Como viver nos últimos dias

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Tiago 5.7-11

Introdução:
Nunca houve um dia em que o conhecimento tenha varrido a terra como nos dias de hoje. Estamos vivendo em uma época maravilhosa… Mas isso não significa que a justiça esteja aumentando. Portanto, sejamos cautelosos.
Dwight L. Moody
O evangelista Moody nos adverte sobre nosso dias, são tempos de futura tecnológica,temos computadores nas mãos, informações infinitas a um clique de distancia e extensão de outros recursos, mas, que não é sinal de paz. A justiça é furtada do justo, e os maus estão sendo inocentados, e o crescimento do saber traz mais medo e não segurança. É necessário ser cauteloso, pois estamos vivendo os últimos dias, Tiago, como os demais autores do NT, sabem bem da maldade dessa era. O mundo mau está chegando ao fim, mas ainda estamos vivendo nele, o que fazer? O autor nos chama a viver uma vida consciente do fim que a humanidade está caminhando, e para isso, devemos pensar que: A resposta para maldade é fidelidade ao Senhor. Mas, como dar essa resposta, mediante o texto pode acontecer de três maneiras, e a primeira é:
1 - Sendo pacientes (7-8)
Tiago no inicio desse verso conecta o seu comando ao que foi dito anteriormente na carta.
Aquilo que tratamos no domingo passado: ao perceber o fim dos perversos é certo, nosso comando é ter uma atitude correta diferente das deles na vida presente.
Ou, ao saber o que aquelas pessoas receberam de juízo, o que eu faço?
A primeira coisa que ele nos diz é: Sede pacientes.
O autor retoma ao primeiro tema da epístola, provações, e nos aconselha a como viver até que o fim dos últimos dias chegue.
A paciência é a chave para não perder o controle, ela é o meio que Deus usa para nos fazer crescer a sua semelhança.
Imagine quantas vezes não teria sido possível Cristo destruir todo aquele que fosse contra ele? Mas ele fez? Não! Ainda não era o momento disso.
Igualmente, é imperativo a cada um de nós, entender que mediante os acontecimentos já narrados na seção anterior, não tomar para si o direito de exercer apenas o que Deus poderia.
Isso não quer dizer, que você não possa estudar e ter uma vaga num local onde poderia condenar pessoas por seus crimes.
Ou seja, carreiras na área da advocacia, ou alguma que lide em frear o maldade presente no mundo.
Esse é um meio lícito que temos para influenciar o mundo contra o pecado que está alastrado em nossa sociedade.
Imagine se cada cristão virar às costas ao mundo, e se isolar de todas coisas? A tendência é uma degradação ainda pior.
Podemos, apesar de muitos em nosso país quererem fazer justiça do próprio jeito, com as próprias mãos , nos podemos buscar meios de prosseguir com paciência, e de modo correto, fazer com que a justiça seja cumprida.
Assim, irmãos, apesar do mau que os demais podem realizar, podemos praticar, dentro dos limites da lei uma ação que não fere o juízo final de Deus, deter parcialmente as coisas erradas.
Apesar de todos os problemas e mau uso que os demais fazem da justiça, ainda é o melhor meio disponível a cada um de nós.
No seguimento do texto temos a extensão desse paciência a qual somos chamados para ter.
Ele deve ser até a “vinda do Senhor”. Ou seja, o dia em que ele virá e sim, julgará os maus.
A vinda destaca um evento único e sem qualquer outro semelhante, isso expõe o quão especial será esse acontecimento histórico.
A paciência comandada por Tiago é ilustrada pelo restante verso 7.
Como o agricultor tem paciência em aguardar todo o processo da colheita, devemos também ter ao esperar o conclusão do plano de Deus.
No verso 8, a palavra “também” nos ajuda a concluir assim, tal como eu ilustrei, sejais vós também.
Mas, Tiago acrescente outra coisa, “fortalecei o vosso coração”, isso é o mesmo que falar a ter uma firme certeza, ter uma decisão sem volta como o agricultor não volta atrás no que já fez.
Mas, qual seria a causa de ter uma convicção tão forte?
O fim do verso oito nos diz, “pois a vinda do Senhor está próxima”.
Nos tornamos por ter esse acontecimento em vista.
Nossos sofrimentos aqui, como já temos dito, é breve em comparação ao que virá.
E uma outra coisa importante, essa causa descrito no texto se torna uma marca de cada geração dos servos do Senhor.
Não sabemos quando ele vem, mas sabemos que vem, e que não irá demorar.
Essa é a crença que temos em Cristo. Entendemos que os últimos dias já tiveram seu início, como foi dito no verso 3 desse capítulo.
Mas como Cristo disse: Aquele dia e hora não sabemos.
Assim, é necessário partilhar dessa firme convicção mesmo que Cristo não venha até a nossa morte, pois sabemos que, de todo modo, nos encontraremos com ele.
E estamos acumulando tesouros eternos aqui na terra, assim, nossas decisões tem esse alvo em vista.
Como Cristo sofreu até o fim, e não desistiu, precisamos olhar para ele no momento que nos sentimos mais apertados.
Pois ele sabe muito bem o que é sofrer, no nome dele podemos orar porque ele nos entende.
Sua luta foi ainda mais dura do que a nossa, por isso, pode interceder por misericórdia junto ao Pai, para que possamos suportar as dores desse lado do sol.
Aplicação: Até a vinda do Senhor é necessário aproveitar as situações de nossa vida para criarmos uma “vitalidade espiritual”, ou seja, fortalecer o nossa coração contra os problemas, e aprender a ser mais perseverantes contra a incerteza. A nossa fé se fortalece nesses momentos, é assim que temos de observar esses últimos dias. O sofrimento dessa vida, não se compara com a glória do porvir.
ST: Ao pacientemente lidarmos com o tempo da segunda vinda, podemos acrescentar uma outra coisa para esses últimos dias, que é:
2 - Sem murmurações (9)
Aqui nos retomamos a um tema já mencionado anteriormente no capítulo quatro, agora aplicando além do desejo de alcançar a liderança.
Nesse verso, ele adverte os irmãos a, mediante a situação que viviam, não se voltar “uns contra os outros.
A palavra queixar aqui, vai além de uma simples reclamação que pode acontecer.
E se assemelha a como o povo agia no deserto com relação ao Senhor.
O que muitas vezes é traduzido lá como “murmuração”, o povo estava voltando essa mesma prática já advertida por Deus agora focando em seus compatriotas crentes.
É fato que todos estavam sujeito aos mesmo problemas já relatados dos versos 4-6, e o melhor meio para eles suportaram isso em comunidade eram prezar pela união entre si...
Se partissem para “descontar” suas frustrações contra os outros, estariam, uma outra vez, utilizando a língua de modo equivocado.
Quantas vezes o “desaforo sofrido fora de casa, foi descontado assim que abriu a porta da frente”?
Ou Assim que conversou com algum irmão após ou antes o culto.
Se essa atitude permanecesse neles, ao invés de aguardar com expectativa de “alívio” a vinda do Senhor.
O que restaria para eles uma perspectiva de juízo.
Assim, acumular queixas contra os irmãos, era a mesma coisa que acumular juízo sobre si.
Isso seria o mesmo erro dos ricos opressores que estavam engordando o coração para o dia da matança.
Enquanto deveria ter apoio na comunidade, haveria uma opressão interna de várias pessoas frustradas entre si.
Nossas frustrações não devem ser descontadas em ninguém, é necessário buscar auxilio de um irmão ou mesmo a liderança para partilhar desse peso, e não acumular ao ponto da unica solução ser agir desse modo.
O comando para esses irmãos, e para nós que também estamos vivendo os últimos dias, é viver como um agricultor que espera pacientemente a ultima chuva que antecede o fim do trabalho.
E não acumular o juízo do Senhor, pois, facilmente, poderiam se colocar contra outro mais fraco e fazer mal.
Devemos lembrar irmãos, o juiz está próximo, às portas, o que dentro do texto é paralelo ao está próxima do verso 8.
Se você sofreu uma injustiça, sua melhor resposta para isso não é fazer a mesma coisa com outra pessoa, gerando uma rede de conflitos dentro da igreja.
Aplicação: Mediante a realidade desse evento próximo, precisamos viver nos apoiando e partilhamento dos problemas, gerando uma comunidade que impere a confiança e o amparo. E, que advirta os erros seriamente como prescrito na Escritura. Você tem buscado ser uma pessoa assim? Viver essa unidade com seus irmãos
Além de paciência e cuidado no trato com os irmãos, uma ultima lição para esses últimos dias é:
3 - Imitando bons exemplos (10-11)
Tiago fecha esse seção relembrando alguns personagens conhecidos dos seus leitores, como exemplos de outros que passaram por situações semelhantes, mas seguiram firmes diante de Deus.
Primeiro, ele cita de modo geral os profetas fiéis que falaram em nome do Senhor, como alguns que não mudaram sua postura.
Como Oseias e Habacuque que temos estudado.
Agora, os cristãos como enviados de Deus Filho, terão dificuldades na sua jornada.
Jesus disse que partilharíamos de sofrimentos semelhantes pela lealdade ao seu nome, como é dito em Mateus 5.12 “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”
Uma vida leal ao Senhor não é sinônimo de dias tranquilos sem qualquer problema, haverá tempo que a sã doutrina não será mais suportado, e precisamos ter uma postura firme e não abrir mão quando ocorrer.
Observe os profetas, como um exemplo de paciência diante do sofrimento, pois a ação deles é a mesma esperada por cada um de nós, se somos servos de Jesus.
Tiago olha para esses que suportaram as dificuldades de servir a Deus, e os chama de bem aventurados, como ele já os chamou em Tiago 1.12 “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação...”
Ser bem aventurado é suportar todos esses problemas, pois sabemos que maior que eles é a vida abundante em Cristo.
Somos abençoados mesmo em meio ao sofrimento, pois Deus está conosco neles, e o sofrimento não é falta de Deus ou algo assim.
Na história de Jó sabemos muito bem que Deus estava direcionando toda a situação, e esse exemplo é utilizado para fechar a seção.
O verso diz: Vocês ouviram falar de Jó…
Os leitores já tinham contato com a história dele, e sabiam que apesar de todo seu sofrimento e de suas dúvidas, ele não recuou e amaldiçoou a Deus como havia sido aconselhado.
Paciência e o fim que Deus lhe deu está bem ligadas no verso, isso descreve que há proposito e o que ele passou não foi sem razão.
Deus tinha um proposito maior, por vezes é para nos abençoar em alguma área nessa vida, e outras só saberemos no dia que nos encontrar com ele.
De todo modo, reconhecemos que Deus é cheio de misericórdia, é um Deus leal, e que jamais permitiria que algo acontecesse conosco que não estivesse dentro do seu proposito eterno.
E mesmo nisso, sua compaixão está presente, como Davi disse em 2 Sm 24, era muito melhor está nas mãos do Senhor, mesmo que fosse em juízo.
A paciência é árdua, mas houve alguém que suportou a pior das angustias e mesmo suando gotas de sangue estava lá por nós.
Ele, mais do que ninguém, te entende e ouvirá o seu clamor pois sabe quão doloroso é sofrer, quando estamos em sofrimento nossa memória deve lembrar que Jesus também suportou a pior das dores.
O sofrimento dos profetas não se compara ao dele, mas ambos são exemplos de fidelidade, o nosso exemplo.
A dor nunca é em vão, há um proposito maior e belo que Deus sabe muito bem, e que nessa confiança podemos suportar as provações.
Aplicação: Os profetas são pessoas como nós, e Tiago sabe tão bem que citará outro novamente à frente, e como eles, igualmente podemos ter paciência e suportar a dor, mas sem persistência jamais isso será possível. Não recue mediante a perseguição, dor, ou palavras de humilhação, em Cristo vencemos e seguiremos até o fim.
Conclusão: Tiago adverte os cristãos sobre a importância da ser paciente e reconhecer que a fé não dissipa nossos sofrimento, mas é o mecanismo utilizado por Deus para nos amadurecer em fé e na caminhada com ele. Que Nosso Senhor esteja conosco abençoando nossa frágil mente ao ler a Bíblia para persistir como tantas servos seguiram adiante. Que guarde nosso coração, e que o sofrimento nunca nos afaste dele, amém.
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