Deuteronômio 11.18-25
Exposição de Marcos • Sermon • Submitted • Presented
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Transcript
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Introdução
Sabe quando você tem muitas coisas para fazer em casa, e dentre estas surge a necessidade de: comprar algumas coisas. Não falo da compra do mês, onde você vai ao supermercado e toma um grande volume de itens e volta para casa com as sacolas cheias.
Me refiro aqueles itens menores que acabam no passar de um ou duas semanas. São aqueles itens imprescindíveis, que normalmente as mulheres dão falta e pedem para os esposos ou filhos comprarem.
Alguns dizem que estes são aqueles itens que trazem o grande desafio a memória. A esposa diz: “Meu bem, compre estes três itens que estão em falta, por favor”. O marido/ou filho, responde: “Claro, é pra já!”. Mas daí você nunca sai de casa só para comprar algo, sempre aparecem outras missões.
Estas outras, estão “no papo”, você não esquece não é mesmo? Mas daí surge o desafio dos três itens. Antes de sair de casa você fica com o pensamento dividido: “anoto ou não?” — daí escolhe não anotar. Quando ao retornar para casa, depois de ter realizado todas as missões exteriores, você chega com o ar de “resolvedor de problemas” (se é que isso existe) e apresenta a esposa: “Aqui estão meu bem, os itens que você pediu”.
Ela agradece com um sorriso, mas minutos depois dirige à você a seguinte frase: “Faltou o sal”. E você faz aquele: “ssshhhhh”. Não tem outra saída, você precisa anotar tudo. Ainda por cima se for alto imprescindível.
Imagine que a vida ou morte da sua família dependa da senha que você precisa digitar para uma bomba não explodir. Você aceitaria o desafio da sua memória, ou anotaria para não esquecer em hipótese alguma?
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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No nosso texto, temos comandos que o Senhor dá ao seu povo, para que estes e suas famílias não esqueçam o que o Eterno fez por eles e a Aliança que havia firmado com os mesmos, uma Aliança que tinha termos condicionais para que então estes recebem bençãos prometidas.
Mas antes de entrarmos nestes temas propriamente ditos, vejamos o que o texto nos apresenta:
[Ler os versículos 18-21]
Nos v.18-20 encontramos quatro comandos: “Ponde… atai-as… ensinai-as e escrevei-as”. Um destes comandos encontra-se acima dos demais. Um destes é a base e os outros três são ordens didáticas para não que eles não perdessem a principal:
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma;”
O objetivo era colocar (“instalar” do vocábulo) no coração e na alma. Partindo daqui então, havia um comando para os pais: “Atai-as por sinal na vossa mão,...”. Por qual razão? A continuação do versículo nos responde: “para que estejam por frontal entre os olhos”.
E havia um segundo comando aos pais: “Ensinais-as a vossos filhos”. De que forma? Em todos os lugares em que estiverdes com eles: “assentados em vossa casa”, “andando pelo caminho”, até mesmo “deitando-vos e levantando-vos”.
E num terceiro comando, ainda à família é dito: “Escrevei-as”. Mas não em qualquer lugar. Deveria ser nos “umbrais de vossa casa e nas vossas portas,”. Os umbrais dizem respeito aos dois batentes que sustentavam a porta, e a porta era a porta.
Tudo que envolvia o sair ou entrar em casa, tinha um significa importante para o povo. Desta forma, este lugar na casa era importantíssimo. As portas eram lugar de dedicação no Antigo Israel.
Você encontrará os escravos sendo definitivamente dedicados ao Senhor às portas (Êx 21.6); Arão e seus filhos foram consagrados à porta do tabernáculo (Êx 29.4); As ofertas de consagração estavam associadas com a porta do tabernáculo (Êx 29.42); Os dízimos eram colhidos à porta (2Rs 12.9); à porta da tenda era onde a nuvem do Senhor (teofania) comunicava a palavra à Moisés (Êx 33.8-10).
Mas alguns pecados foram cometidos à porta. Como por exemplo, a idolatria do povo apontada pelo profeta Isaías. Em Is 57.8 está escrito:
Detrás das portas e das ombreiras pões os teus símbolos eróticos, puxas as cobertas, sobes ao leito e o alargas para os adúlteros; dizes-lhes as tuas exigências, amas-lhes a coabitação e lhes miras a nudez.
Há uma diferença grande entre Is 57.8 e o comando dado por Deus ao povo em Dt 6.9; 11.20. Um teólogo reformado disse: “Portas são locais de dedicação e, por isso, é muito apropriado que comecemos a analisar a partir da porta de entrada de nossa casa como devemos viver (ou estamos vivendo) como Cristãos”. D. Wilson.
Mas o Senhor, tão gracioso como é expõe a razão pela qual estas ordens deve ser adotadas: “para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos...”, na terra prometida por Aliança que o Senhor fez com o seu povo, desde os patriarcas.
Essa benção: “multiplicarem os vossos dias”, é advinda da obediência à aliança que o Senhor fez com eles. Aliança está expressada na Lei do Senhor, nas Palavras d’Ele, que foram lembradas no v.18: “vocês devem guardá-las no vosso coração e na vossa alma”.
[Ler os versículos 22-25]
Assim como no v.18 temos uma conjunção (“pois”) iniciando o discurso, neste segundo bloco temos o “Porque”. Unindo o que fora falado nos versículos anteriores ao que será declarado neste momento.
Nós vimos os comandos nos v.18-20, agora temos quatro verbos no v.22: “guardar, amar, andar e achegar”. Obvio que conjugados num tempo diferente. Inclusive nos ajudando a compreender a condição aqui apresentada.
Perceba no texto: “se… guardardes… amando… andando e achegardes”. Todos apontado para um futuro. O se nos ajuda a compreendermos melhor o que está escrito.
Moisés fala isto ao povo e declara as palavras registradas nos v.23-25. Dentro destas apresentado três previsões possíveis, caso eles fossem diligentes nos comandos dados: “O Senhor desapossará… e possuireis”; “Todo lugar que pisar… será vosso” e “o Senhor, vosso Deus, porá sobre toda terra que pisardes o vosso terror e temor”.
Entenda que: eles não ouviam estas palavras e adotavam uma posição de barganha. Havia a perspectiva da Aliança diante deles. Quando Moisés usam as expressões “sob juramento” para lembrar o que o Senhor lhes prometera e no v.25 a expressão “o vosso Deus”. Ele traz a memória o que o Senhor já havia declarado para o povo em Lv 26.12, que diz: “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo”.
Há promessas grandiosas feitas ao povo aqui, promessas de fidelidade do Senhor, ao Pacto que fez desde o início com Abraão. Aqui o Senhor diz ao povo que eles conquistarão nações, pois guerreariam para isso. Tanto quanto prosperariam, onde pisassem, significando que teriam trabalho até chegar lá. E que faria as outras nações conhecerem a história do seu povo. Pois, não era o povo que servia a baalins ou divindades feitas naturais mesopotâmicas. Mas Serviam o Único Deus Vivo e Verdadeiro.
O povo não poderia esquecer o que era imprescindível. O que Moisés lembrava aos judeus aqui não era algo corriqueiro, como um item que sua esposa pede para você comprar. Moisés apresenta nestes discurso os pontos positivos do guardar a palavra no coração e na alma.
Mas e se não fizermos isso? Nós e nossos filhos teremos longos e bons dias aqui na terra? E se não formos diligentes nisso? Se guardarmos de forma meia-boca, amarmos o Senhor e outra divindade, andarmos num caminho mais fácil e nos achegarmos a Ele somente quando nos convém?
Certamente você esquecerá e os que compõem sua família também.
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TRANSIÇÃO: .
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Feitas estas considerações, deixo dois desafios para nós, como famílias da aliança — o povo que precisa viver cotidianamente a lembrança da Aliança que o Eterno fez conosco. Desafio para as famílias, e todos que a compõem:
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1. VOCÊ TEM FEITO TUDO PELA SUA FAMÍLIA?
É comum hoje as pessoas usarem algumas desculpas, tais como: “eu não tenho tempo” ou “eu não tenho recursos” etc. Principalmente os pais cristãos, no que diz respeito a educação bíblica e discipulado de seus filhos.
A Palavra do Senhor deve estar guardada no coração e na alma da Família da Aliança. Entendendo isto a partir dos v.18b-20 perceba que a Palavra deve estar no centro de tudo no lar desta família.
Tanto na vida privada dos pais, como na dedicação dos mesmos em pastorear seus filhos. Para nós, os pais, ela deve estar “a mão” todo tempo, é isso que você deve compreender quando lê: “atai-as por sinal na vossa mão”. Você deve ser aquele que a consulta constantemente. Pais e mães.
Tanto como ao ensinar os filhos. Em qualquer circunstância que seja: num momento de lazer, almoço, descanso, estudos escolares. Não abandone a Palavra de Deus nestes momentos. Falem dela “assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos”.
Faça uma análise, o que tem entrado pela porta da sua casa? O que está fincado nos umbrais e porta? “Cada um por si”? A família da aliança não desfrutará de vida prospera deste modo.
Use tudo o que você tem para abençoar sua família. Tudo! Recursos financeiros, tempo, energia etc.
Alguns conselhos mais direcionados:
Maridos e Pais: sejam os que conduzem não os que esperam, inertes e ficam bobeando. Sejam homens bíblicos, e conduzam a família desta maneira. Vocês querem ver a benção no lar? Abandonem os vícios, quaisquer que sejam e instalem a Palavra de Deus no coração. Fazendo isto, é certo que vocês terão tempo de sobra para pastorear a esposa e os filhos. Isso é prioridade.
Esposas e Mães: vocês são as que sabiamente devem auxiliar o esposo com oração e conselho. Não sejam lenientes caso ele seja omisso. Mas não o desonre ou o trate com desrespeito. Se esforce o máximo que puder, e quando cansar, caminhe mais uma milha. Para ajudá-la a lembrar disto: esteja sempre com a Palavra do Senhor “atada a sua mão”.
Filhos: vocês querem uma boa vida? Uma vida onde você será contente? Não murmurará? Não será o filho que reclama de tudo? Ouça o ensinamento bíblico dos seus pais.
Aplicações:
Você tem feito tudo pela sua família? Tempo? Recursos financeiros? Com tudo isso você busca em primeiro lugar: ser bíblico, e em segundo abençoar sua família?
Se você faz tudo pela sua família, isto é maravilhoso, mas caso você não esteja vendo resultados, se pergunte:
TRANSIÇÃO:
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2. VOCÊ TEM SIDO DILIGENTE NISTO?
Compreenda, não estou sendo pragmático aqui. Não estou falando nada que choque com a vontade de Deus. Pois, com base na Escritura, no nosso texto, partindo da Aliança do Senhor para com o seu povo — nós. Temos bençãos que chegarão ao lar daqueles que são diligentes. Daqueles que são piedosos. Os que guardam fielmente a Palavra do Senhor.
Você guarda os mandamentos do Senhor? Você o ama verdadeiramente? Você tem andando com Ele? Ou você, ao invés de achegar-se, tem se afastado do Senhor?
Alguns conselhos mais direcionados:
Maridos e Pais: Você tem sentido falta de algo no seu casamento? Você já parou para pensar se você tem sido faltoso neste “algo”? Você sente seus filhos distantes? Talvez considere: isso é a idade etc., existem fazes. As fazes são reais. Mas a Escritura, como Palavra do Deus Eterno, já era antes mesmo das fases existirem. Falta algo para melhorar a relação pai e filhos? Será que falta algo da sua parte?
Esposas e Mães: Você também deve guardar os mandamentos do Senhor. Se o seu esposo falha nisto, não pense você que sua responsabilidade será abonada por causa da falta dele. Seja piedosa e diligente. Ame o Senhor mais do que a qualquer outro e santifique o seu lar (1Co 7.14).
Filhos: Eu não duvido que seja difícil obedecer. Seus pais pecam também, isso prova que eles as vezes desobedecem ao Senhor. Mas, porque ele peca, você deve fazer isto também? Crianças, vocês amam o Senhor? Jesus diz que aqueles que o amam, guardam seus mandamentos (Jo 14.15,21). Em outras palavras: se você ama o Senhor Jesus, você o obedece. Vocês podem mentir para os pais, mas não para o Senhor.
Aplicações:
Você tem se dedicado verdadeiramente pela sua família? Como um membro do corpo de Cristo, ali? Nesta esfera de soberania?
TRANSIÇÃO:
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CONCLUSÃO:
Existem dois blocos de bençãos neste texto: (A) v.21 e (B) v.23-25. Nos não somos o Israel étnico, somos o Israel Espiritual, a Igreja. Hoje, nós somos o povo do Senhor. Estas bençãos ainda podem estar entre nós, o Povo da Aliança, composto por Famílias da Aliança.
Nós não vivemos numa terra específica. Vivemos entre as nações. Somos um povo entre os povos. Somos famílias neste mundo onde as nações buscam poder, dinheiro etc., em vistas de satisfação própria.
Nós não podemos ser influenciados pelo individualismo e consumismo. Precisamos olhar para a Escritura e sermos obedientes e assim esperarmos estas bençãos espirituais para a nossa família e filhos.
Mas para tal, precisamos fazer tudo que for possível e sermos diligentes.