Proverbios 10:16-21

Proverbios   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 2 views
Notes
Transcript
16. O caráter moral do indivíduo determina o que ele adquire com sua renda.
“A obra do justo conduz à vida, e o rendimento do perverso, ao pecado.”
O que uma pessoa semeia, isso ela colhe; as sementes que cultivamos determina os frutos que colhemos. Quem semeia o bem colhe os frutos doces desse investimento; quem semeia o mal vê seu malfeito caindo sobre sua própria cabeça.
Nosso trabalho sempre trará resultados para o bem ou para o mal. A obra do justo conduz à vida. O que ele faz é abençoado e abençoador. Suas obras são movidas por Deus, feitas de acordo com a vontade de Deus e visam a glória de Deus.
Suas obras não são a causa de sua salvação, mas o resultado. Suas obras glorificam Deus no céu.
O rendimento do perverso, porém, leva ao pecado. Suas obras não apenas arruínam ele próprio, mas também transtornam os outros. Porque o coração do perverso não é reto diante de Deus, suas obras incitam os outros ao pecado. Sua boca é um poço de lodo, seus pés se apressam para o mal e suas mãos laboram para a perdição.
17 - 10:17 O indivíduo que cultiva o hábito de ouvir (guardar) o ensino piedoso permanece no caminho da vida. Aquele que abandona os bons conselhos se desvia pelo caminho errado.
“ O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado.” Pv 10:17
Há muitos caminhos que são espaçosos, largos e sem nenhum muro, mas esses caminhos com tantos atrativos e nenhum obstáculo desembocam na escravidão e na morte.
A Bíblia chega a dizer: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte (Pv 14.12). O sábio é categórico ao declarar que o caminho para a vida é de quem guarda o ensino. A obediência ao ensino da Palavra de Deus livra nossos pés da queda e nossa. A rebeldia, porém, é como o pecado da feitiçaria; é uma rebelião contra Deus. Tapar os ouvidos à repreensão de Deus é colocar o pé na estrada do erro, é marchar acelerado para o abismo, é chegar ao destino inglório da condenação. Só os insensatos vivem às cegas, desapercebidos, sem nenhum senso de perigo. Uma vida sem reflexão é uma vida construída para o desastre. O caminho seguro da vida é a estrada da obediência. Obedecer a Deus e andar conforme os seus conselhos é o caminho seguro na estrada da vida. Essa estrada é estreita e apertada. Não são muitos os que andam por ela. Mas seu destino é a glória, a bem-aventurança eterna. Aqueles que andam pelas veredas da obediência receberão uma linda recompensa.
Dos versos 18 a 21 temos uma sequencia que tratam do mesmo assunto. O uso dos lábios!
18. O ódio, quer escondido quer espalhado, é sinal de deficiência moral.
Verso 18 “O que retém o ódio é de lábios falsos, e o que difama é insensato.”
Na NAA diz assim: “O que encobre o ódio tem lábios mentirosos, e o que difama é tolo.”
O sentido é: “Aquele que esconde o ódio com lábios mentirosos e aquele que profere calúnias é um tolo”
10:18 Esse provérbio contrasta o indivíduo que esconde seu ódio por meio de palavras falsas com aquele que revela abertamente seu rancor e difama o próximo. O primeiro é hipócrita, e o segundo, insensato. Nenhuma dessas duas atitudes é proveitosa. Uma terceira alternativa, que todos os cristãos devem praticar, é não cultivar nenhuma espécie de ódio.
Há duas maneiras erradas de lidar com o ódio. A primeira delas é a explosão da ira, quando o indivíduo, como um vulcão em efervescência, desanda a boca para difamar o próximo. Essa explosão começa com a agressão verbal e culmina na violência física. Pessoas destemperadas emocionalmente transtornam a vida de quem está à sua volta. A segunda maneira errada de lidar com a ira é retê-la e armazená-la. Essas pessoas não explodem, não provocam um escândalo público e até mantêm as aparências, mas azedam o coração e destilam falsidade com os lábios. Há muitas pessoas que vivem uma mentira. Os lábios produzem palavras macias, mas o coração é duro como uma pedra.
Os lábios tecem elogios, mas o coração trama a morte. Há um descompasso entre o que se sente e o que se fala, um abismo entre a boca e o coração. Tanto a explosão da ira como sua retenção são atitudes incompatíveis com a vida cristã. Não podemos apontar essa arma de grosso calibre contra os outros nem contra nós mesmos. A solução não é ferir os outros ou a nós mesmos, mas é nos perdoarmos mutuamente, como Deus em Cristo nos perdoou. Em vez de esconder o veneno da maldade debaixo da língua, devemos abençoar uns aos outros e preferir em honra uns aos outros. Só assim, desfrutaremos de uma vida verdadeiramente feliz.
19. O controle sobre a fala revela sabedoria e restringe o pecado.
“No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.”
Quem fala muito, erra muito. Até o tolo quando se cala é tido por sábio. A Palavra de Deus é categórica: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (Tg 1.19). Pessoas que falam para depois pensar, que falam sem refletir e que falam mais do que o necessário muito transgridem. Devemos falar a verdade em amor. A verdade é o conteúdo, e o amor é a forma. A verdade sem o amor agride; o amor sem a verdade engana. Só devemos falar o que é bom e oportuno. Só devemos abrir a boca se for para transmitir graça aos que ouvem. O tolo fala muito e pensa pouco; fala muito e comunica pouco; fala muito e acerta pouco.
O prudente, porém, modera os lábios e amplia sua influência. Fala pouco e reflete muito; fala pouco e comunica muito; fala pouco e abençoa muito. Devemos ser cautelosos em nossa fala, pois a vida e a morte estão no poder da língua. Podemos dar vida ou matar um relacionamento dependendo de como nos comunicamos. A comunicação é o oxigênio que nutre nossos relacionamentos. Nossa língua, portanto, precisa ser fonte de vida, e não cova de morte; precisa ser medicina, e não veneno; precisa ser bálsamo que consola, e não fogo que destrói.
20. O caráter moral do indivíduo determina o valor de seu conselho.
“Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco.”
10:20 As palavras que saem da boca do justo são expressões de seu caráter. Se seu caráter for excelente, suas palavras também o serão. Uma vez que o coração (ou mente) dos perversos não tem nada de bom, suas palavras pouco valem.
Quanto valem suas palavras?Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale muito pouco(Pv 10.20). As palavras de um justo são mais preciosas do que os metais mais nobres. A língua do justo é prata escolhida: tem beleza e valor. Quando o justo fala, as pessoas são edificadas, consoladas e encorajadas. Quando o justo abre a boca, uma torrente de sabedoria jorra de seus lábios. Suas palavras são medicina para o corpo e bálsamo para a alma. A língua do justo é como a luz que aponta a direção, é como o sal que dá sabor, é como o perfume que embebeda todos com sua fragrância.
Se a língua do justo tem palavras tão belas e preciosas, o coração do perverso, do qual fluem suas próprias palavras, vale muito pouco, pois é poço de perdição, laboratório de engano, usina de mentiras, território no qual domina a maldade. É tempo de avaliarmos o valor das nossas palavras. Elas são prata ou escória? São belas e atraentes ou feias e repugnantes? Têm valor como a prata escolhida ou valem tão pouco quanto o coração do perverso?
Verso 21
“Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos.”
A Bíblia diz, que os lábios do justo apascentam muitos. A língua do justo é como um pastor de almas, um ministro fiel, um conselheiro sábio que conduz muitos pelas veredas da justiça. Suas palavras apontam o caminho certo para os errantes e consolam os tristes. Vivificam os abatidos e fortalecem os fracos. Curam os doentes e colocam de pé os trôpegos. O justo apascenta com a língua. Porém, os tolos, por falta de senso, não conseguem apascentar nem a si mesmos. Os tolos não encontram orientação para sua vida, por isso tombam vencidos nessa jornada. Sua morte torna-se o monumento inglório de sua tolice. Por desprezar o conhecimento de Deus, o tolo perde a própria vida. Por tapar os ouvidos à instrução, perece para sempre.
Do que Deus chamaria nossos lábios hoje? De lábios de justos ou lábios de insensatos?
Devemos buscar ser uma benção também por meio dos nosso lábios, agir como os justos descritos no livro de Provérbios.
Related Media
See more
Related Sermons
See more
Earn an accredited degree from Redemption Seminary with Logos.