Mt 24.1-28 O Rei anuncia os sinais (1-8), a perseguição (9-14), a tribulação (15-21) e os anti-cristos (22-28)
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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
MAIO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 19/05: Mt 24.1-28 O Rei anuncia os sinais (1-8), a perseguição (9-14), a tribulação (15-21) e os anti-cristos (22-28)
Deus fala: Saudação - Hebreus 9.24–28
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 304 - A voz do evangelho
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, IGREJA, OFICIAIS, MEMBRESIA E CONGREGAÇÕES
Deus fala: 2Pedro 3.8-13
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 306 - Fidelidade na luta
DJP - Dia do Jovem Presbiteriano
Eclesiastes 12.1
Hino 383 - Mocidade Presbiteriana
LOUVOR
Benção e honra
Grande é o Senhor
Rendido estou
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 24.1-28 O Rei anuncia os sinais (1-8), a perseguição (9-14), a tribulação (15-21) e os anti-cristos (22-28).
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Chegamos nos capítulos finais do livro de Mateus. Os capítulos 24 e 25 tratarão de temas escatológicos, ou seja, sobre o que estava porvir.
Muitas crentes perseguem estes conteúdos, sobre o fim, por temor ou por curiosidade. Diante dos muitos equívocos que já constatamos na história da humanidade, precisamos ter muito cuidado com previsões sobre o fim e reconhecermos que os sinais do fim estarão sempre ao nosso redor porque Jesus revelou que ninguém sabe o dia nem a hora.
Isso é imprescindível para nós, irmãos. Diante dessas palavras de Jesus, cabe a nós viver cada dia como se fosse o último: 1) porque haverão sinais (1-14); 2) porque haverá perseguição (15-34).
Este trecho bíblico já foi exposto na semana passada pelo Rev Júnior. Quero abordá-lo numa perspectiva diferente, temática, para que acrescente como contexto do segundo trecho que será novamente pregado na próxima semana, se Deus permitir.
Vamos ao texto: Mt 24.1-28 O Rei anuncia os sinais (1-8), a perseguição (9-14), a tribulação (15-21) e os anti-cristos (22-28).
1) O Rei anuncia que haverão sinais (1-8)
O templo será destruído, e isso significa que o templo perdeu sua função, por isso, Deus o abandonou. O relato da guerra contra os filisteus, relatado em 1Sm 4, trata de um momento em que a presença de Deus abandonou o seu povo. Por meio da Arca da Aliança, levada pelos filisteus, notamos como o povo reconheceu que Deus os abandonou e lamentaram profundamente por isso. Jesus diz que isso novamente acontecerá e de fato aconteceu no ano 70 d.C.
Assim, reconhecemos aqui uma profecia de duplo cumprimento. Jerusalém foi de fato destruída num futuro próximo, contudo, também haverá plena destruição na volta de Cristo, no fim dos tempos.
Essa destruição não se dá conforme o relato de Gn 6, com água, mas com fogo no sentido de juízo: Malaquias 4.1“— Pois eis que vem o dia, queimando como fornalha. Todos os soberbos e todos os que praticam o mal serão como a palha; o dia que vem os queimará, diz o Senhor dos Exércitos, de modo que não lhes deixará nem raiz nem ramo.”
João Batista fala também sobre batismo com o Espírito Santo e com fogo no mesmo sentido: Mateus 3.11“Eu batizo vocês com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de carregar as sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.”
Assim, cremos que os sinais do fim ocorrem desde que Jesus encarnou, pois em sua encarnação começa a lista de acontecimentos anunciados por Jesus. Notem, irmãos, que o que Jesus faz não são previsões, mas anúncios. enganarão a muitos (5); guerras e rumores de guerras (6); nação contra nação; fomes e terremotos (7) são princípio das dores, ou seja, não são sinais do fim, mas são sinais de que o fim se aproxima (6).
2) haverá perseguição (9-15)
A sequência dos sinais são terríveis contra os discípulos de Jesus (9). Por causa da atribulação e morte, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar (10), de modo que falsos profetas se levantarão e enganarão muitos (11). Isso causará esfriamento do amor de quase todos (12). Desde Isaías 11 Deus afirma que mantem um toco, no sentido de manter um remanescente segundo a eleição da graça (Rm 11.5), ou seja, a vontade soberana de Deus é o que mantem os santos nele.
Portanto, quem é salvo pela graça na graça se mantém mesmo diante das piores circunstâncias. Os Apóstolos provaram isso. Paulo, que escreveu Rm 11.5 provou isso em sua morte.
Aqui os irmãos podem se perguntar: por quê? Qual a razão dessas coisas todas? Purificação. Irmãos, hoje estamos muitíssimo distantes do propósito de Deus para a humanidade: relacionamento com ele. Lemos a Bíblia e não entendemos, não conseguimos alcançar o ensino bíblico na prática porque exige de nós um nível de altruísmo que se perdeu, mas que pode ser restabelecido em meu e seu coração pela ação sobrenatural do Espírito Santo em nós. Altruísmo é sinônimo de filantropia, que é fazer o bem ao outro. Perdemos tanto isso que olhamos para Deus como se ele fosse incapaz de nos fazer bem. Por isso, quando lemos sobre o sofrimento para o crente servir como o fogo no ouro, ou seja, para purificar, não aceitamos.
Mas conforme os versos 13 e 14 é justamente isso que Jesus ensina aos seus discípulos todos, daqueles dias e nós hoje: devemos perseverar até o fim, de modo que tornemos nossa responsabilidade a persistência na fé e nas obras de salvação. E a tribulação não irá nos paralizar, mas nos mover. A tribulação nos move em direção de Deus e em direção ao nosso propósito: viver para glória de Deus.
3) tribulação (16-28)
Irmãos, se nos apegarmos aos detalhes do texto, fica muito difícil progredir, por isso, estou apresentando a ideia principal de cada bloco.
Aqui, o tempo da principal tribulação se apresenta naquilo que se poderá ver: o abominável da desolação, citado em Daniel 8.13; 9.27; 11.31 e 12.11. Entendemos que essa expressão significa um acontecimento contra o lugar santo, no sentido de ser uma profanação deste santo lugar. A NVI traduz neste sentido: 15 “Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no Lugar Santo. Irmãos, se o templo será derrubado porque perdeu a função, Jesus está ampliando agora a anunciação do que ocorrerá em 70 d.C, quando os romanos cercaram Jesusalém, derrubaram o Templo e suprimiram a cidade. Ele está anunciando que os próprios judeus serão contrários entre si. E isso de fato acontece.
São muitíssimos os dados históricos que comprovam a profecia futura de Jesus, contudo, quero destacar apenas o que o teólogo e historiador Craig Kenner comenta sobre sacerdotes que foram mortos no templo no ano 66, e, mais tarde, já no ano 70, estandartes romanos são fixados em Jerusalém e no templo, o que também o profanava.
O que houve foi, de fato, terrível, mas o que me chama a atenção é que algo além disso que já aconteceu Jesus preanunciou: Mateus 24.27 “Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e brilha até o Ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem.”
4) os anti-cristos (22-28)
Por fim, o que o Apóstolo Paulo chama de Culto racional em Rm 12 precisa ser lembrado por nós diante desse anúncio de Jesus. A fé cristã envolve a responsabilidade de não crer em mentiras nem confiar em falsos profetas. Jesus previne que seus discípulos não devem ser enganados, nem mesmo pelos sinais e milagres extraordinários (24).
Diante disso, é melhor ficamos sempre com “um pé atrás” (25). Já no Antigo Testamento Deus advertiu ao seu povo diante das ameaças dos estrangeiros sobre as coisas estranhas que poderiam acontecer e cativar o olhar cobiçoso pelas coisas extraordinárias e subtrair do coração o amor a Deus acima de todas essas coisas: Isaías 48.5 “Por isso, desde aquele tempo eu lhe anunciei essas coisas e as dei a conhecer antes que acontecessem, para que você não dissesse: ‘O meu ídolo fez estas coisas’; ou: ‘A minha imagem de escultura e a minha imagem de fundição as ordenaram.’”
O relato histórico diz que enquanto os romanos avançam, os zelotes e cicários buscaram refúgio no templo, que imediatamente foi queimado pelos romanos. Alguns relatos afirmam que o templo foi escolhido como lugar de refúgio justamente por causa de falsos mestres que profetizaram segurança e livramento durante o cerco de Jerusalém. Esse tipo de falso profeta já foi muitas vezes acusado pela Palavra de Deus: Jeremias 6.14 “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: ‘Paz, paz’; quando não há paz.”
Por isso, saiam dos lugares fechados e não aguardem o cerco começar, diz Jesus. O lugar da espera não é no quarto fechado, mas no local mais distante possível - as montanhas. Por isso: Mateus 24.28 “Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.” Ou seja, não haverá modo de disfarçar o que está acontecendo. Não haverá dúvidas. Os romanos cercarão e destruirão tudo e isso aconteceu cerca de 40 anos depois, justamente o período de uma geração, no ano 70 d.C.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos que o Rei anuncia os sinais (1-8), a perseguição (9-14), a tribulação (15-21) e os anti-cristos (22-28). Pensamos especialmente naquilo que Jesus quis dizer aos seus primeiros ouvintes, porque nos anos seguintes essas palavras se cumpriram fielmente contra Jerusalém. Isso é um fato histórico inquestionável.
Agora, para nós, algumas questões permanecem. Diante do que aprendemos, precisamos olhar como que ao espelho e perguntar: estou atento e vigilante aos falsos profetas? (5). “Viver a vida despercebidamente é uma loucura.” Por isso, se você se percebe pensando somente em si mesmo, tome muito cuidado, pois isso é um sinal de apostasia (12B).
Além disso, você percebe que o medo o atrapalha na missão da evangelização e do bom testemunho? Clame ao Senhor que se compadeça de você e pare imediatamente de profanar o lugar santo que hoje é o seu corpo (15).
Por fim, se você percebe essas coisas é porque já foi influenciado pelo espírito do anti-cristo em sua vida e sua atenção está voltada para falsos sinais e prodígios enganadores enquanto despreza a revelação especial da Palavra de Deus (24).
Hino 221 - Um vaso de bênção
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO