pelo pecado ou para purificação para expiar um pecado não intencional específico. Portanto, apesar de ser uma mulher obediente e digna de admiração, Maria não tem em si qualquer virtude para ser uma intercessora diante de Deus por nós, muito menos de ser corredentora com Cristo, visto que ela própria necessita de redenção.
Notem também meus irmãos, que apesar de serem obrigatórias as ofertas de Maria, Lucas salienta que a ida deles a Jerusalém tem como razão primaria a apresentação de Jesus a Deus (como está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”) E essa consagração incluía redenção, o pagamento do preço de um resgate;
Certamente que ele não foi redimido no mesmo sentido em que iria redimir seu povo. Não obstante, por ser o primogênito de sua mãe, e pertencendo não à tribo de Levi, mas à de Judá, ele tinha de ser eximido do serviço do templo mediante o pagamento de cinco siclos de prata (Nm 3.50). Cristo nasceu “sob a lei” (Gl 4.4) Por isso ele estava sob a obrigação pessoal de guardar a lei, e também estava obrigado pelo dever – com um dever ao qual ele voluntariamente se obrigou – de levar vicariamente o castigo da lei: morrendo por nossos pecados; E satisfazendo a exigência de perfeita obediência da lei: cumprindo-a por nós.
E esse comprometimento do Deus Triúno, providencialmente os conduziu a Jerusalém, mais precisamente ao templo, onde eles foram recepcionados, não pelo sumo sacerdote de Israel, nem por outro sacerdote ou por algum membro do sinédrio judaico. Mas por homem comum que possuía em si as características de um verdadeiro israelita.
Lucas então na terceira parte desse episódio, menciona o caráter moral e a condição espiritual desse homem.
V. 25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazerem o que requeria o costume da Lei,
Simeão era o nome deste homem, nome que inclusive era muito comum, pois era o nome de uma das tribos de Israel, que derivou de um dos doze filhos de Jacó.
E ele também era um homem comum; Tão extraordinariamente comum, que algumas pessoas, décadas depois ao escrever relatos de valor histórico infundado (os chamados apócrifos) da história de Jesus, atribuíram a Simeão a filiação de Hilel e a paternidade de Gamaliel, chegando a dizer que ele foi até mesmo presidente do sinédrio em 13 d.C.
Mas, o texto canônico e inspirado que está diante de nós, não menciona nenhuma credencial de Simeão, pelo contrário descreve seu caráter, sua conduta, sua ardente esperança, sua fé e sua espiritualidade. Ele era um homem sobre quem repousava o Espírito Santo!
E o próprio Espírito Santo lhe revelou que ele não morreria sem antes ver a consolação de Israel ou o Cristo do Senhor.
É verdade que o texto não deixa claro como se deu essa revelação, sabemos, de acordo com Hb 1 que Deus falou aos pais pelos profetas de muitas maneiras, Deus revelava suas mensagens por meio de visões, de forma audível, por sonhos ou por sinais.
Mas o que nos fica claro nesse texto é que Simão era um homem íntimo de Deus. Como ele habitava com Deus (Jerusalém) e continuamente conversava com Deus em oração (piedoso), Deus também habitava com ele por meio de seu Espírito que estava sobre ele, e conversava com ele lhe fazendo promessas pessoais.
Além de que, no texto vemos que ele era um homem dirigido por Deus, apesar de ser Justo e piedoso, é a influência do Espírito, e não suas virtudes morais que o leva a reconhecer e confessar Jesus no templo.
Lucas resume a vida de Simeão como uma incorporação da expectativa fiel da "consolação de Israel". Simeão, ao contrário da expectativa tradicional da época, não espera apenas o consolo e a vindicação de Jerusalém: ele espera o Messias de Deus. Para Simeão, Cristo é a resposta legítima à legítima expectativa do povo.
E foi no Templo que ele encontrou o menino e seus pais, e diz o V. 28 que Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
29 “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo.
30 Pois os meus olhos já viram a tua salvação,
31 que preparaste à vista de todos os povos:
32 luz para revelação dos gentios e para a glória de Israel, teu povo”.
Este louvor (que compõe a quarta parte dessa história) é conhecido como -Nunc Dimittis- que em latim significa (Agora despeça), E é a última doxologia (cântico de glorificação) da narrativa sobre a infância de Jesus.
Quando o Espírito Santo o fez entender que este menino era o Messias, o coração de Simeão transbordou de gratidão a tal ponto que derramou diante do trono de seu Pai sua mais ardente ação de graças. E essa ação de graças entoada por Simeão é formada por 3 afirmações corroboradas pela providência de Deus.
A 1° afirmação se encontra nos versos 29 e 30
Este homem vivia sob constante expectativa da manifestação da Salvação de Deus, como Deus lhe havia prometido que a veria, para ele tudo que não fosse o cumprimento dessa promessa, tinha pouco valor, não é à toa que não sabemos nada a respeito dele, senão o que está contido aqui nesse trecho das Escrituras.
E ao ver se cumprir o que lhe havia sido prometido, ele demanda a Deus, sua libertação, já que o vocabulário utilizado por ele evoca a concessão de alforria de um Senhor ao seu escravo. E sua carta de alforria estava ali em seus braços.
Neste homem era evidente aquele sentimento de Paulo quando disse: porque pra mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Aos seus próprios olhos sua vida se resumia àquela criança, e a morte agora é ansiada por ele, não como um escape de um sofrimento, mas porque, diante da Salvação de Deus a morte é só uma extensão da sua paz e alegria, pois por meio dela ele habitará para sempre com seu Deus.
A 2° afirmação se encontra no verso 31
A Salvação é um dom de Deus, Foi ele quem a providenciou, e ela é de caráter público, Á VISTA DE TODOS OS POVOS, ela não se deu em um lugar remoto, no meio de um povo desconhecido, ou revelada a alguns homens de maneira privativa, como é o caso da maioria da religiões e seitas, Jesus foi pré-anunciado em todo o AT, e foi manifesto na plenitude dos tempos, à testemunhas oculares, desde o dia de seu nascimento, e essas manifestações não aconteceram sem sinais extraordinários, que testificavam sua origem.
A concepção em Maria foi anunciada por Gabriel (o anjo que assiste diante de Deus), sua presença na casa de Zacarias fez de Isabel e João cheios do Espírito Santo, Sua apresentação foi envolvida por adoração e profecia, seu desenvolvimento e crescimento foram notáveis aos mestres e doutores de Israel, seus milagres viraram Israel de ponta cabeça, suas palavras, seus ensinamentos, suas obras, sua morte e sua ressurreição. Toda sua história foi testemunhada e acompanhada por sinais que davam testemunho dele.
Por isso podemos descansar quanto a veracidade de tudo quanto ouvimos a respeito dele, pois todas essas coisas aconteceram a vista de todos e atestadas tanto pelos que pela ação do Espírito creram, quanto pelos que não creram nele.
É possível concluirmos também que esta afirmação À VISTA, signifique AO ALCANCE de todos povos e não somente de Israel, Claro, ao alcance não no sentido de concessão de oportunidade para quem quiser, mas eficaz, ativa e definitiva, Jesus é verdadeiramente, e não possivelmente o Salvador do mundo. e a 3° afirmação fundamenta esse entendimento.
A qual está no verso 32
A tradução em português não faz jus ao verdadeiro sentido do original grego, em nossa bíblia a preposição depois da palavra revelação se encontra no dativo (aos gentios), mas no grego essa preposição está no genitivo (dos gentios), Ou seja essa Salvação preparada por Deus a vista de todos os povos é a luz para a revelação do povo eleito que está entre os gentios, ela não vai alcançar os gentios mas revelar o povo de Deus dentre os gentios, pois esse povo foi eleito e amado por Deus desde antes da fundação do mundo. Jesus em João 10 diz que tem outras ovelhas que não eram daquele aprisco e que lhe convinha chamar.
veja a conclusão do Ap. João diante da determinação de Caifás em matar Jesus:
Ora, ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.
Também nessa matéria veja o que Paulo diz em Efésios 3:
pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, a saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.
E isso para que Israel seja exaltado dentre todos os povos, pois a Salvação veio dos Judeus, e nos alcançou, e hoje estamos aqui confessando e adorando o Deus de Israel e seu Messias, o Filho Unigênito do Pai, Jesus Cristo!
Conclusão
Concluímos, portanto, que o Senhor Jesus Cristo não foi enviado ao mundo sem sólido e indubitável testemunho, para que nossa fé, sendo firmada nele, pudesse ser plenamente garantida. Já que O menino nascido sob a lei, esperado pelos piedosos e revelado pelo Espírito é a Salvação preparada por Deus à vista de todos os povos.
Consideração Teológica
Antes de partirmos para as aplicações propriamente ditas, eu gostaria de tratar de uma sã-doutrina implícita nesse texto.
Vocês devem se lembrar que na exposição do primeiro verso, eu comentei sobre o cumprimento pleno por parte de Jesus as exigências da Antiga aliança. E eu gostaria de esclarecer quais são as implicações disso e qual o seu grau de importância para nós hoje.
A nossa salvação irmãos, foi administrada por Deus, com recursos jurídicos, Deus deu a Adão (que era nosso representante federal), uma ordem de caráter legal, caso ele descumprisse a ordem haveria uma punição, e se cumprisse receberia uma gratificação;
Mas como já sabemos ele transgrediu a lei, e ela exigia dele e de seus descentes a aniquilação, mas Deus por graça, não sentenciou homem naquele dia, antes com muita paciência suportou os pecados iam sendo cometido, até que chegasse à plenitude dos tempos, quando veio (o outro representante federal), que levaria sobre si a punição das transgressões antes cometidas,
Deus juridicamente poderia declarar o homem inocente, com a morte vicária de Jesus; no entanto, se Jesus apenas tivesse morrido por nossos pecados, nós nos encontraríamos novamente em um estado de neutralidade diante de Deus, igual Adão quando foi criado: sem pecado para sermos condenado e sem méritos para sermos agraciados com a boa presença de Deus eternamente.
E é aí que entra a importância do nascimento de Jesus, se voltássemos a condição de neutralidade diante da lei de Deus, nós transgrediríamos novamente, e novamente Cristo precisaria morrer em nosso lugar para que não fossemos condenados, pois não somos capazes de cumprir as exigências da lei de Deus, ela exige obediência perfeita.
Por isso Jesus Cristo nasceu sob a lei e se sujeitou a todas as exigências dela, ele cumpriu perfeitamente todos os costumes da lei, e conquistou por essa obediência um mérito infinito, Mérito que foi imputado a nós, E a condenação que cabia a nós por causa de nossos pecados foi imputada a ele, E ele de fato morreu, mas ressuscitou, pois o penoso trabalho da sua alma satisfez TODOS os requisitos da lei, para nossa salvação.
Sem o nascimento de Jesus e o seu cumprimento da lei, jamais poderíamos ser salvos. E é exatamente por isso que não existe outro nome dado entre os homens pelo qual podemos ser Salvos, Maria não pode nos salvar, pastores padres não podem nos salvar, Maomé não pode nos salvar, Buda, Hare Krishina, Exu, Marx, Darwin, Nietzsche, NINGUÉM pode nos salvar a não ser Jesus Cristo o Homem, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
Desafios e implicações...
1- Deseje ardentemente conhecer seu Salvador
Simeão, ansiava vê-lo mais que qualquer coisa, e uma breve contemplação de um bebê de 40 dias, satisfez toda uma vida.
Hoje, a você é concedido uma visão muito mais abrangente deste menino, você tem acesso pelo Espírito a plenitude, as profundezas, as palavras, os feitos, as misericórdias do Salvador, todas registradas em sua Santa Palavra, Leia as Escrituras em oração, para que Deus te conceda os tesouros do conhecimento de seu Filho, porque é nas Escrituras que temos acesso ao verdadeiro conhecimento de Deus e seu Cristo. Senhor nosso e Deus nosso!
2- Adore a Deus com ardor, por seus grandiosos feitos de Salvação
Simeão não somente “zerou a vida” contemplando o Filho de Deus, mas irrompeu em venera adoração a Deus por sua Salvação.
Dentre o número incontável de homens, Deus amou você e com cordas de benignidade te atraiu, ele suportou com paciência sua insolência, sua rebeldia, sua ignorância, os seus pecados. e no momento certo imputou em você a justiça de seu filho, o qual por você, mesmo sendo Deus não usou do seu direito de ser igual a Deus, antes se humilhou até a morte e morte de Cruz.
Adore, bendiga, exalte, anuncie o seu Salvador.
3- Exercita-te na piedade
Tanto José como Maria e Simeão, eram homens e mulher mui piedosos, o que significa que eles vivam em prol de um alvo, HONRAR A DEUS, SE SUJEITANDO A TUDO QUANTO ELE REQUEREU EM SUA PALAVRA
Desvencilhe-se de tudo quanto prejudique seu progresso espiritual. Como um maratonista que mantem em mente e diante dos olhos a faixa do ponto de chegada, tenha diante dos teus olhos a honra devida a Deus, Lembre-se tudo que era necessário para nossa justificação foi cumprida por Cristo, e ele nos concedeu junto com sua justiça e perdão, o seu Santo Espírito, o qual nos fornece graciosamente TUDO o que precisamos, para a vida comum e a Piedade, exigida por Deus de nós seus filhos.
4- Contente-se com sua sorte.
Nosso Salvador mesmo sendo Deus, não se fez um homem abastado.
Seu Senhor desde seu nascimento, era um homem humilde, pobre em bens nesse mundo, ele não teve se quer um lugar digno para vir ao mundo. Seus pais também eram pobres, ele mesmo disse que não tinha sequer onde reclinar a cabeça. Deus é aquele que rege sua vida, ele nos prometeu e nos ordenou a não nos preocuparmos com que havemos de comer e vestir, pois, ele sabe que precisamos dessas coisas. Deus coopera em tudo para o bem daquele que o amam, daqueles que são chamados segundo seu propósito.