VIVAMOS O VERDADEIRO AMOR! (Parte 1)João 13.1-5-15
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Jo 13-17: mensagem de despedida de Jesus. Moisés (Dt 31-33), Josué (Js 23-24), Paulo (At 20).
A “hora de Jesus”: Jo 2.4; 7.30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1
Veremos nessa primeira mensagem sobre a humildade, alguns aspectos da natureza do amor de Jesus, na realidade o amor é a essência da humildade!
Houve também entre eles uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. Mas Jesus lhes disse:
— Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados de benfeitores. Mas vocês não são assim; pelo contrário, o maior entre vocês seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: aquele que está à mesa ou aquele que serve? Não é verdade que é aquele que está à mesa? Pois, no meio de vocês, eu sou como quem serve. Vocês são os que têm permanecido comigo nas minhas tentações. E eu confio a vocês um reino, assim como o meu Pai confiou a mim, para que comam e bebam à minha mesa no meu Reino; e vocês se assentarão em tronos para julgar as doze tribos de Israel.
O coração de Jesus estava cheio de amor enquanto Ele lavava os pés dos discípulos. Ele não estava cheio de ódio, decepção, frustração ou desgosto, mas amor. Para servirmos como Jesus serviu, é importante que também comecemos tendo amor. (Bruce McLarty)
O que Jesus fez, Ele o fez de uma posição de confiança e poder. Ele demonstrou que o serviço não emana da fraqueza, mas tem como base a força.
Andrew Murray: "Este é o grande teste que comprova se a santidade que professamos buscar é verdadeira: manifesta humildade crescente que ela mesma produz? A humildade é uma das coisas necessárias que permitem a santidade de Deus habite uma pessoa. Em Jesus, o santo de Deus, que nos torna santos, a humildade divina foi o segredo de sua vida, morte e exaltação. O teste infalível de nossa santidade será a humildade que nos distingue. A humildade é o botão e a beleza da santidade".
Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza dele, vocês se tornassem ricos.
1. Jesus a despeito do que sabia, agiu em direção à humildade. (vv. 1-5)
(a) Humildade é amor que age! (“Ele os amou ao extremo”, “até os limites máximos do amor”, “Ele os amou completa e finalmente, até o final, até a morte).
(b) Jesus sabia que tudo estava em suas mãos.
Sabia que estava perto de sua humilhação, mas também que sua exaltação se aproximava. Tal conhecimento poderia fazê-lo encher-se de orgulho, mas, mesmo sabendo que o poder e a glória eram prerrogativas suas, ele lavou os pés dos seus discípulos. Em um momento em que poderia ter havido uma demonstração de orgulho, temos um exemplo de suprema humildade.
(c) Jesus sabia que vinha de Deus e que voltaria para Deus.
Poderia ter sentido algum desprezo em relação às pessoas e a este mundo. Poderia ter pensado que já havia feito demais por este mundo, isso porque já estava de volta para Deus. Foi exatamente quando mais perto estava de Deus que Jesus se aproximou mais dos seus.
(d) Jesus sabia que seria traído.
Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze. Judas foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria Jesus. Eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. Judas concordou e buscava uma boa ocasião para lhes entregar Jesus, longe da multidão.
Tal conhecimento poderia ter lhe inspirado ódio e amargura, mas fez com o que seu coração exalasse um amor ainda mais intenso. E o ainda mais maravilhoso disso é que quanto mais a humanidade o feria, mas ele a amava. É tão fácil e natural para nós ter ressentimentos por ofensas recebidas e mágoas pelos insultos e injúrias, mas Jesus as enfrentou a pior injúria e a mais horrível deslealdade com a maior humildade e com amor mais sublime.
(e) O que Jesus sabia não o impediu de ter amado com um amor humilde (amor que desce).
“Quem entregou Jesus à morte? Não foi Judas, por dinheiro; não foi Pilatos, por medo; não foram os judeus, por inveja; mas o Pai, por amor”. (Geoffrey B. Wilson)
(f) O amor de Jesus desceu a nós para que pudéssemos subir ao Pai.
“Ainda que usássemos todas as belas expressões do nosso vernáculo, não poderíamos descrever a beleza inefável do céu. Ainda que todos os mares fossem tinta, ainda que todas as nuvens fossem papel, ainda que todas as árvores fossem pena e todos os homens escritores, nem mesmo assim poderíamos descrever as glórias excelsas que Deus preparou para os seus filhos”.
2. Ainda sobre o amor de Jesus, vemos que esse amor é constante e paciente. (vv. 1-5)
(a) Humildade é amor que não desiste nunca!
(b) Jesus nunca se cansa dos “seus”, porque o seu amor é o centro de seu evangelho.
Ele nos amou e se preocupou conosco, antes mesmo de O conhecermos, e nos amou ao ponto de vir ao mundo para salvar-nos, assumir a natureza humana, levar sobre Si os nossos pecados e morrer em nosso favor, na cruz- tudo isso é realmente maravilhoso! (J. C. Ryle)
(c) O amor de Jesus é repleto de paciência e de uma capacidade fora do comum para o perdão.
Não encontramos qualquer mãe que, lidando com a teimosia de seu filho na infância, demonstre possuir uma paciência tão completa quanto a de Cristo, ao ser provado por seus discípulos. A longanimidade dEle é infinita. Sua compaixão assemelha-se a uma fonte inesgotável. Seu amor “excede todo o entendimento”. (J. C. Ryle)
(d) Não há ninguém na face da terra que venha a Cristo e que não encontre abrigo para o seu coração perdido!
Os que são recebidos por Cristo são preservados por Ele. Os que são amados por Ele à princípio serão amados até ao fim. Sua promessa jamais falhará, servindo aos santos e aos pecadores: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37).
(e) Esse “amor eletivo” de Jesus nos leva ao esmigalhamento de qualquer vestígio de orgulho no nosso coração.
Amigos, se vocês desejam adquirir uma mais profunda humildade, então estudem a doutrina bíblica da eleição, pois ela humilhará a vocês, sob as influências do Espírito Santo. Aquele que se sente orgulhoso de sua eleição, é porque não é um dos eleitos do Senhor. Mas aquele que se sente apequenado, debaixo do senso de haver sido escolhido, pode acreditar que é um dos eleitos. Tal individuo tem toda a razão para acreditar que é um dos escolhidos de Deus, porquanto esse é um dos mais benditos efeitos da eleição, ou seja, ela ajuda-nos a nos humilharmos na presença de Deus. (C. H. Spurgeon)
(f) “Amou-os até o fim”, lembra-nos de nossos limites existenciais, um dia o nosso sofrimento terminará.
D. A. Carson nos lembra sobre Jó, outro personagem do Velho Testamento que enfrentou grande sofrimento, “na noite mais escura de nossa alma, temos algo em que nos segurar, a qual Jó nunca chegou a testemunhar. Temos o Cristo crucificado. Os crentes têm aprendido que quando não parece haver qualquer outra evidência do amor de Deus, não podem deixar de ver a cruz”.
3. Tracemos agora um duplo retrato: um Judas que se deixou levar pelo Diabo e um Jesus que se expõe à humilde doação de si mesmo.
(a) Humildade é amor que enfrenta oposição.
(b) Podemos encontrar profunda corrupção mesmo no mais aparentemente engajado dos crentes!
Contudo a expressão "lançar" mostra de forma concreta como num coração aberto para isso caem pensamentos satânicos, fixando-se dentro dele". (Werner de Boor)
(c) Vemos aqui um contraste vivo entre Judas que se serve a si mesmo e Jesus, que se dá a si mesmo.
Alguém pode declarar que tem uma profunda experiência religiosa e, apesar disso, tornar-se um terrível hipócrita, demonstrando ao final que jamais se converteu.
(d) Em contrapartida:
Jesus segue o seu ritual da graça: abrindo mão de seu conforto na ceia, tirando o seu digno manto, sustentando em suas mãos a toalha do serviço abnegado.
4. Guarde no seu coração:
(a) Jesus nunca poupou energia para amar a você. Ele não lhe ama mais hoje do que ontem, e nem lhe amará mais amanhã do que hoje!
Parece que a intensidade da afeição do amor é o alvo primário dessas palavras, traduzindo-as como "amando, ele os amou com plenitude de amor". (Champlim)
(b) Você está preparado para o dia em que passará desde mundo para o Pai?
Observe que uma bem fundamentada certeza do céu e da felicidade, em vez de fazer um homem inchar de orgulho, o tornará e o manterá muito humilde. (Mattew Henry)
"Para ele morrer não era nada além de transitar pela cortina para dentro de outro recinto, mas belo". (Werner de Boor)
(c) O diabo pode colocar algo no coração dos melhores homens.
Judas já havia meditado antes sobre a possibilidade de trair ao Senhor Jesus (Mat. 26.14), mas agora recebeu ajuda satânica nesse mau propósito, e o curso de ação foi escolhido, com pouquíssimas possibilidades de reversão. (Champlim)
(d) A bacia e a toalha estavam no salão o tempo todo. Ninguém tomou iniciativa. Jesus interveio! E hoje: alguém pegará a toalha?
(e) O grande desafio está posto: lavar os pés uns dos outros, é a base para relacionamentos saradores.
Ele estava enfatizando que na conversão a pessoa é totalmente lavada, mas que na caminhada cristã suja os pés, ou seja, peca. E, quando se peca, não tem de banhar-se de novo, ou seja, batizar-se ou converter-se novamente, apenas lavar os pés. Isto, quer dizer, portanto, que "lavar os pés" é o mesmo que lidar com os pecados do dia a dia da caminhada cristã. (Ivênio dos Santos)
(f) "Jesus aos pés do traidor! Que cena! Quantas lições para nós!".
(g) Humildade é ter olhos para cima!
Ilustr.:
Uma pobre jovem inglesa vivia como empregada de uma família rica. Seu trabalho era um tanto humilde e grosseiro e, além disso, o dono da casa era bem pouco agradável. A jovem procurava sempre ser cristã e viver de tal modo que agradasse a seu Salvador; mas surgiu-lhe na mente o pensamento: "Como posso fazer, de forma cristã, um trabalho tão rude para este homem tão desconsiderado?" Certa manhã o patrão lhe trouxe os sapatos cheios de lama, para que ela os limpasse. Ela se encheu de revolta, mas à medida que os ia limpando, outro pensamento lhe ocorreu à memória: "Se fossem estes os sapatos de Jesus, como eu os faria brilhar!"