O poder de Jesus sobre os demonios e as Enfermidades
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Introdução.
Introdução.
Você lembra que o versículo 21 diz que eles entraram em Cafarnaum, foram à sinagoga, porque era o sábado, e Jesus estava ensinando, e foi aí que Ele expulsou o demônio. O verso 29 se refere a esse mesmo dia. Isso teria ocorrido pela manhã. Os cultos em uma sinagoga, no sábado, terminavam ao meio-dia, e assim, contamos a história a partir do versículo 29:
Marcos 1:29-34
O poder sobrenatural, a autoridade de Jesus sobre todo o Universo, são exibidos como prova de Sua divindade. É inconfundível. Se Ele é o Salvador do mundo, Ele é capaz de resgatar almas de Satanás, Ele é capaz de resgatar almas do pecado. Se Ele quer levar homens e mulheres ressuscitados às glórias do céu, deve ter poder sobre os efeitos da maldição do pecado sobre o corpo, isto é, Ele deve ter poder sobre os efeitos físicos e espirituais da maldição do pecado. Todos nós entendemos que quando Adão pecou, toda a raça humana caiu. Todos nós fomos amaldiçoados, todos carregamos as marcas dessa maldição, tanto espiritual quanto fisicamente.
O Salvador do mundo precisa nos resgatar dos efeitos da maldição no reino espiritual, assim como no físico. E é por isso que quando Jesus veio, Ele mostrou Seu poder sobre o reino espiritual, expulsando demônios, que são seres espirituais, para que ficasse claro que Ele tem controle sobre os seres espirituais o que, obviamente, incluiria os espíritos de homens que poderiam – pelo Seu poder – ser resgatados do pecado e da condenação.
E Ele curou doenças, dia após dia, para mostrar que tem poder sobre os efeitos físicos da maldição do pecado, e que tem poder para criar corpos adequados – ressuscitados – para os que habitarão o céu. Esta é uma evidência poderosa.
1. A cura da sogra de Pedro
1. A cura da sogra de Pedro
A partir do verso 29, teremos outra prova de que Jesus é o Messias. Versículo 29: “Em seguida, saiu da sinagoga e foi a casa de Simão e André com Tiago e João.”
Cafarnaum era a maior cidade do lago da Galileia, o centro da indústria pesqueira e o centro das rotas comerciais. O culto terminava por volta do meio dia no sábado. Logo após, Jesus e Seus seguidores, que seriam Simão e André, seu irmão, e Tiago e João, que também eram irmãos, saíram à casa de Simão e André.
Eles eram todos pescadores. Tinham um negócio na área de pesca, que era um ramo enorme naquele local, nada sofisticado, mas o negócio de pesca no lago da Galileia produzia peixe suficiente para ser transportado e exportado para o mundo mediterrâneo, sendo o peixe a fonte básica de proteína animal no mundo antigo.
Eles estavam seguindo Jesus desde que Ele os chamou. E lemos sobre isso nos versículos 16 e seguintes. Eles deixaram suas redes, deixaram seus negócios para se tornarem seguidores de Jesus em tempo integral. E eles estavam lá na sinagoga.
A propósito, os donos da casa eram Simão – que mais tarde ficou conhecido como Pedro – e André. Eles eram originalmente de Betsaida, uma cidade na margem norte do lago da Galileia. João 1:44 diz que eles eram de Betsaida, mas que haviam se mudado para Cafarnaum, sem dúvida por causa dos negócios. E então, eles convidaram Jesus para ir à sua casa.
Simão Pedro era casado. Sabemos disso, pois em 1 Coríntios 9:5 lemos que Simão Pedro tinha uma esposa que o acompanhava nas viagens missionárias. E a igreja apoiava que ele levasse sua esposa em viagens missionárias, o que indicaria que se ele tivesse filhos, esses já teriam condições de cuidarem de si mesmos na ausência do casal. A tradição diz que eles tiveram filhos, embora a Bíblia não diga nada sobre isso.
Mas, nesse ponto em particular no início do ministério de Jesus, Pedro ainda vivia em Cafarnaum.
E foi para lá que Jesus foi convidado a ir. Eles veem Jesus estando em Cafarnaum nesta ocasião como uma oportunidade para Ele mostrar Seu poder em favor de um membro da família, a sogra de Pedro, que estava doente, com febre. Lucas, sendo médico, acrescenta: febre alta. Ela teve algum tipo de infecção grave, pois é isso que produz febre, certo? O corpo está trabalhando muito duro para combater a infecção.
No mundo antigo, eles não sabiam o que sabemos na medicina moderna. Eles não sabiam sobre vírus e bactérias. As pessoas simplesmente definhavam doentes. Aquela senhora tinha uma infecção grave, produzindo febre alta, o que preocupava muito a filha e o genro Pedro. Então, tratava-se de uma crise familiar.
Veja o versículo 30: “e logo lhe falaram a respeito dela.”
Aqui vemos novamente o sentido de imediatismo de Marcos, quando diz “e logo”. Assim que Jesus chegou à casa, eles pediram a Ele, como nos conta Lucas, no capítulo 4:38, que a curasse: “Ora, levantando-se Jesus, saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão; e estando a sogra de Simão enferma com muita febre, rogaram-lhe por ela.”
Bem, Jesus atendeu ao pedido e, o versículo 31 de Marcos 1 nos conta que: “Então Jesus, chegando-se e tomando-a pela mão, a levantou…”. Lucas acrescenta, em 4:39, que: “E ele, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou…”. Então, ela estava tão febril que estava deitada. A febre e a causa da febre desapareceram instantaneamente.
Você se lembra que no versículo 25 Marcos conta que Jesus repreendeu o espírito imundo, o demônio. Aqui Ele está repreendendo a febre. Ele tem total controle soberano sobre o mundo espiritual e total controle soberano sobre o mundo físico. Ele comanda e há resultado instantâneo. Lucas diz que ela se levantou “imediatamente”.
No relato de Marcos, verso 31, “Então Jesus, chegando-se e tomando-a pela mão, a levantou; e a febre a deixou, e ela os servia.” Não sei por quanto tempo ela esteve doente, mas esteve doente o suficiente para estar prostrada na cama, deixando todos preocupados em sua casa. Porém, naquele exato momento, a febre a deixou. E diz, no final do versículo 31, “e ela os servia”, “diakoneō”. A infecção se foi. A febre se foi. Os sintomas se foram.
Agora, você sabe, se já teve algum tipo de febre prolongada, que mesmo quando a temperatura começa a diminuir, você se sente fraco, sem energia. Mas, ela não tinha fraqueza, tontura ou cansaço. Todos os sintomas se foram. Ela era como se nunca tivesse estado doente.
Estava tão bem, que serviu o almoço do sábado. E ela não tinha micro-ondas, não tinha forno a gás, não havia uma loja por perto e ela não tinha um freezer. Ela fez tudo o que você tinha que fazer para alimentar quatro grandes pescadores, Jesus e o resto da família, que teriam estado lá.
Olha, desde a queda do homem no Jardim do Éden, a doença tem sido uma realidade terrível, não é?
Nos tempos antigos, todos viviam como em um país do terceiro mundo. Não havia capacidade para diagnosticar ou lidar com a doença.
Assim, por milênios, a busca de curas para aliviar doenças e sofrimentos consumiu a humanidade e criou terreno para curadores falsos, como ainda hoje tem.
2. Jesus Cura muitos Enfermos e explusa diversos demonos
2. Jesus Cura muitos Enfermos e explusa diversos demonos
Versos de 32 a 34
Marcos nos diz, no versículo 32: “E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.” E o comentário de Lucas, nessa mesma cena, é que Jesus curou todos eles. E este é apenas um dia no ministério de Jesus.
E assim, Ele curou a sogra de Simão. Bem, os versículos 32 e 33 dizem que isso desencadeou uma reação no povo: “E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados. E toda a cidade se ajuntou à porta.”
Por que eles esperaram até o sol se pôr? Porque eles não podiam carregar nada no sábado. Então, assim que escureceu, assim que o sol se pôs sobre as colinas do oeste da Galileia, eles agarraram todas as pessoas possuídas por demônios que conheciam, todas as pessoas doentes que conheciam e as trouxeram. A cidade inteira se reuniu à porta da casa.
Fim de um longo dia e, talvez, Jesus estivesse querendo descansar, mas no crepúsculo daquela noite de sábado, as pessoas fizeram o que não poderiam ter feito antes, porque eram pessoas que guardavam o sábado. Começaram a trazer para Ele, num fluxo constante, indo e vindo, todos os males, pessoas com várias doenças, e os endemoniados, e toda a cidade, finalmente, acaba na porta da casa de Pedro.
Isso é uma multidão – você pode imaginar olhando para essa multidão? Todos os endemoniados, paralíticos e todas as pessoas doentes estão à porta. A propósito, é importante notar que eles trouxeram todos os que estavam doentes, e o versículo 34 diz: “E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam.”
Devo acrescentar, neste ponto, que eles estavam procurando por cura e não por salvação. Eles não estavam procurando sanar as questões da alma, mas as do corpo. Você está surpreso com isso? Se você oferecesse à nossa geração de pessoas, em nossa sociedade, a perfeição física, saúde física total ou salvação espiritual, nove em cada dez deles iriam querer o quê? A saúde física.
Já houve uma geração mais obcecada com saúde do que a nossa? Todos querem a cura. Isso não é novidade.
A explosão de cura não era para fornecer saúde simplesmente; mas para autenticar o verdadeiro evangelho e o verdadeiro Messias, mostrar Seu poder sobre doenças e demônios, mostrar Seu poder sobre o mundo físico e espiritual, mostrar que Ele tinha o poder de vencer o pecado e Satanás, de resgatar almas, e mostrar que Ele tinha o poder de nos ressuscitar, num corpo perfeito e glorificado.
No relato de Mateus sobre esse mesmo milagre da cura da sogra de Pedro, há uma declaração no final que vale a pena notar. Mateus, capítulo 8, diz que Jesus entrou na casa de Pedro, viu sua sogra deitada na cama com febre, tocou sua mão, a febre a deixou. Ela se levantou e foi servi-los. E quando a tarde chegou, trouxeram a Ele muitos que eram possuídos por demônios, Ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os que estavam doentes. Novamente, era com um toque ou uma palavra, e eles foram totalmente curados.
E então, este comentário final, versículo 17, “Isto foi para cumprir o que foi falado por meio de Isaías, o profeta.” E o que foi dito por meio do profeta Isaías? Isaías 53:4: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si...”. O profeta disse que o Messias teria o poder de pôr fim a nossas doenças, nossas enfermidades. Ele curará todas as nossas doenças? Sim, no futuro. Mas Ele provou que é capaz de fazer isso no futuro, fazendo-o quando esteve aqui.
3. Resumo e Conclusão
3. Resumo e Conclusão
O crente precisa imitar o exemplo dos amigos da sogra de Simão Pedro. Lemos que, quando ela “achava-se acamada, com febre”, esses amigos “logo lhe falaram a respeito dela”.
Não existe medicamento que se compare a esse. Os meios postos à nossa disposição devem ser usados com diligência, sem dúvida, em todo momento de necessidade. Os médicos devem ser consultados em caso de enfermidade. Os advogados devem ser ouvidos quando a propriedade ou o indivíduo precisam de defesa. Deve-se buscar a ajuda dos amigos. No entanto, a primeira coisa que devemos fazer é clamar ao Senhor Jesus Cristo, rogando-lhe ajuda.
2 Crônicas 16:12 “No trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos.”
Ninguém será capaz de nos aliviar com tanta eficácia quanto ele. Ninguém é tão compassivo e tão disposto a aliviar nossas dificuldades. Quando Jacó se viu envolvido em grande dificuldade, voltou-se para Deus e suplicou: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú” (Gn 32.11). Quando Ezequias sentiu-se pressionado, antes de mais nada, abriu, diante do Senhor, a carta enviada por Senaqueribe; e, então, rogou: “Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos” (2Rs 19.19). Quando Lázaro adoeceu gravemente, suas irmãs imediatamente mandaram dizer a Jesus: “Senhor, está enfermo aquele a quem amas” (Jo 11.3). Devemos agir precisamente dessa maneira. “Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá” (Sl 55.22). “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade” (1Pe 5.7). “Em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” (Fp 4.6).
Não somente nos lembremos disso, como também pratiquemos.
Vivemos em um mundo caracterizado pelo pecado e pela tristeza. São muitos os dias tenebrosos na vida de um homem. Não é preciso alguém ter visão profética para prever que haveremos de chorar muito e sentir muitos apertos no coração antes de morrermos. Estejamos armados com a receita contra o desespero, antes que surjam nossas dificuldades. Devemos saber o que fazer quando a enfermidade, a perda de um ente querido, a perseguição por causa de Cristo, os fracassos e os desapontamentos recaírem sobre nós, como se fossem homens armados. Façamos conforme se fez na casa da sogra de Pedro, em Cafarnaum. Contemos tudo, na hora, a Jesus.