O contrasta o comportamento do reto com o do perverso em relação aos Negócios
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Introdução
Introdução
De agora em diante, o livro de Provérbios torna-se principalmente uma coleção de provérbios individuais. Os ditos ou adágios não estarão necessariamente relacionados entre si. Nossa abordagem, portanto, não será expor passagens (uma vez que há poucas passagens narrativas), mas sim atingir destaques, explorar temas e traçar linhas de pensamento de forma apropriada a esse gênero literário.
Neste ponto de junção do livro, a introdução volta a mencionar o pai e a mãe (veja 1.8) e contrastar o efeito psicológico de um filho sábio(bēn ḥākām;) e de um filho insensato (bēn kesîl) sobre eles.
1. A postura do filho em relação à sabedoria determina o bem-estar emocional de seus pais.
10:1 O comportamento do filho influencia diretamente a saúde emocional dos pais.
Os filhos são um manancial de alegria ou uma fonte de tristeza para os pais. Eles trazem grandes alegrias ou profundo sofrimento. Há filhos sábios, que obedecem e honram aos pais. Esses se tornam bem-aventurados na vida e dilatam seus dias sobre a terra. Porém, há filhos insensatos, que escarnecem da educação recebida pelos pais e jogam fora todos os princípios aprendidos no lar. Esses filhos entram pelos atalhos e descaminhos da vida, ajuntam-se a más companhias, mergulham nos labirintos escuros dos vícios e entregam-se a toda sorte de devassidão. Nessa jornada inglória, colhem os frutos malditos de sua semeadura insensata.
Transtornam a própria vida, envergonham a família e provocam sofrimentos indescritíveis à sua volta, especialmente aos pais. Benditos são os filhos que se regem pela sabedoria, e não pela insensatez. Benditos são os filhos que andam pela estrada da santidade, em vez de naufragarem nos pântanos da impureza. Benditos são os filhos que ouvem e honram os pais e são motivo de alegria para eles. São aqueles que glorificam Deus, abençoam a família, fortalecem a igreja e constroem uma sociedade justa. São aqueles que experimentam a bênção de uma vida superlativa aqui e, por meio de Cristo, desfrutarão da bem-aventurança eterna.
2. A pureza e diligencia nos negócios. Versos de 2 a 5.
A. Uma vida justa é superior à riqueza, pois ela preserva a vida.
A. Uma vida justa é superior à riqueza, pois ela preserva a vida.
“Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte.” Verso 2
Estamos vivendo uma crise sem precedentes em nossa sociedade. A crise que mais nos assola é a da integridade. Os valores morais estão sendo tripudiados. A lei do levar vantagem em tudo parece governar nossa gente.
Políticos inescrupulosos vendem a alma da nação para serem eleitos. Esquemas de corrupção escondem quadrilhas de colarinho branco que trafegam pelos corredores do poder amealhando os tesouros da impiedade. As riquezas que deveriam socorrer os aflitos e levantar as colunas de uma sociedade justa são desviadas para contas bancárias de grã-finos que fazem as leis, escarnecem das leis e escapam da lei. Aqueles, porém, que acumulam os tesouros da impiedade, que vivem no fausto e no luxo, e que ajuntam para si riquezas mal adquiridas, verão que esses bens se tornaram o combustível de sua própria destruição.
Os tesouros da maldade não aproveitam nada. “Tesouros da impiedade” devem significar riqueza que tenha sido adquirida por métodos duvidosos ou injustificáveis, ou que seja aplicada para fins profanos ou proibidos. Portanto, apesar de todas as suas belas aparências, eles não aproveitam nada. Eles não trazem consigo nenhuma felicidade sólida e substancial; nenhuma alegria sobre a qual a alma possa repousar com confiança; nenhuma força para suportar provações na adversidade.
A riqueza injusta produz morte, mas a justiça livra da morte. É melhor ser um pobre íntegro do que um rico desonesto. É melhor comer um prato de hortaliças onde há paz do que viver na casa dos banquetes com a alma atribulada. É melhor ser um pobre rico do que um rico pobre.
A inutilidade da riqueza de um homem ímpio, o valor do caráter de um homem justo.
A inutilidade da riqueza de um homem ímpio. Não “lucrará nada”. O homem perverso obtém tesouros aqui, e muitas vezes, de fato, quanto mais perverso um homem é, mais sucesso ele tem. Mas qual é o lucro real da riqueza para os ímpios? Alimenta-o e veste-o bem como um animal. Isso pode proporcionar a ele um ambiente lindo.
1. Não “lhe aproveita” nada no sentido de torná-lo verdadeiramente feliz. Não pode harmonizar os elementos da sua natureza que o pecado colocou em conflito; não pode remover o sentimento de culpa da sua consciência; não pode enchê-lo de uma esperança brilhante para o futuro.
2. Não “lhe aproveita” nada na hora da morte ou no mundo futuro. Ele deixa tudo para trás. O dinheiro era a maldição de Judas.
“mas a justiça livra da morte.”
Mas a justiça livra da morte: Essa frase é repetida em 11:4b. A justiça contrasta com a iniquidade aqui e em vários outros versículos desse capítulo. Como a iniquidade na primeira linha se refere a todos os tipos de maneiras erradas ou más de obter riqueza, a retidão se refere a ser justo, correto ou honesto.
Livra da morte é entendido de várias maneiras por intérpretes e tradutores. O pensamento pode ser que a vida correta e a honestidade, em contraste com a desonestidade na primeira linha, garantem a uma pessoa uma vida longa, como sugerido em 3:2. Nesse caso, o pensamento pode ser traduzido como "a honestidade o salva de uma morte prematura" ou "a vida correta lhe dará uma vida longa".
B. O caráter moral de um homem determina a resposta de Deus às suas necessidades.
O Senhor não permitirá que a alma dos justos passe fome.
O Senhor e os justos
Deus não desampara aqueles que nele confiam. Aos seus amados, dá ele o pão enquanto dormem. Não há Deus como o nosso, que trabalha para aqueles que nele esperam.
10:3 De modo geral, Deus não deixa ter fome o justo. Davi escreveu: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37:25). Em contrapartida, Deus “rechaça (frustra) a avidez (maldade, os desejos dos perversos”, isto é, o Senhor frustra as tentativas do perverso de alcançar satisfação e realização.
Rechaça – Frustra, dificulta, impedi.
Parafraseando o verso, ficaria assim:
“Se você obedecer ao Senhor, não passará fome; Se você for perverso, Deus não permitirá que você tenha o que deseja.”
Sl 34:9-10.
C. A atitude para com o trabalho determina a condição financeira final.
O que trabalha com mão remissa – Remissa: enganadora, preguiçosa.
A preguiça é a mãe da miséria e a patrona da pobreza. Aqueles que têm alergia ao trabalho e fogem dele como uma praga contagiosa empobrecem. Aqueles que amam o sono e encontram toda sorte de desculpas para não trabalhar acabam tendo a mente cheia de coisas perversas.
O trabalho é uma bênção. Não é castigo nem fruto do pecado. É uma ordem de Deus.
Se você quiser tornar um homem um ser miserável, deixe-o não ter nada para fazer. A ociosidade é o viveiro do crime.
“Empobrece quem age com mão negligente, mas a mão do diligente enriquece.” - Pv: 10:4 .
pessoa diligente s. — uma pessoa que é caracterizada pelo cuidado e perseverança na execução de tarefas.
ESTA regra se aplica tanto aos negócios da vida quanto às preocupações da alma. A diligência é necessária para acumular tesouros, dentro ou fora do alcance da ferrugem.
Esta regra se aplica tanto aos negócios da vida quanto às preocupações da alma. A lei vale para as coisas comuns. A terra produz espinhos em vez de uvas, a menos que seja cultivada pelo trabalho do homem.
O trabalho gera riqueza, pois a mão dos diligentes vem a enriquecer-se. Por intermédio do trabalho fazemos o que é bom, cuidamos de nós mesmos e da nossa família e ainda acudimos o necessitado.
D. O uso adequado do tempo demonstra o valor moral do indivíduo.
“O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.” Verso 5
Nossos esforços na vida devem ser oportunos. Aquele que deixa de reunir-se no verão, negligencia as graças do Senhor, bem como negligencia suas próprias necessidades futuras. O homem que dorme na colheita é declarado tolo, porque deixa escapar a oportunidade.
Precisamos ajuntar no tempo da fartura como José fez no Egito. Não podemos gastar tudo o que ganhamos nem comer todas as sementes que colhemos. Precisamos poupar a fim de ter um saldo positivo nos dias de vacas magras. Vivemos em uma sociedade consumista, que ama as coisas e se esquece das pessoas. O consumismo nos ilude com a tola ideia de que somos o que temos. Na década de 1950 consumíamos cinco vezes menos do que consumimos hoje e não éramos menos felizes por isso. Na década de 1970, mais de 70% das famílias dependiam apenas de uma renda para manter toda a família. Hoje, mais de 70% das famílias dependem de duas rendas para manter o mesmo padrão. O luxo de ontem tornou-se a necessidade de hoje. Entramos nessa espiral do consumismo e acabamos comprando o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não conhecemos. Precisamos trabalhar mais; precisamos poupar mais; precisamos investir mais. Esse é o caminho da sabedoria!