EBI - Tiago 4. 11-12
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Texto e contexto
Texto e contexto
Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz. Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo?
Nos versículos que antecedem essa passagem (4.11-12), vemos que Tiago alerta seus leitores acerca do:
Problema com o coração pecaminoso e a busca pelos prazeres que levam aos conflitos e as guerras (4. 1-3).
Problema de inimizade entre as paixões do mundo e a vontade de Deus, pois aqueles que se assemelham ao mundo se tornam inimigos de Deus. Sendo assim, Deus se alegra dos humildes, mas rejeita os orgulhosos (4. 4-6).
Entendimento de que somente em postura de arrependimento profundo, submissão e dependência de Deus é que o cristão poderá resistir ao diabo, se aproximar do seu Senhor e ser fortalecido e exaltado por Deus Pai (4.7-10).
Argumentação
Argumentação
1. Os versos 11 e 12 estão interligados a passagem anterior, pois aqueles que são orgulhosos e se consideram maiores que os outros, julgam estar no direito de maldizer e executar juízo em relação as demais pessoas. Qual a palavra que Tiago usa para começar essa exortação e o papel dela na passagem?
R: A ênfase deste verso está na palavra “Irmãos”. Ela ressalta a relação íntima que os cristãos desfrutam no contexto de igreja. Ao falar mal do seu irmão, o crente está abandoanando a lei e se colocando na condição de juiz, ou seja, ele está se colocando no mesmo nível do Autor da lei, o próprio Deus. O próprio Tiago fala a respeito desta lei no capítulo 2.8: Tiago 2.8
Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, estarão agindo corretamente.
2. Em um contexto de tribunal, o “juiz deve ser imparcial ao avaliar as evidências e ser justo ao aplicar a lei e pronunciar a sentença” (Simon J. Kistemaker, 2006, p.197). Ao contrário disso, aquele que fala mal do seu irmão deixa de lado a lei do amor e se coloca na condição de juiz ao exercer juízo sobre determinada situação sem o devido cuidado. Diante disso, qual é o maior erro daquele que fala mal do irmão?
R: Aquele que fala mal de seu irmão está, com isso, abandonando a lei criada por Deus e se colocando no mesmo nível Dele. Aquele que fala mal não tem, muitas vezes, a noção da seriedade de seus atos. Portanto, o pecado da maledicência é um pecado cometido contra a pessoa acusada e contra Deus, que proíbe este pecado. O próprio Deus afirma em Levítico 19.16
“Não espalhem calúnias entre o seu povo.
“Não se levantem contra a vida do seu próximo. Eu sou o Senhor.
3. Por fim, no verso 12, fica evidente que Deus é aquele que detém de autoridade para exercer, em última instância, o juízo correto sobre a vida humana. Não compete ao homem assumir a posição de Deus neste processo. Tendo isso em mente, o que Tiago pretende dizer quando afirma “aquele que pode salvar e destruir”?
R: Só Deus tem a autoridade de “salvar e destruir”, ou seja, Deus faz a lei, coloca-a em prática e faz com que seja cumprida ao dar a sentença. O veredito é inocente ou culpado – Deus é capaz de salvar e destruir. No cântico de Moisés, encontramos um paralelo quando Deus diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e mais nenhum Deus além de mim: eu mato, e eu faço viver” (Dt 32.39), e Jesus instrui seus discípulos a não temerem aquele que é capaz de matar o corpo: “Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28; e Lc 12.5).
Aplicação
Aplicação
1. Deus nos responsabiliza pelas palavras que proferimos e especialmente aquelas que são ditas contra o próximo. Portanto, pare agora e pense sobre como você tem usado as suas palavras e se você tem sido cauteloso pela forma com a qual você tem falado com as pessoas e das pessoas.
2. Todos nós temos a mesma condição de culpados perante a lei de Deus. Assim, ao invés de nos colocarmos acima da lei e assumirmos a posição de um juiz, devemos encorajar, confortar e amar nosso próximo. Isso não quer dizer que devemos fechar os nossos olhos quando vemos um irmão caindo em pecado, mas que devemos ajudar uns aos outros falando com amor em Jesus.
Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 199.
