Uma igreja que frutifica - Jo 15.1-11

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Notes
Transcript
Handout

Introdução

Se há um gênero literário que muitos gostam de ler são as biografias.
Há sempre muita alegria em nós quando nós vamos folhear as páginas de vida alheia.
Nós gostamos por exemplo de pensar em como Bill Gates iniciou a Microsoft ou lermos de como Steve Jobs iniciou Apple.
Nós temos uma espécie de prazer em folhearmos as biografias e aprendermos com essas vidas que foram influentes.
Eu diria que parte da nossa motivação em aprendermos ou lermos certas biografias é porque de certa forma há em nós um tipo de incômodo um desconforto.
Porque nós não queremos vidas que são infrutíferas, vidas que são monótonas, vidas que são sem vigor, vidas que não tem vitalidade.
Vidas que são enfadonhas não nos inspiram, vidas que não servem para servir para algo não nos chamam atenção.
Há em todos nós temos de certa forma esse desejo comum de sermos produtivos, de sermos úteis de valermos para alguma coisa.
E é por isso que as vezes motivado por esse incômodo por esse desconforto que nós vamos as biografias.
Se eu pudesse resumir talvez em uma pergunta, sobre o tipo de incômodo que sentimos.
Eu diria que a pergunta é:
Qual é o segredo?
Um exemplo extraordinário de biografia é de George Whitefield, o maior pregador que nós tivemos século 18, responsável não ele mais Deus mas através da vida dele pelo grande Avivamento nos EUA.
Um dos maiores pregadores da história.
Ao ler sobre ele, a pergunta que surge é essa, qual o segredo da vida dele.
Por exemplo de um dia ele saiu da Inglaterra país local dele para ir à Nova Inglaterra, os Estados Unidos na época de colônia.
E ao entrar numa embarcação cheio de soldados Ingleses profanos e ímpios Whitefield diz que eles só queriam jogar e beber a reclamar.
Whitefield era o único cristão ele começava a orar em um quartinho no navio.
Os soldados começam a fazer chacota dele ele e ele continuava a orar.
No dia seguinte um dos soldados ao ouvir sua oração se converte e depois outros soldados alguns dias depois, e toda a tripulação conheceu Jesus.
Aqueles soldados meramente ingleses e ímpios chegam na nova Inglaterra como um verdadeiro exército do Senhor.
Qual o segredo?
Na volta dele da nova Inglaterra para a Inglaterra ele pega uma tempestade em alto mar e vai parar na Escócia e o avivamento chega lá também.
Qual o segredo por exemplo de William Carey no sul da Índia, e qual o segredo de Hudson Taylor nas ilhas do pacífico.
Qual o segredo de Knox, Calvino, Richard Sibbes e tantos outros que foram usados por Deus de modo tão poderoso.

Desenvolvimento

Se há em você esse incomodo e desejo de ser frutífero como seguidor de Jesus, se há em vocês igreja Betânia esse desejo de ser uma igreja frutífera.
A boa notícia é que estamos diante do texto certo para aprendermos como sermos frutíferos.
Porque em 11 versos Jesus usa 6 vezes a palavra fruto no texto.
Porém, há mais do que isso, há uma progressão numérica de frutificação.
Acompanha comigo no verso 2 por exemplo se você olhar ele começa dizendo todo ramo que estando em mim não der fruto.
Começa com a situação caótica de alguém.
No finalzinho do verso 2 ele vai sair do não dá fruto ele corta e todo o que dá fruto agora então sai de não dá fruto para dar fruto finalmente.
Então chegamos ao verso 5 onde ele vai dizer na parte b, esse dá agora muito fruto.
Veja a progressão, não dá fruto, da fruto, e dá muito fruto.
Logo, no verso 8 finalmente dizendo:
João 15.8 NVI
8 Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.
João capítulo 15 portanto é uma lição de Jesus à comunidade de seus discípulos de como essa comunidade deve ser frutífera.
Mais do que isso de forma prática a parábola de João 15 está escrita para que a gente não pense que existe Grandes Homens e grandes mulheres de Deus.
Mas existem homens e mulheres que servem um Deus que é grande.
João 15 tá escrito não para que no final deste culto você olhe para si mesmo e se maravilhe consigo mesmo.
No entanto, este texto está diante de nós para que a gente de fato se reoriente e olhe para aquele que merece toda a nossa admiração, a saber a videira verdadeira, Jesus Cristo.
Diante disso, Jesus então começa essa parábola nos ensinando acerca dele e seu pai.
João 15.1 NVI
1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Aparentemente Jesus inicia essa parábola, dizendo: eu sou a videira verdadeira, como se fosse uma fórmula de introduzir uma parábola.
Mas há mais aqui principalmente se nós considerarmos dois contextos por detrás do texto, o contexto Evangelho de João e o contexto Antigo Testamento.
No Evangelho de João, Jesus vai usar essa fórmula do "Eu SOU", para si mesmo.
No capítulo 6, eu sou o pão da vida;
No capítulo 8, eu sou a luz do mundo;
No capítulo 10, eu sou a porta;
Novamente no 10, eu sou o bom pastor;
No capítulo 11, eu sou a ressurreição e a vida;
No capitulo 14, eu sou o caminho a verdade e a vida;
E aqui no capítulo 15, eu sou a videira verdadeira;
Sete vezes Jesus usa essa nomeação para si mesmo a descrição de "Eu Sou". O nome que era usado para descrever Deus no AT.
No contexto do AT, Israel era conhecido como videira.
No período dos Macabeus a imagem das moedas que representava Israel era uma vinha.
Essa ideia de Israel como vinha, está descrita em Salmos.
Salmo 80.7–8 NVI
7 Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos. 8 Do Egito trouxeste uma videira; expulsaste as nações e a plantaste.
Israel portanto era a videira, era sombra da videira verdadeira.
Se vocês conhecem a história de Israel vocês vão se lembrar que eles deixaram de produzir os frutos que deveriam.
E é por isso o Isaías escreve.
Isaías 5.3–5 NVI
3 “Agora, habitantes de Jerusalém e homens de Judá, julguem entre mim e a minha vinha. 4 Que mais se poderia fazer por ela que eu não tenha feito? Então, por que só produziu uvas azedas, quando eu esperava uvas boas? 5 Pois eu lhes digo o que vou fazer com a minha vinha: Derrubarei a sua cerca para que ela seja tranformada em pasto; derrubarei o seu muro para que seja pisoteada.
Israel como videira frutífera, era apenas sobra da verdadeira videira.
Por isso Jesus vem e pode se apresentar como o cumprimento da promessa, eu sou a videira verdadeira.
Eu sou o locus da benção de Deus, eu sou suficiente para vocês.
É por isso que o cristianismo se distingue de qualquer outra religião. Todas as religiões certa forma admiram Jesus.
No hinduísmo, Mahatma Gandhi vai dizer que não poderia considerar o cristianismo como a religião perfeita ainda assim as palavras Jesus no sermão do monte, feriram seu coração, ele admirava Jesus.
Para os muçulmanos, eles falam dele em seus escritos, eles admiram Jesus.
As ideologias, inclusive aquelas mais anticristãs como o Marxismo ainda assim Jesus é o ponto de referência delas.
Mas o que torna a religião cristã diferente de todas as outras é que ela é totalmente focada na pessoa de Cristo como Deus encarnado e enquanto palavra revelada.
Ele não é o tipo de líder que vai dizer vem a mim eu vou te mostrar outro caminho.
Mas ele aponta para si mesmo, porque o Cristianismo verdadeiro que nos leva a frutificar é esse relacionamento com o Deus vivo.
É você encontrar a videira verdadeira, Jesus Cristo, e ser totalmente nutrido e satisfeito por ele.
Isso difere o cristianismo de qualquer outra religião que nós temos hoje no mundo.
Eu sou a videira verdadeira, mas ele apresenta agora o agricultor dizendo que o meu pai é o que cuida da vinha.
Aqui vemos de modo tão bela esse relacionamento intra-trinitário entre o filho e o pai.
Temos aqui Jesus e o Pai demonstrando que estão na mesma missão de produzir frutos na igreja.
O texto então começa com essa fórmula onde Jesus exalta a si mesmo e o Pai diante dos nossos olhos, nos deixando claro, que a frutificação está profundamente atrelada a Jesus e somente em Jesus.
Veja o verso 2, ele não da brecha para pensarmos muito de nós mesmos.
Somos meros ramos, não passamos disso, ramos e se não estivermos em Cristo, não valemos nada.
João 15.2 NVI
2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
Mas você pode perguntar, de que ramo ele está falando.
João 15.5 NVI
5 “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Então, se me permite a ilustração, se contemple no espelho aqui um pouquinho e olha para você.
Nessa era digital que você vive produzindo imagens constantemente de si mesmo de si mesma aos outros. Imagens que muitas vezes nem reais são.
Jesus agora nos coloca perante nós para vermos que o foco da frutificação não está em quão habilidosos somos, em nossas capacidades, mas Nele.
Às vezes nós pensamos de modo tão demasiadamente grande acerca de nós mesmos.
Por vezes a gente se olha e acha que nós somos mais do que ramos.
Jesus está nos colocando, todos sem exceção no mesmo balaio, somos ramos.
Mas, olhar a si mesmo na perspectiva de Jesus como videira verdadeira e você como um ramo, deixa claro que você é frágil, dependente , vulnerável, limitado.
Se de fato entendêssemos isso, nós nos livraríamos de algumas crises.
A primeira delas, é a crise emocional, porque muito das nossas crises emocionais estão atreladas a nos enxergarmos de um jeito que nós não somos.
E os terapeutas por vezes lucram alto nisso, pois em cada crise, tem uma C.I.D terapêutico.
A segunda crise que nós nos livraríamos são crises relacionais, porque grande parte da nossa crise um com o outro tá baseado no orgulho.
C. S. Lewis vai dizer que a essência do orgulho é a competitividade e a melhor amiga do orgulho é a inimizade.
Você pode conviver com a pessoa tendo todos os tipos de vícios, mas você não pode conviver com a pessoa tendo o vício do orgulho.
A terceira crise que nós nos livraríamos é da crise de identidade muito comum hoje em dia, principalmente entre os jovens.
E nós sabemos que a crise de identidade está diretamente ligada à instabilidade do seu fundamento existencial.
E é porque o fundamento da pessoa está instável que ela se perde.
Você é a sua função, você é o seu emprego, você é o seu nível social, o sucesso, sua etnia.
O problema é que quando você perde essas circunstâncias você simplesmente se perde.
O que Jesus está nos lembrando aqui é que o seu valor, a sua posição, seu status e a sua identidade, não dependem de si mesmo. Mas depende da videira verdadeira.
A identidade de acordo com o evangelho não é adquirida, é dada, você não a conquista, você está nela estando na pessoa de Cristo Jesus.
Por que ele diz, eu sou a videira mas vocês não, vocês são meros ramos.
Jesus então agora vai falar do processo da frutificação.
Nós gostamos de pensar em que frutos queremos produzir, nós adoramos pensar nas recompensas que receberemos.
Mas nós não gostamos do processo que Deus usa para produzir os frutos, que o texto chama de podagem.
João 15.2 NVI
2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
Duas maneiras que a podagem divina acontece aqui que Jesus está nos ensinando.
Primeiro lugar, ele vai dizer que o ramo que não dá fruto ele corta.
Esse versículo tem sido usado de forma errada para defender a ideia de que a salvação uma vez recebida, ela pode ser perdida.
Afinal de contas Jesus está dizendo que se o ramo não der fruto será cortado.
Mas não é possível sustentar essa ideia diante da escritura e principalmente aqui em João.
João 6.37–39 NVI
37 Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. 38 Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.
Logo, fica claro que o que Jesus está fazendo aqui é uma diferenciação entre os ramos falsos e os ramos verdadeiros.
Vamos ser honestos, tem muita gente que está na igreja e não produz fruto, até porque estar na igreja, não garante nada a você, se você não estiver em Jesus.
Vale lembrar que Jesus está dizendo estas palavras na presença de Judas, que mais tarde o trairia. Judas é um exemplo desse ramo que é falso.
E os ramos falsos serão cortados, e de acordo com o verso 6, serão também jogados no fogo.
João 15.6 NVI
6 Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
Então a navalha Divina entra para estes ramos falsos exatamente para eliminá-los.
Mas há uma segunda maneira da navalha Divina trabalhar.
Veja o final do verso 2.
João 15.2 NVI
2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
E aí eu diria que é nesse processo em que a navalha Divina pega os ramos verdadeiros, frutíferos e começa a trabalhar.
Não só cortando aquela madeira que é morta que precisa de fato ser trabalhada, mais inclusive aquela madeira e tecidos vivos.
Como ramos, muitas vezes por achar que estamos produzindo frutos, pensamos que Deus nunca tocará em algumas áreas de nossa vida.
É quando Deus pega a sua navalha Divina na sabedoria do grande agricultor e começa operar nesses ramos.
É onde as dores da frutificação começam a ser sentidas, é neste processo que gememos, que por vezes ficamos sem entender o que acontece.
O que Jesus está dizendo aqui é que para os ramos falsos a navalha entra para julgamento, mas para os ramos verdadeiros a navalha também entra, mas para tratamento.
Aprenda isso, Jesus está nos ensinando, que nossa união com ele, não nos exime de sofrermos e de passarmos por experiências difíceis.
Do contrário, somos aprimorados pelas experiências difíceis, e assim nesse processo frutificamos.
Jesus ensina que o pai governa todas as situações da nossa vida, seja desemprego, seja doença, calamidades, para que elas não fiquem sem propósito.
Para que o agricultor de fato trabalhe naqueles áreas que precisam ser trabalhadas.
O que Jesus está dizendo é que o sofrimento não é desperdício para o discípulo de Jesus, que não há nada em nossas vidas que aconteça sem propósito.
Que o sofrimento não é a a ausência da presença Divina, pelo contrário ele está trabalhando, e a prova de que você está junto de Jesus, é porque a navalha tá operando.
A pergunta que fica é:
Como a navalha de Deus tem trabalhado na sua vida?
Como você tem que pensado acerca das suas próprias circunstâncias?
Isso me faz lembrar da história de Joni Eareckson Tada.
Joni era uma menina jovem e super atlética, super saudável que gostava de andar a cavalo, fazer caminhada, jogava tênis e praticava diversos esportes.
Até que em 30 de junho de 1967 com seus 18 anos de vida ela foi mergulhar e calculou mal a profundidade da Baía bateu com a cabeça e ficou tetraplégica.
Ela começa a guerrear com Deus durante dois anos de sua vida, chega entrar em depressão, pensou em abandonar a fé e aí nesse processo Deus trabalhou com ela, ela comenta em seu livro sobre.
Pensei que quando fiquei inválida eu tinha perdido o melhor de Deus para mim e que o Senhor então foi forçado a seguir algum tipo de plano b divino para minha vida, acho que essa falsa imagem que muitas pessoas têm sobre o sofrimento em suas vidas. Mas aprendi que o motivo Divino de cadeira de rodas era me transformar e me tornar mais semelhante a Cristo através de tudo isso, e eu aprendi, que Deus permite o que ele odeia para realizar o que ele ama.
O que Deus tem permitido em sua vida, neste processo de poda para que você dê mais fruto?
Deus tem permitido o que ele odeia para realizar o que me ama, sim e às vezes a navalha divina vai entrar na nossa vida e vai trabalhar para que esses frutos surjam.
Mas para darmos frutos em meio as dores da navalha divina que nos poda, só há uma maneira de fazer isso.
Eis o segredo! Eis a ordem de Jesus.
João 15.4 NVI
4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
Agora faz sentido ordem, é curioso que Jesus aqui tá falando de frutificação e ele não chega para igreja e fala arregace a manga e vai trabalhar, vai ser ativista, se engajem mais, vocês precisam produzir frutos.
A ordem de Jesus é permaneçam em mim.
Porque a dificuldade do ramo quando ele está sendo podado é de não permanência, é de dizer chega tá doendo, tá difícil demais eu não aguento mais.
Então por 11 vezes em 11 versos Jesus fala para te lembrar permaneça e fica firme, finca os seus pés em mim, faz morada em mim.
Não me deixe nesse caminho fica aí comigo, a vida cristã começa com Cristo e vai morrer com Cristo.
A igreja portanto não pode começar sem a centralidade do evangelho que aponta para a centralidade de Cristo, vocês não podem aceitar que o evangelho não seja pregado aqui no púlpito dessa igreja.
Porque há uma tentação de quando pensamos em frutificação e crescimento, olhar para a igreja b ou c, pra ver o que está dando certo.
Olhamos para o movimento de células, o movimento discipulado a, b ou c, o movimento da palavra apostólica, o movimento de tudo que aparece.
Não precisamos disso, o segredo é, permaneçam em Cristo.
Ele é suficiente para nos livrar do pecado e da morte, ele é suficiente como Deus encarnado e palavra revelada para conhecermos a Deus.
As vezes muitas coisas são ditas nos púlpitos das igrejas, mas se Cristo não é anunciado o evangelho não é pregado, e se o evangelho não é pregado, Cristo não é o centro.
Não pensemos que esses frutos diversos e múltiplos que Jesus está falando aqui é somente números de pessoas na igreja.
O Novo Testamento vai falar de fruto de arrependimento por exemplo, é um fruto que se você tiver em Cristo nós devemos experimentar.
O Novo Testamento vai falar do fruto do caráter Cristão em Gálatas 5, o fruto do espírito.
Temos também o fruto de lábios que confessam a Jesus, a adoração.
O Novo Testamento vai falar do fruto de oferta generosa, das boas obras.
Os frutos portanto acontecem somente se nós permanecermos em Jesus.
E Cristo não coloca aqui circunstâncias, pré-requisitos no sentido de que a igreja só vai ser frutífera quando tiver um local adequado.
Ou você, só vai frutificar quando pegar o diploma em Bacharel, mestrado ou doutorado.
Ou somente quando você for líder de um ministério. Não, a ordem de Jesus é, permaneçam em mim.
Como permanecemos em Cristo?
Em primeiro lugar ele vai dizer que nós permanecemos permanecendo na palavra.
João 15.7 NVI
7 Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.
Jesus liga nossa permanência nele, como permanecer na palavra, não tem como dizer que está em Cristo e não ter vida com a sua Palavra.
É assim que a videira verdadeira transmite sua seiva e nos alimenta, a palavra por meio do Espírito Santo.
Pelo que parece, o tema que rege vocês este ano é frutificar.
Mas já sabemos que não há frutificação sem permanência na palavra, sem permanência no verdadeiro evangelho.
A pergunta que fica a uma igreja que quer frutificar, no que vocês vão permanecer aqui?
O que vai ser pregado nesse púlpito?
É o evangelho ou moralismo, instruções de um bom coach ou o evangelho, bons conselhos ou a boa notícia de salvação em Cristo?
Se devemos permanecer em Cristo, o que vamos cantar?
Se devemos permanecer em Cristo, como vamos guiar a igreja?
Se devemos permanecer em Cristo, como vou conduzir minha vida?
Segunda forma de permanecermos em Cristo.
João 15.9 NVI
9 “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor.
Uma igreja que está centrada em Cristo que está centrada na videira.
Não está centrada somente na palavra, mas também é uma igreja amorosa.
Uma igreja que sabe viver esse amor intra-trinitário nos seus relacionamentos.
Lembrando a vocês que o amor cristão não é aquela afeição, aquele nível mais básico de amor que você tem pelo controle remoto, a sua calça jeans, sua pantufa, seu chinelo.
Estas coisas você só percebe que gostava quando perde, neste caso o amor simplesmente aconteceu pelo uso, pelo costume de ter aquilo.
No amor cristão você não usa pessoas, amar como Cristo é sacrificar-se por pessoas, é ser intencional, é vencer a preguiça social de ir até as pessoas.
Permaneçam no meu amor, disse Jesus.
Mas por que devemos buscar frutificar, por que um discípulo de Jesus deve frutificar, por que uma igreja deve se preocupar com frutificação?
A resposta é simples. Para a Glória do Pai.
João 15.8 NVI
8 Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.
A razão principal de nós frutificarmos não é para que no final do dia as pessoas nos aplaudam, para que elas olhem pra você e se maravilhem com você.
A razão principal de nós frutificarmos é porque a glória de Deus está em jogo.
E agora você começa a entender porque que ele tem a navalha na mão e faz o que quer com os ramos dele.
Porque a glória dele que está em jogo, e a Glória dele não pode ser dividida com ninguém.
A grande motivação de sermos uma igreja frutífera é porque a glória do pai está em jogo.
Talvez isso cause uma objeção no seu coração, para saber onde você fica nesse processo.
Você tá me dizendo que o pai tem a navalha na mão que o pai pega o ramo e faz o que quer com o ramo, que esse ramo vai glorificar o pai.
E nós o que acontece com a gente, será que isso aqui não é um ato de egoísmo da parte de Deus?
A verdade é que ele pode fazer o que quiser com você, do jeito que ele quiser a hora que ele quiser.
Mas e você onde você fica no jogo?
Se a pergunta for essa a resposta está no verso final do texto que lemos.
João 15.11 NVI
11 Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.
E aqui agora a gente fecha o ciclo, o pai tem uma navalha na mão, ele trabalha no ramo, o ramo glorifica o pai e é nesse processo em que é extremamente feliz e satisfeito em Cristo, a videira verdadeira.
Portanto, a podagem Divina em nossas vidas é uma reorientação para aquilo que na vida realmente vale a pena, a glória do Pai.
A podagem Divina não tem como propósito último te fazer ser um produtor de frutos, mas te ensinar a se deleitar na suficiência de Cristo e na glória do Pai.
O trabalhar de Deus em sua vida é reorienta-lo para onde sua vida faz sentido, onde ela encontra valor, na videira verdadeira, onde você vive para a glória do Pai.
Quer encontrar realização em sua vida, quer te felicidade plena?
Jesus nos ensina que existe um tipo de alegria que não é passageira, nos ensina que é um tipo de alegria que não é efêmera que não é rasa.
Uma alegria que só é experimentada em Cristo, e somente em Cristo, nada além de Cristo e sua palavra podem te dar essa alegria completa.
Por que digo isso com tanta certeza e convicção?
Porque o final do verso 5 Jesus diz:
"Sem mim vocês não podem fazer coisa alguma."
Não ouse querer frutificar sem Jesus, sem estar na videira verdadeira.
Não ouse querer viver sem Jesus, ele é a verdadeira fonte de Vida.
Não ouse, depois de ouvir o Santo Evangelho, sair daqui sem considerar chegar a Cristo em arrependimento e fé.
SDG
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