VIVAMOS O VERDADEIRO AMOR! (Parte 2)João 13.5-15

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Notes
Transcript
É mais fácil lavar pés do que ser lavado. O Filho de Deus começou a lançar o alicerce da Sua igreja com uma toalha. Ele Se declarou “O Servo” (veja Lucas 22:27). (Charles B. Hodge, Jr.)
Tudo o que Jesus veio a ensinar nessa porção bíblica está embutido no contexto da oportunidade em que a humildade foi retratada no “lava-pés” dos discípulos.
Fomos purificados da culpa e da nódoa do pecado; contudo precisamos, diariamente, de limpar-nos da contaminação de cada dia. (Charles Erdman)
O coração de Jesus estava sendo derramado em relação aos seus mais íntimos discípulos: uma preciosa lição estava para ser compartilhada! A relação entre o amor e a humildade.
A humildade é a virtude suprema, e ninguém, a não ser o mais arrogante, se considera humilde e se gloria da humildade. Somente Deus conhece a humildade; também só ele a revela e julga. (Lutero)
1. Pedro representa aquela porção da cristandade que ainda não conseguiu entender o grande drama do cristianismo. (vv. 6-8)
(a) Chegando a vez de Pedro uma parada pedagógica: Jesus tem mais uma lição a dar aos discípulos.
(b) Existem realidades espirituais que ainda estão escondidas em meio aos acontecimentos do nosso dia a dia.
Ó crente em Cristo, está ouvindo? Não é necessário saber tudo e porque nosso Salvador faz as coisas que faz, só aceitar e confiar nele, porque sabemos que ele faz tudo certo sempre. Os pensamentos e feitos de Deus não são segundo os nossos. Jesus explicou para Pedro dizendo que foi simbolicamente que ia fazer depois da sua ressurreição e ascensão lá no céu como nosso Intercessor e Advogado (I João 1:9-2:1).
(c) Temos de aprender com a presunção de Pedro a esperarmos antes de expormos nossas opiniões.
Dessa atitude do apóstolo Pedro devemos aprender que alguém pode ter abundância de fé e amor, mas infelizmente estar destituído de um conhecimento nítido.
(d) A nossa comunhão com Jesus tem o seu inicio na nossa rendição ao seu toque de humildade.
(e) É de se admirar a quantidade de cristãos que precisam ser tocados pelo Senhor a fim de se verem livres do orgulho!
(f) Nenhum pecado é tão ofensivo e prejudicial à alma quanto o orgulho. (J. C. Ryle)
2. Pedro, com sua insistência em ser totalmente lavado lembra perfeitamente quem pensa em vencer suas lutas imediatamente após sua conversão! (vv. 9-11)
(a) Ele queria ver as mãos (trabalho, labor) e a cabeça (governo, nutrição) limpos imediatamente.
"Um momento atrás Pedro dizia a seu Senhor que ele estava fazendo demais; mas agora Pedro lhe diz que estava fazendo pouco demais". (Marcus Dods)
(b) O banho é símbolo da regeneração, a lavagem constante dos pés da purificação diária como resultado da meditação na Palavra de Deus.
Aquele que foi tocado pelo poder purificador e santificador de Jesus em sua redenção, esse está totalmente limpo e santo à vista de Deus. Seus discípulos estavam limpos; pela fé tinham aceitado a redenção pelo seu sangue. Estavam justificados de seus pecados. E a santificação de suas vidas deve continuar, tal como o indicou o lavar dos pés; eles, continuamente, precisam lavar e remover a imundície dos pecados que persistiria em apegar-se a eles e em macular-lhes a carne e a consciência. (Kretzmann)
João 15.3 NAA
Vocês já estão limpos por causa da palavra que lhes tenho falado.
(c) Judas ainda não havia saído da mente de Jesus.
(d) Com Jesus estamos limpos, mas nossos pés insistentemente nos cobram períodos de purificação.
A pessoa que tomou um banho no corpo todo, se sujar os pés, só precisa lavar os pés. O salvo por Jesus Cristo já está totalmente limpo dos seus pecados eternamente, só precisa ser depois purificado da sujeira diária do mundo pecaminoso.
(e) Enquanto os cristãos andam neste mundo, adquirem certa quantidade de contaminação. (William Macdonald)
3. Jesus agora, depois de tratar a igreja através de Pedro, analisa o centro de sua missão. (vv. 12-15)
(a) Em sua pergunta: “vocês estão entendendo?” reflete o desejo de Jesus em fazer-se compreendido.
Sem esse espírito ou atitude (o que é simbolizado pela cerimônia do lava-pés) nenhum indivíduo jamais fará jamais qualquer progresso espiritual, e nunca se poderá apossar dos benefícios que o Senhor Jesus oferece à alma contrita e humilde. (Champlim)
(b) Se Jesus, como Senhor e Mestre (nessa ordem) desceu de seu nível para ser servo, esse é o dever de todo que se chama “cristão”.
Ele é nosso Mestre, didaskalos- nosso professor e instrutor em todas as verdades e preceitos necessários, como um profeta nos revelando a vontade de Deus. Ele é nosso Senhor, kyrios- nosso soberano e dono, que tem autoridade e domínio sobre nós.
(c) Trata-se não no sentido de cobrar que o “lava-pés” se institucionalize, mas sim que ele seja internalizado em cada crente em Cristo Jesus!
Lavar os pés uns aos outros é rebaixar-se aos trabalhos mais baixos por amor, pelo verdadeiro bem e beneficio uns dos outros, como o bendito Paulo, que, embora independente de todos, fez-se servo de todos, e o bendito Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir. (Mattew Henry)
(d) No que você vem fazendo como crente para que em seu coração tenha essa postura exigida pelo Senhor Jesus?
AGOSTINHO: É muito melhor e sem dúvida mais verdadeiro lavar os pés realmente; que os cristãos não desdenhem fazer o que o próprio Cristo fez: quando o corpo se inclina para os pés de um irmão, o sentimento de benevolência se ascende em seu coração. E se já se possuía este sentimento, ele é confirmado. Porém, se não lavamos realmente os pés uns aos outros, façamo-lo ao menos no coração. Ora, pelo lava-pés devemos entender a limpeza das faltas. Assim, portanto, lavemos espiritualmente os pés de nossos irmãos e, de todo coração, lavemos suas manchas.
4. Guarde em seu coração:
(a) Na sua vida pessoal, identifique-se mais com a posição de quem serve do que a de quem é servido.
Jesus ensinou-os para assumir a posição de servo, não de fariseu. Mostra também que quando os irmãos se sujam de pecado, devemos ajudá-los resolver, não tratá-los com indiferença e desinteresse farisaicos.
(b) Temos de viver a prática dessa porção preciosa das Escrituras.
Biografia de Robert Cleaver Chapman:
Não havia tarefa humilde demais para Chapman. Os visitantes ficavam especialmente impressionados com seu hábito de limpar as botas e sapatos de seus hóspedes. Realmente, foi em fazer isso que ele encarou a maior resistência, porque as pessoas que vinham passar um tempo com ele sabiam que, apesar da aparência pobre de sua casa, ele era um homem de boas maneiras; e depois que o ouviam ministrar a Palavra com autoridade divina, tinham muitas dificuldades em deixá-lo fazer uma tarefa tão servil por elas. Mas não havia como impedi-lo. Certa feita, um cavalheiro, sem dúvida sabedor de que seu hospedeiro era de boa família e de elevada estatura espiritual, inicialmente recusou-se a deixar que carregasse suas botas. "Eu insisto", foi a resposta firme. "Antigamente o costume era lavar os pés dos santos. Hoje, este costume não existe mais, então eu faço o que mais se aproxima disso, e limpo os seus sapatos".
(c) Nós devemos lavar com lágrimas os pés sujos de nossos irmãos. (Mattew Henry)
(d) Precisamos amar as pessoas a ponto de nos importarmos com elas!
Ilustr.:
Uma pequena criança, que vivia na rua, ouviu de um dos colegas de infortúnio: "Se Deus ama você, por que não cuida de você? Por que não manda alguém lhe trazer uma calça nova, e um casaco, e uma comida melhor?" O menino pensou por alguns instantes e, com lágrima nos olhos, respondeu: "Eu creio que Ele mandou alguém, mas esse alguém se esqueceu." O plano de Deus é cuidar de todos, usando para isso os seus discípulos.
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