Lição 15 - O poder da oração em unidade
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Mateus 18.19–20 “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”
-Uma das primeiras lições de nosso Senhor em sua escola de oração foi: não ser visto pelos homens. Entre no seu quarto secreto; fique sozinho com o Pai. Depois de nos ensinar que o significado da oração é contato pessoal e individual com Deus, Ele nos traz uma segunda lição: você não precisa somente de um lugar secreto, mas também de oração pública junto com outros irmãos.
-Nada pareceria mais estranho do que filhos de uma família que somente encontrassem o pai separadamente, mas nunca se reunissem para expressar seus desejos ou seu amor. Os cristãos não são apenas membros de uma família, mas de um corpo. Assim como cada membro do corpo depende um do outro, e a ação completa do espírito que habita no corpo depende da união e cooperação de todos, assim os cristãos não podem gozar a bênção completa de Deus, preparada para ser transmitida por seu Espírito, a menos que a busquem e a recebam por meio da comunhão uns com os outros. É pela união e comunhão dos crentes que o Espírito pode manifestar Seu pleno poder. Foi para os cento e vinte reunidos juntos em um lugar, e orando em concordância, que o Espírito desceu do trono do glorificado Senhor.
As características da verdadeira oração coletiva nos são dadas nessas palavras de nosso Senhor. A primeira é a concordância sobre o que foi pedido.
-A segunda característica é o ajuntamento no nome de Jesus.
-Aqui o Senhor nos ensina que o Nome tem de ser o centro de união pelo qual os crentes se reúnem, o laço de união que os torna um, assim como um lar contém e une todos os que vivem nele.
-O nome é tão real para aqueles que o compreendem e nele creem, que reunir nesse nome é ter o próprio Jesus presente.
-É a presença viva de Jesus, pela comunhão de Seus discípulos que amam e oram, que traz poder à oração em que há concordância.
A terceira característica é a certeza da resposta: “Ser-lhes-á concedida por meu Pai”.
-Quando algum de nós tem desejos específicos a respeito dos quais nos sentimos fracos para exercer a fé necessária, devemos buscar força na ajuda de outros.
-O apóstolo Paulo nos mostra de forma bem clara como era real a sua fé no poder da oração em unidade. Para os romanos ele escreve (15.30): “Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor…”. Ele esperava, como resposta, ser libertado dos inimigos e ser próspero em seu trabalho. Aos coríntios ele escreve (2 Co 1.11): “… ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito…”. A oração deles teria uma parcela real em sua libertação. Aos efésios ele escreve: “… com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me seja dada, no abrir de minha boca, a palavra…”. (6.18–19). Seu poder e sucesso no ministério fizeram-no depender da oração dos irmãos. Em relação aos filipenses (1.19) ele esperava que suas tribulações resultassem na salvação deles e no progresso do evangelho “pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus”. Aos colossenses (4.3) ele acrescenta uma exortação para continuarem firmes na oração: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra…”. E aos tessalonicenses (2 Ts 3.1) ele escreveu: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos”. Fica evidente em todas essas passagens que Paulo se sentia membro de um corpo, dependente de sua simpatia e cooperação, e que ele contava com as orações dessas igrejas para que obtivesse o que provavelmente não conseguiria sozinho. As orações da igreja eram para ele um fator tão real na obra do reino como o poder de Deus.
Que poder uma igreja poderia desenvolver e exercer se entregasse a si mesma ao trabalho de oração dia e noite pela vinda do reino, pelo poder de Deus sobre seus servos e Sua palavra, pela glória de Deus na salvação das almas? A maioria das igrejas pensa que seus membros se reúnem como um só simplesmente para cuidar um do outro e para edificar um ao outro. Elas não entendem que Deus governa o mundo pelas orações de Seus santos, que a oração é o poder pelo qual Satanás é derrotado, que pela oração a Igreja tem ao seu dispor os poderes do mundo celestial.
-Como prova de nossa unidade e fé no poder da oração conjunta, como uma escola de treinamento para a expansão de nosso coração para acolher todas as necessidades da Igreja universal, como uma ajuda para oração unida e perseverante, em tudo isso seu valor é inestimável. Porém muito especialmente como um estímulo para o prosseguimento de oração conjunta em grupos menores tem sido uma grande bênção. E tornar-se-á ainda maior se o povo de Deus reconhecer o que significa, todos reunidos em unidade em nome de Jesus, para ter Sua presença no meio de um corpo unido no Espírito Santo, e que reivindica com ousadia a promessa de que o Pai fará o que eles, de comum acordo, pedirem.
“SENHOR, ensina-nos a orar.”
Bendito Senhor! Aquele que em sua sublime oração sacerdotal pede tão fervorosamente pela unidade de Teu povo nos ensina como Tu nos convida e nos exorta a essa unidade por Tua preciosa promessa dada à oração em unidade. É quando somos um em amor e em propósito que nossa fé tem Tua presença e a resposta do Pai.
Ó Pai! Oramos por Teu povo e por cada pequeno grupo de oração que se reúne junto, para que sejam um. Remove, nós oramos, todo egoísmo e interesse próprio, toda estreiteza de coração e estranheza que vierem a impedir a unidade. Expulsa o espírito do mundo e a carnalidade pelos quais Tua promessa perde toda sua força. Que o pensamento de Tua presença e o favor do Pai nos unam mais uns aos outros.
Garante especialmente, bendito Senhor, que Tua Igreja possa crer que é pelo poder da unidade em oração que ela pode ligar e desligar no céu, que Satanás pode ser expulso, que almas podem ser salvas, que montanhas podem ser removidas, que a vinda do reino pode ser apressada. E garanta, bom Senhor, que no grupo em que oro, a oração da Igreja possa de fato ser o poder pelo qual Teu nome e Tua Palavra sejam glorificados.