Sem título Sermão (8)

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IMITADORES DE DEUS
O ESTUDO IRÁ FOCAR EM TRÊS PONTOS, A DIZER:
1. vivendo em amor e perdão (Ef 5.1-6)
2. vivendo como filhos da luz (Ef 5.7-14)
3. vivendo em sabedoria (Ef 5.15-20)
Não podemos imitar a Deus em sua soberania, onipotência, onisciência e onipresença. Não podemos imitar a Deus na criação nem na redenção.
A imitação a Deus é um ensino claro das Escrituras (Mt 5.43–48; Lc 6.35; 1Jo 4.10,11). Devemos imitar também a Cristo (Jo 13.34; 15.12; Rm 15.2,3,7; 2Co 8.7,9; Fp 2.5; 1Jo 3.16).
Paulo argumenta que os filhos são como seus pais. Os filhos aprendem pela imitação. Deus é amor (1Jo 4.8); por isso, os crentes devem andar em amor. Deus é luz (1Jo 5.8); portanto, os crentes devem andar como filhos da luz. Deus é verdade (1Jo 5.6); por isso, os crentes devem andar em sabedoria.
IMITANDO DEUS: UMA JORNADA DE AMORE PERDÃO
A ideia de imitar Deus pode parecer uma tarefa assustadora. No entanto, o texto nos orienta a focar em dois aspectos específicos da natureza divina:o PERDÃO e o AMOR.
A palavra grega “μιμητής” (mimētēs) é usada para descrever o ato de imitar.Ela sugere uma ação de copiar alguém ou buscar ser como essa pessoa é. No contexto deste texto, somos chamados a ser “imitadores de Deus”. Mas o que isso realmente significa?
1a Portanto, sejam imitadores de Deus,
imitadoresμιμητής (mimētēs): copiar a pessoa, fazendo o que ela faz ou buscando ser como a pessoa é. Neste caso é TOMAR DEUS COMO MODELO, ou seja, um referencial a ser seguido.
A questão não é imitar Deus em sua totalidade, mas em dois aspectos:
A - VIVENDO EM AMOR E PERDÃO (EF 5.1-6)
1) PERDOAR ASSIM COMO ELE NOS PERDOOU(EF 4.32)
Primeiro, somos chamados a perdoar como Deus nos perdoou.
Isso implica em liberar ressentimentos e mágoas, assim como Deus faz conosco. Ele nos PERDOA incondicionalmente, e somos chamados a fazer o mesmo com os outros.
Em sua dramática auto-revelação a Moisés, no monte Sinai, Deus proclamou-se como o Deus que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado (Êx 34.7). É o seu caráter de Deus misericordioso. O verbo perdoar, aqui usado, significa que o pecado foi retirado e removido para longe. Davi, no Salmo 32, considera bem-aventurado o homem cuja iniquidade é perdoada (levada embora) e cujo pecado é coberto.
O perdão de Deus é baseado na expiação, onde os sacrifícios no Antigo Testamento envolviam a substituição de vida pela vida (Levítico 17.11). O Novo Testamento enfatiza que Cristo é a base adequada para o perdão, pois Ele pagou o preço pelos pecados da humanidade (João 1.29). Por meio de Cristo, Deus é justo e justificador daqueles que creem Nele (Romanos 3.26), pois Ele assumiu e carregou nossos pecados em seu próprio corpo, para o madeiro (1 Pedro 2.24). O amor de Deus está por trás desse perdão, sendo Cristo o meio para garantir essa reconciliação, por meio da fé e confiança Nele como Salvador divino (João 3.16).Parte superior do formulário
1. Deus é perdoador, mas também é justo e pune o pecado (Êx 34.7).
2. A expiação resolve o problema da justiça e do perdão de Deus (Lv 17.11).
3. A base do perdão requer um apagamento radical da iniquidade (Sl 51).
4. Cristo é a base adequada para o perdão de Deus (Jo 1.29).
5. Por meio de Cristo, Deus é "justo e justificador daquele que crê em Jesus" (Rm 3.26).
6. Cristo assumiu e carregou nossos pecados em seu próprio corpo (1Pe 2.24).
7. O amor de Deus está por trás do perdão, e a base do perdão é seu próprio Filho (Jo 3.16)Parte inferior do formulário
Ef 4.32 - Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.
Cl 3.13 - Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
2) AMAR DA FORMA COMO CRISTO AMOU(V. 2).
1b como filhos amados.
A forma como devemos imitar a Deus é como filhos amados, ou seja, filho que são: amados por Deus, que amam a Deus e que também amam uns aos outros.
Portanto, a única forma de se tornar um imitador de Deus é sendo filho amado do Pai.
2 E vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós, como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.
A vida que devemos levar todos os dias é amando. Amando não da nossa maneira ou da maneira que os outros amam, mas da maneira que Cristo amou e a forma como Cristo amou foi a de entrega-se por suas ovelhas (Jo 10.15) e por seus amigos (Jo 15.13).
Jo 10.14–15. 14 “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.
Jo 15.13. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
Isto lembra o que João escreveu em 1Jo 3.16: Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos.
Dar a vida por alguém é uma símile/analogia usada por Paulo e João para demonstrar quão importante é fazer algo em prol da vida do próximo.
O sacrifício de Cristo na cruz foi mais do que uma demonstração de amor, foi oferta em sacrifício de aroma agradável a Deus, ou seja, que Deus recebe prontamente para demonstrar sua benevolência e misericórdia. O alvo de Cristo na cruz não era simplesmente fazer com que as pessoas enxergassem, oh, quanto ele me ama, mas principalmente conduzi-las a Deus de forma que Ele as recebesse perdoando seus pecados e assim salvando-as da morte eterna.
Segundo, somos chamados a AMARcomo Cristo amou.
AMOR Quando Paulo fala sobre nossa responsabilidade de sermos imitadores de Deus, ele menciona que somos chamados a manifestar amor (Ef 5.2). As Escrituras nos dizem que Deus é amor (1 Jo 4.8, 16). O amor de Deus é descritivo de seu caráter; é um de seus atributos morais (COMUNICÁVEIS) e, por isso, é uma qualidade que não pertence somente a Deus, mas é comunicada a suas criaturas. Deus é amor, e o amor é de Deus, e todo aquele que ama no sentido do amor agapē, do qual a Escritura fala, é nascido de Deus. O amor de Deus é um atributo que pode ser imitado, e somos chamados a fazer isso.
O amor de Cristo é sacrificial, incondicional e abrangente. Ele amou a todos, independentemente de quem eram ou do que haviam feito. Esse é o tipo de amor que somos chamados a imitar.
O texto também destaca que devemos imitar a Deus como “filhos amados”.Isso significa que somos amados por Deus e, por isso, devemos amar a Deus e aos outros. A reciprocidade no amor e no perdão é fundamental na nossa relação com Deus e com as pessoas ao nosso redor.
Portanto, a única maneira de se tornar um verdadeiro imitador de Deus é sendo um filho amado do Pai. Isso não apenas nos coloca em uma relação de amor com Deus, mas também nos orienta a como devemos interagir com os outros.
COMPORTAMENTOS QUE NÃO CONVÉM AOS SANTOS
3 Que a imoralidade sexual e toda impureza ou avareza não sejam nem sequer mencionadas entre vocês, como convém a santos.
imoralidade sexual πορνεία (porneia): relações sexuais ilícitas, prostituição, impureza, fornicação (BDAG); praticar imoralidade sexual de qualquer tipo, muitas vezes com a implicação de prostituição (LouwNida); “intercurso sexual ilícito” (DV). Qualquer relação sexual fora de uma união marital (entre um homem e uma mulher) classifica-se como porneia.
impurezaἀκαθαρσία (akatharsia): fig. um estado de corrupção moral; imoralidade, vileza, especialmente de pecados sexuais (BDAG); o estado de impureza moral, especialmente relacionado com pecados de ordem sexual (LouwNida); Em sentido moral, a impureza de uma vida luxuriosa, luxuriosa e desregrada (THAYER);
{a impureza é algo que está contaminado por qualquer coisa que seja imprópria. Portanto, tudo que Deus classificasse com impuro e o homem fizesse, ou falasse ou pensasse o tornaria impuro.
A pureza é algo que Jesus ensinou que tem que vir de dentro para fora (Mt 23.26-27). Além do que o que torna uma pessoa impura não é o que ela come, mas é o que entra no coração dela e a contamina (Mc 7.19-23). O que entra na coração está relacionado a palavras, pois as palavras geram pensamentos e os pensamentos geram ações quer sejam boas ou más, depende da fonte de palavras a que se dá atenção, se é a do seu próprio coração que é enganoso ou se é da boca de Deus, que foi revelada de forma escrita em sua Palavra. É a palavra que é capaz de purificar um coração impuro (Jo 15.3). Isto é tão claro no NT que Paulo ao escrever em Rm 1.24 afirma “Por isso, Deus os entregou a impureza, pelos desejos do coração deles, para desonrarem o seu corpo ente si”. Por isso a nossa exortação está em 2Co 7.1.
avarezaπλεονεξία (pleonexia): o estado de desejar ter mais do que é devido, avareza, insaciabilidade, avareza, cobiça (BDAG)
A avareza é algo maquinado pelo coração (Mc 7.22) e é bem retratada por Jesus na parábola do rico tolo (Lc 12.13-21). Ela é ago inerente àqueles que desprezam o conhecimento de Deus e que por isso Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas que não convém (Rm 1.28-29).
A oferta ou dízimo deve ser motivado por generosidade e não por avareza(2Co 9.5), Isto prova que uma pessoa ainda que oferte ou dê o dízimo pode ser avarenta, pois ao fazer isto busca vantagens pessoais.
A avareza foi traduzida como “de forma desenfreada” ou “com avidez” em Ef 4.19. E que Paulo aos colossenses exorta que é preciso que se faça desaparecer (Cl 3.5). A linguagem pode ser usada para esse fim (1Ts 2.5) e a forma como os falsos mestres alimentam sua avareza é enganando as pessoas com palavras de ficção (2Pe 2.3) e é onde eles tem seu coração exercitado (2Pe 2.14).
Estas três coisas relacionadas não devem ser assunto nem de conversa entre pessoas que se dizem santas, pois isto não convém, ou seja, não é adequado ou apropriado a pessoas que afirmam que já foram separados por Deus destas coisas.
4 Não usem linguagem grosseira, não digam coisas tolas nem indecentes, pois isso não convém; pelo contrário, digam palavras de ação de graças.
linguagem grosseira αἰσχρότης (aischrotēs)*: comportamento que desrespeita os padrões sociais e morais, vergonha, obscenidade (BDAG); agir ao arrepio dos padrões morais e sociais, do que resultam desonra, constrangimento e vergonha — “agir ver­gonhosamente, comportamento indecente, ação vergonhosa”. (LouwNida); “conversação torpe” (DTNT)
dizer coisas tolas μωρολογία (mōrologia)*: conversa que é tanto tola quanto estúpida — “conversa tola, palavras vãs” (LouwNida); são linguagem ofensiva e insensata (DTNT); (“parvoíces”); denota mais que mera “conversa tola”. Trench descreve o termo como “a 'conversa de tolos’, onde juntos estão a tolice e o pecado” (DV); A tolice tem a ver tanto com a falta de conhecimento quanto com a falta de discernimento. (CNDITENT)
indecentes(ant. chocarrice) εὐτραπελία (eutrapelia): em nossa lit. apenas no mau sentido, piada grosseira, humor picante (BDAG); gracejos de baixo calão envolvendo expressões vulgares ou conteúdo in­decente — “conversa vulgar, conversa indecente, palavras sujas” (LouwNida)
{Nesta outra lista também envolve coisas que não convém aos santos. Pois em vez do assunto ser essas coisas, o que realmente deve ser assunto entre os santos é dizer palavras de ações de graças εὐχαριστία (eucharistia): palavras que expressam gratidão a Deus por suas bençãos.
NA PRÁTICA: Então se em uma conversa, no final você não puder render graças a Deus por tudo que você conversou, é uma conversa que não deve ser mantida.
5 Fiquem sabendo disto: nenhuma pessoa imoral, impura ou avarenta porque a avareza é idolatria — tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
Neste versículo Paulo mostra a CONSEQUÊNCIA ainda que seja de uma conversa imoral, impura e avarenta, que é justamente não ter herança no Reino que é de Cristo e de Deus.
Paulo coloca a avareza num aspecto de idolatria, pois é servir as riquezas (Mt 6.24; Lc 16.13) e servindo as riquezas é impossível servir a Deus. A avareza leva o indivíduo a adorar a si mesmo, numa busca constante pelos seus interesses pessoais e egoísta.
6 Não se deixem enganar com palavras vazias, porque a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência por causa dessas coisas.
enganar ἀπατάω (apataō): enganar, induzir em erro (BDAG); levar alguém a ter pontos de vista errôneos ou enganosos a respeito da verdade (LouwNida); aqueles que “enganam” com palavras vazias e depreciam o verdadeiro caráter dos pecados mencionados (DV)
vazias κενός (kenos): Palavras sem nenhuma utilidade
{Paulo pede que ninguém se deixe levar por pessoas que criam argumentos falsos afim de minimizar os retirar totalmente o impacto que estes pecados carregam, pois é justamente por causa dos pecados mencionados que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência.
ira ὀργή (orgē): refere-se ao futuro julgamento de Deus especificamente qualificado como punitivo (BDAG); castigo divino baseado no irado juízo de Deus sobre alguém (LouwNida);
A ira de Deus manifesta seu juízo punitivo, onde o pecado chega a medida de não haver mais espaço para arrependimento e assim perdão para eles, a não ser a destruição do pecador irreconciliado.
Estes “filhos da desobediência” aparecem em Ef 2.2 e em Cl 3.6
Cl 3.5–6 - 5 Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. 6 É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência.
Ef 2.1–2 - 2.1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.
Tito 1.10–11 NAA
10 Porque existem muitos, especialmente os da circuncisão, que são insubordinados, falam coisas sem sentido e enganam os outros. 11 É preciso fazer com que se calem, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, com a intenção vergonhosa de ganhar dinheiro.
B - VIVENDO COMO FILHOS DA LUZ (EF 5.7-14)
7 Portanto, não participem daquilo que eles fazem.
participem é a junção de duas palavras gregas: γίνομαι (ginomai) que é adquirir certas características + συμμέτοχος (symmetochos) que é ter partipação num relacionamento
Portanto evitem manter relacionamento com estas pessoas que praticam estas coisas para que vocês não passem a se comportar da forma como elas se comportam.
8 Porque no passado vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz
O motivo é óbvio: No passado vocês viviam como estes que vivem nas trevas, ou seja. numa vida completamente ausente da presença do Senhor, mas agora vocês levam a vida de vocês como pessoas que tem a presença de Deus em suas vidas e assim vocês devem viver cada dia, manifestando a presença da luz, da qual vocês são filhos.
Quem anda nas trevas não se aproxima da luz, pois aquilo que fazem é reprovado (Jo 3.19, 20), mas aqueles que fazem aquilo que a luz revelada da palavra de Deus aprova, cada vez mais se aproximarão desta luz, pois suas obras são feitas em Deus (Jo 3.21).
9— porque o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade —,
O que a presença da luz produz na vida de uma pessoa:
(1) bondade ἀγαθωσύνη (agathōsynē): - qualidade de quem é bom; caráter digno de louvor, excelência moral. (DIB) É parte do fruto do Espírito em Gl 5.22.
(2) justiça δικαιοσύνη (dikaiosynē): a qualidade ou caraterística de um comportamento reto, retidão, justiça (BDAG); o ato de fazer o que Deus quer ou exige — “justiça, fazer o que Deus quer, fazer o que é certo” (LouwNida)
(3) verdade ἀλήθεια (alētheia): a qualidade de estar de acordo com o que é verdadeiro, a veracidade, a fiabilidade, a retidão de pensamento e de ação (BDAG); sinceridade de mente e integridade de caráter, ou um modo de vida em harmonia com a verdade divina (THAYER)
10 tratando de descobrir o que é agradável ao Senhor. (4)
tratando de descobrirδοκιμάζω (dokimazō): examinar cuidadosamente afim de descobrir
agradável εὐάρεστος (euarestos): aquilo que faz com que alguém fique satisfeito
Ex.: Foi justamente este exame cuidadoso em descobrir o modo de vida que agrade a Deus, é que Deus entregou os ímpios a um modo de pensar reprovável (Rm 1.28); e há um perigo terrível em se ter esse conhecimento e não praticá-lo (Rm 2.17-24), pois não adianta nada ensinar os outros e não ensinar a si mesmo. Pois o cuidado está em não ser condenado também naquilo que aprovamos (Rm 14.22)
Mas este exame cuidadoso afim de descobrir aquilo que deixa Deus satisfeito só virá verdadeiramente quando deixarmos de viver da forma como o mundo vive, e assim sermos transformados por Deus através de uma renovação de mentalidade, pois só assim seremos “capazes de experimentar” (NVI) a forma boa, agradável e perfeita de fazer a vontade de Deus (Rm 12.2).
11 E não sejam cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, tratem de reprová-las. (5)
sejam cúmplicesσυγκοινωνέω (sygkoinōneō): estar associado a alguém em alguma atividade, estar ligado, no sentido de tomar parte (BDAG); estar associado em alguma atividade conjunta, com a implicação, em alguns contextos, de um relacionamento até certo pon­to duradouro — “associar-se com, participar em, estar em parceria com” (LouwNida); “ter companheirismo ou comunhão com ou em” (DV)
infrutíferas ἄκαρπος (akarpos): que não produz nada que se aproveita
tratem de reprová-las ἐλέγχω (elegchō): deixar claro que alguém fez algo de errado, com a implicação de que existe prova suficiente nesse sentido — “repreender, repreensão”. (LouwNida)
Quem é cúmplice é tão culpado quanto quem comente o delito.
Ex.: Herodes foi repreendido por João Batista por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito (Lc 3.19). Foi a repreensão de Jesus em Jo 8.9 que fez com que os homens não apedrejassem a mulher. É função do Espírito justamente convencer o mundo de que o pecado é errado e que Deus Pai é justo em aplicar seu juízo caso não se arrependam (Jo 16.8; “convencerá). É o que acontece quando a profecia é exercida na igreja, ela traz repreensão e julgamento (1Co 14.24). A função dos ministros é justamente esta em Tt 1.9.
1Tm 5.20; 2Tm 4.2; Tt 1.13; 2.15
12 Pois aquilo que eles fazem em segredo é vergonhoso até mencionar.
em segredo κρυφῇ (kryphē): relativo a não poder ser conhecido pelo público, embora seja conhecido de um grupo de “iniciados” ou por aqueles que estão diretamente envolvidos — “em segredo, em particular, secretamente, às ocultas, em se­creto, em oculto”. (LouwNida)
A simples menção do que eles fazem já é uma grande vergonha ou desonra.
13 Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo o que se manifesta é luz.
A luz que reprova as trevas é a palavra de Deus. É a Palavra de Deus que revela o erro afim de que ele seja corrigido. Ela é a luz que se acende para guiar seus passos por onde quer que venhamos andar (Sl 119.105). Jesus é a própria manifestação desta luz, pois Ele é a Palavra de Deus encarnada (Jo 1.1) e aqueles que o seguem jamais viverão nas trevas (Jo 8.12)
14 Por isso é que se diz: “Desperte, você que está dormindo, levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará.”
iluminará ἐπιφαύσκω (epiphauskō): é traduzido em Ef 5.14 por “elucidará”, acerca da glória de Jesus que ilumina os crentes que cumprem as condições, de forma que, ao serem guiados pela “luz” de Cristo, eles reflitam o Seu caráter. (DV); onde o significado é, Cristo derramará sobre ti a luz da verdade divina como o sol dá luz aos homens despertados do sono. (THAYER)
Se aqueles que estiverem dormindo o sono da morte espiritual não ouvirem a voz do Filho de Deus e assim despertarem, jamais poderão ser iluminados por sua luz. (Jo 5.25)
VIVENDO COMO FILHOS DA LUZ: UMA JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL
O texto começa com uma exortação para não participar das ações daqueles que vivem em desacordo com os ensinamentos divinos. A palavra grega “γίνομαι” (ginomai) é usada aqui, que significa adquirir certas características, e “συμμέτοχος” (symmetochos), que significa ter participação em um relacionamento. Isso sugere que devemos evitar manter relacionamentos com pessoas que praticam ações contrárias aos ensinamentos divinos, para que não adotemos seus comportamentos.
O texto então nos lembra de nossa transformação espiritual. No passado, éramos como aqueles que vivem nas trevas, ausentes da presença do Senhor. Mas agora, somos luz no Senhor e devemos viver como filhos da luz. Isso significa que devemos manifestar a presença da luz em nossas vidas todos os dias.
A presença da luz em nossas vidas produz três coisas: bondade (ἀγαθωσύνη - agathōsynē), justiça (δικαιοσύνη - dikaiosynē) e verdade (ἀλήθεια - alētheia). Essas qualidades são reflexos de nosso caráter moral e espiritual e são aprovadas pela luz revelada da palavra de Deus.
O texto também nos encoraja a descobrir o que é agradável ao Senhor. Isso envolve um exame cuidadoso e uma busca constante para entender o que deixa Deus satisfeito. Isso só pode ser alcançado quando deixamos de viver como o mundo vive e permitimos que Deus transforme nossas vidas através de uma renovação de mentalidade.
Somos advertidos a não sermos cúmplices nas obras infrutíferas das trevas, mas sim a reprová-las. Isso significa que não devemos nos associar ou participar de atividades que não produzem nada de valor e que são contrárias aos ensinamentos divinos.
O texto conclui com uma chamada para despertar e levantar-se dentre os mortos, e Cristo nos iluminará. A palavra grega “ἐπιφαύσκω” (epiphauskō) é usada aqui, que significa elucidar ou iluminar. Isso sugere que, se ouvirmos a voz do Filho de Deus e despertarmos do sono da morte espiritual, seremos iluminados pela luz de Cristo.
C - VIVENDO EM SABEDORIA (EF 5.15-20)
15a Portanto, tenham cuidado com a maneira como vocês vivem,
“tenham cuidado com a maneira” é a junção de duas palavras gregas:
βλέπω (blepō): estar pronto a aprender sobre ameaças e necessidades futuras, com a implicação de que se está prepara­do a reagir de forma apropriada — “cuidar com, precaver-se, dar atenção a”. (LouwNida)
ἀκριβῶς (akribōs): relativo a exata conformidade com uma norma ou um padrão, envolvendo tanto os detalhes quanto o fato de ser completo — “exato, preciso, com precisão, acuradamente”. (LouwNida)
Então é preciso precaver-se completamente de forma precisa acerca da forma como devemos conduzir nossas vidas.
15b e vivam não como tolos, mas como sábios,
tolos ἄσοφος (asophos): pessoas sem juízo, ou seja, que não tem nenhum cuidado com a maneira como conduzem suas vidas.
sábios σοφός (sophos): relativo a entendimento que resulta em sabedoria — “prudente, sábio, entendimento”
Só será possível deixar a tolice quando considerarmos de forma séria a forma como vivemos neste mundo, para que o que aprendemos se torna evidência em nossa vida cotidiana e assim alcancemos a verdadeira sabedoria. (cf. Cl 4.5; Pv 15.21)
16a aproveitando bem o tempo,
aproveitando bem ἐξαγοράζω (exagorazō): fazer tudo com urgência, sem perca de tempo
16b porque os dias são maus.
O motivo é este os dias são maus ou seja, são corruptos demais. (Cf. Ec 12.1)
17a Por esta razão, não sejam insensatos,
insensatos ἄφρων (aphrōn): relativo a não fazer uso do entendimento, especialmente em assuntos de ordem prática — “tolo, insensato, sem juízo” (LouwNida)
17b mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.
procurem compreender συνίημι (syniēmi): fazer uso da capacida­de de compreensão e, assim, chegar ao enten­dimento — “entender, compreender, perceber, ter entendimento” (LouwNida); entender — conhecer e compreender a natureza ou o significado (LLNTG)
É justamente porque os dias são corruptos demais que devemos deixar a falta de entendimento e buscar de todas as formas entender o que o Senhor deseja, o que lhe agrada e está adequado a sua justiça, mediante a revelação da sua Palavra. Por isso existem dois testamentos que revelam sua vontade para nós. (Cl 1.9; Sl 143.10)
18a E não se embriaguem com vinho,
se embriaguem μεθύσκω (methyskō): ficar bêbado ou intoxicado (Pv 20.1)
18b pois isso leva à devassidão,
devassidão ἀσωτία (asōtia): um comportamento que re­vela despreocupação ou atitude impensada em relação às consequências de uma ação — “atos insensatos, ações impensadas, atitude temerária, imprudência” (LouwNida)
18c mas deixem-se encher do Espírito,
deixem-se encher πληρόω (plēroō): encher até a medida; completar;
A embriaguez com vinho ou qualquer tipo de pedida é um perigo, pois tira os sentidos da pessoa, levando a um comportamento que não está nem aí para as consequências. É um estado que leva a pessoa a não refletir em suas atitudes e consequências. Mas ao contrário de uma vida ébria está aqueles que se permitem encher complementarmente pelo Espírito. (Cf. Rm 13.13-14)
19 falando entre vocês com salmos,
ψαλμός (psalmos): um cântico de louvor (LouwNida);
hinos
ὕμνος (hymnos): uma canção com conteú­do religioso (LouwNida)
e cânticos espirituais,
Cânticos que realmente vem de pessoas cheias do Espírito
cantando e louvando com o coração ao Senhor,
A vida cheia do Espírito levará as pessoas ao verdadeiro louvor, que cantado com o coração, ou seja, que é cantado com a totalidade do ser de uma pessoa, com o que há de mais íntimo e sincero diante de Deus. Cf. 1Co 14.26; Cl 3.16
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Estar sempre agradecido a Deus Pai por tudo é outra marca de quem realmente está cheio do Espírito. (Cf. Cl 3.17; Sl 34.1)
VIVENDO EM SABEDORIA: UMA JORNADA DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL
O texto começa com uma exortação para ter cuidado com a maneira como vivemos. As palavras gregas “βλέπω” (blepō), que significa estar pronto para aprender sobre ameaças e necessidades futuras, e “ἀκριβῶς” (akribōs), que se refere à exata conformidade com uma norma ou padrão, são usadas para enfatizar a necessidade de viver de forma consciente e precisa.
Somos então aconselhados a viver não como tolos, mas como sábios. A palavra grega “ἄσοφος” (asophos) é usada para descrever pessoas sem juízo, enquanto “σοφός” (sophos) se refere a pessoas com entendimento que resulta em sabedoria. Isso sugere que devemos considerar seriamente como vivemos neste mundo, para que o que aprendemos se torne evidente em nossa vida cotidiana e, assim, alcancemos a verdadeira sabedoria.
O texto também nos aconselha a aproveitar bem o tempo, pois os dias são maus. A palavra grega “ἐξαγοράζω” (exagorazō) é usada aqui, sugerindo que devemos fazer tudo com urgência, sem perda de tempo.
Somos então exortados a não sermos insensatos, mas a procurar compreender qual é a vontade do Senhor. A palavra grega “συνίημι” (syniēmi) é usada aqui, que significa fazer uso da capacidade de compreensão e, assim, chegar ao entendimento. Isso sugere que devemos buscar entender o que o Senhor deseja, o que lhe agrada e está adequado à sua justiça, mediante a revelação de sua Palavra.
O texto também nos adverte a não nos embriagarmos com vinho, pois isso leva à devassidão. Em vez disso, devemos nos deixar encher do Espírito. A palavra grega “πληρόω” (plēroō) é usada aqui, que significa encher até a medida ou completar. Isso sugere que, em vez de nos entregarmos a comportamentos que nos tiram os sentidos e nos levam a um estado de imprudência, devemos nos permitir ser preenchidos completamente pelo Espírito.
Finalmente, o texto nos encoraja a falar entre nós com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, e dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso sugere que uma vida cheia do Espírito nos levará ao verdadeiro louvor, que é cantado com a totalidade do nosso ser, com o que há de mais íntimo e sincero diante de Deus.
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