Gênesis 50 e a cura familiar
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Introdução
Introdução
Deus trata com famílias!
Abraão
Isaque
Jacó
Desde o início a família de Jacó caminhava de maneira distorcida:
Poligamia (Lia e Raquel)
A guerra dos filhos e o uso de concubinas;
Rúben e o caso com o Bila
Judá e seu afastamento dos seus irmãos (Gênesis 38)
Gênesis 37: o favorecimento de uns para com os outros.
Podemos ver o capítulo 50 como o estágio final do processo de cura dessa família.
3 elementos aparecem como desafios que precisam ser sulocionados para trazer cura a essa família. Que elementos são esses?
1. A morte (50. 1-14)
1. A morte (50. 1-14)
Jô Soares e a morte:
Jô Soares e a morte:
“O medo da morte é um sentimento inútil.”
Jô falou isso para dizer que não adianta ter medo da morte, porque ela é algo certo.
Mas e você? Como você encara a morte?
Mesmo sabendo que vamos em algum momento encarar a morte de alguém querido, nós não sabemos lidar bem com a morte.
Jacó chega ao final de sua vida oposto a Isaque: Na velhice, Isaque envergonha a sua juventude; Jacó, se redime na sua velhice.
Sua morte aponta para dois aspectos aparentemente opostos, mas que se casam completamente quando os observamos sobre o plano de redenção divina. Gostaria de olhar para este texto com vocês e percebemos o que a morte vem nos lembrar
A morte nos lembra Da lamentação presente
A morte nos lembra Da lamentação presente
v. 1: José chorou pela morte de seu pai. Beijou: um emblema de despedida (Rt 1. 9,14)
v. 2: embalsamar: algo dado somente a pessoas honradas. Para os egípcios, era uma preparação para o além. Mas José permite o embalsamento para preparar o corpo de seu pai para a jornada até Canaã. Com isso, ele cumpriria o juramento feito a seu pai.
v. 3: Todos. A Lamentação atinge toda o Egito. Toda a nação egípcia pranteia a morte do grande patriarca. Além disso, observa-se o período de pranto: 70 dias aot todo. Praticamente o mesmo tempo para lamentar a morte de Faraó. Jacó é tratado como um rei na lamentação de sua morte.
v. 7: Grande cortejo: não só a família, mas uma grande comitiva dos egípcios vão para lamentar a morte de Jacó.
v. 9-11: grandíssimo/intensa lamentação/grande pranto: estas palavra repetida nestes versículos enfatizam o caráter de lamentação envolvido neste sepultamento.
v. 10: 7 dias de pranto em Canaã. Um período completo, rementendo a criação. Uma lamentação completa.
v. 11: Abel-Mizraim: ribeiro do Egito literalmente. Um jogo de palavras para mostrar o quanto eles estavam chorando. Pranto do Egito.
Aplicação: não é pecado lamentar a morte de alguém querido. Demonstrar essa tristeza nos faz lembrar que somos seres caídos e pecadores. Não fomos criados para morrer. Não era pra ser assim. Em um contexto de missão, a morte aponta para a nossa condição pecaminosa e, consequentemente para a necessidade que temos de um salvador.
Ilustração: não colocar lamentar no documento.
Retormar a aplicação.
A morte nos lembra da libertação vindoura
A morte nos lembra da libertação vindoura
O povo que leu o livro de Gênesis era o povo que havia se libertado da escravidão do Egito 430 anos depois. Eles precisavam ver que a promessa de redenção estava alicerçada na aliança de Deus com seu povo.
Contraste com o Êxodo:
. A grande comitiva de volta a Canaã;
. O caminho percorrido (ambos seguiram o caminno mais longo);
. A condição de José. Mesmo sendo governador do Egito tinha que pedir permissão para ir. Ele era um escravo apesar da influência.
. A descrição do sepultamento. v. 12-14: a promessa cumprida. O sepultamento no campo de Macpela, junto aos demais patriarcas, lembra o povo de Israel da promessa de posse da terra prometida.
Aplicação:
Se a morte deve ser algo a ser lamentado, não podemos ficar apenas nisso. Precisamos ir além, e perceber que a morte também anuncia que nosso Salvador nos dará a vida eterna. A libertação vem. Ele deve nos motivar a ter esperança neste mundo.
Como você encara a morte?
Testemunho de uma mãe: triste pela morte do filho, mas feliz porque ele se converteu e está com o Senhor.
Jô estava certo. O medo da morte é um sentimento inútil para o cristão. Mas não é porque a morte é inevitável simplesmente. O medo da morte é inútil para o cristão, porque ele sabe que a vida não acaba aqui.
2. Os Conflitos (50. 15-21)
2. Os Conflitos (50. 15-21)
Algumas formas de se resolver um conflito:
Algumas formas de se resolver um conflito:
1. As ações dos irmãos de José
1. As ações dos irmãos de José
1.1. O medo dos irmãos de José (v. 15)
1.1. O medo dos irmãos de José (v. 15)
Com a morte de Jacó, os irmãos de José entenderam que não tinham mais nenhuma proteção patriarcal. Eles entendem sua atitude má para com seu irmão, contudo, não confiando no perdão de José proferido em Gn 45. 1-15, nem tampouco na promessa pactual de Deus, ficaram atribulados diante da situação. [1]
Nota-se que pela expressão “Será que José terá rancor de nós....?” os irmãos de José demonstraram preocupação. Porém, a fonte disso não estava baseada em algum comportamento da parte de José, mas na insegurança de seus próprios corações.[2]
1.2. A estratégia dos irmãos de José (v. 16-17)
1.2. A estratégia dos irmãos de José (v. 16-17)
Diante do exposto, os irmãos de José elaboram um esquema para conseguir o perdão do seu irmão. Primeiramente, dando recado por terceiros com o objetivo de preparar o caminho. [3]
O conteúdo deste recado baseava-se em uma ordem de Jacó a José. Contudo, em nenhum momento o contexto parece sugerir que este recado fosse verdadeiro. Na verdade, a luz do versículo 19, tem-se que isto foi fruto de uma astúcia dos irmãos de José para conseguir o seu perdão.[4]
As palavras “transgressões” e “pecados” são termos que mostram que os erros cometidos não eram simplesmente atos maus contra José, mas uma transgressão a Deus, primeiramente. Ao repetir a palavra “perdoa” duas vezes, tem-se a noção de José como alguém que representava Deus.[5]
A reação de José a isso é de choro. Ele se entristeceu porque seus irmãos não entenderam que já os havia perdoado. Sternberg comenta: “Não surpreende que José se prorrompa em lágrimas. É como se todas as provações fossem em vão; se nada tivessem aprendido além do que é externo [...] então o efeito se evaporou.”[6]
1.3. A humilhação dos irmãos de José (v. 18)
1.3. A humilhação dos irmãos de José (v. 18)
Só então, depois de preparado o terreno, os irmãos de José vêm a ele presencialmente. Quando estes se curvam, tem-se em mente o cumprimento do sonho descrito no capítulo 37[7]. Além disso, aqueles que haviam vendido José como escravo estavam agora se oferecendo para ser um. Ao se colocarem como “escravos”, os irmãos demonstram que reconhecem a sua culpa ao mesmo tempo em que exaltam o poder que seu irmão tem sobre eles neste momento.
Assim, os irmãos “consideram José como representante de Deus. Tornar-se escravos de José equivale a ser ‘servos de Deus’.”[8]
2. AS AÇÕES DE JOSÉ (v. 19-21)
2. AS AÇÕES DE JOSÉ (v. 19-21)
As ações de José constratam com a de seus irmãos e são os elementos-chave para a resolução de um conflito que havida se iniciado há muito tempo.
2.1. A humildade de José (v. 19)
2.1. A humildade de José (v. 19)
Como seus irmãos o consideravam como se estivesse no lugar de Deus, José trata imediatamente de tirar este conceito de suas mentes. A pergunta retórica: “Acaso estou eu no lugar de Deus?” contrasta com a pergunta do versículo 15. Em ambas a resposta é a mesma: “Não!”. Porém, os irmãos haviam errado a primeira. José agora esperava que acertassem a segunda.
Ao dar esta declaração, José se coloca de forma humilde sob a autoridade do Deus soberano. É somente a Ele que cabe trazer o juízo sobre justos e injustos.
2.2. A crença de José no Deus da providência (v. 20)
2.2. A crença de José no Deus da providência (v. 20)
Em termos dogmáticos, este versículo traz uma grande lição sobre a doutrina da providência de Deus. Apesar de todo o descaso causado por seus irmãos, José reconhece que acima de tudo estava o plano soberano de Deus em preservar a vida de toda a sua família. Assim, a promessa pactual continuava presente. Deus permanecia fiel aos termos de sua aliança.[9]
Contudo, aqui é necessário fazer uma consideração sobre a tradução do versículo 20, a qual só pode ser devidamente analisada a luz de uma análise teológica.
O verbo חשׁב(intentar/pensar) é usado como refrão[10]no versículo 20, sendo repetido em dois momentos. Este versículo foi traduzido no presente trabalho como: “Vós intentastes contra mim o mal, porém, Deus o intentou para bem...”. Nesta tradução, considerou-se os dois verbos com um mesmo significado.
Fazendo isso, de uma análise do ciclo que começa no capítulo 37, onde José foi rejeitado por seus irmãos e vendido como escravo para a Terra do Egito. Passando para o capítulo 39 temos a ascensão de José a governador do Egito e ao procedimento de reconciliação com seus irmãos. É, então, que em 45. 5-8 temos uma declaração que ajuda a elucidar a questão:
5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós [grifei]. 6 Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita. 7 Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. 8 Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus[grifei], que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito (Gn 45.1-8, ARA).
Portanto, a ideia do texto é de que José entendeu que todo o plano dos irmãos de manda-lo como escravo para o Egito não excluía o plano soberano e providencial de Deus em salvar e preservar o seu povo escolhido.
2.3. O perdão de José (v.21)
2.3. O perdão de José (v.21)
Após declarar a sua fé no Deus da Providência, José a demonstra dando-lhe o perdão aos seus irmãos. Se eles queriam que José fosse o seu senhor por medo (v. 18), José lhes dá o privilégio de serem os seus protegidos. Tudo isso, resguardado na invisível mão de Deus.
Os irmãos de José o emocionaram por medo. Já José lhes falou ao coração para os consolar. Esta atitude dá números finais ao conflito na família da Aliança.
Aplicação:
Aplicação:
1. O PERDÃO DEVE SER MOTIVADO NA JUSTIÇA DE DEUS
1. O PERDÃO DEVE SER MOTIVADO NA JUSTIÇA DE DEUS
José exerceu o seu perdão com base na justiça de Deus. Ao perguntar “Acaso estou eu no lugar de Deus?”, ele declara que não cabia a ele condenar a seus irmãos. O pecado e a transgressão que eles cometeram, foi primeiramente contra Deus. Assim, a atribuição de julgar não cabia a José, mas a Yahweh.
Agir com as pessoas da mesma forma como elas agiram vai contra o que a palavra de Deus nos ordena. Entretanto, nossa postura deve seguir a instrução do Senhor Jesus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”. É por isso, que Ken Sande chamou este versículo de “Regra de Ouro” para a resolução de conflitos.
2. O PERDÃO DEVE ESTAR BASEADO NA GRAÇA DE DEUS
2. O PERDÃO DEVE ESTAR BASEADO NA GRAÇA DE DEUS
O auto merecimento pode mover uma pessoa para o medo, mas a fé no Deus da providência a leva para o perdão. Diferente de seus irmãos, José não procurava ver algum merecimento dentro si, para ter algo de Deus ou mesmo de alguém. Ele simplesmente acreditava que tudo que estava acontecendo e que viria acontecer repousava no plano soberano e gracioso de Yahweh.
Diante de situações em que um cristão é prejudicado, pode-se fazer a diferença ao agir de acordo com a graça de Deus. Para isso é necessário encarar o sofrimento como algo que não deve definir a nossa existência. Segundo Viars,
“José poderia facilmente ter se tornado amargo com seus irmãos.[...] Porém ele não escolheu nenhuma dessas reações erradas porque se recusava a permitir que o sofrimento definisse sua existência. Sua reação ao pecado sofrido por ele trouxe grande honra e glória para o seu Deus, Aquele que lhe deu força para seguir Sua vontade e realizar Seu plano.
[...] Você sofreu ou foi alvo do pecado dos outros, mas pela graça de Deus você reagiu bem. Ao permitir que tais eventos façam parte de seu passado e reagindo de maneira correta, você demonstrou o poder de Deus de forma a agradá-lo grandemente.”[16]
3. A Incerteza quanto ao futuro (Gênesis 50. 22-26)
3. A Incerteza quanto ao futuro (Gênesis 50. 22-26)
1. Deus nos abençoará nesta vida.
1. Deus nos abençoará nesta vida.
110 anos: o tempo ideal de vida segundo a cultura egípcia.
Tetranetos: sinal de benção divina (Salmo 128.6; Provérbios 17.6)
Adotou os filhos de Makir (aquele que é vendido, uma possível referência a vida de José).
Havendo Jacó adotado os filhos de José ele também agora adota Makir. O ponto é que ele não fica sem filhos. Pelo contrário: é abençoado por isso.
2. Deus visitará o seu povo.
2. Deus visitará o seu povo.
Visitar: a ideia de alguém que terá o seu destino mudado. Após essa visita, a pessoa não será mais a mesma.
Convicção: ele queria ser sepultado em Canaã.
Deus visitou o seu povo? Luke 1:68 “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo,”
Aplicação:
Aplicação:
O que será da minha família? O que será do meu filho?
O Planejamento 2030.
Os Economistas e as previsões: pressuposto de que o futuro será igual o passado.
Nós gostamos de previsões porque gostamos de ter certeza.
Não podemos ter plena certeza quanto ao futuro, mas podemos confiar que o Senhor nos abençoará nesta vida e nos levará para um novo céu e nova terra.
Conclusão:
Conclusão:
Elementos desafiadores para a nossas famílias: 1) Morte; 2) Os Conflitos; 3) A incerteza quanto ao futuro.
Deus venceu a morte em Cristo Jesus;
Deus nos perdão em Cristo Jesus;
Deus nos dá certeza quanto ao nosso futuro em Cristo Jesus.